quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Pesquisa - O ensino e a pesquisa sobre África e América Latina nos cursos de graduação em Relações Internacionais no Brasil - Jessica da Silva C. de Oliveira (PUC-MG, Poços de Caldas)

Pesquisa - O ensino e a pesquisa sobre África e América Latina nos cursos de graduação em Relações Internacionais no Brasil
Prezado(a)(e),

É com alegria que compartilhamos este questionário vinculado ao projeto de pesquisa intitulado "Os estudos sobre África e América Latina nos
cursos de graduação em Relações Internacionais no Brasil”, financiado
pelo fundo de incentivo à pesquisa acadêmica da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Edital FIP 2024/30724) e sob a coordenação da Prof. Dra. Jessica de Oliveira (PUC Minas Poços de Caldas). Abaixo disponibilizamos um breve resumo do projeto, em curso desde fevereiro de 2023, e dos objetivos deste questionário.

Antes de mais nada, agradecemos pelo seu tempo e reflexões compartilhados no contexto deste formulário e de eventuais outras trocas que possamos realizar futuramente!

O presente estudo tem como objetivo mapear a
evolução do campo de estudos das Relações Internacionais (RI) no Brasil, tanto
em seu aspecto epistemológico mais amplo como em seu aspecto pedagógico,
através do exame da presença ou ausência de conteúdos de África e
América Latina e das interseções com a formação econômica, cultural e social do
Brasil nos cursos de graduação em Relações Internacionais do país. Coloca-se
como problema de pesquisa: tendo em vista a geopolítica do conhecimento que
marca o surgimento e a disseminação do campo de RI, de maneira geral, e o
recente estabelecimento das DCNs (Diretrizes Curriculares Nacionais) da
graduação em RI no Brasil, como tem se dado o ensino e a pesquisa no que
concerne ao estudo de África e América Latina e as interseções étnico raciais,
históricas e culturais afro-brasileiras, africanas e latinomericanas desde
2018?

O mapeamento aqui proposto – inédito, até onde
se sabe – visa produzir um panorama do conteúdo programático dos cursos de
graduação em RI ao redor do Brasil em seu componente regional, historiográfico
e teórico - considerando o recorte temático focado no lugar do ensino de África
e América Latina na formação de internacionalistas no Brasil. A preocupação central aqui é mapear e
compreender as potencialidades e dificuldades do ensino e da pesquisa, de
maneira geral, e buscar observar os possíveis impactos do estabelecimento das
DCNs da graduação em RI no Brasil, com sua menção explícita à necessidade de conferirmos
atenção às interseções étnico raciais, históricas e
culturais afro-brasileiras – e, acrescentamos, latinoamericanas. Busca-se, ainda, um
engajamento crítico inspirado nas perspectivas pós- e decoloniais acerca do
estado da arte da formação em RI no Brasil e das alternativas ao reconhecido
eurocentrismo da disciplina mesmo quando pensada para além do Atlântico Norte.

Um recente estudo nos apresenta dados importantes sobre a formação e evolução do campo das RI no Brasil (Maia, 2019), tendo sido identificado que apenas 14% dos cursos
de graduação em RI ofereciam conteúdos de educação das relações étnico-raciais
e 34% dos cursos contemplavam temáticas relacionadas a direitos humanos. Tais
dados se tornam ainda mais alarmantes quando avançamos até o artigo 4 das DCNs,
que estabelece que o/a profissional de RI deve ter “capacidade de compreensão
de questões internacionais no seu contexto político, econômico, histórico,
geográfico, estratégico, jurídico, cultural, ambiental e social, orientada por
uma formação geral, humanística e ética”, ou seja, sensibilidade aos contextos
e às especificidades locais.

Metodologia: O estudo está sendo conduzido através do levantamento e análise de projetos pedagógicos de curso, grades curriculares e planos de ensino em voga em instituições de ensino superior (IES) em modalidade presencial nas cinco regiões do país. O presente questionário tem como objetivo auxiliar na construção deste panorama qualitativo e reflexivo/reflexivista, estabelecendo aqui um espaço para registro das experiências e percepções de docentes e pesquisadore(a)s cujas atividades acadêmicas de ensino e/ou pesquisa estejam diretamente ou transversalmente relacionadas com África e América Latina - seja enquanto recortes de área/espaciais/temáticos seja enquanto loci de enunciação.

Adicionalmente, com vistas a aprofundar as reflexões sobre a temática, propõe-se ainda um segundo movimento no âmbito deste
estudo, a saber: a formação de um grupo focal composto por docentes e pesquisadore(a)s de Relações
Internacionais situado(a)s em IES de diferentes regiões do país e atualmente
envolvido(a)s com estudo e o ensino de África e América Latina nas RI. Com
isso, espera-se viabilizar um espaço para diálogo e troca de experiências no
que tange às potencialidades e desafios de pensar o internacional e o global no
Brasil para além do Atlântico Norte e do Eurocentrismo que marca a disciplina.

[Você poderá sinalizar seu interesse e disponibilidade para participar da dinâmica de grupo focal ao final deste questionário.]

--
Esclarecemos ainda que o uso das informações aqui registradas será apenas em termos de
um mapeamento com fins de gerar reflexões sobre a temática. Não pretendemos
divulgar os nomes das universidades e colegas profissionais sem autorização prévia.
Em caso de dúvidas ou sugestões, ficaremos felizes em receber seu contato: jessicascoliveira@gmail.com ou jessicas@pucpcaldas.br; (35)99775-6767 (Whatsapp).

Com gratidão,

Jessica da Silva C. de Oliveira [Prof. do curso de Relações Internacionais da PUC Minas Poços de Caldas] & Nataly Mayla de Sá Barbosa [Graduanda do curso de Relações Internacionais da PUC Minas Poços de Caldas]

Para responder à pesquisa:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfyzoIZrn-y5TcefDgM-WvKj15hCDweaT1RYMzHA8QpPHrXnA/viewform 

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