Um ano atrás, exatamente, eu postava isto:
“ Antes, pensávamos que o “Exército” bolsonarista fosse assim uma espécie de Armata Brancaleone; agora descobrimos que podem estar armando os fasci di combatimenti, mais os palavrões do Rasputin de subúrbio.
O Mussolini de opereta se leva a sério.
Está faltando um Charlie Chaplin, em versão de comédia pastelão série C, para fazer uma nova paródia do candidato a ditador.
Sem financiamento da Ancine...”
Hoje, 15/04/2021, complementei com este texto:
O Mussolini do cerrado central continua querendo armar os seus camisas pardas, como eu avisava um ano atrás. Não conseguiu e não conseguirá, mas não vai deixar de causar confusão. O Brasil está começando a enveredar pela vertente descendente. Pode demorar para se recuperar, mas um dia conseguirá, ainda que com o sacrifício dos cidadãos. O que não vai cessar é a “estratégia do caos” do genocida do Planalto.
Minha mini-reflexão sobre uma anomia em formação no Brasil, mas uma anomia diferente, auto-induzida, mas sem qualquer consciência de quem a fabrica sem qualquer determinação ou controle sobre as consequências dessas ações e palavras desvairadas. A verdade é muito simples: o Brasil está entregue a uma malta de novos bárbaros ineptos, perversos, no limite da loucura, alguma forma de psicopatia. Meus cumprimentos aos militares, aos políticos e aos donos do capital, nessa ordem, que construíram e ainda mantêm essa monstruosidade no poder. A História não os absolverá, não no que depender de mim.
O Brasil, os brasileiros, mas sobretudo os “donos do poder” — militares, políticos, capitalistas — cometemos um erro terrível em 2018, e não estamos perto de nos redimir.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 15/04/2021