O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador corrupcao. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador corrupcao. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Ministro da Fazenda preso por dinheiro nao explicado...

Calma, calma, não é aqui, e não é ministro da Fazenda e sim da Economia. A ex-ministra argentina das finanças acaba de ser condenada a pena de prisão, por ter sido encontrado um maço de 60 mil dólares no banheiro de seu gabinete, sem explicação.
Distraída, ela, não é? Aposto que os nossos ministros são mais atentos com esses pertences pessoais...
Paulo Roberto de Almeida

Argentine ex-Finance Minister Miceli jailed for corruption

Former Argentine Finance Minister Felisa Miceli Former Argentine Finance Minister Felisa Miceli says her mistake was not a crime
Former Argentina Finance Minister Felisa Miceli has been sentenced to four years in prison for corruption.
A court found her guilty of covering up an allegedly illegal financial operation and of obstructing justice.
Mrs Miceli - who was also barred from public office for eight years - said she would prove her innocence.
She resigned in 2007 after a bag with about $52,000 (£32,000) in mixed currencies was found in the bathroom of her office.
The former minister during Nestor Kirchner's presidency has always maintained her innocence.
She says the money in the sealed bag was a loan from her now deceased brother and was to be used to buy a house.
"It was clear throughout the trial that there's no convincing evidence," she said after the court ruling. "I made a mistake but now it seems like it's a crime."
The judges said the money came from a "spurious source" and that the case was aggravated by the fact that she was a minister at the time.
Mrs Miceli, who was the first woman to become finance minister in Argentina, was also found guilty over the disappearance of the police file covering the discovery of the money bag.
The packet was found in a cupboard in the minister's bathroom office during a routine check by bomb squad officials, who considered it suspicious.
Trial dismissed Meanwhile, Argentina's highest criminal court has confirmed the dismissal of a trial against former President Fernando de la Rua, who was accused of being responsible for the killing of five protesters in 2001.
Former president de la Rua in court A trial against former President Fernando de la Rua has been dismissed
It said Mr de la Rua's decision to declare a state of siege to deal with widespread rioting and looting was legitimate, rejecting murder and other charges against the former president.
Mr de la Rua was elected in 1999 but resigned two years later, amid the worst economic crisis the country has ever seen.
The unrest caused left around 30 people dead.
In December 2001, after days of clashes in the city centre, the president resigned and famously left the presidential palace in a helicopter.
Mr de la Rua is also facing trial on accusations of bribing senators to approve a labour reform bill in 2000.
Prosecutors say Mr de la Rua paid some $5m to secure the votes of a group of senators in favour of legislation scrapping workers' rights.
He denies the charges and says the accusations are politically motivated. The trial is ongoing.

sábado, 17 de dezembro de 2011

O que esses bandidos fizeram antes de trabalhar para mim nao me interessa, entenderam?

Então ficamos assim: o sujeito pode ser um pedófilo, estuprador de velhinhas (uau!, isso existe?), assaltante de bancos, fraudador de concursos do MEC, ladrão de galinhas, enfim, quaisquer dessas coisas,  e todas elas juntas, desde que todas elas tenham sido cometidas praticadas, assassinadas, roubadas, estupradas antes de termos um contrato oficial, estamos bem assim?

Acho que vocês não entenderam nada do que é uma relação contratual.
Ela começa quando se inicia e termina quando acaba. Entenderam?
O que vem antes ou o que vem depois não fazem parte do contrato, certo?

Vocês, jornalistas, têm certa dificuldade para entender coisas simples.
Eu zelo pela respeitabilidade do meu barraco, entenderam?
Bandidos não podem entrar, isso eu não permito, pois aqui reina a moralidade.
Mas bandido só é bandido enquanto for na vigência do meu mandato, enquanto eu estiver acordado e ativo. Antes para mim ele não existe, e depois menos ainda.
Todo o resto não me interessa, e está dito: tudo está previamente e posteriormente absolvido.
Ou "absorvido", como escreveria um jornalista do Piauí.

