O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

Mostrando postagens com marcador Amazon Brasil. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Amazon Brasil. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 8 de maio de 2017

O Homem que Pensou o Brasil: Roberto Campos, na Amazon - Paulo Roberto de Almeida

A Amazon faz uma oferta interessante do livro que organizei:

O Homem que Pensou o Brasil. Trajetória Intelectual de Roberto Campos (Português) Capa Comum – 1 abr 2017



Ver todos os formatos e edições
  • Capa Comum 
    R$ 52,18
    2 Novo(s) a partir de R$ 52,00 https://www.amazon.com.br/Pensou-Brasil-Trajet%C3%B3ria-Intelectual-Roberto/dp/8547304851 
    Quando se lê, retrospectivamente, todos os seus escritos, desde sua tese de mestrado na Universidade George Washington (1947) – que já era o equivalente a uma verdadeira tese de doutorado, como lhe escreveu, em carta pessoal, o famoso economista Joseph Schumpeter, desde Harvard –, assim como todos os ensaios eruditos dos anos 1950, sobre questões diversas da economia brasileira e, sobretudo, os artigos regulares que ele produziu para a imprensa brasileira a partir do início dos anos 1960, durante mais de 40 anos ininterrompidos, sobre todos os temas correntes, históricos e literários, impossível não ficar impressionado pela vastidão excepcional de seus conhecimentos sobre os mais variados assuntos. Em especial, pela justeza e pelo acertado de seus argumentos teóricos, de seus julgamentos práticos, das hipóteses e antecipações que ele formulou em torno da política e da economia mundial, assim como a explicação racional das raízes dos problemas brasileiros e sobre os meios de arrancar o país da pobreza corrigível e de colocá-lo um pouco mais perto da riqueza atingível. Aos cem anos de seu nascimento – abril de 1917 –, Roberto Campos permanece extraordinariamente atual, pois, para nossa infelicidade, não conseguimos cumprir nem metade das prescrições por ele feitas, mais de meio século atrás, para aliviar nossos males. Cabe reler o que ele escreveu, o que ele recomendou e, se possível, tentar cumprir pelo menos algumas das soluções práticas apresentadas a esses problemas pelo homem que, mais do que qualquer outro intelectual da segunda metade do século XX, pensou verdadeiramente o Brasil.  

    Detalhes do produto

     
    R$ 52,18
    • Preço de capa: R$ 65,00
    • Você economiza: R$ 12,82 (20%)

    Frete GRÁTIS em pedidos a partir de R$ 99 para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e a partir de R$ 139 para Norte e Nordeste.
    Produto sob encomenda. 
    Temporariamente fora de estoque. Encomende agora e enviaremos um e-mail quando a compra for concluída e a cobrança efetuada.
    Enviado e vendido por Amazon.com.br.
     Transcrevo o sumário do livro: 


    O homem que pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos
    Paulo Roberto de Almeida (organizador)
    Curitiba: Editora Appris, 2017; ISBN: 978-85-473-0485-0

