Um leitor consultou-me a respeito a possível de possível violência política na Venezuela e acho que ele exagerou um pouco, não nos seus temores -- acho, sim, que vai haver violência -- mas no grau ou na dimensão que pode tomar essa violência política (e militar).
Meu interlocutor disse que:
"...muito me preocupa a situação das eleições do mês que vem naquele país e, assim como vários analistas, creio que, caso haja uma grande chance do opositor Capríles (a quem Hugo Chávez chama constantemente de \"nada\" e \"perdedor\", como se sua opinião fosse fato indiscutível), poderemos ter uma guerra civil de grandes proporções no país.
Temo que esta possível guerra civil esteja menos para uma \"primavera árabe\" e mais para um massacre do nível de Ruanda.
Assim como Bill Clinton se arrepende de não ter mandado ajuda quando necessário a Ruanda, pode ser que daqui a dois anos iremos olhar para trás e perguntar a Dilma Roussef por quê ela não fez nada, quando bastava mandar agentes para fiscalizar uma eleição para evitar uma grande guerra civil e um posterior massacre de inocentes por milicianos chavistas?
Já não seria hora do governo brasileiro de oferecer ajuda na organização das eleições presidenciais na Venezuela? Podemos estar à beira de um banho de sangue? Gostaria de saber qual a sua opinião acerca deste assunto."
Respondi desta maneira:
Acredito, sim, que, independentemente de quem ganhe as eleições na Venezuela, teremos pelo menos alguns mortos, antes, durante e depois, dado o nível de exacerbação do lado governista e suas milícias armadas.
Infelizmente algum sangue vai correr, mas não acredito em nada parecido com Ruanda. Aqui estamos falando de 400 a 600 mil mortos, num conflito civil de caráter étnico, basicamente. Isso não ocorre na Venezuela.
Existe um grau de violência embutido no regime chavista que torna o sacrifício de vidas humanas inevitável, embora nada que se assemelhe a uma guerra civil.
Haverá disturbios e, dependendo do grau de fraude existente no sistema eleitoral (ele haverá, esteja certo disso), pode ser que leve a enfrentamentos localizados.
Mas Chavez controla o Exército e dispõe de milicias armadas. Ele tem o aconselhamento da Inteligência cubana a seu serviço, assim que pode saber antecipadamente o que planejam os lideres oposicionistas e prender ou eliminar vários deles preventivamente.
É isso o que eu acho que vai ocorrer na Venezuela.
Se a observação eleitoral (não por parte de enviados estrangeiros) dos fiscais da oposição for eficaz, eles vão poder detectar fraudes (ou seja, diferencas entre votos computados, eleitores inscritos e votos comunicados à central de totalização), e se eles forem grandes, pode haver aí uma fonte provável de disturbios.
Mas não sei se a oposicao está preparada para ter um fiscal praticamente em cada secao eleitoral, e depois ter acesso aos mapas de totalização.
Vai ser, em todo caso, uma coisa alucinante...
Aproveitando a dica, a matéria abaixo transmite um pouco do clima reinante naquele país, e esse cenário deve se agravar sensivelmente nas próximas semanas. Infelizmente.
Paulo Roberto de Almeida
Venezuela: Capriles acusa a Chávez por acciones de violentos contra su campaña
Infolatam Efe
Caracas, 12 septiembre 2012
El candidato de la alianza opositora de Venezuela,
Henrique Capriles, acusó hoy al jefe de Estado y aspirante a la reelección,
Hugo Chávez, de propiciar acciones violentas y generar miedo, después de que se produjeran enfrentamientos en un aeropuerto del interior del país.
Oficialistas y opositores se enfrentaron hoy a las afueras del aeropuerto Bartolomé Salom de Puerto Cabello, estado Carabobo (centro), con piedras y bombas caseras que dejaron al menos cuatro heridos leves, según diversas fuentes, horas antes de que Capriles llegara a la ciudad para un acto de campaña.
“Yo lo señalo directamente, es usted candidato del Gobierno, es usted el que quiere ese escenario, es usted el que quiere sembrar el miedo, es usted el que quiere que los venezolanos se sigan enfrentando unos con otros”, dijo Capriles en la ciudad de Puerto Cabello.
El opositor hizo los señalamientos tras su llegada a esa localidad, donde encabezó un acto proselitista en el que aseguró que debió llegar al lugar del evento en una embarcación pesquera pues desde el martes por la noche estaba en conocimiento de que “grupos radicales” iban a realizar acciones violentas en el aeropuerto de la zona.
“Esas acciones no son espontáneas, esas acciones tienen un responsable”, reiteró Capriles, quien pidió a sus partidarios no caer en provocaciones y dejar que esos grupos radicales “se queden con las ganas”, pues, según dijo, lo que pretenden es sembrar el miedo de cara a las elecciones presidenciales del 7 de octubre.
El domingo pasado Capriles suspendió un acto de campaña en una populosa parroquia del oeste de Caracas tras haber sido informado de supuestas amenazas de un grupo de simpatizantes de Chávez, según informó su equipo de campaña.
El aspirante de la oposición acusó este martes a Chávez de orquestar una “guerra sucia” en su contra después de que perdiera el apoyo de cuatro partidos de la treintena que lo respaldaba lo que atribuyó a una “compra” de organizaciones y líderes políticos por parte del comando de campaña del candidato del Gobierno.
Um comentário:
O povo argentino "pelas tampas" com Lady "K":
LA NACION
"Un masivo cacerolazo de protesta contra el Gobierno se sintió en todo el país."
http://www.lanacion.com.ar/1508376-un-masivo-cacerolazo-de-protesta-contra-el-gobierno-se-sintio-en-todo-el-pais
Vale!
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