Entenderam debilóides?
Vocês jornalistas são mesmo idiotas: ficam questionando coisas que não têm absolutamente nada a ver com nada. Pelo menos antes, e depois.
Tenho dito.
Paulo Roberto de Almeida

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

E agora... a piada da semana: corrupcao na Bulgaria constrange Brasil...

Não é uma piada?
Não sei se toda a matéria, mas pelo menos o título é uma imensa piada...
Piada pronta? Ou foi o jornalista quem deu o título?
Paulo Roberto de Almeida 



Brasil vê corrupção na Bulgária como entrave a parcerias

País chegou a ter repasses da UE suspensos por desvio de recursos; baixo fluxo de comércio também dificulta projetos

Jamil Chade / ENVIADO ESPECIAL A SÓFIA
O Estado de S.Paulo, 04 de outubro de 2011 | 22h 28

 A presidente Dilma Rousseff desembarcou ontem na Bulgária com status de líder de superpotência, com direito a um batalhão de mais de 150 jornalistas credenciados para sua visita e até com o poder de suspender a campanha eleitoral no país. Mas, se o discurso é de promessas de aproximação com a terra de seu pai, a delegação brasileira admite nos bastidores que a corrupção na Bulgária é um obstáculo para a cooperação e uma saia-justa para a presidente.
O Partido Socialista búlgaro foi acusado de usar recursos da União Europeia para financiar sua campanha eleitoral há alguns anos. O resultado foi a suspensão do repasse de dinheiro para o país, o mais pobre do bloco, algo inédito na UE. O novo governo, da direita populista, não ficou isento dos escândalos e o país até hoje é considerado o mais problemático no bloco.
Ao tentar encontrar área de cooperação para propor aos búlgaros, o Brasil esbarrou justamente no fato de que transferir dinheiro para a Bulgária não é sinônimo de resultados. Uma das opções em estudo é fazer uma cooperação triangular, emprestando o know-how brasileiro em várias áreas públicas, mas insistindo em que o financiamento venha de Bruxelas.
Outra ideia é ajudar os búlgaros a desenvolver projetos que possam evitar o desvio de recursos. Na prática, Dilma poria em sua política externa parte da imagem que já quer passar internamente e lhe vem garantindo certa popularidade.
O fato de o governo Dilma já ter perdido ministros por causa dos escândalos de corrupção não foi ignorado pela imprensa local. Na BTV, principal rede de televisão privada, a âncora Anna Tsolova deixou claro que o que “une Brasil e Bulgária” também inclui a questão da corrupção.
Conteúdo. Na delegação brasileira, o esforço todo é ainda o de colocar conteúdo na visita. Os búlgaros vêm repetindo com insistência que o Brasil seria a salvação para sua economia em recessão, com uma sociedade empobrecida e sem perspectivas de expansão econômica. Mas, apesar da vontade política por parte do Brasil, a dificuldade é encontrar quem esteja interessado em fechar negócios numa relação com fluxo comercial insignificante, de apenas US$ 113 milhões. Ontem, o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, admitia que o aumento no volume de comércio não ocorrerá “de um dia para o outro”.
Alguns dos presidentes de empresas que estarão na Bulgária tentaram driblar a viagem, enviando diretores. Mas foram convocados pessoalmente por Dilma para se deslocar até Sófia. O acordo comercial que será fechado hoje, ainda que sem conteúdo concreto, na realidade já estava sendo negociado mesmo antes da eleição de Dilma.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A frase da semana, alias de sempre: distinguir o bem do mal...

Cabe à imprensa, de fato, distinguir o bem do mal - e escolher entre um lado e outro.

Final do editorial desta quinta, 18/08/2011, do jornal O Estado de S.Paulo (que aliás, não é a melhor coisa que já li no Estadão), que transcrevo abaixo:

Dilma segue a Lei de Johnson
Editorial - O Estado de S.Paulo
18 de agosto de 2011

Quando vieram lhe pedir a cabeça do todo-poderoso chefe do FBI, J. Edgar Hoover, porque mandara espionar os líderes do movimento pelos direitos civis, sem respeitar nem o reverendo Martin Luther King, o presidente Lyndon Johnson, que governou os Estados Unidos de 1963 a 1969, rejeitou a ideia com um argumento que se tornaria um marco do pragmatismo político, quanto mais não fosse pela forma que o desbocado texano encontrou para se expressar. "É melhor ter o Hoover dentro da nossa tenda, urinando para fora", ensinou, "do que tê-lo fora, urinando para dentro".

