O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quarta-feira, 15 de março de 2017

Estudos de Defesa: encontros regionais da ABED

Comunicado hoje recebido, mesmo não sendo mais associado da ABED (desisti quando eles fizeram um desses comunicados horrorosos em defesa dos bandidos totalitários, contra o "governo golpista"), sobre os encontros regionais este ano:

Prezadas(os) associadas(os),

O Ministério da Defesa acaba de publicar, para consulta pública, as minutas dos novos documentos de defesa brasileiros.

As minutas do Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN), da Estratégia Nacional de Defesa (END) e da Política Nacional de Defesa (PND) precisam ainda ser aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pela Presidência da República para que sejam formalizadas.

Conforme divulgação recente acerca das propostas da ABED para os Encontros Regionais de 2017, o tema geral dos ERABEDs será “Os Novos Documentos de Defesa do Brasil: avaliando as novas versões da Política Nacional de Defesa, da Estratégia Nacional de Defesa e do Livro Branco de Defesa Nacional”.

Para tanto, os ERABEDs serão organizados a partir das seguintes diretrizes:

1)    O caráter regional deverá ser o princípio organizador fundamental dos ERABEDs. As instituições organizadoras devem buscar o diálogo com as demais instituições de sua região, a fim de promover o intercâmbio institucional e transdisciplinar para promoção dos Estudos de Defesa;
2)    A ABED se comprometerá com a organização de, pelo menos, uma mesa-redonda ou conferência acerca do tema central dos ERABEDs 2017 “Os Novos Documentos de Defesa do Brasil”;
3)    Além de mesas-redondas e/ou conferências, os ERABEDs receberão painéis para apresentação de trabalhos de docentes e pós-graduandos e pôsteres de iniciação científica para trabalhos de graduandos;
4)    Os melhores trabalhos apresentados nos painéis receberão isenção (uma por trabalho) da taxa de inscrição e serão apresentados em uma mesa especial no X Encontro Nacional da ABED, a se realizar em 2018.

Como forma de estímulo da discussão do tema “Os Novos Documentos de Defesa do Brasil”, a ABED sugere diferentes instâncias de discussão, a fim de aprimorar os trabalhos e possibilitar discussões amplas e profundas:
1ª- discussões internas, nas próprias instituições de ensino superior;
2ª discussões já em formato de papers em produção / finalizados nos ERABEDs;
3ª submissão de trabalhos para uma edição temática da Revista Brasileira de Estudos de Defesa (RBED), a ser publicada no final de 2017.

Como resultado, espera-se que os produtos finais, já tendo passado por diferentes instâncias de discussão, tragam resultados de alto rigor metodológico e científico.

A minuta do Livro Branco de Defesa Nacional pode ser acessada aqui ou no site do Ministério da Defesa, pelo endereço http://www.defesa.gov.br/arquivos/2017/mes03/livro_branco_de_defesa_nacional_minuta.pdf.

As minutas da Política Nacional de Defesa e da Estratégia Nacional de Defesa podem ser acessada aqui ou no site do Ministério da Defesa, pelo endereço http://www.defesa.gov.br/arquivos/2017/mes03/pnd_end.pdf.

Atenciosamente,
Diretoria ABED 2016-2018

terça-feira, 12 de julho de 2016

IX ENABED e nova Diretoria da Associacao Brasileira de Estudos de Defesa (2016-2018)

A Associação Brasileira de Estudos de Defesa realizou, entre os dias 06 e 08 de julho de 2016, o seu IX Encontro Nacional. O encontro foi correalizado pelo curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina, e aconteceu no campus de Florianópolis (SC).

Foram, ao todo, 253 trabalhos apresentados, 45 pôsteres de iniciação científica, 8 mesas-redondas, 8 minicursos e 2 conferências. A qualidade e a evolução dos trabalhos apresentados no IX ENABED foram observadas pelos participantes do evento.

