O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador academia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador academia. Mostrar todas as postagens

sábado, 15 de junho de 2013

Governo nada em dinheiro, e oferece dinheiro por nada... - Capes e o turismo academico...

Como é bom ser da elite universitária pública...
PRA

Prezado (a) Professor (a),


O principal objetivo deste é convidá-lo e a sua Instituição para divulgar e participar do Programa Professor Visitante do Exterior - PVE, no âmbito do qual a CAPES publicou no dia 14/06/2013, edital para recebimento e seleção de novas propostas.
 Este lançamento marca a edição 2013 do PVE, em fluxo contínuo, e tem como principal objetivo selecionar projetos com vistas a incentivar a realização de visitas de curta, média e longa duração a Instituições de Ensino Superior e institutos ou centros de pesquisas e desenvolvimento públicos brasileiros, de professores e pesquisadores atuantes no exterior, em todas as áreas de conhecimento, cuja formação e experiência profissional representem uma contribuição inovadora para a pós-graduação brasileira.    
O Programa oferece como benefícios: bolsa de estudo e pesquisa (R$ 6.931,54 e R$ 8.905,42), passagem aérea e auxílio instalação.
Maiores informações de como participar estão no Edital CAPES Nº 36/2013, que pode ser acessado no seguinte endereço: http://www.capes.gov.br/cooperacao-internacional/multinacional/pve - onde estão também as formas de contatos disponíveis com a equipe técnica responsável pelo Programa.
Antecipadamente agradeço pela divulgação do Edital em referência e espero que as realizações a frente da gestão deste Projeto Conjunto de Pesquisa revertam em benefícios para a promoção cultural, educacional, científica e tecnológica – objetivo maior de todos os esforços desta Diretoria. 

                                                 Atenciosamente,

Luis Filipe de Miranda Grochocki
Coordenador-Geral de Programas

DRI/CAPES/MEC

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Diplomacia e academia - Funag e Unifor em Fortaleza, Ceara'


Unifor debate temas da política externa
Diário do Nordeste, 01.12.2012

Encontro foi o primeiro realizado pela Funag em uma universidade fora do eixo Brasília - Rio de Janeiro

As Perspectivas de Multipolaridade, Meio Ambiente e Caminhos da Cooperação Academia-Diplomacia foram os temas discutidos, ontem, no segundo e último dia da Conferência sobre Relações Exteriores (Core), realizada na Universidade de Fortaleza (Unifor). O evento, que reuniu diplomatas, representantes governamentais e acadêmicos teve como objetivo debater os principais temas da política externa brasileira em 2012.

Entre os assuntos em discussão estiveram os megaeventos esportivos, a situação econômica internacional, os desafios da paz e segurança internacional, reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Na ocasião, foi apresentado o painel sobre os caminhos da cooperação da academia e diplomacia.

Conforme o coordenador do Núcleo de Estudos Internacionais da Unifor, professor Walber Muniz, o evento foi realizado com a ideia de aproximar os diplomatas das universidades visando uma melhor relação para o pensamento mais dinâmico nas questões que envolvem interesse nacional no trato da política externa brasileira.

Parceria
De acordo com ele, o evento foi organizado com muita seriedade e competência pela Fundação Edson Queiroz e Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), sendo a primeira conferência de relações exteriores realizada pela Funag em uma universidade de fora do eixo Brasília - Rio de Janeiro. "A Universidade de Fortaleza é pioneira nesse sentido. É uma experiência para que outras universidades sigam o exemplo e contribuam com esse novo pensamento do MRE (Ministério das Relações Exteriores) no aprofundamento de discussões sobre a política externa do Brasil nos tempos atuais", destacou.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Academicos e Diplomatas na construcao da PExtBr - Leticia Pinheiro, Paula Vedoveli


REVISTA POLÍTICA HOJE, VOL. 21, NO 1 (2012)
CAMINHOS CRUZADOS: DIPLOMATAS E ACADÊMICOS NA CONSTRUÇÃO DO CAMPO DE ESTUDOS DE POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA
Leticia Pinheiro, Paula Vedoveli

