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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Medicos pedindo socorro - Milton Simon Pires

CARTA AO DOUTOR PACIENTE – A MEDICINA PEDINDO SOCORRO.

Milton Simon Pires

Meus amigos, a internet está cheia de “cartas” aos responsáveis pelo caos na saúde. Eu mesmo escrevi várias delas – “Carta à Presidente Dilma”, “Carta ao Ministro da Saúde”, “Carta aos Médicos Brasileiros”...e por aí vai..Hoje tive a ideia de escrever uma pra vocês..Vamos ver se consigo ser feliz...
Vejam só que ironia, são tantos os nomes que deram a vocês...São tantos de vocês que já atendi na minha vida (vários em estado tão grave que sequer se lembram de mim) que, acreditem, não sei como vou chamá-los! Há quem faça questão que eu os chame de “usuários” - coisa que sempre me sugere que vocês estejam usando cocaína ou crack – e isso não vou fazer. Se, por outro lado, os chamo de pacientes, vai parecer que aqui “sou doutor” e estou fornecendo orientações profissionais – nesse caso a PVP (Patrulha Virtual Petralha) ia “deitar e rolar”..rsss..rsss..Que dilema, né?? Vou chamá-los de “cidadãos” e, se ainda existe isso no Brasil Petista, manter a escolha até o fim do artigo.
Pois bem: Cidadãos brasileiros, faço aqui um apelo ao que ainda possa restar de inteligência nacional não contaminada pela má-fé, pelo fanatismo e pela irresponsabilidade petista. Lembrem-se que somos nós, os médicos brasileiros, os responsáveis na linha de frente na guerra pelas suas vidas. Não se deixem enganar por um governo corrupto que, no desespero de se manter no poder, quer trazer para o Brasil gente sem a mínima qualificação. Por favor não argumentem dizendo que lhes falta estudo para tomar partido nessa história. Usem do bom senso! Vejam onde se tratam esses corruptos mensaleiros quando precisam de um médico. Observem se, alguma vez, qualquer um deles buscou atendimento no SUS.
Meus amigos, o Brasil não tem mais hospitais! Nós não conseguimos mais fazer medicina sem exames de laboratório e equipamentos específicos. Nós não suportamos mais ir para o interior do país para sermos despedidos ao bel prazer de qualquer prefeitinho de partido nanico. Nós sabemos que o dinheiro da saúde está sendo desviado por secretários municipais corruptos que deveriam estar na prisão há muito tempo. Por favor, confiem nos seus médicos antes de confiarem nos seus políticos! Nós estivemos, e estaremos sempre, com vocês até o fim de suas vidas; bandidos políticos não! Não acreditem no governo e nessa imprensa brasileira de aluguel quando dizem que “não queremos atendê-los, que não queremos ir para o interior, ou que somos contra médicos estrangeiros entrarem aqui”. Isso é tudo MENTIRA! Isso é feito para que vocês sintam raiva dos médicos e o maldito Governo Federal ganhe politicamente com isso. Eu escrevo a vocês com tripla autoridade: sou médico, fui e ainda sou paciente várias vezes, e – acima de tudo – conheço profundamente os petistas porque fui um deles! Não se deixem enganar pensando que estrangeiros vão resolver seus problemas. Não acreditem que seja uma boa ideia vetar vários itens na Lei do Ato Médico! A grande maioria dos enfermeiros brasileiros e dos demais profissionais da saúde são pessoas honestas e de bom coração! Elas não estão ao lado desse maldito partido e sabem que estão sendo usadas politicamente pelo PT para “brigar” com os médicos.
Amigos, lembrem-se: caiu o Império Romano, Napoleão fracassou, o Terceiro Reich só existe nos livros! A ditadura Lulo-Petista e esse maldito Partido-Religião também vão desaparecer! Ajudem-nos! Senão por uma questão de solidariedade; por uma de pura inteligência! São vocês que vão perder...E vão perder muito mais do que nós. O PT afirma que estamos preocupados com dinheiro; eu afirmo que estamos pensando nas suas vidas!
Não sabia como chamá-los no início do texto. Como as linhas foram de puro desespero sinto-me como se estivesse (agora eu mesmo) no lugar de vocês esperando no SUS. Decido então que hoje vocês são os “Doutores Pacientes”...Esse artigo era a voz da Medicina...da Medicina pedindo socorro!


Porto Alegre, 14 de agosto de 2013.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

FIFA-manifestantes: unidos por uma saude melhor (por enquanto so a FIFA...)

Não satisfeita com hospitais públicos, Fifa será atendida pela rede particular

Entidade acredita que rede pública não oferece um serviço minimamente decente

22 de junho de 2013 | 8h 12
JAMIL CHADE E LEONARDO MAIA - O Estado de S. Paulo
RIO – A Fifa e os manifestantes que tomaram as ruas brasileiras tem pelo menos um ponto em comum: ambos concordam que os hospitais públicos brasileiros não oferecem um serviço minimamente decente. Ao contrário do que ocorreu na África do Sul, quando a entidade credenciou algumas unidades públicas de saúde para atender seus membros e investiu neles, no Brasil a Fifa será atendida pela rede particular.
Caso um jogador, cartola, repórter estrangeiro ou membro da entidade sofra algum problema de saúde, será levado para um desses hospitais credenciados. Todos, salvo no caso de Porto Alegre, são clínicas privadas.
"Essa é uma definição da Fifa escolher em qual rede quer ter seu atendimento. O governo brasileiro tem se preparado para melhorar toda sua rede, estamos no processo de preparação na rede pública. Estamos investindo pesadamente", comentou Derborah Malta, diretora de promoção da saúde do Ministério da Saúde.
Com o cuidado de medir as palavras, o diretor médico da Fifa, Jiri Dvorak, procurou não fazer críticas diretas ao sistema de saúde público brasileiro e dizer que a decisão tomada levou em conta a orientação das autoridades locais.
"Quando escolhemos os hospitais nós o fazemos junto com o COL (Comitê Organizador Local). É uma avaliação complexa. Não estamos impondo que seja hospitais privados. Temos um grupo independente que avalia (os hospitais)".
Diante de perguntas sobre os protestos que pedem por melhores hospitais públicos, Deborah disse que o governo Dilma tem como prioridade aumentar o orçamento da saúde.
"Atualmente 9% do PIB são investidos na saúde, mas achamos sempre que podemos investir mais. É uma demanda legítima de melhorias na saúde. Estamos trabalhando para melhorar a gestão e o investimento na saúde pública. Somos um país em desenvolvimento e ainda temos muito a construir", ponderou a diretora.