    Sumário
    Apresentação
           Sérgio E. Moreira Lima    9

    1. Roberto Campos: o homem que pensou o Brasil
           Paulo Roberto de Almeida    19

    2. A contribuição de Roberto Campos para a modernização do país
           Antonio Paim   33

    3. Roberto Campos, o convívio com um estadista liberal
           Ives Gandra Martins   39

    4. O iconoclasta planejador: Roberto Campos e a modernização do Itamaraty
           Rogério de Souza Farias     45

    5. O patrimonialismo na obra de Roberto Campos
           Ricardo Vélez-Rodríguez     75

    6. Racionalidade e autonomia em Roberto Campos
           Reginaldo Teixeira Perez        93

    7. Roberto Campos: um economista pró-desenvolvimento econômico
           Roberto Castello Branco      103

    8. Breve história da macroeconomia
           Rubem de Freitas Novaes     129

    9. Roberto Campos na UnB: um passo para a abertura
           Carlos Henrique Cardim     143

    10. No Parlamento: lucidez e coerência
           Antônio José Barbosa     159

    11. Tanta lucidez assim é mitocídio: Raymond Aron e Roberto Campos como intelectuais públicos

           Paulo Roberto Kramer      173

    12. Roberto Campos: uma trajetória intelectual no século XX
           Paulo Roberto de Almeida     203


    Roberto Campos: obras     357
    Notas sobre os autores      367


domingo, 28 de setembro de 2014

Amazon.br: contra o mercado sovietico do livro no Brasil

Editoras, como as poucas redes de livrarias existentes no Brasil (e disso não escapam nem mesmo os sebos, reais ou virtuais), adoram um mercado soviético, ou seja, sem concorrência (e, no caso de todos eles, com os preços mais altos possíveis, em detrimento de leitores, compradores obrigados - livros didáticos - e simples consumidores).
Sobre isso acrescem os petralhas malucos, que queriam ainda dar mais empregos garantidos a seus militantes de nenhuma especializaçao cruando mais um cargo pomposo na estrutura do Ogro Famélico, o de "estimulador de leitura", a ser financiado com mais um imposto sobre a cadeia do livro, precisamente, como se esse fosse barato no Brasil. Se vcs querem ideias estúpidas é só encomendar aos companheiros totalitários. 
Por isso apoio integralmente cada uma das palavras do meu amigo Orlando Tambosi, cujo post transcrevo abaixo. 
Paulo Roberto de Almeida 

Acho que todos os leitores já sabem, mas não custa repetir. A Amazon  conta com uma livraria física no Brasil, vendendo livros com grandes descontos. Em compras acima de 70 reais, a remessa é gratuita. Se for menor, você pagará apenas R$ 1,90. A Amazon está livre dos Correios Petralhas, que cobram os olhos da cara e atrasam as entregas.

Esqueça as livrarias ditas brasileiras, que alimentam o patrimonialismo. Sabem o que querem seus proprietários, que vivem à sombra do Estado? Matar a concorrência que favorece o leitor. A reação deles diante da saudável concorrência introduzida pela empresa norte-americana é, pasmem, fixar preço único para os livros. Livreiros soviéticos é o que são. E os editores, na maioria esquerdistas, reforçam a pressão para que o mercado fechado sobreviva.

Nunca mais comprarei livros dessas livrarias. Vou de Amazon. Viva o capitalismo!

P.S.: embora o prazo de entrega formal seja de sete dias, no terceiro a encomenda já está no seu endereço. Repito: livre dos Correios Petralhas.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Amazon Brasil em funcionamento: descobri livros meus, com precos interessantes...

Avisado por um amigo, fui verificar: de fato, lá estava um dos meus livros, oferecido, ao que parece, a preços inferiores aos de uma concorrente. Procurando pelo nome em http://www.amazon.com.br/, acabei achando outros...
Neste link.
Paulo Roberto de Almeida
(PS.: Desculpem a desordem do arranjo abaixo: copiar e colar nunca funciona muito bem com colunas pré-formatadas...).

Clique para abrir visualização expandida

Os Primeiros Anos Do Século XXI por Paulo Roberto de Almeida (7 Nov 2005)


O Brasil e o Multilateralismo Econômico por Paulo Roberto de Almeida

  • Temporariamente sem estoque. Encomende agora e enviaremos quando disponível. Você só paga no momento do envio.

A Grande Mudança por Paulo Roberto de Almeida (1 Jan 2003)

  • Não disponível
  •  
  •  

Relações Internacionais E Politica Externa Do Brasil [Português] [Capa comum]

Paulo Roberto de Almeida
Seja o primeiro a avaliar este item

Preço de capa: R$ 73,00
Preço: R$ 54,18 (elegível para frete GRÁTIS em pedidos acima de R$ 69)
Você economiza: R$ 18,82 (26%)


Somente 1 em estoque.
Enviado e vendido por Amazon.com.br. Embalagem para presente disponível.

