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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Nota pública de médicos mineiros ao CRM-MG e ao CFM sobre o negacionismo brasileiro, inclusive de médicos

 Os médicos andavam muito silenciosos, tanto que muitos de nós os consideramos bolsonaristas de carteirinha. É até possível que a maior parte dos médicos tenha, sim, votado por monstro que ocupa a presidência, talvez ou provavelmente em razão do mais médicos e também da mega-super-hiper-giga corrupção petista. Na medida em que "seu" eleito revelou-se a besta que sempre foi, e que os mortos foram se acumulando, alguns dos conselhos regionais de Medicina começaram a se manifestar, mas isso depende, obviamente, de quem ocupa a presidência de turno desses conselhos, pois ainda tem muito bolsonarista idiota espalhado por aí, mesmo entre médicos, supostamente pessoas bem informadas e esclarecidas (o que não é exatamente o caso).

Esta Nota Pública AO Conselho Regional de Medicina, não DO CRM-MG, os médicos abaixo assinados fizeram um dos manifestos MAIS FORTES CONTRA o degenerado dirigente, só faltando chamá-lo do título que ele merece: GENOCIDA.

Paulo Roberto de Almeida


NOTA PÚBLICA

À sociedade, aos médicos, ao CRMMG e CFM

Uma tragédia se abate sobre o Brasil.

Uma tragédia humanitária sem precedentes na nossa história.

Já superamos 200.000 mortos. Milhões de infectados.

UTI’s e leitos hospitalares no limite de suas capacidades, chegando ao absurdo do que está ocorrendo em Manaus, com a falta de oxigênio.

A este quadro dramático, soma-se o aumento da miséria e do desemprego. O aumento de famílias vivendo nas ruas é visível a todos.

A fome é um espectro que ronda milhões de brasileiros.

E qual a resposta deste governo a esta calamidade?

Frente a essa situação dantesca, o governo acaba com o auxílio emergencial, o que levará ao desespero àqueles que o têm como única fonte de renda para a sobrevivência.

E, no enfrentamento da pandemia da COVID-19, oferece tratamentos sem eficácia clínica comprovada.

Nós, médicos mineiros, que já estivemos à frente de entidades médicas ou que estamos na linha de frente do atendimento à saúde da população ou no ensino médico, resolvemos dar nosso grito de alerta.

Não podemos nos calar frente a omissão das nossas principais entidades, Conselhos, Associações e Sindicatos Médicos.

A Medicina é uma profissão a serviço da vida e da sociedade.

Tem uma história de 2.500 anos, como Ciência e Arte.

Como Ciência, a Medicina deve se ater às medicações comprovadamente eficazes.

Ciência é a defesa de vacinação a todos, para controlar a circulação do vírus.

Afirmar, como faz o CFM, o caráter não obrigatório da vacina, não é ciência. Reforça a política negacionista deste desgoverno.

E como Arte, os Médicos devem cumprir seu papel em saber informar aos pacientes que, infelizmente, ainda não há medicamentos com comprovação científica para o tratamento da Covid-19.

A aceitação de nossas lideranças do uso de medicamentos que, comprovadamente, não trazem benefícios, nem preventivo e nem curativo, é uma afronta a estes princípios.

Chega!


Temos de dizer em alto e bom tom: a prescrição de ivermectina, cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida, azitromicina, doxiciclina, e outros não traz NENHUM benefício aos pacientes.

Ao contrário, leva a uma falsa sensação de segurança à população, com o consequente relaxamento nas medidas preventivas, estas sim, eficazes.

A aceitação deste papel de meros prescritores de placebos nos nivela a charlatães.

E nos tornam cúmplices de um governo de incompetentes, genocida.

Basta!

Toda literatura médica atual demonstra de maneira cabal a ineficácia destas drogas, além dos seus riscos.

Médicos, não aceitem este papel a nós reservado por este desgoverno! Entidades médicas, se posicionem claramente ao lado da Ciência e da Vida!

Os Médicos, por meio do CFM e dos CRM, devem ser orientados a não prescreverem medicamentos que não têm comprovação científica.

