Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53
Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Interpretacoes das RI da America Latina - Raul Bernal-Meza (Mundorama)
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
PPK: o melhor presidente que o Peru (a America Latina) poderia ter - Luis Prados (El Pais)
Pedro Pablo Kuczynski, popularmente conhecido como PPK, concede ao EL PAÍS sua primeira entrevista como presidente
LUIS PRADOS, Lima
El País, 1 AGO 2016 - 11:07
Pedro Pablo Kuczynski em sua casa de Lima.Pedro Pablo Kuczynski em sua casa de Lima. JUANJO FERNANDEZ
Se o Peru se transformou, desde o início deste século, em um caso especial naAmérica Latina por seu crescimento econômico constante, não menos excepcional é a chegada ao poder de Pedro Pablo Kuczynski, de 77 anos. E nem tanto por sua vitória apertada sobre sua rival Keiko Fujimori nas eleições de 5 de junho passado, por apenas 39.000 votos, mas pela distinção intelectual do novo presidente do Peru, algo que contrasta fortemente com outros líderes passados e presentes da região.
Educado em Oxford e Princeton, economista do Banco Mundial, ex-banqueiro, ex-ministro e ex-primeiro ministro, duas vezes exilado, depois do golpe do general Velasco Alvarado (1968) e durante a década fatídica de Alberto Fujimori(1990-2000), PPK, como é conhecido popularmente, além de tudo é músico —toca piano e flauta transversal— e herdeiro de uma fascinante história familiar na qual não faltam espiões famosos a serviço da União Soviética.
MAIS INFORMAÇÕES
Kuczynski promete transformar o Peru em um país moderno até 2021
Pedro Pablo Kuczynski: o presidente peruano mais inesperado
'O Peru a salvo', por Mario Vargas Llosa
Seu pai, médico judeu, fugiu em 1936 da Alemanha de Hitler para se estabelecer no Peru como especialista em doenças tropicais na Amazônia. Ali ajudou a fundar o leprosário de San Pablo, onde, anos depois, já nos anos cinquenta, um jovem estudante de medicina, Ernesto Guevara, trabalhou como voluntário. Sua mãe, nascida na Suíça e professora de música e literatura, era tia do diretor Jean-Luc Godard. Este parentesco cinematográfico se reforça com a coincidência de que sua atual esposa, Nancy Lange, seja prima da atriz Jessica Lange.
Kuczynski concedeu ao EL PAÍS sua primeira entrevista como presidente em sua residência no distrito de San Isidro, um bairro residencial de Lima. Em seu escritório, cheio de livros, PPK explica com bom humor e calculadora na mão o Peru com o qual sonha depois de outro dia de atividade estressante sob um insólito sol de inverno. Uma visão sobre o futuro de seu país que em apenas dois dias fez com que passasse de ser acusado de lobista a ser chamado de esquerdista.
Pergunta. O Peru cresce a 4%, acima da média da região, e reduziu a pobreza à metade na última década. No entanto, há um mal-estar que, inflamado pela corrupção e pela insegurança, esteve a ponto de dar a vitória ao autoritarismo populista de Keiko Fujimori. Por quê?
Resposta. Parte do problema está no próprio sucesso do país. Por mais que seja verdade que o índice de pobreza caiu 23%, isso ainda representa um monte de gente: são quase sete milhões e meio de pessoas, um número que quase coincide com o número de pessoas que não têm água em casa, que são quase dez milhões. Outra razão é que houve uma falta de seriedade dos Governos anteriores diante desse grupo de pessoas, uma falta de conexão. Além disso, há a percepção entre as pessoas mais educadas de que houve uma corrupção brutal, e a isso se acrescenta a recessão econômica dos dois últimos anos.
“Não vou indultar Alberto Fujimori”
P. O senhor terá de governar com minoria no Congresso. Seu partido, Peruanos por el Kambio, tem apenas 18 cadeiras diante das 21 da esquerda e dos 73 da Fuerza Popular, de Keiko Fujimori, em um Parlamento de 130. É possível a colaboração com o fujimorismo?
R. Nem todos os 73 congressistas da bancada fujimorista são membros do partido, há cerca de 30 que subiram no bonde acreditando que ela ganharia e que receberiam seu quinhão. De um ponto de vista completamente egoísta, é preciso atrair alguns deles. Se não o fizermos, será difícil trabalhar no Congresso depois da pequena lua-de-mel que, tomara, teremos nas próximas semanas. Mas não espero uma grande colaboração, espero que sejam tolerantes de uma forma neutra.