RESUMO

No cenário brasileiro, constata-se uma íntima conexão entre a produção intelectual de diplomatas e a produção de acadêmicos atuantes no campo de política externa. A partir deste cenário, as atividades de formulação e análise de política externa são dois exercícios que se confundem na figura do diplomata enquanto intelectual e acadêmico, personagem que aparece a partir da década de 1970 com a institucionalização e burocratização do serviço diplomático. Como, portanto, explicar a formação dessa dupla identidade que o diplomata brasileiro exerce no cenário nacional? Ao sublinhar sua contribuição substantiva, indagamos de onde provém esse reconhecimento do diplomata enquanto intelectual, fenômeno reconhecido como legítimo e estimulado pela sociedade brasileira. Este artigo argumenta que essa nova figura se desenvolve a partir dos intelectuais enquanto diplomatas, atores do final do século XIX e início do XX reconhecidos como porta-vozes e representantes do interesse nacional, assim como intérpretes do pensamento brasileiro e da intelectualidade do período. Tal reconhecimento se mantém apesar do processo de institucionalização das Ciências Sociais em geral e das Relações Internacionais em particular, no Brasil, angariando autorização e reconhecimento de pesquisadores e acadêmicos da área. Pretendemos investigar ainda em que bases esse diálogo é realizado e quais são as conseqüências para o conteúdo analítico produzido pela área de estudos de política externa brasileira.

Texto Completo: PDF 

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mediocrizacao do ambiente academico: nao so no Brasil, tambem nos EUA

Quando escrevi um ensaio sobre a mediocrização da vida acadêmica brasileira não imaginei, por certo, que o fenômeno (se o termo se aplica) se restringisse ao Brasil. Estou certo que o mesmo acontece em dezenas de universidades e faculdades na América Latina, e até mesmo nos EUA.
Não me lembro, porém, de ter lido nenhum alerta, no Brasil ou na região, contra essa situação.
Talvez o "fenômeno" também seja comum aos EUA, como se depreende da matéria abaixo.
Mas, lá, temos pelo menos um exemplo de análise crítica e bisturi analítico que não é complacente com a estabilidade e (no caso deles) os altos salários e baixa produtividade das academias americanas.
Cabe refletir sobre o "fenômeno". Espero que algum acadêmico mais sensato escreva algo a respeito no Brasil e proponha reformas, mas estou duvidando seriamente de que isso tenha alguma chance de ser feito any time soon.
Paulo Roberto de Almeida

BOOKSHELF
Higher Education?
By Andrew Hacker and Claudia Dreifus
(Times Books, 271 pages, $26)

Ignorance By Degrees
By Mark Bauerlein
The Wall Street Journal, August 2, 2010

Colleges serve the people who work there more than the students who desperately need to learn something.

Higher education may be heading for a reckoning. For a long time, despite the occasional charge of liberal dogma on campus or of a watered-down curriculum, people tended to think the best of the college and university they attended. Perhaps they attributed their career success or that of their friends to a diploma. Or they felt moved by a particular professor or class. Or they received treatment at a university hospital or otherwise profited from university-based scientific research. Or they just loved March Madness.

Recently, though, a new public skepticism has surfaced, with galling facts to back it up. Over the past 30 years, the average cost of college tuition and fees has risen 250% for private schools and nearly 300% for public schools (in constant dollars). The salaries of professors have also risen much faster than those of other occupations. At Stanford, to take but one example, the salaries of full professors have leapt 58% in constant dollars since the mid-1980s. College presidents do even better. From 1992 to 2008, NYU's presidential salary climbed to $1.27 million from $443,000. By 2008, a dozen presidents had passed the million-dollar mark.

Meanwhile, tenured and tenure-track professors spend ever less time with students. In 1975, 43% of college teachers were classified as "contingent"—that is, they were temporary instructors and graduate students; today that rate is 70%. Colleges boast of high faculty-to-student ratios, but in practice most courses have a part-timer at the podium.