A presidente Dilma Rousseff pode, ou não, conhecer a história - e decerto não usaria tais termos em circunstâncias similares. Mas, aconselhada pelo expoente do pragmatismo na política brasileira, o seu antecessor Lula da Silva, a presidente aplicou a Lei de Johnson para recompor as suas relações com os partidos aliados, a começar pelo mais forte deles, o PMDB do vice Michel Temer, com seus 80 senadores e 20 deputados. Reunida na segunda-feira à noite com a cúpula da sigla e a do PT - a "espinha dorsal do governo", como disse -, Dilma parecia o seu patrono.

Enquanto os convivas sorviam um alentador caldo verde, anunciou o descongelamento imediato de R$ 1 bilhão para as emendas parlamentares da base, prometeu evitar novos atritos, manifestou "confiança" no peemedebista Pedro Novais, titular da escrachada pasta do Turismo, e considerou nada menos do que "exemplar" a conduta do colega dele na Agricultura, Wagner Rossi, outro correligionário alcançado por denúncias de corrupção. (No dia seguinte, exsudando felicidade, ele desfilaria pela repartição com os braços erguidos e os punhos cerrados, repetindo, pateticamente: "Estou firme, estou firme". Em menos de 24 horas viu-se obrigado a deixar o governo.)

Não menos exultante, também por motivos pessoais, como não poderia deixar de ser, ficou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves, que vinha reclamando do frio na tenda dilmista. A reunião, entoou, representou um "novo marco". Pudera: a anfitriã chancelou o acordo pelo qual o PT ficou de ceder ao PMDB, ou seja, a Alves, a presidência da Casa em 2013. Era o que ele mais queria para se sentir reconfortado e pronto para fazer o equivalente ao que o americano Johnson queria que o indócil Hoover fizesse "para fora". E Dilma, que imaginara ingenuamente que bastaria um encontro daqueles por semestre, vai fazer um por mês - sem deixar de fora nenhuma legenda aliada.

Poderá, quem sabe, convidar até os senadores do PR que divergiram da decisão do seu presidente, o ex-ministro Alfredo Nascimento, de retirar o partido da coalizão, em represália à limpeza ética que o apeou e aos seus apaniguados dos Transportes. O capixaba Magno Malta, por exemplo, anunciou que não tem a menor intenção de sair da base. O seu irmão Maurício, a propósito, usufrui de uma boquinha no famigerado Dnit. Outro perrepista dissidente, o mineiro Clésio Andrade, tem um afilhado na superintendência local do órgão. A rigor, não havia motivo para ansiedade: o PR não pediu a ninguém que se demitisse; apenas que deixasse os cargos "à disposição".

O pano de fundo da conversão de Dilma ao pragmatismo lulista combina dois tons. Um é a ficha que enfim caiu: a base não pertence à presidente; é uma aquisição do seu mentor, cedida a ela em comodato e sujeita a panes se não for administrada como os seus membros foram acostumados a esperar. O outro tom são as circunstâncias: Dilma precisa de votos no Congresso não apenas para a "governabilidade", em abstrato, mas para aprovar medidas que poupariam o País do contágio da crise externa e derrubar aquelas que, no seu entender, tenham efeito oposto. Nessa conjuntura, a higiene johnsoniana na tenda é tida como crucial pela presidente.