P. Esperava protestos dos fujimoristas quando assumiu o governo?
R. Não, e também não aplaudiram nada do que disse. Acredito que é falta de educação, mas minha pele é de couro, consigo aguentar.
P. Vai tirar Alberto Fujimori da prisão?
R. Se o Congresso propuser uma lei geral que lhe permita cumprir sua sentença em casa, assinarei, mas não vou indultá-lo.
Kuczynski com seu novo gabinete no dia da posse.Kuczynski com seu novo gabinete no dia da posse. RODRIGO ABD AP
P. Existe um território comum com o fujimorismo na política econômica?
R. Eles se opõem a reduzir o IVA, mas reduzi-lo é bom, porque é um imposto indireto que vai diretamente na veia dos mais pobres. Um IVA alto promove a informalidade, que no Peru representa 60% da força de trabalho. E a informalidade promove a falta de investimento em modernização. É a história do aspirador e da vassoura; para que vou ter uma máquina elétrica se posso ter um monte de mulheres às quais pago quatro centavos para que varram as ruas? Por isso é preciso atacar a questão social.
P. Em sua vitória eleitoral, foi chave o apoio do Frente Amplio de Verónika Mendoza. Acredita que seja possível trabalhar uma agenda com a esquerda?
“O Peru está abaixo de seu peso internacional”
R. O divisor de águas no Peru entre a esquerda e a direita é a mineração, que é o que traz mais divisas para nós e sou partidário de sua industrialização. Para entender-se com o Frente Amplio e trazê-lo a posições moderadas é preciso trabalhar com a agricultura e a educação. Como é possível que haja tanta gente sem água ou ter escolas caindo aos pedaços? Resolver isso não é de esquerda ou de direita, é questão de bom senso.
P. O senhor prometeu uma revolução social. Por onde vai começar?
R. Queremos fazer uma revolução social porque este país é ainda muito retrógrado. Os líderes dos negócios ainda falam em cholos [termo ofensivo para se referir aos mestiços de origem europeia e indígenas], estão no século XIX e é preciso mudar isso. A água e a saúde são as prioridades. O programa para dotar de água todos os peruanos deve gerar meio milhão de postos de trabalho.
P. Como reativar a economia?
R. Destravando os 10 ou 15 grandes projetos que estão emperrados. Isso significa um crescimento em um ano de um ponto e meio a mais no PIB.
P. Como vê o Peru no contexto da América Latina? Que papel quer desempenhar diante da crise da Venezuela?
R. O Peru está abaixo de seu peso internacional. Por exemplo, em relação à Venezuela temos de criar um clube de presidentes, um grupo do tipo do Contadora, que promoveu a paz na América Central em meados dos anos oitenta.
“O divisor de águas no Peru entre a esquerda e a direita é a mineração, que é o que nos traz mais divisas”
P. Como se define politicamente?
R. Temos que buscar uma política centrista: dar muita ênfase no lado do bem-estar no qual estamos muito atrasados —saúde, água, educação— e, do outro, precisamos de uma economia de mercado que financie tudo isso.
P. Parafraseando Zavalita, de Vargas Llosa [protagonista do romance Conversa na catedral], o Peru vai começar a parar de estar “ferrado”?
R. Bem, ainda tem muita gente ferrada. É preciso “desferrar” o Peru e isso custa dinheiro.
terça-feira, 24 de maio de 2016
A America Latina na geopolitica mundial - artigo Paulo Roberto de Almeida (revista do CEDIN)
Ler a íntegra no link da revista: http://www.cedin.com.br/publicacoes/revista-eletronica/#Volume_17; ou no link para o artigo: http://www.cedin.com.br/wp-content/uploads/2014/05/Vo-Paulo-Roberto-Almeida_A-Am%C3%A9rica-Latina-na-geopol%C3%ADtica-mundial-perspectivas-hist%C3%B3ricas-e-situa%C3%A7%C3%A3o-contempor%C3%A2nea-do-Cone-Sul-OK.pdf).
terça-feira, 29 de março de 2016
Carga fiscal e estrutura tributaria na America Latina - blog do Jose Roberto Afonso
Paulo Roberto de Almeida
Carga Tributária Brasil (Afonso & Castro)
Carga tributária en Brasil: Redimensionar y repensada por José R. Afonso y Kleber P. de Castro publicado por CIAT (3/2016). "...El propósito de este artículo es revisar la evolución y la composición de la carga tributaria en el país, incluyendo la re-lectura de sus nuevos indicadores...La estructura de recaudación permaneció marcada por la mala calidad, con impuestos regresivos e ineficientes." La versión original se encuentra en el siguiente enlace y adjunta la versión en portugués.
