O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador Estado Islâmico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Estado Islâmico. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Estado Islamico: sorry Obama, esse "Brasil" nao vai cooperar, vai ate se opor...

Mas é em nome de uma boa causa: o diálogo e a cooperação com o Estado Islâmico. Eles podem ser bons companheiros. Afinal de contas, são anti-imperialistas, não são?
Paulo Roberto de Almeida 
In a much anticipated speech at the General Assembly, President Obama said, “I ask the world to join in this effort.”

terça-feira, 23 de setembro de 2014

O "Brasil" repudia os ataques contra o Estado Islamico

O Brasil? Mas qual Brasil? O do Palácio do Planalto? O do Itamaraty? Ou o Brasil dos brasileiros?
Neste último caso é duvidoso que ocorra, tendo em vista certas imagens. 
Terroristas do Isis massacram civis.

Pelo "diálogo"?
Então tá! Os companheiros do PT, que adoram dialogar com todos os ditadores do mundo -- e até assinaram um acordo de cooperação com o partido Bath, do Assad, o homem que prefere destruir o seu país e matar a sua própria população a "dialogar" sobre um regime democrático --  vão montar um comitê de boa vontade para dialogar com o Estado Islâmico. Afinal de contas, é sempre melhor dialogar, não é?
Paulo Roberto de Almeida 

Dilma diz que Brasil repudia ataques aéreos na Síria

Presidente afirma que bombardeio liderado pelos EUA contra alvos jihadistas pode trazer consequências deletérias no médio e longo prazos

por  

NOVA YORK — A presidente Dilma Rousseff condenou os ataques aéreos na Síria pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, iniciados na noite de segunda-feira para desmantelar a organização terrorista Estado Islâmico (EI) e combater células da rede al-Qaeda. Para Dilma, o Brasil repudia agressões militares, porque elas podem colher resultados imediatos, mas trazem consequências deletérias para países e regiões no médio e longo prazos. A presidente citou Iraque, Líbia e Faixa de Gaza como exemplos recentes da falta de eficácia deste tipo de política.
— Lamento enormemente isso (ataques aéreos na Síria contra o EI). O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU. Eu não acho que nós podemos deixar de considerar uma questão. Nos últimos tempos, todos os últimos conflitos que se armaram tiveram uma consequência. Perda de vidas humanas dos dois lados, agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos, mas depois causam prejuízos e turbulências. É o caso do Iraque, está lá provadinho. Na Líbia, a consequência no Sahel. A mesma coisa na Faixa de Gaza.
Dilma disse que deixará clara a posição do Brasil para a comunidade internacional na quarta-feira, no discurso de abertura da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Ela falará antes do presidente dos EUA, Barack Obama, que, em busca de legitimidade e reforço à coalizão, vai pedir a união dos países no combate à nova ameaça terrorista representada pelo EI.
Obama também presidirá reunião do Conselho de Segurança da ONU que discutirá ações multilaterais contra a organização, que já controla vastos territórios no Iraque e na Síria. Para a presidente brasileira, o órgão não tem respondido à explosão de conflitos internacionais.
— Nós repudiamos sempre o morticínio e a agressão dos dois lados. E, além disso, não acreditamos que seja eficaz. O Brasil é contra todas as agressões. E inclusive acha que o Conselho de Segurança da ONU tem que ter maior representatividade, para impedir esta paralisia do Conselho diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo — afirmou Dilma.
Após os bombardeios, o ditador sírio Bashar al-Assad afirmou que o país apoia todos os esforços internacionais contra o terrorismo, segundo a agência estatal “Sana”. Mais cedo, porém, informações desencontradas não deixavam claro se houve uma comunicação entre os governos americano e sírio sobre os bombardeios. Enquanto o regime de Assad disse ter sido informado sobre os ataques, o Departamento de Estado dos EUA fez questão de destacar que não pediu autorização e que não age em coordenação com o governo sírio.
Em um pronunciamento na Casa Branca antes de viajar a Nova York para a Assembleia Geral da ONU, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a força da coalizão internacional contra o Estado Islâmico “deixa claro para o mundo que os Estados Unidos não estão sozinhos na luta”.
O presidente confirmou a adesão de mais de 40 países na coalizão internacional, incluindo as cinco nações árabes que participaram dos ataques aéreos na Síria — Bahrein, Jordânia, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), ao menos 120 jihadistas morreram na investida, sendo 70 combatentes do EI e outros 50 de grupos ligados à al-Qaeda.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O Estado (ou califado) Islamico, um problema maior do que a Al Qaeda - Gordon Lubold (Foreign Policy)

FP's Situation Report: Sharpening rhetoric about the IS, but no war plan yet;
By Gordon Lubold with Nathaniel Sobel

The killing of American journalist Jim Foley has created a new momentum for tackling the Islamic State in Iraq - and Syria - in a more effective and comprehensive way, even if the White House is still grappling with what form that effort would take.  Gen. Marty Dempsey, Chairman of the Joint Chiefs of Staff, along with Defense Secretary Chuck Hagel, seemed to agree yesterday that the Islamic State represents a far more dangerous threat than al-Qaeda ever did - a sentiment long held by analysts and military experts, and an argument made by a number of prominent people recently. But even as President the administration's rhetoric seems to be setting the stage for a long haul in Iraq, it's not yet clear what President Barack Obama will agree to do to meet the threat. And now that Obama has said repeatedly that he won't put American "combat boots on the ground," he and his advisers will have to determine how to deepen a U.S. and coalition effort in Iraq and Syria that will mean doing just that without reversing himself on that point.