Tal orientação e inibição dessas prescrições se sobrepõem a autonomia do profissional médico. A autonomia médica não é um aval para a antimedicina.

A prescrição destes medicamentos não é uso off-label: é anti-ciência; é charlatanismo.

Esse cenário nos coloca como partícipes de uma política cruel, que finge que trata, enquanto

deixa as pessoas morrerem.

Conclamamos que as Entidades Médicas busquem atuar junto às outras entidades de saúde, em defesa de uma política que verdadeiramente enfrente esta barbárie:

- isolamento social; auxílio aos vulneráveis;

- investimentos maciços no Sistema Único de Saúde, para recuperação imediata de sua capacidade de atendimento;

- e investimentos maciços na capacidade brasileira de produção de vacinas.

Esta é a resposta a se esperar de quem tem compromissos com a Medicina e com a Vida.

Belo Horizonte, Minas Gerais, 15 de janeiro de 2021

Afrânio Donato de Freitas - Ex-vice-presidente da AMM, Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão

Alamanda Kfoury Pereira- Professora Departamento de GOB da FM/UFMG e vice-diretora da FM/UFMG, CRMMG-19222

Alzira de Oliveira Jorge - CRM MG 21539, Ex-Diretora da ANMR, Professora UFMG e Diretora Geral do Hospital Risoleta Tolentino Neves


Ana Maria Medes - CRM MG 20692

Arnoldo de Souza – Ex-Presidente do Sinmed GV e da AMGV

Carlos Roberto de Souza – CRM 22183, Anestesiologista Itabira

Celeste de Souza Rodrigues – CRM 17197

Celso Paoliello Pimenta - CRMMG 8153

Cláudia Ribeiro de Andrade - CRM 29.351, Professora de Pediatria da UFMG

Cristiano da Mata Machado - Ex-Presidente Sindicato dos Médicos

Cristina Alvim - Professora Pediatria UFMG

Darlan Corrêa Dias – Ex-Presidente do Sindicato dos Médicos de Governador Valadares e da Sociedade Mineira de Pediatria do Vale do Rio Doce

Deborah Carvalho Malta – Ex-Vice Presidente da AMINER, Professora da Escola de Enfermagem da UFMG

Dirceu Bartolomeu Greco – Ex-Conselheiro CRMMG

Eglea Maria da Cunha Melo – Pediatra, CRM 10026

Elson Violante - Ex-Diretor Sindicato dos Médicos

Enid Terezinha Freire de Moraes - CRMMG 8404

Evilázio Teubner Ferreira - Ex-Presidente CRMMG, ex-Conselheiro CFM Everaldo Crispim - Ex-Diretor da AMMG e Sindicato dos Médicos

Fausto Pereira dos Santos – Ex-Vice presidente ANMR, Pesquisador da Fiocruz Fernando Antônio Botoni - CRM 20989

Geraldo Luiz Moreira Guedes - Ex-Presidente CRMMG, ex-Conselheiro CFM

Gilberto Antônio Reis - Professor do Departamento de Medicina da PUC Minas

Gilson Salomão - CRMMG 14944, Presidente do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fiora

Giovana da Costa César - CRM MG 38958

Helvécio Miranda Magalhães Júnior – Ex-Secretário Municipal de Saúde de Belo Horizonte e Ex- Secretário de Atenção à Saúde do MS

Ismael Teixeira Antuna – CRM 18661, Médico FHEMIG

Jader Bernardo Campomizzi - Ex-Secretário CRMMG

João Batista Duarte Vieira - Ex-Presidente Sociedade de Medicina e Cirurgia de juiz de Fora João Paulo Baccara - CRMMG 17.563

José Luiz dos Santos Nogueira – CRM 20760, Médico PBH

José Luiz Moreira Guedes - CRMMG 16196


José Roberto Batista – Médico Intensivista, Ipatinga, CRM 23071

Jubel Barreto - CRM MG 7553

Kleber Neves da Rocha - ex-diretor do Sindicato dos Médicos de MG e da AMMG, CRM 8347

Lucas Benício dos Santos – CRM 81949

Luiz Oswaldo Rodrigues - LOR, CRMMG 6725, Presidente da Associação Mineira de Apoio aos Portadores de Neurofibromatoses

