O mesmo historiador que escreveu Dom Quixote nas Trevas, sobre o papel do Embaixador Souza Dantas no salvamento de judeus perseguidos pelo nazismo na França, comparece agora com outro livro sobre o mesmo período, mas enfocando o regime restritivo de concessão de vistos para candidatos à imigração no Brasil.
Estou esperando para ler
Paulo Roberto de Almeida
Até a década de 1930, a imigração era considerada indispensável ao Brasil, para suprir a carência de mão de obra e ajudar no processo de povoamento do território de dimensão continental. No entanto, após a Segunda Guerra Mundial a política migratória mudaria, seguindo a tendência que vinha dos Estados Unidos de tentar restringir a entrada de estrangeiros, principalmente de idosos e deficientes, sob a argumentação de que era fundamental promover a “eugenia de nossa gente a saúde do nosso povo”. O governo assumiu uma política nacionalista de controle, que resultou num sistema autoritário repleto de preconceitos étnicos, religiosos e culturais, permitindo que parte de seus altos funcionários se tornassem verdadeiros “porteiros do país”.
Koifmann, nesta obra amplamente documentada e de pesquisa exemplar, traz a público o que se passou no Brasil da ditadura de Vargas, revelando detalhes a respeito da natureza sombria do Estado Novo.
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