Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sábado, 13 de dezembro de 2014
Petrobras: crimes deliberados, intencionais, planejados
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Petrobras: Pasadena foi um GRANDE negocio, tao exitoso que a SEC vai investigar
Acusações de corrupção levam EUA a investigar Petrobras, diz jornal
Segundo a consultoria Arko Advice, o órgão regulador do mercado de capitais americano investiga a estatal que é suspeita de ferir a lei antifraudes
Petróleo mais barato ameaça investimentos da Petrobras no pré-sal
PF fecha elo de propina em fundo de pensão da Petrobras
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Existem roubos e roubos: atualizando o Padre Antonio Vieira - Paulo Roberto de Almeida
sábado, 20 de setembro de 2014
Escandalos na Petrobras, megaescandalos companheiros, e a ponta do iceberg...
Duque, note-se, já aparece citado em outro inquérito da Polícia Federal para apurar irregularidades nos negócios da Petrobras. A polícia investiga sua relação com outros funcionários da estatal suspeitos de evasão de divisas.
Em abril, outra reportagem Folha informava que Rosane França, viúva do engenheiro da Petrobras Gésio França, que morreu há dois anos, acusou a empresa de ter colocado o marido na “geladeira” porque este se opusera ao superfaturamento do gasoduto Urucu-Manaus, na Amazônia. Para a sua informação, leitor amigo: esse gasoduto foi orçado pela Petrobras em R$ 1,2 bilhão e acabou saindo por R$ 4,48 bilhões.
A viúva de Gésio não citou nomes, mas em e-mails que vieram a público, ele reclamava justamente da diretoria de Serviços e Engenharia, que era comandada pelo petista Renato Duque, que negociava com as empreiteiras. Duque, aliás, é amigo de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, um dos nomes citados por Costa como parte do esquema corrupto, que recorria aos préstimos do doleiro Alberto Youssef.
Além de amigo de Vaccari, Duque sempre teve um padrinho forte no PT: ninguém menos do que José Dirceu. Quando Graça Foster assumiu a presidência da estatal, em 2012, ela o substituiu por Richard Olm. Mas isso não significa, é evidente, que a Petrobras está livre da politicagem. Lá está, por exemplo, José Eduardo Dutra, ex-presidente do PT e outro peixinho de Dirceu: é diretor Corporativo e de Serviços. Não só ele. Também é da cota do ainda presidiário Dirceu o gerente executivo da Comunicação Institucional, Wilson Santarosa.
A estatal, diga-se, tornou-se um retrato dos desmandos do PT e da forma como o partido entende o exercício do poder. Como esquecer uma frase já antológica do então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, em 2005, em reunião com uma certa ministra das Minas e Energia chamada Dilma Rousseff? Ele cobrou uma promessa que lhe fizera Lula: “O que o presidente me ofereceu foi aquela diretoria que fura poço e acha petróleo”.
Era assim que Lula exercia o poder. E foi assim que a Petrobras passou a furar poço e a achar escândalos.
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Petrobras: se a NSA espionasse de verdade, nao teriamos esse escandalo todo...
Pois os americanos, que também são transparentes, logo teriam avisado seus especuladores para deixar de comprar ações dessa companhia falida, e assim saberíamos que havia algo errado no reino podre dos companheiros.
Ficaram dormindo...
Não se pode nem confiar mais nos espiões americanos.
Pelo menos é o que diz essa repórter francesa...
Paulo Roberto de Almeida
Le fiasco Petrobras
Personne n’avait vu venir le désastre. Pas même les Américains, dont les services de renseignement ont, selon les documents rendus publics par Edward Snowden, espionné activement ce pionnier de l’exploitation pétrolière en mer (23 % du brut mondial est extrait en eau profonde). « Petrobras représente un des plus grands actifs du pétrole dans le monde et un patrimoine du peuple brésilien », s’est indignée la présidente Dilma Rousseff lorsque l’affaire d’espionnage fut révélée l’an passé. Problème, le “patrimoine” évoqué s’est considérablement délabré depuis l’arrivée au pouvoir du Parti des travailleurs (PT).
