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sexta-feira, 12 de julho de 2013
Bolhas: as reservas cambiais do Brasil vao se volatilizar - Francisco Lopes
Como eu também suspeitava, a partir de certo ponto na deterioração das transações correntes, o movimento se acelera, e mesmo reservas enormes como as de que o Brasil dispõe atualmente podem se dissipar rapidamente, uma vez iniciado o refluxo.
Ou seja, quando o déficit de TCs ultrapassa 4%, a coisa degringola...
Paulo Roberto de Almeida
BRASIL: A BOLHA ESPECULATIVA VAI ESTOURAR EM ALGUM MOMENTO ENTRE 2013 - 2015!
Do artigo 'Besouros e Borboletas', do economista Francisco Lopes
Valor Econômico - quinta-feira, 15 de junho de 2011
Bolhas especulativas são fenômenos complexos que não entendemos bem, mas com certeza sabemos que sempre evoluem para o colapso. Nosso palpite é que essa nossa bolha de acumulação de reservas vai estourar em algum momento entre 2013 e 2015.
É impossível saber o momento exato e a sequência exata dos eventos na ruptura, apenas sabemos que ela se tornará mais provável quando o mercado de câmbio transitar da atual posição de excesso permanente de oferta para uma posição de equilíbrio ou de excesso de demanda. Isto inevitavelmente vai resultar da deterioração continuada do déficit no balanço de pagamentos em transações correntes.
Na ruptura, os primeiros a sair tipicamente são os especuladores profissionais. O especulador sabe que nosso regime de livre flutuação na prática tem sido um regime de flutuação amortecida assimétrica. A maior volatilidade do câmbio torna menos favorável a relação risco-retorno e induz o especulador a reduzir sua posição vendida na moeda brasileira.
Esse ajuste é muito facilitado pela dimensão do nosso mercado de derivativos de dólar, que é inusitadamente grande para uma economia emergente. A grande liquidez desse mercado torna muito fácil travar qualquer posição vendida em dólar, e isso vale tanto para os especuladores profissionais como para qualquer empresa ou investidor.
Como em todo colapso de bolha, o movimento pode ser iniciado por um pequeno grupo de profissionais, mas depois se alastra rapidamente e ganha amplitude e intensidade. O resultado é uma forte e rápida depreciação da taxa de câmbio.
Da coluna diáraia do ex-prefeito Cesar Maia (12/07/2013)
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