Luzia Toyoko Hanashiro e Silva - CRM MG 8591

Márcia Lourenço Lima - CRM 9048, Médica efetiva do SUS-BH

Márcia Rejane Soares Campos - CRMMG 21416, Ex-Diretora da ASMNR e AMINER

Márcia Rovena de Oliveira - CRMMG 8590

Mariangela Cherchiglia – CRM 16754, Professora Faculdade de Medicina UFMG

Maria Angélica de Salles Dias - Médica Sanitarista – Ex-Diretora da AMIMER

Maria Angélica Silva Vaccarini - CRMMG 14.826

Maria Aparecida Martins – Pediatra, CRM 9638

Maria Cristina Veiga Aranha Nascimento Pediatra - Professora Universitária/ UFOP

Maria das Graças Rodrigues de Oliveira - Médica do Hospital das Clínicas da UFMG, CRM 7721

Maria do Carmo – CRM 16499, Ex Associação Médicos Residentes ES, Médica as SMSA/BH

Maria do Rosário Nogueira Rivelli – CRMMG 14545

Maria Teresa Paletta Crespo - Pediatra, CRMMG 10184

Martha Maria Neves Cotta - Ginecologia/Obstetrícia, CRMMG 13.954

Miriam Nadim Abou-Yd – CRM 14659

Mônica Aparecida Costa – CRM 18254, Ex-AMER HC, Médica da SMSA/BH

Paulo Augusto Camargos - Professor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, Ex-Vice-Presidente do APUBH

Paulo César Machado Pereira - Ex-Diretor Sindicato dos Médicos

Raimundo Marques do Nascimento Neto – Prof. UFOP coordenador da Residência de Clínica Médica

Renato Viana Bahia - Ex-Presidente AMIMER

Roberto de Assis Ferreira - Ex-Presidente Sindicato dos Médicos Roberto Marini Ladeira - Ex-Secretário CRMMG

Rodolfo de Braga Almeida – Professor Adjunto FM UFMG, CRM 9505 Rosângela Carrusca Alvim - Pediatra e Professora Universitária


Roseli da Costa Oliveira - CRM 14.640

Rubens Campos – Ex-Diretor do Sindicato dos Médicos

Sandino Mendes de Almeida – Ex-Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Teófilo Otoni

Sandra de Oliveira Sapori Avelar - Cardiologia - CRM MG 15 737 Sandra Lagos Motta - CRMMG 17028

Silvana Spindola de Miranda - Professora DCLM- UFMG, CRM 32020 Sonia Maria Rodrigues de Almeida CRM. 11215

Stella Araújo – Médica PBH, CRM 18554 Tatiane Miranda - Pediatra FHEMIG

Unaí Tupinambás – CRMMG 19208, Professor da UFMG, membro dos Comitês enfrentamento ao Covid de BH e UFMG

Valéria Guerra Mendes – CRM 13336

Vera Maria Velloso Prates – CRMMG 23246, Psiquiatra da rede SUS de Belo Horizonte

sábado, 27 de outubro de 2018

Uma viagem (curta) pelas Gerais, Carmen Licia e PRA

Carmen Lícia e eu tiramos alguns dias de férias, para fazer aquilo que fizemos habitualmente, e intensamente, nas últimas décadas: viajar de carro.
Desta vez, resolvemos visitar, ou revisitar, algumas paragens que não víamos há algum tempo, ademais de conhecer novos museus ou locais que não tinhamos ainda visto até aqui.
O percurso, de ida e volta, está reproduzido aqui, mas detalho abaixo:

Começamos no sábado dia 20/10, indo direto a Três Marias, pois o percurso total, para a primeira etapa, seria muito longo.
De Brasília a Três Marias foram 466 kms, em estradas geralmente boas, ou seja, sem aqueles buracos que já enfrentamos no passado, e vários trechos duplicados. Parada em Cristalina para um lanche, depois passagem por Paracatu e João Pinheiro, para finalmente chegar às márgens da barragem da CEMIG, em Três Marias, onde ficamos num hotel que frequentamos muito no passado, mas apenas para comer: o Grande Hotel do Lago, razoável, mas nessa noite de sábado frequentando por alguns pescadores da região e suas "companhias" barulhentas. A comida estava razoável.