Esta Diretoria agradece a Universidade Federal de Santa Catarina, todos os convidados, organizadores e participantes deste que, com certeza, foi um dos ENABEDs de maior sucesso de nossa associação.

Desejamos à chapa eleita na Assembleia Ordinária, realizada no dia 07 de julho de 2016, que tenha sucesso em sua gestão à frente da ABED. Parabenizamos o novo Presidente-Eleito, prof. Alcides Costa Vaz, em nome de toda a comunidade abediana.

Seguem abaixo os nomes da nova Diretoria eleita:

Presidência: Alcides Costa Vaz (Universidade de Brasília)
Vice-Presidência: Wanderley Messias da Costa (Universidade de São Paulo)
Secretaria Executiva: Lucas Pereira Rezende (Universidade Federal de Santa Catarina)
Secretaria Adjunta: Flávio Pedroso (Universidade Federal de Uberlândia)
Diretoria de Relações Institucionais: Thiago Moreira de Souza Rodrigues (Universidade Federal Fluminense)
Diretoria Financeira: Paulo Gustavo Pellegrino Correa (Universidade Federal do Amapá)
Diretoria Financeira Adjunta: Érica Cristina Alexandre Winand (Universidade Federal de Sergipe)

Conselho Fiscal: Maria Celina D`Araujo (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e Sabrina Evangelista Medeiros (Escola de Guerra Naval).

Informamos que a nova Diretoria (2016-2018) tomará a frente da ABED a partir do dia 06 de setembro de 2016, quando se encerrará o mandato da atual gestão. Até lá, as duas Diretorias atuarão de forma conjunta para realizar a transição da gestão de nossa associação.

Atenciosamente,

Diretoria ABED (2014-2016)

sexta-feira, 18 de março de 2016

Nota ambigua (ou vergonhosa?) da Associacao de Estudos de Defesa - estou me desfiliando (PRA)

A nota abaixo, de uma Associação da qual faço parte, e de cujos congressos já participei, é pelo menos ambígua, e me parece estar mais na linha auxiliar do que na defesa dos valores e princípios que estão na Constituição e que deveriam, supostamente, guiar as ações de uma associação que precisaria estar atenta sobre as fontes reais de "agravamento da crise política brasileira".
Estou me desfiliando dessa associação pelos motivos seguintes:
Em nenhum momento, a ABED se pronuncia sobre as fontes desse agravamento que têm por origem fatos notórios de inépcia na condução da política econômica nacional, cujas medidas estúpidas -- alertadas pelos melhores economistas do país desde muitos anos -- levaram o Brasil, e a população trabalhadora, à MAIOR CRISE ECONÔMICA jamais conhecida em nossa história econômica.
Em nenhum momento há menção à palavra CORRUPÇÃO, que está também notoriamente na origem dos processos de investigação, de indiciamento e de condenação de líderes empresariais e de dirigentes políticos do Partido dos Trabalhadores, e de partidos avassalados à sua causa totalitária, e que suscitaram a ação absolutamente normal e republicana do MPF e da PF, e a justa indignação da cidadania, ao constatar que o Brasil, suas agências públicas estavam sendo ASSALTADAS desde 2003 pelos mafiosos do partido totalitário.
Em nenhum momento, essa nota VERGONHOSA da ABED menciona a crise econômica, que está na raiz da crise política que ela aponta de forma absolutamente enviesada (sem mencionar a falcatrua revelada no financiamento ilegal e criminoso de TODAS as campanhas eleitorais do partido totalitário desde o início desta fase vergonhosa da vida política brasileira).
Essa nota é INACEITÁVEL, sob todos os pontos de vista, e estou encaminhando agora mesmo a minha desfiliação de uma associação que é míope, que é conivente, e que de fato é uma aliada objetiva dos corruptos políticos, dos delinquentes morais, dos ineptos econômicos e dos corruptos absolutos que assaltaram o Brasil.
Não pretendo conviver com pessoas que distorcem a realidade, que são lenientes com criminosos políticos, com mafiosos de alto coturno, que pretendem passar a mão por cima do espetáculo de degradação moral a que o Brasil e a sua cidadania foram submetidos pela ação dos bandidos  que nos (des)governam atualmente.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 18 de março de 2016

NOTA PÚBLICA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DE DEFESA (ABED) SOBRE O AGRAVAMENTO DA CRISE POLÍTICA BRASILEIRA

É com grande preocupação que assistimos aos novos episódios que acirram a atual crise política em nosso país.

