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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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Mostrando postagens com marcador Lula. Mostrar todas as postagens
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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Lula e o seu vocabulario de politica externa: Eduardo Scolese e Leonencio Nossa (via Augusto Nunes)

O mundo e o Brasil foram desagradavelmente surpreendidos pelas grosserias desfechadas contra aquela que dirige o país por ocasião da abertura da Copa, em 12 de junho. De fato, xingamentos não são o melhor argumento para expressar o desagrado com alguma coisa.
Mas em matéria de ofensas, o presidente anterior era campeão, como demonstra este trecho de coluna do jornalista Augusto Nunes, transcrito do blog de Orlando Tambosi.
Esses palavrões já tinham sido tornado públicos quanda da publicação do livro, em 2005. Talvez expliquem um pouco da má vontade dos vizinhos para com o Brasil. Aliás, em matéria de palavrões, parece que eles continuam a enfeitar abundantemente o linguajar do Palácio do Planalto nos dias que correm.
Ou seja, os exemplos vêm de cima.
Como querem então?
Paulo Roberto de Almeida 

Nunca antes na política externa brasileira: ofensas em Profusão (Lula)
No ótimo Viagens com o Presidente, os jornalistas Eduardo Scolese e Leonencio Nossa relatam episódios que testemunharam e histórias que colheram durante os quatro anos em que, a serviço da Folha e do Estadão, seguiram os passos do chefe de governo. Confira quatro momentos. Diferentemente do livro, que expõe com crueza o estilo do grosseirão sem cura, asteriscos fazem o papel de vogais e consoantes nos palavrões cuja publicação é vetada pelas normas do site de VEJA:

VIZINHOS NA MIRA
O fato se dá em Tóquio, no Japão, no final de maio de 2005. Uma dose caprichada de uísque com gelo e, antes mesmo do inicio do jantar, Lula manda servir o segundo, o terceiro e o quarto copos. Visivelmente alterado:
— Tem horas, meus caros, que eu tenho vontade de mandar o Kirchner para a p*** que o pariu. É verdade. Eu tenho mesmo – afirma, aos gritos. — A verdade é que nós temos que ter saco para aturar a Argentina. E o Jorge Battle, do Uruguai? Aquele lá não é uruguaio po*** nenhuma. Foi criado nos Estados Unidos. É filhote dos americanos. O Chile é uma m****. O Chile é uma piada. Eles fazem os acordos lá deles com os americanos. Querem mais é que a gente se fo** por aqui. Eles estão cag***do para nós. (págs 270 e 271)

EXAME DE PRÓSTATA
Numa audiência com a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, na época em que o governo começa a discutir a transposição de parte das águas do Francisco, o Presidente ouve opiniões contrárias dela e dos técnicos:
— Marina, essa coisa de Meio Ambiente é igual a um exame de próstata. Não dá para ficar virgem toda a vida. Uma hora eles vão ter que enfiar o dedo no ** da gente. Companheira, se é para enfiar, é melhor enfiar logo. (Pág 71).

MARCO AURÉLIO GARCIA
Antes de uma cerimônia no palácio, Lula se aproxima do assessor para assuntos internacionais, o professor Marco Aurélio Garcia, e diz:
— Marco Aurélio, eu já mandei você tomar no ** hoje?
O professor sorri. (Pág. 71).

ORADOR EXIGENTE
Na suíte do hotel, recebe das mãos de assessores discurso sobre combate mundial à fome. Diante do ministro Celso Amorim e dos auxiliares do Planalto e do Itamaraty, folheia rapidamente a papelada e arremessa a metros de distância:
— Enfiem no ** esse discurso, c****ho. Não é isso que eu quero, po***. Eu não vou ler essa m****. Vai todo mundo tomar no** Mudem isso, rápido. (Pág. 249). 