Não se trata, portanto, daquela que seria propiciada pela dedetização dos inumeráveis focos de corrupção no seu interior. Talvez Dilma já não reaja a novas denúncias da imprensa como reagiu no caso dos Transportes. Segundo uma versão, no ágape com o esfaimado PMDB, ela teria considerado "sectarista" (sic) a cobertura dos escândalos. No sentido que conta, é mesmo. Cabe à imprensa, de fato, distinguir o bem do mal - e escolher entre um lado e outro.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Madres de la Plaza de Mayo: um empreendimento "empreendedor"

SObre esta notícia:

ARGENTINA
Mães da Praça de Maio afastam funcionários envolvidos em crime
DA FRANCE PRESSE, 5 de junho de 2011

A associação Mães da Praça de Maio afastou 17 funcionários, anunciou ontem a presidente Hebe de Bonafini. A decisão aconteceu após uma denúncia de lavagem de dinheiro contra um dos diretores da organização, Sergio Schoklender.
"Se cometeram crimes, terão que pagar. Nesta entrevista, anuncio que acabo de afastar Pablo e outras 16 pessoas. Por via das dúvidas, até que fique tudo claro", afirmou Bonafini sobre Pablo Schoklender, irmão de Sergio, ao jornal "Tiempo Argentino".
A Justiça Federal da Argentina investiga Sérgio por fraude e lavagem de dinheiro. Ele havia sido afastado da associação no ano passado.
A entidade se mantém com fundos do Estado. Desde os anos 1970, cobra informações sobre desaparecidos durante a ditadura militar.

Acabo de receber este artigo esclarecedor:

Corrupción y derechos humanos en Argentina: un cocktail explosivo con trasfondo electoral
Carlos Malamud,
Ojos de Papel, miércoles, 01 de junio de 2011

La renuncia de Sergio Schoklender como apoderado de la Fundación de las Madres de la Plaza de Mayo, el grupo que dirige Hebe Bonafini, ha sacado a la luz un escándalo de corrupción que puede terminar salpicando a las propias Madres e inclusive a la presidente Cristina Fernández de Kirchner que en octubre próximo competirá por su reelección. Frente al fenómeno, hasta ahora se han tomado dos posturas claramente contrapuestas y, prácticamente, sin términos medios. En ambos casos, el trasfondo de las declaraciones, o de los silencios, de unos y de otros, está teñido de fines electoralistas. Bien sea para criticar a Hebe Bonafini y por elevación al gobierno Kirchner, bien sea para exculpar al símbolo por excelencia de la lucha a favor de los derechos humanos en Argentina, y, por ende, respaldar al gobierno, lo que está en juego es el futuro del proyecto Kirchner y de su célebre “modelo”. Como señaló el apoderado dimitido: “Creo que esto es pegarle a Schoklender para pegarle a Hebe y a Cristina, me parece que es bajo y sucio, la deuda que tienen con los organismos de derechos humanos y las Madres es incalculable, pensar que las Madres pueden estar detrás de un acto de corrupción es lo más loco del mundo”. La llegada de Néstor Kirchner al gobierno argentino supuso para las Madres de Plaza de Mayo, y muy especialmente para la facción que dirige Hebe Bonafini, una gran oportunidad para el afianzamiento de un proyecto político muy singular. Lo que había sido el núcleo duro de la defensa de los derechos humanos en Argentina, especialmente durante los años de plomo de la dictadura militar, terminó convirtiéndose en un gran imperio mediático y económico. Prensa, radio, una universidad y finalmente una gran operación inmobiliaria montada en torno a la “Misión sueños compartidos”. Se trataba de aprovechar los subsidios públicos para construir viviendas populares, en un proyecto de clara inspiración chavista por aquello de las misiones. Así fue como en los últimos ocho años se recibieron más de 300 millones de pesos (unos 70 millones de dólares) para el emprendimiento inmobiliario que dirigía Shoklender.

Tras la llegada de la democracia, el sector de las Madres liderada por Bonafini se radicalizó. Ya no se trataba sólo de ubicar a los desaparecidos y a sus hijos, sino también de proseguir la lucha por el socialismo que habían comenzado sus deudos ausentes, reivindicando incluso la lucha armada. Ahí están, por ejemplo, las sonadas declaraciones de Bonafini en respaldo de ETA, o de Bin Laden tras los atentados terroristas del 11-S, o de las FARC. También su claro alineamiento con Hugo Chávez o Fidel Castro. La llegada de Néstor Kirchner al gobierno fue una oportunidad para ambos. Kirchner pudo contar, especialmente frente a sus adversarios, con un gran símbolo de las luchas antidictatoriales. Bonafini vio como sus proyectos tenían cabida en la Casa Rosada y en el ministerio de Planificación y como ella misma era un referente gubernamental y una de las piezas claves del “modelo”.