Lembrando que apenas há pouco mais de três décadas o Brasil retornou à normalidade democrática, repudiamos ações que, de quaisquer origens, pautem-se pela quebra da legalidade e da democracia.

Enfatizamos, portanto, que a busca pelo fim da crise política passa pela manutenção ininterrupta do Estado Democrático de Direito, pelo respeito às Instituições, pela manutenção do direito democrático a manifestações livres e pacíficas e pela recusa a qualquer ato de força.

A divisão equilibrada dos Poderes é um dos ganhos mais importantes para a sociedade brasileira advindo da Constituição de 1988, e deve ser observada no atual momento político brasileiro.

Diretoria da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (2014-2016)

Niterói, 18 de março de 2016.

Associação Brasileira de Estudos de Defesa
http://www.abedef.org/

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Revista Brasileira de Estudos de Defesa - artigo Paulo Roberto de Almeida

Acabo de receber, via email, o anúncio da publicação de mais um número da revista da ABED.
Tem um artigo meu, como se pode constatar abaixo, neste link:
http://seer.ufrgs.br/index.php/rbed/article/view/52996
Paulo Roberto de Almeida 

Revista Brasileira de Estudos de Defesa  
v. 2, n. 1, jan.-jun. 2015, ISSN: 2358-3932

Sumário

Editorial PDF
Lucas Pereira Rezende

Ensaios

Os imperialismos europeus e o impacto econômico das guerras globais do século XX PDF
Paulo Roberto de Almeida

Artigos

Política de Defesa é uma Política de Governo PDF
Gunther Rudzit, Guilherme Stolle Paixão e Casarões
Apoio Logístico Integrado: Peculiaridades da Indústria de Defesa e Tecnologia PDF
Heitor Freire de Abreu
Reflexiones sobre la relación entre la comunidad académica de defensa y el CDS PDF
Marina Vitelli
Terrorismo: a Contínua Busca por uma Definição PDF
Lucas Pereira Rezende, Natália Diniz Schwether
Atentados Terroristas em Eventos Esportivos: um Alerta para o Brasil PDF
Marcelo Zawadzki, Amaury Caruzzo, Gilberto Montibeller, Mischel Carmen Neyra Belderrain
O Poder Naval na Construção do Poder Marítimo Brasileiro PDF
Camila Cristina Ribeiro Luis
O corpo feminino, frágil, malsão: um estudo do habitus de gênero dos militares combatentes do Exército Brasileiro PDF
Suzana Marly da Costa Magalhães, Ana Lídia de Andrade Conceição
La Cooperación de los Ejércitos Argentino y Brasileño desde Fines del Siglo XX PDF
Guillermo Lafferriere, Germán Soprano
O Novo Paradigma da Segurança na África: a Estratégia Securitária Regional Angolana PDF
Luis Manuel Brás Bernardino

Resenhas

Pimentel, Fernando. O fim da Era do Petróleo e a Mudança do Paradigma Energético Mundial: Perspectivas e Desafios para a Atuação Diplomática Brasileira. Brasília: FUNAG, 2011 PDF
Graciela de Conti Pagliari, Tiago Gabriel Tasca

==========

Os imperialismos europeus e o impacto econômico das guerras globais do século XX

Paulo Roberto de Almeida

Resumo

Ensaio de caráter histórico e analítico sobre os custos econômicos das guerras globais do século XX, a partir dos conflitos provocados pelos imperialismos europeus e pelo militarismo japonês. Depois de breve síntese sobre a ascensão das principais potências europeias à preeminência mundial, são apresentados alguns dados relativos aos orçamentos militares e os próprios custos das duas guerras mundiais, que provocaram severos processos inflacionários e o fim da dominação hegemônica da Europa sobre o resto do mundo.