Esses exemplos bastam para exibir a nudez do reizinho. Inquieto com as rachaduras no poste que instalou no Planalto, o presidente honorário do grande clube dos cafajestes tenta impedir o desabamento fantasiado de doutor honoris causa em boas maneiras. Haja cinismo.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

O secretismo financeiro do partido totalitario - Marlos Apyus

sábado, 16 de novembro de 2013

Intervencao nos assuntos internos de outros paises: uma velha mania do guia genial dos povos

Sempre foi assim, e parece que vai continuar sendo assim: o falastrão interferiu em TODAS as campanhas eleitorais de TODOS os paises onde houvesse um candidato que ele considerava "progressista", desde o início (2003) até agora, isso multiplicado "n" vezes em casos de crises políticas em todos esses países também (à exceção da Argentina).
Ou seja, ele é absolutamente ANTICONSTITUCIONAL, obriga o Brasil a também sê-lo e ainda acha que está fazendo o certo.
Nunca antes, MESMO!!!!!!
Paulo Roberto de Almeida
Ai, ai… O Foro de São Paulo ainda não desistiu e pretende tomar conta de Honduras de qualquer jeito. No próximo dia 24, o país realiza eleições gerais, inclusive para presidente. O Artigo 236 da Constituição estabelece que vence aquele que obtiver a maioria simples dos votos, num único turno. É claro que se trata de um modelo de risco. E o perigo já se anuncia. Há nove candidatos. Xiomara Castro Zelaya, mulher do ex-presidente e ainda maluco Manuel Zelaya, está entre os favoritos. É a candidata de um partido inventado e liderado por seu marido, o LIBRE (Libertad y Refundación). Uma das principais propostas de Xiomara é realizar uma Assembleia Constituinte, caminho que usam os bolivarianos para golpear as instituições. Até a presidente Dilma quer uma — mas só para fazer a reforma política… Ah, bom!
Muito bem! O ex-presidente Lula, uma dos chefões do Foro de São Paulo, decidiu gravar um vídeo em apoio à candidata de Xiomara, a exemplo do que que fez para Nicolás Maduro, aquele que fala com Chávez por intermédio de passarinhos e que vê a imagem do comandante até em reboco descascado. Aliás, o humor dos venezuelanos na Internet é impagável. Deram para descobrir o tirano morto nos locais mais, como direi?, escatológicos… Segue o vídeo. Volto em seguida.

Voltei
O vídeo de Lula em apoio a Xiomara pegou mais mal do que bem. Houve uma forte reação nos meios políticos hondurenhos, que consideraram a peça publicitária uma ingerência nos assuntos internos do país. O presidente do Tribunal Supremo Eleitoral, David Matamoros, encaminhou uma reclamação formal ao embaixador do Brasil no país, Zenik Krawctschuk. As TVs hondurenhas pararam de exibir o vídeo, e os adversários de Senhora Zelaya passaram a acusá-la de estimular a interferência de estrangeiros nas questões que dizem respeito apenas a Honduras. Imaginem se Barack Obama decidisse pedir votos para o candidato do PSDB ou do PSB em 2014. Pra começo de conversa, saiba,  a legislação eleitoral impediria que o vídeo fosse ao ar.

Não custa lembrar que Lula se meteu na eleição venezuelana, e Nicolás Maduro não perdeu por muito pouco. O Apedeuta, com a sua vocação para presidente do “planetinha” (como ele se refere à Terra), deve achar que o mundo inteiro o vê com os olhos com que vê a si mesmo.

domingo, 22 de setembro de 2013

Politica externa paralela, diplomacia partidaria, amizades ditatoriais: Mr Lula goes to Harare...

Do blog de Rodrigo Constantino, em 21/09/2013:

21/09/2013
 às 12:14 \ Socialismo

BNDES libera quase US$ 100 mi para Mugabe. É o pobre brasileiro ajudando o rico ditador corrupto africano

