Nunca deixei o cérebro em casa quando ia trabalhar, nem o depositava na portaria ao adentrar no trabalho, no Itamaraty ou nos postos. Sempre expressei minha opinião, como continuo fazendo agora. Esta é uma postagem corrigida ligeiramente de postagem anterior, que julgo importante fazer, por pura honestidade intelectual.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9/06/2023
Vamos ser claros, quanto aos rumos da atual diplomacia e da política externa
Paulo Roberto de Almeida
Como diplomata, lamento sinceramente a atual situação angustiante de meus colegas da ativa, impedidos de defender, como poderiam e deveriam, os principios e valores tradicionais da diplomacia brasileira, de respeito ao Direito internacional, que são os da CF-1988, tendo de aderir, e apoiar, (a)os aliados ideológicos dos atuais dirigentes, mesmo aqueles engajados na violação sistemática das principais e relevantes cláusulas e artigos da Carta da ONU, aqueles que sabemos extamente quais e quem são, mas que são os amigos do atual governo.
Depois de quatro anos de condução demencial da diplomacia profissional, pelos novos bárbaros da bolsodiplomacia, voltamos a uma diplomacia altamente enviesada, inclinada a aliar-se a teses miseráveis, supostamente comprometidas com a criação de uma “nova ordem mundial”, como se esta, claramente ocidental, fosse prejudicial ao Brasil.
O Brasil se desqualifica no plano de sua credibilidade diplomática pela obsessão antiamericana dos seus atuais dirigentes, com essa aliança informal a criminosos de guerra e violadores sistemáticos do Direito Internacional.
Minha solidariedade aos diplomatas profissionais, esperando que eles mantenham a dignidade da carreira, mesmo em situações adversas como a da presente deriva sectária do lulopetismo diplomático.
Paulo Roberto de Almeida
Brasilia, 7/06/3023