Palavras-chave

guerras globais; impacto econômico; imperialismos europeus; poder militar.

Texto completo: PDF

domingo, 7 de outubro de 2012

Dialogo entre militares e academicos: um bom comeco


Rio de Janeiro, 05 de outubro de 2012.

ABED e ECEME: diálogo aberto

Na quinta-feira, dia 4 de outubro, o presidente da ABED, Manuel Domingos Neto, visitou a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), onde foi recebido pelo comandante da instituição, general-de-brigada Sérgio José Pereira, e pelo diretor do Instituto Meira Mattos, coronel Richard Fernandez Nunes. A visita foi organizada pela professora Adriana Marques, da ECEME.

No encontro foi debatida a inserção dos Estudos de Defesa e das Ciências Militares no mundo acadêmico brasileiro. O diretor do recém-criado Instituto Meira Mattos apresentou de forma entusiasmada os principais aspectos desta entidade de pesquisa, cuja existência se entrelaça com as preocupações da ECEME relativas à oferta de ensino de pós-graduação devidamente validado pela CAPES. Dentre diversas personalidades civis de destaque que colaboram com este empreendimento está o vice-presidente da ABED, professor Eliezer Rizzo de Oliveira. A secretária-adjunta da ABED, professora Adriana Marques, teve ativo papel na articulação do referido programa de pós-graduação.

O Comandante da ECEME revelou novidades da maior relevância não apenas para os alunos desta entidade de altos estudos militares, mas também para o conjunto de pesquisadores da ABED:  a desclassificação de centenas de monografias defendidas na Escola e a reorganização da Biblioteca da ECEME, que dispõe de acervo de obras raras formado por doações de antigos oficiais do Exército.

O general Sérgio, reconhecendo o papel da ABED quanto ao desenvolvimento dos estudos estratégicos para o país, assegurou ao professor Manuel Domingos que a ECEME estimulará a participação de seus alunos e professores no VII ENABED, que será realizado em Belém-PA, em 2013. O Comandante manifestou ainda desejo de discutir promoções conjuntas, obtendo resposta positiva e entusiástica do presidente da ABED

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Uma lagrima para...Geraldo Lesbat Cavagnari

Nota da Associação Brasileira de Estudos de Defesa: 


É com pesar que comunicamos o falecimento, ontem em Campinas, de Geraldo Lesbat Cavagnari Filho. 
Especialista em Estratégia e pesquisador da Unicamp. Fundador e coordenador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp e professor convidado do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da USP. Doutor emCiências Militares pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e analista em Inteligência Estratégica pela Escola Nacional de Inteligência. Cavagnari foi introdutor dos estudos estratégico-militares na universidade brasileira. 
Cavagnari foi Coronel do Exército Brasileiro e estudioso da Estratégia Militar, matéria de sua paixão. Participou da criação do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, com o apoio dos amigos Elizer Rizzo, René Dreyfuss, Galeno de Freitas e José Aníbal. O núcleo foi criado pelo reitor José Aristodemo Pinotti. Foi  diretor científico do NEE onde contribuiu para a formação de diversos pesquisadores.
É parte importantíssima da História dos Estudos Estratégicos no Brasil.
O velório no Cemitério da Saudade, em Campinas, se encerrará às 15 horas de 14/09  e eeu corpo será cremado em São Paulo.