Ditador Robert Mugabe e o ex-presidente Lula
Deu na Folha: Brasil libera crédito a ditador do Zimbábue
O Brasil está concedendo uma linha de crédito de US$ 98 milhões (cerca de R$ 215 milhões) do BNDES para o governo do ditador Robert Mugabe no Zimbábue (África).
O recurso é parte do programa Mais Alimentos Internacional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Com esse crédito, o governo do Zimbábue poderá comprar equipamentos agrícolas (tratores, máquinas, material de irrigação, terraplenagem) de indústrias brasileiras e repassar a agricultores do país.
Entidades de direitos humanos apontam para o histórico de corrupção do governo Mugabe, há 33 anos no poder, e o perigo de o crédito brasileiro dar sustentação a um regime cujas eleições recentes foram contestadas.
Ele confiscou sem indenização as terras de agricultores brancos, que historicamente tinham uma concentração desproporcional da propriedade fundiária.Além disso, a agricultura familiar do Zimbábue está no centro da polêmica e violenta reforma agrária que Mugabe iniciou no ano 2000.
Grande parte foi repassada a aliados políticos sem experiência no campo.
O processo teve vários episódios de violência contra fazendeiros. E o resultado foi uma queda significativa nas safras do país, que passou a importar alimentos e depender de ajuda externa.
Um dos principais problemas foi que, sem títulos de propriedade da terra, os agricultores não conseguiam acesso a crédito para comprar equipamentos agrícolas.
Dentro do Mais Alimentos, também receberão crédito Senegal (US$ 95 milhões), Gana (US$ 95 milhões)e Cuba (US$ 210 milhões).
Um total de US$ 470 milhões do BNDES, modalidade do Proex (Programa de Financiamento à Exportação), foi aprovado para o Mais Alimentos Internacional.
É o governo do PT destinando quase meio bilhão de dólares para regimes falidos, ditadores corruptos, tudo em nome da “justiça social”.
A reforma agrária de Mugabe representou um total abuso dos direitos individuais, inclusive com o uso de bastante violência, em boa parte perpetrada pela milícia de esquerda, nos moldes do nosso criminoso MST. A expropriação de terras, sob a desculpa da “justiça social”, foi enorme, lançando o país na miséria total.
A produção despencou, os investimentos sumiram e o caos foi total. Os produtores brasileiros de fumo agradecem, já que o Zimbábue era importante vendedor mundial, e depois da reforma cedeu vasto espaço para a concorrência. Tudo pela “igualdade”.
Mugabe adotou novas leis para forçar que o controle dos ativos minerais ficasse com negros. Vale lembrar que o Zimbábue possui vastos recursos, incluindo diamantes, ouro, carvão, níquel e platina, cuja reserva representa cerca de 15% da mundial. A cor da pele passou a ser mérito para ser dono desses recursos.
Não tão diferente do nosso querido Brasil, onde o fato de ser índio, mesmo que bem adaptado ao mundo moderno, com celulares, carros importados e parabólicas, também permite o controle sobre vasto e rico território, como as reservas de Rondônia. Ou a cor da pele, que já é passe de entrada em universidades, e até de empregos também.
O Zimbábue de Mugabe é apenas mais um exemplo, entre tantos, do fracasso socialista. É o retrato do que aconteceria com o Brasil se o MST assumisse o poder de vez (hoje ele tem poder indireto por meio do PT). Mas eis que o governo petista resolve destinar quase US$ 100 milhões, via BNDES, para esse regime nefasto.
Essas “ajudas” de governo para governo acabam sempre significando o seguinte: os pobres dos países que emprestam ajudam os ricos dos países que recebem o financiamento. É o favelado carioca ou o pobre do Acre bancando Mugabe e sua turma corrupta.
Pode isso, Arnaldo? Infelizmente, no Brasil o PT pode tudo. Não temos uma oposição firme o suficiente que consiga levar ao povão a mensagem do que isso representa de fato. E fica tudo por isso mesmo…

quinta-feira, 18 de julho de 2013

E por falar em "nunca antes": nunca antes a imprensa foi barrada de forma tao vexaminosa...

Por que será? Vai ver estava o PIG no meio da malta...

Paulo Roberto de Almeida

Imprensa é impedida de cobrir palestra de Lula na UFABC

Será a primeira aparição em evento público do ex-presidente após a onda de protestos iniciada em junho


Gustavo Porto - Agência Estado, 18/07/2013
Na primeira aparição em evento público do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a onda de protestos iniciada em junho, cerca de 30 jornalistas foram mantidos do lado de fora do auditório da Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Bernardo, onde ele dará uma palestra na tarde desta quinta-feira, 18.  
Até o momento, foi liberada a entrada apenas de repórteres de imagem. Jornalistas de outras mídias, impresso, online e rádio, foram credenciados para o evento, mas ao chegarem foram informados de que deveriam acompanhar o evento por meio de um telão aberto ao público em geral, do lado de fora do auditório.
De acordo com a assessoria do ex-presidente, a orientação aos jornalistas partiu da organização da "Conferência Nacional 2003 - 2013: Uma Nova Política externa". No entanto, a assessoria da UFABC, que organiza a conferência, diz que a orientação de impedir a entrada de jornalistas partiu da equipe de Lula. O ciclo de palestra da Universidade teve início no dia 15 e em nenhuma ocasião foi vedada a cobertura da imprensa.

