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terça-feira, 26 de outubro de 2021

Do arco e flecha à vacina: uma evolução pouco evolutiva - Paulo Roberto de Almeida

 Do arco e flecha à vacina: uma evolução pouco evolutiva

Paulo Roberto de Almeida


A evolução da guerra: espadas, lanças e escudos; catapultas; arqueiros e lanceiros; cavaleiros; armaduras; castelos; canhões; cavalaria, infantaria; mais canhões; metralhadoras; canhoneiras, tanques; aviões; porta-aviões; bombardeiros; foguetes; bombas atômicas; mísseis; drones…

Tem espaço para algum manifesto incendiário? Algum Mein Kampf, por exemplo?

Ou apenas algum outro que proclame a luta de classes? Até a extinção de todas as classes?

Até que ponto, ou em quais condições, ideias são capazes de matar?

Algumas armas são mais sutis, como o humor, por exemplo, ou o escárnio…

Estaria bem um duelo entre Shakespeare e Machado de Assis? Ou entre Verdi e Wagner?

Que tal uma corrida de cem metros entre Schopenhauer e Nietszche? 

Ou uma competição entre Marx e Epicuro sobre como fazer da humanidade um lugar menos desumano?

Quem sabe um concurso literário entre Adam Smith e John Maynard para tornar a economia política menos lúgubre?

E assim chegamos à corrida das vacinas, na qual supostamente todos estariam engajados para o bem dos indivíduos e a felicidade geral da nação. 

Mas, não: sempre aparece algum psicopata negacionista que recusa uma prescrição tão simples quanto eficaz.

Assim marcha a humanidade…

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 27/10/2021

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