A Diretoria

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Estudos de Defesa: encontro em Fortaleza (agosto 2011)

Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED)

V Encontro Nacional
(ENABED V)
Fortaleza, de 8 a 10 de agosto de 2011

Democracia, Defesa e Forças Armadas


A ABED informa que foi concluído o processo seletivo referente aos simpósios temáticos para o ENABED V. Os seguintes temas foram selecionados:

Simpósios Temáticos
·         Atlântico Sul: espaço estratégico de cooperação e desafios de segurança.
·         Base Logística de Defesa
·         Bloqueio Tecnológico: Indústria de Defesa, Ciência e Tecnologia, Políticas Públicas e Política Internacional
·         Cultura Estratégica e de Defesa Comparada na América do Sul
·         Defesa e a Ordem Legal
·         Defesa e Forças Armadas na Amazônia Brasileira
·         Educação e Formação Militar
·         Educação, Doutrina Militar e Regimes Políticos
·         Em busca da paz securitária: As ações do Rio de Janeiro e a utilização das forças militares em ambientes urbanos interestatais.
·         Gênero, Sociedade e Forças Armadas
·         História Militar
·         Novos conflitos internacionais: guerra e estudos estratégicos no século XXI
·         Os desafios da atividade de inteligência no século XXI
·         Política Externa estadunidense e seus reflexos para a América do Sul
·         Reconhecimento de territórios de ocupação tradicional indígena: dilemas e impasses em regiões de fronteiras nacionais ou/e em terras com alto valor comercial
·         Sociologia das Forças Armadas

OBS: As ementas serão divulgadas oportunamente. As inscrições de trabalhos serão iniciadas em janeiro, ocasião em que instruções específicas serão divulgadas

domingo, 25 de abril de 2010

2083) Encontro Nacional da Associacao de Estudos de Defesa, Brasilia, julho

IV Encontro Nacional da ABED (ENABED IV)

A Associação Brasileira de Estudos da Defesa, ABED, realizará seu IV Encontro Nacional (ENABED IV) na Universidade de Brasília, no período de 19 a 21 de julho de 2010. Tema geral do evento: "A Defesa e a Segurança na América do Sul".
(site do Encontro)

Os Encontros anteriores, de 2007 a 2009, poderão ser visitados no site da ABED.

Sessões Temáticas e Ementas
Sessões Temáticas – Temas e Coordenadores (ver Ementas abaixo do quadro)

STs-ENABED4A

Ementas das Sessões Temáticas:

1. Migrações, fronteiras e meio ambiente: novas questões de Segurança?
Coordenador: Alcides Costa Vaz (UNB)
Ementa: Esta sessão visa discutir questões regionais que redefinem a dinâmica da segurança regional, possivelmente impondo a ampliação do próprio conceito de segurança regional. Entre os temas a serem examinados, figuram as implicações dos padrões recentes de migração para as interações entre os países sul-americanos, as pressões de movimentos ambientalistas sobre as políticas públicas regionais e a busca de entendimentos visando a melhora dos controles sobre os fluxos fronteiriços.

2. A Defesa Nacional e a Academia.
Coordenador: Delano Menezes (ESG)
Ementa: A Escola Superior de Guerra pretende ser a instituição capaz de assumir esse papel utilizando à larga experiência na atividade reflexiva dos grandes problemas nacionais e ampliando a sua relação com o mundo acadêmico. Com adequado revigoramento de seus quadros pretende ser depositária dos conhecimentos sobre defesa dispersos na Academia, além de exercer um papel de coordenação na circulação desse conhecimento.
Com este objetivo está sendo criado na ESG o Centro de Coordenação de Projetos Avançados de Defesa (COPAD) para incrementar as relações com o mundo acadêmico e com os institutos de pesquisas tecnológicas, conforme estabelece a novel Estratégia Nacional de Defesa, além de prover o Ministério da Defesa de recursos capazes de responder-lhe as grandes indagações necessárias ao planejamento e à execução da Defesa Nacional. O COPAD poderá vir a ser responsável pela gestão e pelo provimento de fundos destinados à pesquisas acadêmicas, à iniciativa privada e laboratórios nacionais, a fim de responder adequadamente às “GRANDES INDAGAÇÕES” do MD, vindo a tornar-se, no futuro, uma agencia financiadora de projetos de pesquisas para a Defesa.
O COPAD coordenará as ações e observações de dois Institutos, o Instituto de Análise de Política e Estratégia de Defesa (IAPED) e o Instituto de Análise de Ciência e Tecnologia de Defesa (ICTED). Estes dois órgãos estarão encarregados de observar os projetos de pesquisa, os textos e as publicações que circulam no meio acadêmico e que possam ser do interesse da Defesa Nacional, ou que contribuam para as respostas às indagações do MD sem, no entanto, ter a pretensão de avaliá-los.
O COPAD fará também a interface da visão política observada pelo (IAPED) e a os objetivos dos projetos de pesquisas tecnológicas observados pelo (ICTED). As conclusões resultantes desse trabalho serão encaminhadas ao Ministério da Defesa para sua deliberação.
Serão bem-vindos estudos e pesquisas sobre o impacto dessa iniciativa do MD no meio acadêmico e as formas de como a Academia poderá se inserir no projeto.