En 2007, les perspectives sont pourtant radieuses : on localise au large des côtes brésiliennes (à 300 kilomètres de Rio de Janeiro et de Santos), d’énormes réserves de pétrole dites “pre-salt” (gisements présalifères), l’équivalent d’au moins 50 milliards de barils. « À peine moins que les réserves en mer du Nord », observe Michael Reid, de l’Economist, dans son livre Brazil, the Troubled Rise of a Global Power (Yale University Press). Les plus audacieux parient même sur 100 milliards de barils. L’ancien président Lula parle alors du Brésil comme d’une des futures grandes puissances pétrolières : d’ici à 2030, le pre-salt pourrait permettre au Brésil de se hisser au même niveau que les Émirats arabes unis. Lula autoproclame alors son pays « énergétiquement autosuffisant ».
La réalité du pre-salt se révèle toutefois plus complexe. Le défi technologique est immense, même pour le numéro un mondial de l’exploitation de pétrole en eaux profondes qu’est Petrobras. Pour l’extraire de gisements enfouis à plus de 5 000 mètres, voire 7000 mètres de profondeur, des techniques de forage doivent être mises au point car, avant d’y parvenir, il faut traverser une couche de sel et de roche, épaisse de 2 000 mètres… Sur la période 2012-2016, Petrobras a prévu d’investir 236 milliards de dollars. Le montant final sera sans doute bien plus élevé que le brésilien ne l’avait imaginé. Cette année, la société a déjà dépensé 43 milliards de dollars.
Sur neuf champs pétrolifères prévus, huit sont entrés en production (bassins de Campos et de Santos) ; depuis juin, ils assurent 520000 barils par jour, soit 22 % de la production de Petrobras. Le Brésilien entend doubler sa production d’ici à 2020 et en assurer 53 % par le pre-salt. Voilà pour les chiffres de production… Financièrement, la réalité est tout autre.
En cinq ans, l’entreprise qui fut naguère une des plus importantes entreprises mondiales par sa capitalisation boursière (et la première de la Bourse de São Paulo avec plus de 100 milliards de dollars) a perdu la moitié de sa valeur. En 2010, elle était la douzième plus importante capitalisation ; aujourd’hui Petrobras figure à la cent vingtième place. En cause, l’explosion de son endettement (102 milliards de dollars l’an passé), qui a pratiquement doublé depuis 2010 : sur la seule année 2013, il a bondi de 30 %.
« Petrobras sera le problème des années à venir. » Un constat sans appel lancé par Nick Price, spécialiste des marchés émergents chez Fidelity Worldwide Investment et gérant d’un portefeuille de 9 milliards d’actifs. L’expert met non seulement en cause l’endettement, mais aussi la mauvaise gestion : Petrobras « investit trop et mal ». « Pas compétitif, archaïque, dispendieux… », ajoute la presse brésilienne, révélant que, chaque semaine, Petrobras fait voyager 60 000 salariés en hélicoptère pour atteindre ses platesformes. C’est l’équivalent d’une ville…
Principale cause de cette gestion calamiteuse, l’interventionnisme du gouvernement de Dilma Rousseff depuis 2011
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quarta-feira, 25 de junho de 2014
A Refinaria dos 770 pc de aumento: o Brasil pode ser um pais normal?
OS ERROS DA PETROBRAS
Custo da Refinaria Abreu e Lima salta de US$ 2 bilhões para US$ 20 bilhões
Considerada um dos mais caros projetos do setor mundial de petróleo, Abreu e Lima custará seis vezes mais do que a verba gasta com os 12 estádios da Copa
Leia mais: Quatro escândalos que mancharam a imagem da Petrobras
Leia mais: Petrobras perdoa ‘calote’ da Venezuela
sexta-feira, 20 de junho de 2014
A Copa da Mae Joana - Gil Castello Branco
terça-feira, 27 de maio de 2014
Crimes economicos do lulo-petismo: os desastres na Petrobras (Editorial Estadao)
Não foi só incompetência, má gestão, falta de sorte, ou equívocos involuntários.
Ninguém consegue produzir tantas perdas quando se tem diretoria, conselho supervisor, assembleia de acionistas, imprensa e observadores, assim de graça, de maneira repetida, contínua, regular, constante, sempre em valores crescentes. Ninguém.
Só pode ter sido o resultado de ações deliberadamente orientadas a produzir esse mesmo resultado.