LEIA MAIS
Estadísticas Tributarias (CIAT et al.)
Estadísticas Tributarias en América Latina y el Caribe publicación elaborada conjuntamente por CIAT, la CEPAL, el BID y la OCDE (2016). "Una sólida serie de datos comparativos es crucial para facilitar el diálogo de política fiscal y la evaluación de reformas fiscales alternativas. El trabajo estadístico presentado en este sitio web tiene como objetivo proporcionar datos comparables a nivel internacional..."
LEIA MAIS
Fiscal Policy & Income Redistribution (Lustig)
Fiscal policy and income redistribution in Latin America: Argentina, Bolivia, Brazil, Chile, Colombia, Costa Rica, Ecuador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Mexico, Peru and Uruguay by Nora Lusting, CEPAL (3/2016). "Education spending per person tends to decline with income ("pro-poor") or be the same across the income distribution. Middle-classes opting out? Tertiary education spending is equalizing except for El Salvador and Guatemala..."
LEIA MAIS
Receita Tributária ALC (CEPAL)
América Latina e o Caribe: A receita tributária tem ligeiro crescimento, mas permanece bem abaixo dos níveis da OCDE publicado por CEPAL (3/2016). "Embora a carga tributária esteja aumentando em toda a região da ALC, o relatório destaca que a média de 21,7% ainda está bem abaixo na média correspondente da OECD, de 34,4% em 2014."
LEIA MAIS
Tributação da Renda (Almeida)
Tributação internacional da renda: A competitividade brasileira à luz das ordens tributária e econômica do autor Carlos Otávio Ferreira de Almeida indicado por Aloísio Almeida."Sistemas tributários complexos ou contraditórios certamente não contribuem para a atratividade do capital. Incentivos fiscais podem ser pífios, caso não venham acompanhados por alguma coerência do sistema tributário na mesma direção. Assim é que no Capítulo IV, o leitor encontra método original para a análise de coerência e legitimidade de mecanismos de que se utiliza o Imposto sobre a Renda no Brasil, em que Carlos Otávio traz alerta precioso para falhas que estes apresentam..."
LEIA MAIS
terça-feira, 1 de março de 2016
America Latina e America do Sul: uma selecao de trabalhos - Paulo Roberto de Almeida
Paulo Roberto de Almeida
sábado, 10 de outubro de 2015
La historia de America latina, al alcance de todos - Coleccion Fundacion Mapfre - Carlos Malamud
Paulo Roberto de Almeida,
“Brasil”. In: Malamud, Carlos (coord.). Ruptura y Reconciliación: España y el
reconocimiento de las independencias latinoamericanas (Madrid: Ed. Taurus y
Fundación Mapfre, 2012, 402 p.; Serie Recorridos n. 1; América Latina en la Historia
Contemporánea; p. 199-212; ISBN: 978-84-306-0940-6 (Taurus); 978-84-9844-392-9
(Mapfre); links: http://www.editorialtaurus.com/es/libro/ruptura-y-reconciliacion/;
http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/MalamudEspana2012.html);
Academia.edu (link:
https://www.academia.edu/5794752/092_Brasil_reconocimiento_de_la_independencia_por_Espana_2012_). Relação de Publicados n. 1078. Relação de Originais n. 2112.
Claves del Portal de Historia Fundación Mapfre
La historia de América latina, al alcance de todos
Madrid, 9 de marzo de 2014
- La web aspira a ser un foro, sobre todo a través del blog, que propicie la vinculación, un lugar de encuentro para los interesados en la historia latinoamericana.
El portal crea un espacio accesible a todos y abierto al debate histórico incluidos temas de actualidad. Un Portal que además es trilingüe (español, portugués e inglés) y que está estructurado en tres secciones: la Colección, que supone una sistematización online del proyecto editorial Colección América Latina en la Historia Contemporánea.
El Blog, un punto de encuentro de las opiniones e ideas de especialistas, que debaten sobre la relectura de los hechos históricos que vinculan entre sí a las naciones latinoamericanas.