3. História militar.
Coordenadores: Eduardo Svartman (UPF) e José Miguel A. Neto (UEL).
Ementa: A sessão temática proporciona espaço de divulgação de pesquisas e debate sobre as dimensões empíricas, teóricas e historiográficas da História Militar em sentido amplo. Contempla tanto investigações a respeito dos temas clássicos, como análises de batalhas e estratégias militares, quanto questões pertinentes à formação, estruturação e transformações das Forças Armadas ao longo do tempo. Contempla, ainda, as relações entre Forças Armadas e o sistema político e a sociedade em que se inserem.

4. Gênero, Paz e Forças Armadas.
Coordenador: Érica Simone Almeida Resende (UERJ)
Ementa: Destaque às temáticas de gênero na reflexão sobre as realidades de defesa e de segurança na América do Sul. Apesar de sua entrada relativamente tardia nos estudos de segurança e defesa, as perspectivas de gênero têm contribuído para a compreensão de fenômenos importantes como conflito, segurança, militarização e pacificação. Com efeito, a incorporação do conceito de gênero por diversos pesquisadores nas áreas de Segurança, Defesa, Estratégia e Relações Internacionais tem contribuído para a problematização das relações entre homens e mulheres, e das representações do masculino e do feminino em conflitos, para as análises relativas à reprodução de hierarquias patriarcais e masculinas, para resgatar a participação das mulheres nos processos de construção de paz etc. Como incentivo ao diálogo entre os estudos feministas e/ou de gênero e os estudos de defesa e segurança, assim como Estudos Estratégicos em geral, a presente sessão busca propostas que deem visibilidade às questões de gênero em suas investigações a respeito da segurança regional e/ou internacional, política de defesa brasileira, Forças Armadas, operações de paz, situações de conflito e de violência nas relações internacionais, entre outros assuntos.

5. A Comunidade Sul-Americana na Área dos Estudos Estratégicos.
Coordenador: Eurico de Lima Figueiredo (UFF)
Ementa: A sessão volta-se para a formação, ainda bastante incipiente, da comunidade sul-americana de estudiosos dedicados às questões de defesa e segurança. O Brasil conhece pouco o pensamento estratégico de seus vizinhos; reciprocamente, nossos vizinhos também pouco nos conhecem. Serão bem vindos estudos e pesquisas sobre as singularidades dos diversos países no continente no âmbito da temática em questão, assim como trabalhos que pensem e proponham a necessidade de criar e fortalecer os elos de intercâmbio de ideias e experiências entre os pesquisadores da região.