Domingo seguimos para Diamantina, mais 270kms, via Curvelo e por caminhos de Guimarães Rosa, como algumas placas esclareciam na estrada.
Em Diamantina, nos hospedamos no Hotel Tijuco, muito simpático e bem localizado, bem no centro, hotel aliás projetado por Oscar Niemeyer, como uma enorme fotografia no lobby se encarregava de lembrar.

Várias visitas a igrejas e à Casa da Gloria, antiga mansão senhorial, transformada durante certo tempo em escola para moças das Irmãs Ursulinas, atualmente abrigando o centro de mineralogia da Universidade Federal de Ouro Preto, que leva o nome do engenheiro alemão, Barão Eschwege, quem primeiro pesquisou cientificamente os recursos da região.
Uma belíssima exposição, feita em 2017, a propósito da viagem de Saint-Hilaire à região, duzentos anos depois merece uma publicação mais amplamente disponível.

De Diamantina seguimos direto a Sabará (326 kms), onde ficamos no Hotel Solar Corte Real, com esta belíssima pintura do trabalho de garimpo, na parede da escada do lobby.

Como em várias cidades históricas mineiras, o calçamento e as ladeiras são intimidantes, e suponho que perigosos em tempos de chuva. Ali visitamos o Museu do Ouro, recuperado desde a origem do IPHAN, e seu primeiro gestor, um dos Mello Franco.
Finalmente, Ouro Preto (mais 130 kms), uma excelente estada, pois a cidade está cada vez mais preparada para o turismo. Ponto alto das visitas, o Museu da Casa dos Contos, administrada pelo Ministério da Fazenda, com um centro de história econômica e monetária, que já ofereceu um belíssimo passeio pela nossa trajetória monetária desde a colônia.
Outra visita que vale fazer é ao Museu da Inconfidência, com material histórico muito diverso, embora nem sempre bem apresentado. Os restos mortais dos inconfidentes foram transladados para uma das salas, e Tiradentes mereceu uma bela lápide.
Visitamos ainda o Museu do pintor Alberto da Veiga Guignard, que viveu seus útlimos anos na cidade, mas ainda não conta com um diretório completa de sua imensa obra artística.
De Ouro Preto, fomos a Belo Horizonte, mais exatamente no bairo Ouro Preto, justamente, do lado da Pampulha, exclusivamente para visitar o Museu da Inquisição, menos da inquisição em geral, como esclareceu Carmen Lícia, e mais da perseguição aos judeus sefaraditas, segundo organização da documentação feita pela historiadora Anita Novinsky, quando a Inquisição teve um escopo bem mais amplo.
De Belo Horizonte, em lugar de ficarmos uma vez mais em algum hotel de estrada, resolvemos vir direto de volta a Brasília, o que nos fez uma jornada de mais de 860kms num só dia.
Ao total, fizemos 2.070 kms pelas estradas do Brasil central, uma média de 295 kms por dia, se todos os dias fossem de viagem.
Uma quilometragem pequena, para os nossos padrões de viagem, quando já atravessamos todo o Brasil de Norte a Sul (como viagem de "lua de mel", 40 anos atrás), e várias pela Europa e EUA.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 27 de outubro de 2018

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: Acorda Minas Gerais - José Gobbo Ferreira

Acorda Minas Gerais
José Gobbo Ferreira
Outubro de 2014

O Estado das Minas Gerais mora no meu coração. Terra dos meus pais, ali vivi os mais encantadores dias de minha vida, na fazenda de meu avô materno, no Triângulo Mineiro. A menos de uma boneca de pano trapalhona e de um sábio sabugo falante, tínhamos tudo que substituísse o pessoal do Sítio do Pica-pau Amarelo.

Pedrinhos e Narizinhos havia aos montes. Éramos mais ou menos uns quinze primos e primas. Tia Dande fazia as vezes de Dona Benta e Tia Nastácia. Havia vários Rabicós, mas nunca vi nem o Quindim nem o Saci. Talvez porque eu só ia lá durante as férias, e eles também tivessem direito às deles.

