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domingo, 28 de abril de 2013

Ajuda alimentar dos EUA: uma hipocrisia parcialmente corrigida

Não elimina o viés assistencialista, mas é menos distorcivo que o esquema anterior.

EDITORIAL
Food Aid Reform
By THE EDITORIAL BOARD
The New York Times, April 27, 2013

Food aid is one of the most important tools of American foreign policy. Since the mid-1950s, the United States has spent nearly $2 billion annually to feed the world’s poor, saving millions of lives. But the process is so rigid and outdated that many more people who could be helped still go hungry. Reforms proposed by President Obama will go a long way toward fixing that problem and should be promptly enacted by Congress.

Under current law, a vast majority of international food aid must be purchased from American farmers through the Department of Agriculture and shipped overseas in American-flagged vessels. This has been a boon for domestic farmers and shippers, but more than 30 studies in the last decade have concluded that the system is inefficient, costly and even harmful to the very communities in Africa, the Middle East and elsewhere that Washington purports to help.

The United States is the only donor that still gives food rather than cash, including to some humanitarian groups who sell the food in overseas markets and use the proceeds for development projects. Some experts say the sale of American commodities in developing countries often drives down local market prices and discourages local food production, which runs counter to the goal of encouraging self-sufficiency.

Under a proposal in Mr. Obama’s new budget, nearly half the $1.5 billion requested for food aid in 2014 could instead be used to buy food in bulk in countries in need or to provide individual recipients with vouchers or debit cards for local food purchases. Food bought locally is cheaper — 50 percent less in some cases — and saves shipping costs that consume as much as 16 percent of the food aid budget. American officials say the reforms could hasten the delivery of lifesaving aid by as much as 14 weeks and feed many more people.

Although international aid groups have endorsed the changes, there is opposition from the farm and shipping lobbies that have scuttled previous reforms. The food aid budget should not be a backdoor subsidy for domestic producers; and even under the new approach, 55 percent of food aid dollars would still be used to purchase and ship American commodities. When budgets are tight, every program must be scrutinized for maximum return. Mr. Obama’s proposed reforms will feed more people for the same amount the United States spends now. There is no excuse for not putting them into effect.

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Custo Brasil - mais um exemplo: bancos publicos

Quem diz não sou eu, mas o presidente do Cade.
Acho até que ele foi leniente. Os bancos públicos não são ruins apenas porque distorcem as regras do jogo, concedem subsídios a quem não merece, mas também porque eles impedem a formação de um mercado de capitais digno desse nome.
Eles se prestam a manipulações políticas, servem a fins indevidos, podem (e o fazem) produzir déficit público, enfim, todo tipo de desvio de funções e distorsões econômicas.
Bancos públicos deveriam simplesmente acabar, pois existem outros instrumentos orçamentários, devidamente controlados pelo parlamento, que podem cumprir algumas de suas funções. As demais podem ficar com um sistema bancário aberto, concorrencial, homogêneo e funcionando com regras estáveis e uniformes.
Banco público serve a fins que não são econômicos, nem aliás sociais, apenas políticos.
Paulo Roberto de Almeida

Presidente do Cade critica área econômica
Julianna Sofia
Folha de S. Paulo, Terça-feira, 10 de agosto de 2010

Prestes a deixar o comando do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o presidente da autarquia, Arthur Badin, irritou o Ministério da Fazenda ao criticar a política adotada pelo governo de lançar mão dos bancos públicos para pressionar a redução de juros no mercado financeiro.
No último dia 4, Badin aproveitou os holofotes no julgamento da compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil para atacar o papel dos bancos públicos na gestão petista.
Badin citou declarações do presidente do Banco Central, Henrique Meirellles, de que os bancos públicos não devem ser instrumentos para influenciar ou determinar precificação dos juros.
E acrescentou: De fato, agora são minhas palavras, me parece que, além de ser má política pública, violaria o princípio constitucional de exercício de atividade econômica diretamente.
E foi além. Disse que qualquer subsídio concedido aos consumidores pelo acionista controlador de um banco (leia-se o Tesouro Nacional) implica prejuízo não apenas aos acionistas privados como também ao mercado.
Ao longo das críticas, condenou a política de crédito rural do Banco do Brasil, por não mostrar de forma clara o impacto dos subsídios na contabilidade pública. Classificou de ineficientes tais subsídios, além do potencial de distorcer o mercado.

DECRETO
Os bancos públicos cumprem um papel importante na recuperação econômica, tem, tiveram e terão um papel importante, mas é preciso tomar cuidado, para que, a pretexto de aumentar a competição, não se atinja o contrário no longo prazo, com precificação irracional dos juros. Já se foi o tempo em que se acreditava possível reduzir o preço das coisas por decreto.
Procurado pela Folha, Badin informou que não iria comentar o assunto.
Não foi a primeira vez que ele se manifestou contra a atuação dos bancos públicos na redução dos juros por gerar desequilíbrios na concorrência do setor. No início do ano, Badin fez as primeiras críticas, o que gerou desconforto na equipe econômica.
Assessores do ministro Guido Mantega consideraram que o ataque agora foi acintoso.
O desempenho dos bancos federais na ampliação do crédito, na redução de juros e na conquista de fatias do mercado é monitorado de perto por Mantega, que se vangloria dos resultados obtidos nos últimos anos.

BELIGERÂNCIA
A Folha ouviu de um integrante do secretariado de Mantega o comentário de que a iniciativa de Badin não passou de uma tentativa de se apresentar como bastião da resistência contra setores do governo.
Se, antes, a Fazenda torcia o nariz para a possibilidade de recondução de Badin ao cargo de presidente do Cade, agora, opõe-se frontalmente.
Badin, porém, já declarou que, por motivos pessoais, não pretende permanecer mais dois anos no cargo.
Será a primeira vez nos últimos 14 anos que um presidente do conselho não será reconduzido.