Ou seja: a Petrobras foi usada como uma vaca de largo úbere a ser ordenhada de maneira selvagem.
Uma grande vaca petrolífera que deixou os companheiros extasiados com o dinheiro grande.
Em lugar de roubar pequenas prefeituras no recolhimento de lixo, ou nos transportes, eles viam ali aquilo que já foi designado como sua independência financeira, e se puseram à obra com uma voracidade digna de ratazanas de navio perdido no Oceano Pacífico...
Os crimes econômicos são tão evidentes, que nem é preciso aprofundar muito as investigações. Nem precisa de CPI: basta que os investigadores possam quebrar sigilos bancários e fiscais de TODOS os envolvidos na diretoria e no Conselho. Aposto como vão descobrir coisas interessantes...
Paulo Roberto de Almeida
Histórias feias da Petrobrás
Crimes economicos do lulo-petismo: conselho da Petrobras e conflito de interesses
quinta-feira, 15 de maio de 2014
O modo petista de governar: incompetencia, improvisacao, superfaturamento, desvio de dinheiro, tudo isso junto e muito mais... - Editorial Estadao
Atrasos e perdas em refinarias
Com o agravamento da crise operacional e financeira da Petrobrás - cuja produção e capacidade de refino ficaram estagnadas e cujas receitas foram comprimidas pelo longo congelamento dos preços dos combustíveis, enquanto cresciam suas necessidades financeiras para sustentar os investimentos no pré-sal -, o programa de novas refinarias foi desacelerado. Como a demanda interna de combustíveis continuou a crescer, por causa dos estímulos do governo ao setor automobilístico, mas sua capacidade de refino se estagnara, a Petrobrás passou a importar volumes cada vez maiores de derivados, a um custo maior do que o preço da venda nas bombas. Isso aprofundou sua crise e limitou seus investimentos. No Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, anunciado no ano passado, a refinaria do Maranhão e a do Ceará (Refinaria Premium II, com capacidade para processar 300 mil barris por dia) foram apresentadas como "projetos em avaliação".
Talvez esse quadro esteja começando a mudar. No plano de negócios de 2014-2018, as duas foram classificadas como "projetos em licitação". Em fevereiro, a presidente da empresa, Maria das Graças Foster, havia informado que a licitação para a construção da refinaria maranhense em Bacabeira, a 60 quilômetros de São Luís, estava programada para abril. Na segunda-feira (12/5), o diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza, anunciou que a licitação será lançada em maio. A se confirmar a informação, as obras de construção da Refinaria Premium I começarão em 2015. A primeira etapa (primeiro trem, como diz a Petrobrás) deverá entrar em operação em 2018.
Mesmo sem ter sido assentado nenhum tijolo e só agora a empresa confirme que tem um projeto executivo - a planta, segundo Cosenza, passou por simplificação, para se enquadrar nos novos padrões internacionais -, a Premium I já custou R$ 1,6 bilhão. Esse dinheiro, como mostrou o jornal O Globo (11/5), foi gasto em terraplenagem (R$ 583 milhões) e em projetos, treinamento, transporte e estudos ambientais (cerca de R$ 1 bilhão).
Contratada em julho de 2010 por R$ 711 milhões, a terraplenagem foi considerada concluída em abril do ano passado, com 80% dos serviços executados. De acordo com a Petrobrás, os serviços restantes "serão executados após a otimização do projeto básico".
Relatório de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) concluído há um ano apontou indícios de irregularidades na terraplenagem. As falhas seriam decorrentes da pressa da empresa em iniciar as obras de uma refinaria que não tinha nem projeto básico, o que, na avaliação dos fiscais do TCU, teria provocado danos de R$ 84,9 milhões.
Em certo trecho, o relatório sintetiza o modo de proceder da Petrobrás - e também do governo do PT - em muitos casos em que obras são contratadas sem o necessário projeto executivo, sem a adequada previsão de custos e sem a prévia licença ambiental. No caso da refinaria do Maranhão, os auditores disseram que "a gênese de todo o problema parece estar na decisão de iniciar-se uma obra desse porte sem um planejamento adequado, passível de toda sorte de modificações". Em abril do ano passado, cinco anos depois dos primeiros estudos, ainda não havia um projeto definido para a refinaria - o que, como reconhece a diretoria da Petrobrás, só agora está sendo concluído