A diplomacia "vira-latas"", envergonhada, antes do "nunca antes" - Guia Genial dos Povos

Parece que antes do "nunca antes", nossa diplomacia era uma miséria só, com o rabo entre as pernas, alto complexo de vira-latas, baixa autoestima, total submissão às elites mundiais, sem qualquer projeto nacional, sobretudo sem aquele clarividência que veio depois do "nunca antes", que nos permitiu superar todos esses problemas e projetar o Brasil com toda a sua luz fulgurante em todos os cenários abertos ao engenho e arte dos companheiros.
Ufa! Ainda bem. Imaginem se tivéssemos continuado com aquela diplomacia vende-pátrias que vigorava antes. Nossos diplomatas teriam permanecido prisioneiros de todos os vícios, sem desfrutar de todos os méritos que vigoram agora, depois do "nunca antes". Nunca antes a sociedade brasileira pode dispor de uma visão tão clara sobre os problemas do Brasil e do mundo. Como pudemos ser tão néscios, durante tanto tempo, e os companheiros ali, só observando, esperando o momento de dar o bote e começar sua política genial de defesa dos interesses nacionais. Só eles mesmo. Estamos salvos, pela eternidade afora...
Paulo Roberto de Almeida

Lula diz que 'parte da elite tinha complexo de vira-latas' antes de seu governo

'Nós não éramos respeitados', afirmou ex-presidente durante palestra sobre a política externa brasileira nesta quinta-feira, 18, na Universidade Federal do ABC


Guilherme Waltenberg e Gustavo Porto 
Agência Estado, 18/07/2013
São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na tarde desta quinta-feira, 18, durante palestra sobre a política externa brasileira, que o Brasil ainda não era um país respeitado internacionalmente quando ele chegou à Presidência no início de 2003. "Nós não éramos respeitados. Uma parte da elite tinha complexo de vira-latas. A elite não queria disputa para ser igual (aos outros países), ela já se achava inferior", afirmou.
Uma das primeiras ações levadas a cabo por sua administração, disse, foi levar ao Fórum de Davos - que reúne anualmente líderes da economia global - a ideia de que era possível vencer a fome. "Fui a Davos no primeiro mês de mandato e disse que era possível acabar com a miséria e a fome. Exatamente o mesmo que disse no Fórum Social Mundial no mesmo ano", afirmou.
Lula narrou também um encontro que teve com o ex-presidente norte-americano George W. Bush, no início de seu governo, próximo ao início da Guerra do Iraque (2003-2011). Segundo ele, Bush buscava aliados para o conflito, que ele rechaçou dizendo que a guerra que ele iria travar na sua administração era contra a fome. "Minha guerra é contra a fome. Essa é a guerra que eu quero vencer no meu mandato. O senhor faça a sua guerra e eu faço a minha", disse Lula, narrando o que teria dito ao ex-presidente americano. Segundo Lula, o combate à fome foi priorizado desde então. "Colocamos para o mundo a questão do combate à fome".
O ex-presidente proferiu palestra intitulada "Brasil no mundo - Mudanças e Transformações", que faz parte da conferência "2003-2013: Uma nova Política Externa", realizada na Universidade Federal do ABC (UFABC).

sábado, 18 de maio de 2013

As ideias andantes dos que ja nao andam mais: natural que seja assim...

Não sei se outros partilham da minha opinião, mas nunca vi, em nenhum lugar do mundo, em qualquer época, um líder político, receber doutorados honoris causa por atacado, às bateladas, de arrastão, se poderia dizer.
Só na América Latina...
E ainda se orgulham... eles e as universidades.
Eu teria uma outra atitude.
Quanto às ideias, bem, seria o caso de conhecê-las, se é que andam por aí, de fato...
Paulo Roberto de Almeida