Entrega para o CEP 01319-900 em [1-2] dias úteis após o envio. Detalhes

O Príncipe, revisitado: Maquiavel para os contemporâneos por Paulo Roberto Almeida e Pedro Paulo Palazzo de Almeida (8 Set 2013)

 

Powers and Principles: International Leadership in a Shrinking World por Michael Schiffer, David Shorr, Suzanne Nossel e Nikolas Gvosdev (31 Dez 2008)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A Amazon e o cartel das editoras e livrarias no Brasil: o mercado e aestupidez deliberada

Meu amigo Andre Eiras me mandou essa, com a conclusão inevitável: "mais uma das geniais ideias do Brasil: criar cartel de livros!"
Paulo Roberto de Almeida 
------
http://mercadopopular.org/2014/08/o-preco-da-amazon-2/


cheap-books

O preço da Amazon

26/08/2014 by: pedro in: CulturaEconomia 2 Comments

Por Pedro Menezes
Leio na Folha de São Paulo que um grupo de livrarias e editoras, temendo a chegada da Amazon ao Brasil, pretende propor a adoção de preço fixo para todos os livros vendidos no país. No Ensino Médio, aprendi que a imposição de um preço fixo a todos os lojistas é chamada de cartel. As livrarias e editoras sabem que, para criar este cartel, não basta combinar um preço entre elas e parar por aí. Novos concorrentes, como a Amazon, poderiam ignorar o combinado cobrando menos do que o acertado. A solução? Escreveram uma carta para a Presidente da República pedindo regras que impeçam “práticas predatórias”. Entre as regras, está a fixação de todos os preços. Na prática, o que as livrarias e editoras pedem é que o governo impeça a venda de livros baratos no Brasil. Caso a Presidente da República aceite o pedido, a formação do cartel ganhará o status de “regulação do mercado”. Curioso é o país onde os livros baratos da Amazon caracterizam “concorrência predatória”, mas a formação de um cartel institucionalizado das livrarias nacionais é tida como legítima e honesta.
O nonsense econômico não fica só nos lobistas, atingindo até mesmo o jornalista da Folha que escreveu a manchete – “Mercado discute preço fixo de livros em reação à Amazon”. Não, Folha, não é o mercado quem está discutindo a imposição de um preço fixo. Quem discute isso é o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, a Câmara Brasileira do Livro, a Liga Brasileira de Editoras e a Associação Nacional de Livrarias, em carta destinada à Presidente Dilma Rousseff. De acordo com a definição peculiar de “mercado” que a manchete sugere, a Amazon não faria (e nunca fará) parte do mercado. Você, consumidor de livros, também não faria parte do mercado. O livreiro minoritário que discorda da medida também não faria parte do mercado. Se o mercado se restringisse a estas associações e sindicatos, chegaríamos ao paradoxal estado em que o mercado é contra o livre mercado.
Há mais: o mercado não pode discutir nada, nem ser a favor de coisa alguma. O mercado não é agente personificável e uno que pode ter desejos, mas um processo que inclui inumeráveis agentes com interesses difusos ou mesmo opostos. Você, consumidor de livros, quer uma coisa; o dono da Livraria Cultura quer outra; o dono da Amazon quer outra; o sujeito que estava pensando em começar a vender livros usados quer outras coisas, completamente distintas. Todos são agentes no mercado de livros e tem interesses diferentes, quando não conflitantes. Ou o jornalista da Folha que escreveu a manchete desconhece o significado das palavras que usa, ou ele acha que pode dar às palavras o significado que quiser. Nos dois casos, o problema poderia ser resolvido com a leitura de alguns livros, o que faz do jornalista um dos maiores prejudicados pela implantação do cartel.