Assim, as férias de minha infância se passavam naquele ambiente quase mágico para um garoto de cidade grande.

Depois de formado, trabalhei em Juiz de Fora e Itajubá e rodei por todo o Estado. Um dia, meus pais voltaram para Minas com a família e meus irmãos lá estão até hoje. Tenho Minas no DNA e no coração.

Hoje, vejo com profunda tristeza as gentes das Alterosas sucumbirem ao canto de sereias malfazejas e virarem as costas àquele que foi um dos melhores, senão o melhor Governador que já tiveram.

No primeiro turno os emissários de Cuba conseguiram iludir a maior parte dos eleitores mineiros. Uma mulher corrupta e dissimulada conseguiu ter mais votos no território das Alterosas do que o eterno Governador. Parece que a ingratidão contaminou o coração de parte dos eleitores de Minas.

Na eleição, de um lado estava o Governador que elevou Minas como nunca no conceito nacional. Que colocou a educação, a saúde e a segurança pública mineiras em primeiro lugar na comparação com os outros Estados e encheu de orgulho o vosso peito.

Do outro, a criatura que levou o País ao fundo do poço, com déficits em todas as contas do governo e trouxe de volta a inflação para nosso país.  Fez o Brasil parar de crescer e aumentou o desemprego, apesar de mantê-lo disfarçado pelos 55 milhões de pessoas recebendo bolsa família e fora da condição de desempregados. Juntamente com seus comparsas, elevou a corrupção a um nível inimaginável e juntos espoliaram as empresas estatais para a satisfação de seus objetivos políticos e pessoais. Só da Petrobras rapinaram cerca de 10 bilhões de Reais, segundo confessa o próprio operador dos desvios.

No primeiro turno tivemos essas duas personagens levadas ao julgamento dos eleitores de Minas. E para nosso total desencanto, a megera venceu. A voz da maioria dos eleitores deu ganho de causa ao lado escuro da força.

Se me fosse possível, daria um pulo a cada canto de Minas, convidaria seu povo para prosear um pouco e lhes mostraria a mentira, a peçonha e o perigo que se escondem por trás dos sorrisos traiçoeiros desses que lutam contra vosso Governador e contra o Brasil.

Como não tenho esse poder, lhes mando um recado: Acorda Minas Gerais!

Como esquecer vossas sólidas tradições de independência e de liberdade? Esses que agora profanam vosso solo são súditos do sanguinário rei de Cuba e querem transformar o Brasil em uma cópia daquela ilha maldita. Vocês querem cooperar com esses vendilhões da Pátria? Transformar nosso País em um inferno comunista? De que lado vocês estão? De Tiradentes ou de Silvério dos Reis?

Quando lutamos tempos atrás, era em vocês que pensávamos, pois a geração de vocês é a de nossos filhos, nossos netos. Hoje eu lhes peço, do fundo do coração, que pensem agora nos vossos filhos, nos vossos netos.

Que país vocês querem deixar para eles? Esse mar de lama, onde todas nossas instituições estão mergulhadas? Essa dilapidação do patrimônio nacional para encher os cofres do partido no poder e os bolsos de seus correligionários? Esse cinismo descarado, do “não sei de nada”, “não vi nada”, enquanto o dinheiro sujo está financiando suas campanhas eleitorais? Esse uso criminoso da máquina do Estado para esmagar dissidentes e adversários políticos, espalhar calúnias e corromper parlamentares, juízes e tudo mais que lhes for conveniente? Isso é democracia? Isso é republicano?

Um doce mineiro de Pedro Leopoldo disse que “ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo. Mas qualquer um pode recomeçar e construir um novo fim”.

O segundo turno é um recomeço. Por ocasião dele, reneguem o erro do primeiro e façam de vosso Governador o Presidente de nossa República para que, lá no Planalto, naquela cidade que outro filho de Minas fez construir, ele possa repetir, com juros e correção, o magnífico governo que realizou no nosso querido rincão.