Lula: Ideas de Chávez y Kirchner siguen circulando en Latinoamérica

RPP notícias, Jueves, 16 de Mayo 2013  |  9:00 pm
Lula: Ideas de Chávez y Kirchner siguen circulando en Latinoamérica
Fuente: EFE
Exmandatario de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, recordó que junto a Kirchner y Chávez dieron nuevo impulso al proceso de integración regional.
El expresidente brasileño Luiz Inácio Lula da Silva afirmó que las ideas de los fallecidos mandatarios Néstor Kirchner, de Argentina, y Hugo Chávez, de Venezuela, circulan "creando inteligencia y conciencia" en Latinoamérica.
Al asistir este jueves en Buenos Aires, junto a la presidenta argentina, Cristina Fernández, a la inauguración de la Universidad Metropolitana para la Educación y el Trabajo (UMET), creada por el sindicato de encargados de edificios de apartamentos, Lula recordó que fue él, junto a Kirchner y Chávez, quienes dieron nuevo impulso al proceso de integración regional.
"Su carne está enterrada pero sus ideas están por ahí, circulando por toda América Latina, creando inteligencia y conciencia en la mente de cada latinoamericano", afirmó el exmandatario brasileño.
Lula recordó cómo junto a Néstor Kirchner compartió "ideas y proyectos para acercar a ambas naciones, para consolidar la integración regional de Latinoamérica, que hoy vive uno de los momentos más extraordinarios de su historia".
Fernández: Argentina ha crecido junto con sus hermanos suramericanos
Da Silva resaltó por otra parte que la inauguración de esta universidad tiene un "enorme simbolismo" ya que es impulsada por trabajadores.
"Nosotros no hicimos milagros porque no existe milagros en la política. Solamente hicimos aquello a lo que fuimos llamados, contribuimos en nuestros gobiernos a democratizar la sociedad brasileña. La educación desempeña una función clave en esta misión", afirmó el exgobernante brasileño.
Por su parte, Fernández afirmó que "Argentina ha crecido junto con el resto de sus hermanos suramericanos", "con gobiernos que creen en la igualdad de oportunidades".
Fernández sostuvo que Kirchner junto a Lula derribaron "ese mito de la rivalidad brasileño-argentina, que impedía que ambos países crecieran juntos y servía a intereses que eran totalmente contrarios al desarrollo de los dos países".
"Ustedes quebraron esa valla, ese mito, esa leyenda, esa pretendida desunión entre Argentina y Brasil", dijo la mandataria argentina.
Según informaron fuentes oficiales, esta noche Cristina Fernández recibirá a Lula da Silva en audiencia en la Casa Rosada, sede del Ejecutivo argentino.
Este viernes, Fernández y Da Silva asistirán al Senado argentino, donde el expresidente brasileño recibirá varios títulos honoríficos concedidos por diferentes universidades argentinas.
EFE

sábado, 11 de maio de 2013

Chá de cadeira em Dilma - Editorial Estadao

Como desorganizar uma agenda diplomática? Vamos ver:
O padrão de atraso no governo anterior era de 50 minutos, mais ou menos.
O padrão de atraso do bolivarianismo era de 1h:30ms, mas podia ser mais.
Agora, parece que aumentou para 2hs.
Sinal de progresso, de crescimento?
Paulo Roberto de Almeida