Elite colleges justify the light teaching loads of their professors—Yale requires only three courses a year, with a semester off every third year—by claiming that the members of their faculty spend their time producing important research. A glance at scholarly journals or university-press catalogs might make one wonder how much of this "research" is advancing knowledge and how much is part of a guild's need to credentialize its members. In any case, time spent for research is time taken away from students. The remoteness of professors may help explain why about 30% of enrolling students drop out of college only a few months after arriving.

At the same time, the administrator-to-student ratio is growing. In fact, it has doubled since 1976. The administrative field has diversified into exotic specialties such as Credential Specialist, Coordinator of Learning Immersion Experiences and Dietetic Internship Director.

In "Higher Education?" Andrew Hacker and Claudia Dreifus describe such conditions in vivid detail. They offer statistics, anecdotes and first-person accounts— concerning tuition, tenure and teaching loads, among much else—to draw up a powerful, if rambling, indictment of academic careerism. The authors are not shy about making biting judgments along the way.

Of the 3,015 papers delivered at the 2007 meeting of the American Sociological Association, the authors say, few "needed to be written." As for one of the most prestigious universities in the world, "the mediocrity of Harvard undergraduate teaching is an open secret of the Ivy League." Much of the research for scholarly articles and lectures is "just compost to bulk up résumés." College presidents succeed not by showing strong, imaginative leadership but "by extending their school's terrain." Indeed, "hardly any of them have done anything memorable, apart perhaps from firing a popular athletic coach." For all the high-minded talk, Mr. Hacker and Ms. Dreifus conclude, colleges and universities serve the people who work there more than the parents and taxpayers who pay for "higher education" or the students who so desperately need it.

Take the adjunct issue. Everyone knows that colleges increasingly staff courses with part-time instructors who earn meager pay and no benefits. But who wants to eliminate the practice? Administrators like it because it saves money, professors because it saves them from teaching labor-intensive courses. And adjuncts themselves would rather continue at minimum wage than leave the profession altogether. In a "coda," Mr. Hacker and Ms. Dreifus declare that "it is immoral and unseemly to have a person teaching exactly the same class as an ensconced faculty member, but for one-sixth the pay." Perhaps so, but without a united faction mobilized against it, such "immorality" won't stop anytime soon.

But some change may still be possible. A lot of criticism of academia hasn't stuck in the past, Mr. Hacker and Ms. Dreifus imply, because people have almost unthinkingly believed in the economic power of the degree. Yes, you didn't learn a lot, and the professors blew you off—the reasoning went—but if you got a diploma the job offers would follow. But that logic may no longer be so compelling. With the economy tightening and tales of graduates stuck in low-paying jobs with $50,000 in student loans, college doesn't look like an automatic bargain.

We need some hard cost accounting and comparisons, Mr. Hacker and Ms. Dreifus argue, and so they end "Higher Education?" with capsule summaries of, as they put it, "Schools We Like"—that is, schools that offer superior undergraduate educations at relatively low cost. The list includes Ole Miss, Cooper Union, Berea College, Arizona State and Western Oregon University. "We think a low cost should be a major determinant in any college decision," the authors wisely conclude, for "a debt-free beginning is worth far more than a name-brand imprimatur."

Mr. Bauerlein, the author of "The Dumbest Generation: How the Digital Age Stupefies Young Americans and Jeopardizes Our Future," teaches at Emory University.

sábado, 3 de abril de 2010

1018) Itinerarios academicos: um retrato perfeito do Brasil de hoje...

Recebido em consulta direta, por e-mail:

On Apr 3, 2010, at 5:34 PM, Axxxxx Pxxxxx xx Sxxxx Rxxx wrote:

Gostaria de esclarecimento sobre a criação dos planos economicos, período e situações reais para trabalho acadêmico de economia sobre os planos econômicos criados desde 1986 até os dias de hoje com fontes confiáveis. Obrigado, Axxxxx.


Minha única resposta foi:

Eu tambem gostaria. Quando voce encontrar, por favor, me avise...
-----------------
Paulo Roberto Almeida
(Dubai, 3.04.2010)