6. Guerras de Quarta Geração.
Coordenadores: Francisco Carlos Teixeira (UFRJ) e Sabrina Medeiros (EGN).
Ementa: Desde a Paz de Westfalia, o monopólio do uso da força é exercido pelos Estados de forma organizada, o que tem sido objeto de contestação em tempos mais recentes, quando algumas tendências teóricas têm proposto a discussão de uma nova face da guerra – as chamadas Guerras de Quarta Geração (4th Generation Wars). Autores como Thomas Hammes e William Lind reivindicaram a presença de gerações distintas de guerra, de combates diferenciados pela evolução de algumas de suas características, que teriam modificado substancialmente os procedimentos e táticas de cada um destes tempos geracionais. Embora outros autores qualifiquem as guerras contemporâneas como sendo tradicionais e voltadas a novos tipos de insurgência, pode-se dizer que, haja vista as novas perspectivas de segurança nacional e internacional, terrorismo e assimetria são conceitos que permeiam estas novas definições para um objeto muito antigo, a própria guerra. Propostas de trabalho sobre as novas configurações das guerras de quarta geração, os desafios para o estabelecimento dos acordos internacionais, questões relativas à segurança internacional e à defesa nacional, serão bem vindas à sessão temática.

7. Forças Armadas e Sociedade na América do Sul.
Coordenadores: João Roberto (UFSCar) e Renato Lemos (UFRJ).
Ementa: A Sessão Temática aceitará trabalhos voltados para a análise das relações militares-política. Tomam-se por militares os membros das Forças Armadas e polícias militares. Cabem na sessão trabalhos sobre países específicos da América do Sul ou estudos comparados sobre temas como questões internas às corporações militares - recrutamento, violência disciplinar, restrições à liberdade de opinião, inclusão e discriminação de gênero, expansão de instalações em direção a áreas indígenas etc. - e relativas a momentos históricos em que os militares, enquanto corporação, estiveram no centro do poder, como as ditaduras do Estado Novo e pós-1964: concepções de Estado e sociedade, processos de transição, heranças das ditaduras, posição em face da responsabilização penal por práticas de violência física e simbólica, como a revisão da lei de anistia de 1979, etc.

8. Cerceamento Tecnológico – Indústria de Defesa, C& T e Política Internacional.
Coordenador: Luis Pedone (UFF)
Ementa: Essa sessão temática procura abordar os principais problemas e desafios relacionados com o cerceamento tecnológico à indústria de defesa no Brasil. As indústrias aeroespacial, nuclear, química e biológica têm sido sistematicamente impedidas de desenvolver tecnologias e produtos importantes para o desenvolvimento brasileiro em sua dimensão de defesa nacional, em vista das restrições contidas nos mecanismos unilaterais de cerceamento tecnológico e de bloqueio de comercialização de bens e tecnologias sensíveis, impostos pelos países desenvolvidos ao Brasil. Essa sessão procurará expor as principais respostas dadas pela Estratégia Nacional de Defesa e pelas políticas de ciência e tecnologia subsequentes à EDN nos últimos anos. A tudo isso soma-se a dimensão de política externa brasileira e de política internacional na qual o país está inserido: adesão e incorporação de normas internacionais à legislação nacional, regimes e acordos internacionais que normatizam as indústrias referidas acima. Essa sessão busca, ao final, abordar como poderão as agências e setores afetados programar ações que procurem mitigar ou sanar as consequências do cerceamento imposto por estes mecanismos unilaterais e como poderá o Governo Brasileiro desenvolver ações em foros internacionais buscando superar os desafios.

9. O Poder Legislativo e a Defesa Nacional.
Coordenador: Márcio Rocha (UNIFA)
Ementa: A sessão temática tem como foco a participação do Poder Legislativo na elaboração de políticas públicas voltadas para a Defesa Nacional. A Sessão privilegiará estudos e pesquisas abordando o Legislativo e o emprego das Forças Armadas; o Legislativo e a Ciência e Tecnologia de Defesa; o Legislativo e o desenvolvimento da Indústria de Defesa; o Legislativo o Orçamento de Defesa; e o Legislativo e o fortalecimento das atividades de Inteligência Estratégica, entre outras questões igualmente significativas.