Chá de cadeira em Dilma

Editorial O Estado de S.Paulo, 11 de maio de 2013
A presidente do Brasil é Dilma Rousseff, mas isso parece ser apenas um detalhe. Na fabulação bolivariana, ela não passa de uma nota de rodapé ante os "gigantes" Luiz Inácio Lula da Silva, Hugo Chávez e Néstor Kirchner. Por isso, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não teve nenhum pudor em deixá-la esperando por quase duas horas, durante sua visita ao Brasil, enquanto se encontrava com o ex-presidente Lula. Não foi apenas Dilma que saiu menor desse episódio. É a própria Presidência brasileira que encolhe a olhos vistos ante o menosprezo de Lula pela liturgia do cargo que ele não mais ocupa, mas do qual não consegue "desencarnar". Dilma, por sua vez, obediente e disciplinada, parece aceitar seu status de presidente ad hoc.
Como se sabe, Maduro veio ao Brasil para obter a legitimidade política que lhe falta na Venezuela, graças à truculência com que ele está tratando a oposição - dona de metade dos votos na controvertida eleição vencida pelo herdeiro de Chávez. Maduro enfrenta resistência também nas próprias fileiras chavistas, porque, com a morte do Comandante, se multiplicaram focos de rebelião daqueles que se sentiram preteridos dentro do Politburo venezuelano e relutam jurar lealdade ao presidente.
Já começam a circular rumores de que os próprios chavistas, principalmente o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, estão conspirando para prejudicar Maduro. Suspeita-se que Cabello - que já está sendo chamado de "ditador em espera", é muito ligado aos militares e não é bem visto pelo regime cubano, padrinho de Maduro - esteja incitando a violência para precipitar a crise.
Tudo isso acontece em meio a uma avassaladora crise econômica, cujo lado mais perverso e politicamente explosivo é o desabastecimento de alimentos - que Maduro atribuiu à "sabotagem econômica", sem reconhecer a óbvia incompetência de seu governo. Não surpreende que já haja pesquisas mostrando que, se a eleição presidencial fosse hoje, o vencedor seria o opositor Henrique Capriles.
Nesse contexto, Maduro veio ao Brasil para pedir ajuda - que se traduzirá em acordos comerciais francamente desequilibrados em favor da Venezuela - e para consultar-se com Lula para saber o que fazer. O ex-presidente não o decepcionou. "Hoje, Lula nos banhou de sabedoria", declarou, entusiasmado, o venezuelano, após a audiência que contou também com a presença do presidente do PT, Rui Falcão, numa deliberada confusão de questões de Estado com interesses político-ideológicos. Lula falou durante uma hora sobre sua "experiência de luta", disse Maduro, que qualificou o petista de "pai dos homens e mulheres de esquerda da América Latina". Para o venezuelano, "dos três gigantes que começaram este processo de integração da América Latina, Kirchner, Chávez e Lula, só nos resta Lula". Assim, a visita oficial de um chefe de Estado ao Brasil converteu-se em peregrinação para adorar um santo vivo e beber de seus "ensinamentos".
Somente depois de beijar a mão de Lula e de reconhecer-se como seu "filho" é que Maduro dirigiu-se ao Planalto para ser recebido por Dilma, que lhe reservou honras de Estado, a despeito do chá de cadeira que levou. Não contente em fazê-la esperar, Maduro ainda lhe presenteou com um enorme retrato de Chávez, numa cena constrangedora, que tornou a presidente ainda menor em todo o contexto. Restou a Dilma fazer um discurso curto, protocolar, em que exaltou a "parceria estratégica" entre Brasil e Venezuela e chamou de "momento histórico" o fato de que a Venezuela assumirá a presidência do Mercosul no segundo semestre - situação esdrúxula que só está sendo possível graças a um golpe bolivariano para isolar o Paraguai, que se opunha à entrada da Venezuela no bloco.
À vontade, Maduro sentiu-se autorizado a dizer, sem que a mentira fosse contestada, que o projeto do Mercosul "nasceu em essência das ideias de Chávez". No culto à personalidade de Chávez e Lula, Dilma é cada vez mais apenas uma coadjuvante.

sábado, 27 de abril de 2013

Lula: nada esta' tao ruim que nao possa piorar: corrupcao


Empresa de inteligência dos EUA sugere que Lula recebeu propina por caças franceses Rafale

Confusão à vista – Quando assumiu o poder central, uma das primeiras providências da presidente Dilma Rousseff foi colocar na chamada “geladeira” o projeto de renovação da frota de supersônicos da Força Aérea Brasileira. Seu antecessor, Luiz Inácio da Silva, anunciou a decisão do País de comprar os caçasRafale da francesa Dassault, mas o assunto entrou na fila da espera sem maiores explicações.
Para despejar doses extras de polêmica sobre um caso que vinha agitando os bastidores da política, em Brasília, o Wikileaks começou a publicar e-mails da companhia de inteligência global Stratfor. Sediada no Texas, a Stratfor tem o Departamento de Defesa e de Segurança Interna dos Estados Unidos como um dos seus principais clientes. Entre algumas mensagens já disponíveis para o público, a Strafor analisa as compras militares brasileiras e cita um jornal “parceiro” da companhia.
Barril de pólvora
Na mensagem que analisa as compras militares do Brasil, o analista de geopolítica da Stratfor cita fontes no consulado norte-americano para questionar o Ministério da Defesa.
“Você está certo em se perguntar o que, em nome de Deus, Brasília está fazendo. A Marinha brasileira é uma merda. É uma piada, e eu sei porque eu falo com os militares do consulado o tempo inteiro a respeito disso. A tentativa deles de adquirir um submarino nuclear não faz sentido algum”, diz a mensagem, que também fala da compra dos caças Rafale.
“O fato de que eles querem o Rafale e o Gripen é uma piada. O F-18 é o melhor equipamento. Nós os oferecemos um excelente pacote, inclusive bastante transferência de tecnologia. (…) O Rafale, mesmo com o preço reduzido, ainda está muito caro. E o Gripen é uma merda. Se você compra o Gripen, você é uma Eslováquia”.
Para justificar a escolha brasileira pelo Rafale, a empresa aponta que Lula pode ter recebido propinas para dar preferência aos franceses.
“A compra dos submarinos é tão estúpida que deve ter alguma compensação por trás. Lula provavelmente está procurando um dinheiro para sua aposentadoria. A compra ainda veio no fim do seu mandato, assim como os caças. O nosso Departamento de Tesouro é contra oferecer propinas, o que não nos permite fazer grandes negócios num lugar corrupto como o Brasil”.
  
