Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53
Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks
sábado, 2 de agosto de 2014
Pequenos assassinatos econômicos do lulo-petismo: inflacao
O fato é que o governo, caro leitor, encomenda, todo ano, uma perda de pelo menos 8 ou 10% de perda no seu poder de compra, que deve ser a média da sua "cesta de compras", que diferentemente da maioria dos brasileiros, compreende -- como cidadão incluído digitalmente -- serviços, ou seja, non-tradables, que geralmente têm uma taxa de inflação maior do que a cesta de bens tradables.
Desde 2005, o governo se recusa a abaixar a meta de inflação, o que corresponde à concepção econômica desses furtadianos de botequim, aplicando mal as prescrições de Celso Furtado, para quem era melhor ter um "pouquinho" de inflação, desde que isso garantisse crescimento, emprego e renda para os trabalhadores. Foi esse tipo de concepção que nos levou a surtor hiper-inflacionários, que não vão ocorrer novamente, mas que contribuem para mantê-la nesses patamares insuportáveis para todos, provocando greves e conflitos distributivos.
Pequenos assassinatos econômicos, como vários outros, sem esquecer os grandes crimes econômicos contra o povo brasileiro.
Paulo Roberto de Almeida
Brazil
Itaú Macroeconômica, 1/08/2014
The main highlight next week will be July’s IPCA consumer inflation, scheduled for Friday. We forecast a 0.09% gain, a low reading but still consistent with twelve-month inflation increasing to 6.59% from 6.52% in the previous month. The main upward contribution is expected to come through housing items (+0.17pp to the monthly gain), because of rising energy prices. On the other hand, we expect deflation in prices of foods (contributing with -0.05pp) and transportation (-0.14pp).
We currently forecast IPCA inflation at 6.5% by year-end, but recent deflation in producer price indexes, weaker economic activity, a stronger exchange rate and declining global grain prices all entail a more favorable balance of risks for inflation throughout the second half.
On the activity front, ANFAVEA vehicle production for July (Wednesday) will be the main release. We forecast 240k, which means a 1.3% month-over-month seasonally-adjusted increase, after a 10.6% decline in the previous month. Due to the high volatility observed in the last two months (caused by the World Cup), a small deviation from our estimate may cause a substantial change in the seasonally-adjusted series. The SERASA retail index for July (Tuesday) is also noteworthy, because it is a good tracker of retail sales.
Crimes econômicos do lulo-petismo (0): estabelecendo a lista (aberta)
Crimes economicos do lulo-petismo (1): o Fundo Soberano do Brasil
REVISTA EXAME
O Fundo Soberano do Brasil é um desastre
terça-feira, 27 de maio de 2014
Crimes economicos do lulo-petismo: conselho da Petrobras e conflito de interesses
Crimes economicos do lulo-petismo: Fundo Soberano, perdeu tres Pasadenas
E, no entanto, eles são de tal monta, e causaram tantos prejuizos ao país, que mereceriam uma série de reportagens na imprensa e depois estudo, eventualmente processo para investigação desses crimes, pelo Ministério Público Federal, pelo Tribunal de Contas, pela Corregedoria, pelo Congresso e por todas as instâncias que visam defender o patrimônio público contra a sanha criminosa da gangue que ocupa o poder.
Começou com projetos mal concebidos de OGMs, que causaram imensos prejuízos a muitos agricultores, continuou com uma orientação esquizofrênica, aliás até hoje, dada à questão do biodiesel, chegou no pré-sal -- com problemas ainda pendentes no Supremo Tribunal Federal -- e na Petrobras (e ainda não foram contabilizados todos os crimes econômicos, os roubos e desvios acumulados nessa vaca petrolífera) e se estendeu a diversos outros terrenos de atividade onde os incompetentes meteram as quatro patas.
Eu já havia detectado aqui -- podem buscar no blog -- os crimes cometidos, até do ponto de vista constitucional, nesse assunto do Fundo Soberano, a começar pelo fato de que o Brasil NUNCA teve os requerimentos básicos, e necessários, para ostentar essa coisa, que constitui mais uma das manipulações econômicas do governo incompetente.
A coluna do jornalista Carlos Brickmann dá apenas uma pequena ideia das perdas desse Fundo, que simplesmente não devia existir.
Estamos falando apenas de custos detectados, e não do custo-oportunidade provocado por essas falcatruas deliberadas ou involuntárias (ou seja, por incompetência).
Um levantamento completo de todos os crimes econômicos -- sem falar das perdas por projetos mal concebidos, tipo transposição do São Francisco, ferrovia Norte-Sul, refinaria do Maranhão -- exigiria um livro inteiro, e as cifras passariam de dezenas de bilhões de dólares, senão de centenas de bilhões.
Junto com os equívocos de política econômica, a era do lulo-petismo representou o maior atraso já experimentado pelo Brasil em décadas, nos níveis econômico, político, institucional, moral...
