Que direito possuem fundamentalistas, de qualquer espécie, gênero, raça, cor ou religião, de qualquer um dos cinco sexos (são só cinco, mesmo?), de me impedir de ser blasfemo, apóstata, iconoclasta, vilipendiador das crenças alheias, das idiotices coletivas, das obsessões dos puristas (ou dos desviantes), dos portadores de qualquer anomalia mental que os impede de aceitar fundamentos perfeitamente válidos da ciência empírica?
Que direito tem um juiz de me proibir de exercer meus direitos e minha liberdade?
Ninguém, pelo menos não ainda aqui no Brasil, ou em países normais (entre os quais eu NÃO incluo o Brasil, mas por outras razões), é obrigado a comprar um livro, um ingresso de cinema, a ligar a TV em qualquer canal, a procurar qualquer coisa na internet, ninguém é obrigado a fazer qualquer coisa a não ser por livre e espontânea vontade. Ou seja, se requer um ato volitivo para assistir filmes idiotas, e até moralmente abjetos, como deve ser esse lixo anti-islâmico (que eu nunca vi e nem pretendo assistir, mas não gostaria de ser proibido de fazê-lo, se por acaso eu tivesse curiosidade), se necessita um ato qualquer positivo, para fazer qualquer coisa; sem que alguém faça algo, nada acontece.
É preciso, por exemplo, convocar manifestações violentas, para que elas aconteçam, mas é preciso, por exemplo, ser muito idiota para morrer por um filme que a maioria nunca viu...
Sim, eu também tenho o direito de chamar idiotas de idiotas.
Idiota é o autor desse filme que deve ser medíocre, idiotas são aqueles que se dão ao trabalho para protestar contra ele.
Acho que estamos caindo na ditadura do politicamente correto, do dirigismo moral, do fascismo comportamental, de toda essa carolice idiota e mentalmente canhestra...
Paulo Roberto de Almeida
ALVO DE PROTESTOS
Filme anti-islâmico é proibido no Brasil
Decisão de suspender todos os vídeos que incluam trechos do filme 'A Inocência dos Muçulmanos' foi tomada pela Justiça de São Paulo
Leia também: Protestos contra vídeo considerado ofensivo ao Islã se espalham pelo mundo árabe
Multa de R$ 10 mil por dia
Addendum:
Confirmando a idiotice dos zelosos censores, e dos vigilantes da moralidade alheia:
3 comentários:
Recentemente o deputado/delegado Protógenes Queirós protagonizou uma cena "interessante" ao clamar pela proibição do filme Ted.
O deputado levou o filho pequeno para ver o filme, cuja censura é 16 anos, e ficou chocado ao ver cenas do urso consumindo bebidas alcoólicas e fumando um entorpecente.
Quis proibir o filme e, já que se tocou de que não irá conseguir por esse motivo, resolveu querer que o filme tenha classificação etária de 18 anos.
Mudando de assunto, o problema da classificação etária ser desrespeitada foi problemático em muitos países com o filme "Coraline".
O filme estava com censura 12 anos e os pais levaram crianças de qualquer idade.
Algumas cenas eram um tanto quanto fortes e muitas crianças (algumas até com os 12 anos que a censura permite) saíram do cinema aterrorizadas.
Recentemente o deputado/delegado Protógenes Queirós protagonizou uma cena "interessante" ao clamar pela proibição do filme Ted.
O deputado levou o filho pequeno para ver o filme, cuja censura é 16 anos, e ficou chocado ao ver cenas do urso consumindo bebidas alcoólicas e fumando um entorpecente.
Quis proibir o filme e, já que se tocou de que não irá conseguir por esse motivo, resolveu querer que o filme tenha classificação etária de 18 anos.
Mudando de assunto, o problema da classificação etária ser desrespeitada foi problemático em muitos países com o filme "Coraline".
O filme estava com censura 12 anos e os pais levaram crianças de qualquer idade.
Algumas cenas eram um tanto quanto fortes e muitas crianças (algumas até com os 12 anos que a censura permite) saíram do cinema aterrorizadas.
Não se pode assistir a um filme feito por um idiota – ainda mais assistido por conta das reações idiotas por ele causadas, que tentando silenciá-lo – não se pode ser contra cotas, não se pode criticar o governo, não se pode ver humor no politicamente incorreto, não se pode achar normal que crianças se xinguem ou se provoquem na escolinha... estamos criando um mundo que tenta reprimir em vez de educar e formar e depois não se sabe explicar de onde surgem os extremos.
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