Link para esta matéria: http://ucho.info/?p=52619

terça-feira, 23 de abril de 2013

O gordo e o magro, nova versao - Augusto Nunes


Augusto Nunes, 23/04/2013

Lula é o Eike Batista da política. 
Eike é o Lula do empresariado. 
Um inventou o Brasil Maravilha. Só existe na papelada que registrou em cartório. 
Outro ergueu o Império do X. No  caso, X é igual a nada.
O pernambucano falastrão que inaugurava uma proeza por dia se elogia de meia em meia hora por ter feito o que não fez. 
O mineiro gabola que ganhava uma tonelada de dólares por minuto se louva o tempo todo pelo que diz que vai fazer e não fará.
O presidente incomparável prometeu para 2010 a transposição das águas do São Francisco. O rio segue dormindo no mesmo leito. 
O empreendedor sem similares adora gerúndios e só conjuga verbos no futuro. Está fazendo um buquê de portos. Vai fazer coisas de que até Deus duvida. Não concluiu nem a reforma do Hotel Glória.
Lula se apresenta como o maior dos governantes desde Tomé de Souza sem ter concluído uma única obra visível. 
Eike entra e sai do ranking dos bilionários da revista Forbes sem que alguém consiga enxergar a cor do dinheiro.
Lula berrou em 2007 que a Petrobras tornara autossuficiente em petróleo o país que, graças às jazidas do pré-sal, logo estaria dando as cartas na OPEP. A estatal agora coleciona prejuízos e o Brasil importa combustível. 
Eike vive enchendo milhões de barris com o que vai extrair do colosso que continua enterrado no fundo do Atlântico.
Político de nascença, Lula agora enriquece como camelô de empresas privadas. 
Filho de um empresário admirável, Eike hoje sobrevive com empréstimos do BNDES, parcerias com estatais e adjutórios do governo federal.
Lula só poderia chegar ao coração do poder num lugar onde tanta gente confia num Eike Batista. 
Eike só poderia posar de gênio dos negócios num país que acredita num Lula.
É natural que viajem no mesmo jatinho. É natural que se entendam muito bem. Os dois são vendedores de nuvens.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Governo Lula aticou o furor rentista dos politicos com o pre-sal - Merval Pereira

Toda essa confusão, que deixará sequelas amargas e consequências funestas para todos os protagonistas, para todo o Brasil, tanto no plano político, como no plano econômico e, sobretudo, no chamado sentimento nacional, todo esse caos a que assistimos atualmente em relação à apropriação de uma riqueza ainda inexistente foi causado pelo ex-presidente Lula, o gênio de Garanhuns, que pensava que o Brasil havia tirado um bilhete premiado, quando a Petrobras só havia descoberto uma nova província petrolífera, que deveria ser explorada parcimoniosamente, em benefício das futuras gerações.
Qual o quê! O presidente mais desastrado que o Brasil já teve desde Cabral, e o mais incensado, apenas porque parece que todos perderam a razão, cismou de sobredimensionar essa questão, e com isso despertou o furor rentista -- que já é característica de todo político -- até os limites do irracional, precipitando uma verdadeira guerra civil fiscal da qual o Brasil não vai se recuperar.
Acuso o ex-presidente de suprema irresponsabilidade, e de ter cometido um dos maiores crimes políticos contra a federação de que já tivemos notícias desde a confederação do Equador e a Farroupilha gaúcha. Enfim, um gênio do mal, se vocês querem saber a minha opinião.
Ele simplesmente destruiu as possibilidades de que essas riquezas -- que eu preferia que não tivessem existido -- possam ser exploradas de maneira sensata.
Qualquer que seja a solução -- e acho que não existe NENHUMA solução ideal para o verdadeiro vespeiro que ele criou e abriu -- que se encontre para o problema, no Parlamento, no Supremo, no Executivo, ela deixará sequelas amargas em TODOS os protagonistas, e um prejuízo imenso ao Brasil enquanto nação.
O gênio do mal fez a sua obra nefasta e continua achando que fez o certo. Idiota.
Paulo Roberto de Almeida 

Pacto federativo
Merval Pereira
O Globo, 22/03/2013

A disputa pelos royalties do petróleo vai desencadear necessariamente debate mais aprofundado sobre a nova distribuição dos fundos de participação dos estados e dos municípios, que está ocorrendo no Congresso ao mesmo tempo em que se espera a decisão do STF sobre a questão dos royalties.