Paulo Roberto de Almeida
Fundo Soberano é um fundo de investimentos controlado por Governos nacionais, para aplicar em países estrangeiros. Seu objetivo é aproveitar sobras de recursos e, com os rendimentos, garantir projetos futuros. A Noruega, por exemplo, criou um Fundo Soberano para aplicar a renda do petróleo, com o objetivo de fortalecer a Previdência Social (com o envelhecimento da população, há mais gente para receber e menos para pagar) e garantir a prosperidade do país quando não houver mais rendimentos das jazidas petrolíferas do Mar do Norte.
O Brasil criou nosso Fundo Soberano em 2008, quando começou a crise da bolha imobiliária americana. Objetivo declarado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega: financiar empresas brasileiras que investissem no Exterior. E como foi usado até agora? Um bom exemplo: o Fundo Soberano do Brasil comprou R$ 12 bilhões em ações da Petrobras. Pagou R$ 29,65 pelas ações ordinárias, com direito a voto, e R$ 26,30 pelas preferenciais, sem direito a voto. As ações despencaram - azares de mercado. Mas, no momento em que atingiram seu nível mais baixo, dois anos depois, o Fundo Soberano vendeu tudo. Comprou na alta, vendeu na baixa e perdeu R$ 4,5 bilhões. Do seu, do meu, do nosso dinheiro.
É prejuízo de uns dois bilhões de dólares. De deixar Pasadena com vergonha.
Quem fez
O Fundo Soberano é chefiado por Arno Augustin, secretário do Tesouro. Sempre que a pressão para tirar Guido Mantega aumenta, surgem informações de que seu substituto será Augustin. Imediatamente Mantega passa a ser ótimo.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Crimes economicos do governo contra o Brasil; existe essa categoria?
O que o governo vem fazendo é fraude contábil.
Deveria ser condenado por crime econômico...
Paulo Roberto de Almeida
A quem se destina essa 'contabilidade criativa'?
terça-feira, 28 de maio de 2013
Custo Lula, por Carlos Alberto Sardenberg (revista Interesse Nacional)
Esse é o balanço da era Lula, uma das mais estúpidas de nossa história.
Paulo Roberto de Almeida
Mudanças na legislação permitiram a volta e a expansão do financiamento imobiliário e a criação do crédito consignado. Saíram a nova Lei das SAs (2007) e as regras de aperfeiçoamento da área de seguros. Além disso, houve a aprovação, em 2004, da contribuição previdenciária de funcionários púbicos aposentados.
Resultado: a diretoria da Petrobras foi para o ataque e incluiu nada menos que quatro refinarias no plano de investimentos, a serem construídas ao mesmo tempo, além de previsões fantásticas para a produção de óleo.
Quando interlocutores diziam a Lula que as empresas não planejavam refinarias ou siderúrgicas, porque era muito mais caro produzir no Brasil, o presidente respondia sem vacilar: “Os empresários têm tanta obrigação de ser brasileiros e nacionalistas quanto eu!”.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Os crimes econômicos do lulismo-petrolífero: editorial do Estadao
Os outros países, enfurecidos porque um parlamento tinha ousado tocar num dos seus (os bolivarianos, num sentido amplo), puniram o Paraguai e, ilegalmente, suspenderam sua participação no Mercosul e na Unasul (essa totalmente bolivariana).
Pois bem, se o mesmo dispositivo existisse no Brasil, e se tivessemos um Parlamento digno desse nome, o ex-presidente Lula poderia ser acusado de crimes econômicos. Foi o que ele fez não apenas com a Petrobras, mas com toda a matriz energética brasileira, além de dezenas de outros crimes econômicos a serem devidamente contabilizados. O editorial do Estadão abaixo relaciona alguns:
Cinco anos perdidos
quarta-feira, 15 de maio de 2013
O lulismo petrolifero e seus crimes economicos (2) - Reinaldo Azevedo
A submissão da política petrolífera do Brasil aos preconceitos estúpidos dos companheiros trouxeram um enorme prejuizo ao Brasil, que hoje se vê obrigado a importar petróleo e derivados de petróleo, inclusive etanol subsidiado dos EUA, quando antes se pensava processar os EUA na OMC por sua política subvencionista e protecionista do etanol de milho.
O atraso foi imenso, as perdas bilionárias, a promiscuidade da política com a Petrobrás foi criminosa, e os responsáveis estão aí. Miseráveis.
Paulo Roberto de Almeida
Pois é… E por que o governo ficou cinco anos sem fazer leilão nenhum? Ah, porque a palavra de ordem era substituir o antigo modelo de concessões pelo de partilha, que passou a vigorar no caso do pré-sal. E o país ficou parado, sem fazer leilão nenhum. Agora fez. E, por incrível que pareça, seguiu o mesmo modelo que vigorava no governo FHC: o de concessão. As empresas se interessaram e pagaram um ágio grande. Essas áreas licitadas ontem não têm nada a ver com o pré-sal, mas um modelo contaminou o outro.