Carlos Malamud, catedrático de la UNED y coordinador del portal, recuerda que “aquí se encuentran post de historiadores sobre temas concretos o post centrados en temas especiales y monográficos como el que acabamos de dedicar a los problemas limítrofes a raíz de la reciente sentencia de La Haya sobre al controversia entre Chile y Perú”.
La web cuenta con tres secciones: la Colección de Historia de América latina, el Blog y los Archivos. Pronto se añadirán la Biblioteca Digital y otra de FotografíaLa web aspira a ser sobre todo a través del blog un lugar de encuentro para los interesados en la historia latinoamericana. El blog busca ser un espacio desde donde trabajar la visión de conjunto de la región, un agente dinamizador de la divulgación sobre la historia,
“Asimismo está previsto que en este 2014 haya dossieres especiales dedicados, entre otras cosas, a “América latina y la I Guerra Mundial” con ocasión del primer centenario de comienzo del conflicto y otro a “América latina y el fútbol” con ocasión de la disputa del Campeonato del Mundial en Brasil”, comenta Malamud.
Y por último, en el portal se encuentra la sección Archivos, una base de datos que da acceso a más de 1.000 registros y enlaces que sirven para facilitar el acceso al conocimiento de los fondos archivísticos latinoamericanos.
Además en el futuro cercano está previsto que el portal se amplíe con una sección de la Biblioteca Digital y otra de Fotografía, donde se recopilan los volúmenes dedicados a la historia de la fotografía de cada uno de los países.
El Director del Área de Cultura de FUNDACIÓN MAPFRE, Pablo Jiménez Burillo, recuerda que la Fundación Mapfre lleva desde los años 80 impulsando el conocimiento de América latina desde múltiples puntos de vista, en especial cultural e histórico, apoyando, por ejemplo, la digitalización de fuentes. El objetivo del portal ha sido aprovechar todo el trabajo acumulado durante décadas adaptándolo a las nuevas tecnologías y al mundo actual de las nuevas tecnologías de la información y la comunicación.
La Colección América Latina en la Historia Contemporánea
La Colección América Latina en la Historia Contemporánea es sin duda el gran tesoro del portal donde se ha buscado “abordar una historia integral y global de América latina con una visión novedosa y moderna. Hacer una historia de Latinoamérica en que cada capítulo tenga sentido en sí mismo. Hemos reunido a 400 historiadores que abanrcan toda la diversidad geográfica, académica e ideológica con el objetivo de tener una visión muy plural y contrastada”, comenta Jiménez Burillo.
“Es una historia de América latina vista como una unidad, una visión continental sin perder la singularidad de cada país en donde -subraya Jiménez Burillo- se une lo particular con lo general. Eso es lo más novedoso. La obra tiene una perspectiva global que permite comparar la evolución por periodos y por materias”.
Esta Colección cuenta además las historias nacionales y de los países que han tenido una intensa relación con la región. Aborda temáticas comunes (política, relaciones internacionales, economía, demografía y sociedad y Cultura) y tiene volúmenes especiales monográficos que analizan aspectos importantes para comprender la historia latinoamericana.
Daniel Restrepo de FUNDACIÓN MAPFRE, recuerda que “la colección “América Latina en la Historia Contemporánea” ofrece una visión sintética y rigurosa de los principales acontecimientos y procesos históricos de cada uno de los países que fueron incluidos, desde su inicio como naciones independientes hasta la actualidad”.
Todos estos temas se abordan en cinco volúmenes con el siguiente corte cronológico: “1808-1830. Crisis imperial e independencia”, “1830-1880. La construcción nacional”, “1880-1930. La apertura al mundo”, “1930-1960. Mirando hacia adentro” y “1960-2000. En busca de la democracia”.
Además, sobre cada uno de estos países se publica un libro adicional que realiza un recorrido por su historia a través de una cuidada selección de fotografías.
“La gran revolución de Mapfre es impulsar una historia de la región escrita por latinoamericanos. No es una histaria de América latina al uso sino de una América latina insertada en el mundo por eso se estudian también cómo fiueron las relaciones entre España, Francia, Estados Unidos, Reino Unido con Latinoamérica”, añade Malamud.
Está dirigida al gran público, a profesionales de la historia estudiantes y público en general con un lenguaje cuidado. No es una obra de una determinada escuela historiográfica pues se ha buscado que haya una amplia diversidad y representación de tendencia. En cada país hay un coordinador nacional y unos coordinadores de cada volumen que han elegido, de forma autónoma, a los autores de los capítulos.