Many believe a focused effort doesn't have to mean putting several thousands of troops onto the battlefield, but it does mean inserting more specialized forces to ensure an expanded airstrike campaign is effective. But while that is happening in limited form now, the call to expand the effort is awaiting a presidential nod.

Also yesterday, Dempsey made clear that only attacks inside Syria - the origin of the Islamic State - can defeat the militants. "Can they be defeated without addressing that part of their organization which resides in Syria? The answer is no. That will have to be addressed on both sides of what is essentially at this point a nonexistent border," Dempsey said yesterday.

FP's Kate Brannen: "U.S. military operations in Iraq may be limited for now, but the rhetoric in Washington is heating up. On Thursday, it boiled over at the Pentagon, where Defense Secretary Chuck Hagel painted a new and more dangerous picture of the threat that the Islamic State poses to Americans and U.S. interests.

"The group 'is as sophisticated and well-funded as any group that we have seen. They're beyond just a terrorist group,' Hagel said in response to a question about whether the Islamic State posed a similar threat to the United States as al Qaeda did before Sept. 11, 2001.

"'They marry ideology, a sophistication of strategic and tactical military prowess. They're tremendously well-funded. This is beyond anything that we've seen,' Hagel said, adding that 'the sophistication of terrorism and ideology married with resources now poses a whole new dynamic and a new paradigm of threats to this country.'

"Hagel's comments added to the mismatch between the Obama administration's increasingly aggressive rhetoric and its current game plan for how to take on the group in Iraq and Syria, which so far involves limited airstrikes and some military assistance to the Kurdish and Iraqi forces fighting the militants. It has also requested from Congress $500 million to arm moderate rebel factions in Syria. But for now, the United States is not interested in an Iraqi offer to let U.S. fighter jets operate out of Iraqi air bases."

ICYMI: John Allen backs Obama's airstrikes against ISIS but calls for an urgent American and international response and uses capital letters to do it.  Allen for Defense One, his BLUF: "...The president deserves great credit in attacking IS. It was the gravest of decisions for him. But a comprehensive American and international response now - NOW - is vital to the destruction of this threat. The execution of James Foley is an act we should not forgive nor should we forget, it embodies and brings home to us all what this group represents. The Islamic State is an entity beyond the pale of humanity and it must be eradicated. If we delay now, we will pay later."

The Islamic State has conquered much of Iraq with the help of Saddam's cronies. Now the men America once discarded could help win the country back. FP's Shane Harris: "The Islamic State has conquered broad swaths of Iraq thanks to a surprising alliance with secular veterans of Saddam Hussein's military. But now that partnership is fraying -- giving Washington its first real opportunity to blunt the terrorist group's advance without relying solely on American airstrikes or ground troops.

"The group of ex-Hussein loyalists, known alternatively as the Naqshbandi Army or by the acronym JRTN -- the initials of its Arabic name -- helped the Islamic State, formerly known as ISIS, win some of its most important military victories, including its conquest of Mosul, Iraq's second-largest city. It has also given the terrorist army, which is composed largely of foreign fighters, a valuable dose of local political credibility in Iraq. JRTN, which was formed as a resistance group in 2006, is made up of former Baathist officials and retired military generals, and is led by the former vice president of Hussein's revolutionary council, Izzat Ibrahim al-Douri, who was once one of the most-wanted men in the country during the U.S. occupation."

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Oriente Medio: finalmente o fim da Primeira Guerra Mundial? - Foreign Policy

Os militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (também chamado do Iraque e da Síria) anunciam que pretendem eliminar as fronteiras criadas a partir do final do Império Otomano como consequência da Primeira Guerra Mundial e a divisão da região entre as duas grandes potências vencedoras, Grã-Bretanha e França.
Cem anos depois do início do conflito mundial que mudou a face do mundo, para sempre, tanto no plano político, quanto no geográfico e sobretudo no econômico, trata-se de notícia realmente histórica.
Cabe ver se as grandes potências, que são atualmente os Estados Unidos e, num plano bem menor, os aliados da OTAN, e do outro lado a Rússia (como sempre) e ainda mais distante, a China, sem falar do Irã, do Egito e da Arábia Saudita permitirão a ascensão do novo califado anunciado pelo ISIL...
Paulo Roberto de Almeida


Iraq Loses Control of Borders

Foreign Policy morning bulletin, June 23, 2014

Top news: The Iraqi government has abandoned the only legal border crossing with Jordan to Sunni tribal groups. Tribal groups are negotiating to hand the crossing, Turaibil, over to militants from the Islamic State of Iraq and al-Sham (ISIS). ISIS also took control over the two main border crossings with Syria over the weekend.

Jordan is putting its military on alert to protect its 112-mile-long border with Iraq, fearing ISIS militants could spill over. The strategically important airport town of Tal Afar in western Iraq has also fallen out of the Baghdad government's control as ISIS extends its sweep across western Iraq.

ISIS's goal is to create an Islamic state across the Sunni Arab world and has said that it intends to erase the borders drawn by colonial powers after World War I.

Meanwhile, Secretary of State John Kerry is in Baghdad to meet with Iraqi political leaders in an effort to push them toward reconciliation. That might create the confidence in the central government necessary for defeating ISIS.