sexta-feira, 9 de junho de 2023

Sobre a atual diplomacia - Paulo Roberto de Almeida

 Nunca deixei o cérebro em casa quando ia trabalhar, nem o depositava na portaria ao adentrar no trabalho, no Itamaraty ou nos postos. Sempre expressei minha opinião, como continuo fazendo agora. Esta é uma postagem corrigida ligeiramente de postagem anterior, que julgo importante fazer, por pura honestidade intelectual.

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 9/06/2023


Vamos ser claros, quanto aos rumos da atual diplomacia e da política externa

Paulo Roberto de Almeida

Como diplomata, lamento sinceramente a atual situação angustiante de meus colegas da ativa, impedidos de defender, como poderiam e deveriam, os principios e valores tradicionais da diplomacia brasileira, de respeito ao Direito internacional, que são os da CF-1988, tendo de aderir, e apoiar, (a)os aliados ideológicos dos atuais dirigentes, mesmo aqueles engajados na violação sistemática das principais e relevantes cláusulas e artigos da Carta da ONU, aqueles que sabemos extamente quais e quem são, mas que são os amigos do atual governo.

Depois de quatro anos de condução demencial da diplomacia profissional, pelos novos bárbaros da bolsodiplomacia, voltamos a uma diplomacia altamente enviesada, inclinada a aliar-se a teses miseráveis, supostamente comprometidas com a criação de uma “nova ordem mundial”, como se esta, claramente ocidental, fosse prejudicial ao Brasil. 

O Brasil se desqualifica no plano de sua credibilidade diplomática pela obsessão antiamericana dos seus atuais dirigentes, com essa aliança informal a criminosos de guerra e violadores sistemáticos do Direito Internacional. 

Minha solidariedade aos diplomatas profissionais, esperando que eles mantenham a dignidade da carreira, mesmo em situações adversas como a da presente deriva sectária do lulopetismo diplomático.

Paulo Roberto de Almeida 

Brasilia, 7/06/3023

Um comentário:

  1. Tudo muito triste. O petismo, tal qual o bolsonarismo, só nos deixará livres de passar vergonha internacional quando não eleger um dos seus para o executivo novamente. Até lá, nos resta (pelo menos a mim) criticar e esperar.

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