Da manchete para o corpo do texto, as coisas passaram a fazer ainda menos sentido. Eis o que diz Sônia Jardim, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros e defensora do cartel das livrarias: “No passado eu era contra o preço fixo, por achar que o desconto é um instrumento do varejista. Mas se a Amazon for muito predatória, acho que pode sim fazer sentido.”
Sônia não é burra. Se fosse, não seria a porta-voz dos interesses de livrarias multimilionárias. O que Sônia faz é justificar um absurdo com palavras convenientes. Mas, afinal, o que se quer dizer com “o desconto é um instrumento do varejista”? Sim, é o varejista quem decide se dá desconto, mas quando ele o faz não se trata de caridade, dessas coisas que ele faz por ter um coração mole. Não é difícil perceber que o desconto é um instrumento para o consumidor, na mesma medida em que o é para o varejista. Comerciantes dão descontos para atrair consumidores. O que o varejista quer é quintuplicar o preço dos seus produtos, ganhar a maior quantidade possível de dinheiro. Ele só não faz isso porque, ainda que Sônia Jardim finja não saber, os consumidores existem e seus interesses são relevantes.
Há mais: um varejista, sozinho, pode decidir se dá ou não desconto nos livros que vende, mas seria bizarro admitir que ele impeça os varejistas ao seu redor de dar descontos ainda maiores. E isso continua sendo verdadeiro quando um grupo de varejistas organizados tenta impedir que novos concorrentes vendam livros baratos.
O Ministério da Cultura tem uma equipe dedicada ao Plano Nacional de Livro e Leitura, além de uma diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas. Uma das atribuições da diretoria é “fomentar processos de criação, difusão, circulação e intercâmbio literário no Brasil e no exterior”. Ou seja, fazer com que mais livros sejam publicados, que os livros publicados se tornem mais conhecidos, circulem mais, vendam mais, etc.
Não sou especialista em “livro e leitura”. (O que é um especialista em livro e leitura?). Ninguém pediu meu conselho, mas dou mesmo assim: Se os nobres burocratas quiserem mesmo incentivar a leitura e a circulação de livros no Brasil, sugiro que eles dediquem os seus dias a garantir que Sônia Jardim, a Liga Brasileira de Editoras, a Associação Nacional de Livrarias e todas as demais entidades que o jornalistas da Folha chama de “o mercado” percam a influência sobre qualquer política pública de livro e leitura. Façam quase sempre o oposto do que eles querem. Se as empresas estabelecidas do setor querem fixar o preço dos livros e impedir a chegada da Amazon, permitam que a Amazon chegue com seus livros baratos e descontos predatórios. Desburocratizem o processo como puderem. Não deixem que o governo impeça, por nenhum motivo, a entrada de livros baratos no país. Permitam que estudantes viajem ao exterior e encham suas malas com livros para serem vendidos no Brasil, ao preço que quiserem. Permitam que editoras sejam criadas em garagens sem que um fiscal apareça com uma lista de regras. Permita-se imaginar que um pouquinho de concorrência selvagem pode ajudar muito na tal da difusão e circulação de livros no país.
As grandes livrarias e editoras, é claro, vão reclamar. Mas a Amazon agradece. Os consumidores de livros (atuais ou futuros) agradecem. O nobilíssimo secretário executivo do Plano Nacional de Livro e Leitura, sempre atuante em nome do bem estar público, provavelmente não reclamaria do aumento da circulação de livros no país. Acho que só Sônia Jardim deve achar a ideia ruim.

admin-ajax

Pedro Menezes

Pedro Menezes é estudante, editor deste site e um dos co-fundadores da rede Estudantes Pela Liberdade no Brasil. Nascido na Bahia e radicado em São Paulo, ele diz que se interessa por teoria política, história, economia e cinema, mas divide o seu tempo livre entre o Vasco e romances de qualidade duvidosa (comprados na Amazon).