10. Iniciativas de Cooperação Sul-Americana no Campo da Defesa e Segurança Internacional: Experiências com Operações de Paz.
Coordenador: Sérgio Luiz Cruz Aguilar (UNESP/GAPCon - UCAM)
Ementa: Aspectos históricos e políticos das iniciativas de cooperação sul-americana no campo da defesa e da segurança internacional, com especial ênfase nas experiências com Operações de Paz, não só no espaço sul-americano (relativamente escassas), como as que contaram com a participação de contingentes da região em outras partes do mundo. Incentiva-se a ênfase na atual experiência no Haiti, com a MINUSTAH.

11. Educação e Formação militar.
Coordenador: Tânia Godoy (AFA).
Ementa: Esta sessão temática aceitará trabalhos que apresentem reflexões acerca dos fundamentos pedagógicos, das questões doutrinárias e do ambiente educacional na formação dos quadros, habilitações ou serviços que compõem as Forças Armadas brasileiras e as Forças dos países da América do Sul. A preocupação desta sessão é a de elucidar aspectos alinhados aos desafios presentes e futuros na composição dos recursos humanos das Forças Armadas sul-americanas, tanto no aspecto do preparo e das condições objetivas para o exercício da defesa de seus países isoladamente ou de possibilidades conjuntas, convivendo com a tradição castrense de considerar a formação educativa militar um elemento pautadamente voltado a imprimir seu ideário, sua história oficial, a repetição de seus ritos e o enaltecimento de seus vultos heroicos constituídos. Dessa maneira, a preocupação da Educação e Formação militar não se resume apenas à formação da oficialidade das Forças Armadas, mas também a de seus graduados e praças, além dos profissionais militares dos quadros complementares.

12. Estudos Estratégicos no mundo contemporâneo: novas ameaças e novas abordagens.
Coordenador: William de Sousa Moreira (UFF/EGN)
Ementa: Ao final da primeira década do séc. XXI, os Estudos Estratégicos se defrontam com desafios de magnitude. Questiona-se suas bases realistas, sua adequação frente aos novos conceitos de segurança e às ameaças do presente, distintas das que caracterizaram o período da Guerra Fria. Particularmente, os debates sobre as tão citadas "novas ameaças" ganham atualidade e são carregados de complexidade. Quais são elas e o que as distingue em relação às "velhas ameaças"? E, antes ainda, em termos objetivos, qual, afinal, o conceito de "ameaça"? A "abordagem realista", que fundamenta em geral a análise estratégica, é ainda determinante no campo conceitual relativo às "ameaças"? Em que medida devem os Estudos Estratégicos incorporar contribuições de novos paradigmas, como "segurança humana" e "meio ambiente", na reflexão e pesquisa sobre a problemática? Mais: como fazer a ponte entre a teoria e a prática, notadamente quando se tem em mente as "ameaças" que incidem sobre a região sul-americana? Serão bem-vindas propostas de trabalhos que possam trazer contribuições ao assunto, enriquecendo paradigmas, abordagens, metodologias e inter-relações com outras áreas do conhecimento.

Mesas Redondas - Tema - Presidentes
1. Forças Armadas, sociedade e política na América do Sul.
Eliézer Rizzo de Oliveira (UNICAMP).

2. A Defesa na América do Sul: percepções e perspectivas.
Héctor Saint-Pierre (UNESP).

3. Cooperação Estrangeira e Estratégia Nacional de Defesa.
Manuel Domingos Neto (UFF).

4. A UNASUL e o Conselho de Defesa Sul-Americano.
Maria Celina D´Araújo (PUC-RJ).

5. O Atlântico Sul no contexto sul-americano de segurança e defesa.
Mauro César Rodrigues Pereira (NEST-UFF).

6. Economia política da segurança internacional - Novos paradigmas.
Theotonio dos Santos (REGGEN/UNU).

7. Segurança Cibernética no Século XXI
Gen Villas Bôas (EME-EB).

8. "Geopolítica e Integração Regional na América do Sul".
Wanderley Messias da Costa (USP).