Ambas as discussões deveriam ser feitas juntas, mas o clima emocional impede que se pense o país como um todo no momento em que cada um quer um pedaço de um tesouro que continua enterrado.

É previsível que, seja qual for o resultado do julgamento do STF, continuará havendo insegurança jurídica que pode afetar, no limite, os futuros leilões de áreas exploratórias.

O deputado Marcelo Castro, do PMDB do Piauí — o mesmo PMDB do governador Sérgio Cabral —, conseguiu reunir pouco mais de 200 assinaturas e protocolou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera toda a divisão dos royalties decorrentes da exploração de petróleo no mar, incluindo áreas já licitadas e do pré-sal.

Pela proposta, 30% dessas receitas ficam com a União; 35%, para todos os estados; e 35%, para os municípios, segundo os critérios dos fundos de participação (FPE e FPM).

A nova emenda constitucional seria a terceira legislação sobre o mesmo tema lançada nos últimos três anos, uma vez que, hoje, temos uma lei (nº 12.734/2012), suspensa por liminar do STF, e uma medida provisória (MP 592/2012), que foi editada pela presidente Dilma na ocasião do veto.

Para o especialista Adriano Pires, da consultoria CBIE, essa incerteza legal/regulatória com certeza terá impacto sobre a decisão das empresas quanto à participação nos futuros leilões. Mesmo que a decisão final do STF saia antes do leilão de maio, o risco regulatório não estará eliminado, analisa ele.

“Caso os estados não produtores saiam perdendo, eles se juntarão à PEC que começa a tramitar. Caso os perdedores sejam os produtores, o risco para as empresas eleva-se ainda mais, já que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio sinalizou com a criação de uma taxa, jogando para as empresas o custo da guerra federativa.”

Além desses fatores, sempre há o risco de os descontentes impedirem a realização do leilão com liminares de última hora. Na opinião de Pires, toda essa confusão é resultado da falta de empenho da União em resolver o conflito federativo, que se instalou com a mudança no marco regulatório do setor de petróleo após a descoberta do pré-sal.

“Não há a menor dúvida de que o montante que a União teria que desembolsar, para resolver a questão e dar segurança jurídica aos investidores é muito menor do que o que já foi gasto com desonerações ou com o financiamento do BNDES para setores ou empresas eleitos pelo governo para serem agraciados”, critica.

Já para o economista Mauro Osório, professor da UFRJ, é importante o Estado do Rio “adotar um protagonismo na discussão de um novo pacto federativo para o país”. É importante ressaltar, diz ele, que, ao contrário do que alguns pensam, o Estado do Rio não é privilegiado no cenário federativo, em termos da relação receita pública/PIB, estando apenas na 21ª posição.

Ao estudar a receita pública municipal per capita, através de dados do Finbra/MF, Osório destaca que, na média, os municípios fluminenses apresentaram, em 2011, receita pública per capita de R$ 2.160,10, contra receita pública per capita para a totalidade dos municípios do Sudeste de R$ 2.009,67.

Na opinião de Osório, o Estado do Rio deve procurar trazer para a pauta do país a questão federativa, com a discussão sobre o critério dos fundo de participação (FPE e FPM). Para ele, a regra atual é bastante prejudicial aos municípios com grande densidade populacional, o que é um dos motivos que fazem com que São Gonçalo, que conta mais de um milhão de habitantes, tenha apresentado receita pública per capita, em 2011, de apenas R$695,60.

Ao mesmo tempo, devemos discutir, diz o professor, no âmbito do estado, novas formas de distribuição interna dos royalties, entre os municípios, pois ela ocorre de forma muito desequilibrada, inclusive dentro de uma mesma região. No Norte Fluminense, por exemplo, enquanto Quissamã apresentava, em 2011, receita pública per capita de R$10.225,11, São Fidélis apresentava R$1.600,32.