La cooperativa “Sueños compartidos” estaba protegida por el ministerio de Planificación y por el ministro Julio de Vido, uno de los pesos pesados del gobierno

En clara señal de agradecimiento por los favores prestados, tras la muerte de Néstor Kirchner, Hebe Bonafini entregó su pañuelo blanco a Cristina Fernández, llamó “hijo querido” a Kirchner, quien posteriormente fue homenajeado como el “desaparecido 30.001”. Era el mejor reconocimiento al presidente que tanto había destacado en la defensa de los “30.000 desaparecidos argentinos”. De repente todo este entramado se encontró con una serie de denuncias que, de prosperar, podrían tener serias consecuencias sobre unos y otros.

“Sueños Compartidos” es una cooperativa de trabajo y vivienda cuyos socios, según la periodista argentina Susana Viau, son los humildes entre los humildes. Según el clásico esquema clientelar, replicado en los movimientos piqueteros encargados de gestionar los planes “jefes y jefas de hogar”, estos socios estaban obligados a concurrir a los actos progubernamentales si no querían perder sus beneficios. La cooperativa estaba protegida por el ministerio de Planificación y por el ministro Julio de Vido, uno de los pesos pesados del gobierno. Gracias a los aportes gubernamentales, el emprendimiento de las Madres creció rápidamente en las provincias más kirchneristas y en la propia ciudad de Buenos Aires. Tambien comenzaron a circular rumores de corrupción, de precios muy sobrevaluados en la construcción de las viviendas y de numerosos cheques emitidos sin fondos.

Para terminar de dilucidar el fondo del asunto habrá que esperar el desenlace de las investigaciones judiciales y de los procesos que eventualmente puedan tener lugar

Muchos de estos rumores salpicaban a Sergio Schoklender y su estilo de vida: su afición por el juego (hay versiones que hablan del manejo de grandes sumas de dinero), de sus constantes viajes en helicóptero o en avioneta, inclusive se menciona un Cessna Citation como de su propiedad, o de su vivienda en una lujosa urbanización del Gran Buenos Aires. Lo grave es que su única fuente de ingresos conocida en los últimos años era la proveniente de la Fundación. Es más, estaba inscrito como autónomo desde 2004 en una categoría que no debía facturar más de 25 mil pesos anuales. Pese a ello, declaró en televisión, tras el estallido del escándalo, que: “podría comprarme una Ferrari o un avión. Tengo patrimonio para eso”.

El ministro Julio de Vido se pronunció sobre el tema y sobre Schoklender: “Este chico dijo los otros días que se fue de la fundación por razones personales. No hay otra cosa. No hay ninguna acusación ... ya veremos qué pasa si se investiga”. Todavía es pronto para saber cuánto hay de verdad y de mentira en todo esto. Según Shoklender: “yo creo en este Gobierno, el gobierno de Néstor y Cristina no ha tenido igual en la historia argentina, es increíble, perfectible, pero desconocer todo lo bueno que se hizo es un error. Es una canallada cuestionar la honorabilidad de las Madres o suponer que Hebe estuvo involucrada en un acto de corrupción”.

Para terminar de dilucidar el fondo del asunto habrá que esperar el desenlace de las investigaciones judiciales y de los procesos que eventualmente puedan tener lugar. Sin embargo, hay una serie de interrogantes que hay que despejar, comenzando por saber si se trata de un asunto que sólo afecta a Shoklender o también a Hebe Bonafini. ¿Es posible que la presidente de la asociación no supiera lo que hacía su mano derecha, especialmente si había rumores y denuncias cada vez más extendidas? En una entrevista a Shoklender publicada por el diario Clarín tras su renuncia, éste señalaba claramente: “Yo era un apoderado más de la Fundación, soy el gestor claramente, pero la dirección y la presidencia del Consejo de Administración es de Hebe [de Bonafini]”.

Carlos Malamud es Catedrático de Historia de América Latina de la UNED e investigador principal del Real Instituto Elcano

segunda-feira, 14 de março de 2011

Venezuela chavista: grave acusacoes de narcotrafico a comandante militar

Recebido de fontes venezuelanas de informação:

Makled contra Alcalá, Venecapos, Carvajal, Illarramendi, Carruyo, Hernández Borgo
Impacto CNA, 13 Marzo 2011

Las declaraciones publicadas este fin de semana (12-13/03/2011) por el diario El Carabobeño del capo di tutti capi Walid Makled muestran un más amplio panorama de las profundidades a las que llega el nivel de compromiso y vinculación de los más altos personeros del gobierno de Chávez con el negocio del narcotráfico. Makled vuelve a acusar a su socios en el negocio, algo de lo que ya se tenía noticia, pero vuelver a dejar por sentado la existencia de una enorme red chavista, léase y óigase bien, c-h-a-v-i-s-t-a, participando activa y conscientemente, con cálculo y organización, en la tarea de producir y distribuir enormes cantidades de droga, utilizando para ello las instituciones públicas del país y los dineros de todos los venezolanos. En palabras de la IV República, vil malversación elevada a la enésima potencia. Algo que ni Pablo Escobar Gaviria ni siquiera soñó alcanzar en sus mejores tiempos, cuando ofreció pagar la deuda externa de Colombia completa y buscaba ser electo senador de la República. ¿Por qué Makled, considerado por la DEA como uno de los mayores narcotraficantes del mundo, se empeña en acusar una y otra vez al mismo general, Clíver Alcalá, como el gran operador que controla el narcotráfico actualmente en Venezuela? ¿Qué le debe el general Alcalá al narcotraficante Makled? ¿En qué negocios anda el negrito Alcalá que Makled ahora lo considera su enemigo número 1? Suponemos que la DEA tendrá las adecuadas respuestas a estas interrogantes. Pero estas son las preguntas que se hacen miles de venezolanos: ¿Cómo es posible que el hombre que controla el arsenal militar más poderoso de Venezuela, nada menos que la IV División Blindada de Carabobo, esté a su vez acusado de manejar una red oficialista de narcotráfico, como afirma Makled? ¿Conoce esto el presidente Chávez? Y si es así, ¿por qué no actúa? ¿Será verdad, como dice Makled, que el general Alcalá va a ser la perdición de Chávez y de su gobierno?

*** Por cierto que confirmando las afirmaciones del capo Makled, el general Clíver Alcalá encabeza la lista de los nuevos integrantes de la lista del Departamento del Tesoro que serán clasificados como capos internacionales de la droga. Se habla de otros siete más. Puede haber alguna tardanza en que la lista se oficialice, pero de que viene, viene, aseguran fuentes de ImpactoCNA.com en Washington.

*** Por diferentes vías se está confirmando la especie de que el éxodo de militares chavistas arrepentidos, dispuestos a contar todo lo que saben para salvar el pellejo, ya está en pleno desarrollo. Makled habló de varios agentes de la DIM que están “charlando” con la DEA en Curazao. Según fuentes de ImpactoCNA.com, numerosas conversaciones ya se han arreglado en localidades fronterizas con Venezuela como Cúcuta y Santa Elena de Uairén. Muchos de estos militares continúan activos, y reportan regularmente como parte del acuerdo. Ni los cubanos se imaginan lo que les viene encima.

*** Un nuevo informe de la inteligencia militar de Estados Unidos describe al general Hugo Carvajal como un activo operador en los negocios de narcotráfico como intermediario con las FARC en Venezuela. El reporte, una parte del cual tuvo acceso ImpactoCNA.com, revela el episodio en que Carvajal protegió un cargamento de 2,900 paquetes de cocaína de las FARC, decomisados en un centro de almacenaje de Puerto La Cruz en el 2007. Carvajal intervino para que nadie tocara el cargamento, y como recompensa repartió tres paquetes de cocaína entre los agentes antinarcóticos que habían descubierto el cargamento, para que nadie hablara del asunto.