Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Política econômica esquizofrenica na area dos combustiveis (nao surpreende...)
domingo, 11 de agosto de 2013
Politica economica para ETs e outros seres bizarros - Rolf Kuntz
Falta saber se o ET de Varginha crê no governo
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Brasil: adivinhe quem produz volatilidade?; o proprio Governo - Celso Ming
Pois bem: esqueça.
O principal responsável pelo caráter errático da economia brasileira é o próprio governo, com suas políticas econômicas esquizofrênicas, desencontradas, contraditórias...
Só não vê quem não quer...
Paulo Roberto de Almeida
Montanha-russa
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Mais esquizofrenias da politica economica - Alexandre Schwartsman
Total falta de confianca na politica economica esquizofrenica - CelsoMing
terça-feira, 30 de julho de 2013
Incompetencia do governo explica a baixa eficiencia economica - JoseAlexandre Scheinkman
Entrevista - José Alexandre Scheinkman Folha de S. Paulo - 29/07/2013 Incompetência e ideologia do governo travam a economia
ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULOPara economista, políticas equivocadas, como controle de preços, e aversão a reformas explicam baixa eficiência
José Alexandre Scheinkman, um dos mais respeitados economistas brasileiros, concorda com o diagnóstico de um amigo seu: a incompetência explica tanto parte das ações equivocadas quanto a falta de atitudes importantes por parte do governo.
Esse problema, somado à ideologia das administrações recentes contrária a reformas que poderiam aumentar a baixa eficiência da economia, ajuda a compreender as causas da desaceleração da atividade no país, segundo ele.
Scheinkman, que vive nos EUA e virá ao Brasil nesta semana para participar de seminário do Insper sobre produtividade, falou à Folha na sexta-feira por telefone.
O economista, dono de vasta produção acadêmica, deixará em setembro a Universidade de Princeton, onde se tornará professor emérito, rumo à Universidade Columbia.
Folha - Que fatores têm se mostrado mais importantes para aumentar a produtividade do trabalho?
José Alexandre Scheinkman - Todos os fatores têm importância, mas a evidência mostra um papel muito importante da educação. Para cada ano a mais de educação, a produtividade do trabalhador aumenta muito.
Obviamente, um trabalhador com mais capital à sua disposição também vai produzir mais. Mas há menos variação de capital por trabalhador entre os países do que de quantidade de educação.
Também sabemos que a qualidade da educação importa, mas temos dificuldade de medir essa qualidade.
A saúde também é muito importante. Nos países que têm melhores indicadores de saúde, os trabalhadores são mais produtivos.
Há outro aspecto da produtividade que não conseguimos explicar pela quantidade de fatores.
Se você pega duas firmas da mesma indústria, usando trabalhadores com o mesmo nível de educação e o mesmo tipo de capital, essas empresas produzem quantidades diferentes.
Isso é explicado pela eficiência no uso dos fatores, a chamada produtividade total dos fatores?
Exatamente. Há hoje muita atenção nos EUA para tentar entender quais são os fatores que tornam as empresas mais produtivas.
Como a eficiência da economia brasileira tem evoluído?
A produtividade total dos fatores, que pode ser traduzida como grau de eficiência, está estagnada ao menos desde 1989 para a economia como um todo. Mas há setores da economia brasileira que tiveram grandes ganhos de eficiência. Um é a agricultura.
Obviamente há fatores que influenciam todos os setores e toda a economia. Mas, para entender a eficiência, é importante olhar o que está acontecendo com cada setor e com as firmas de cada setor.
Um fenômeno interessante brasileiro é a existência de empresas pequenas que muitas vezes são informais, muito ineficientes e só sobrevivem por não pagar impostos. Elas trazem a produtividade média do setor em que atuam para baixo.
Mas a informalidade entre as empresas menores diminuiu.
Sim, e essas empresas melhoram ao se tornar formais. Mas, como há um tamanho máximo de faturamento para ficar dentro das faixas de tributação no Brasil, há um desestímulo na busca por crescimento por parte dessas empresas e isso prejudica a eficiência da economia.
O ideal seria diminuir os impostos para as firmas maiores e trazê-las mais perto das outras.
Quais são as outras causas da baixa eficiência da economia brasileira?
Há os casos de proteção setorial. As pessoas esquecem que a política setorial dificulta a vida das indústrias que usam o insumo do setor protegido. Elas acabam não podendo se tornar tão eficientes quanto as de países que têm acesso ao mesmo insumo a preço relativamente menor.
A outra questão importante é o investimento em pesquisa e desenvolvimento. O Brasil tem uma estrutura científica bastante razoável se olharmos os números de doutorandos, as publicações em revistas científicas. Ainda não conseguimos criar uma estrutura de produção de pesquisa e desenvolvimento.
Esse assunto já foi muito bem estudado pelos economistas. A taxa de retorno, ou seja, o aumento de produtividade gerado pelo investimento nessa área, é enorme. E isso ocorre porque quem investe em pesquisa e desenvolvimento e recebe o retorno não é a única pessoa a lucrar.
Boa parte dos ganhos vai para outras empresas, concorrentes, outros setores que começam a se beneficiar da tecnologia desenvolvida.
Até a absorção da tecnologia vinda de fora em um país onde você já tem toda uma estrutura de pesquisa e desenvolvimento é maior. E os governos têm papel fundamental no investimento em pesquisa e desenvolvimento.
Se há tanta evidência desses benefícios, por que não se investe mais em pesquisa e desenvolvimento no Brasil?
Um amigo meu diz -- e eu concordo -- que um dos grandes problemas do governo brasileiro é a incompetência. Eu não consigo explicar isso por malevolência, por um pensamento de que o governo quer um país atrasado.
Às vezes as políticas são extremamente prejudiciais ao país por incompetência --por exemplo, quando o governo controla o preço da gasolina. Isso levou ao aumento do congestionamento e da poluição e prejudicou uma das poucas tecnologias importantes criadas no Brasil, a da indústria do etanol.
Não imagino que o governo decidiu gerar essas consequências. Mas alguém teve a brilhante ideia de, entre aspas, controlar a inflação mantendo o preço da gasolina estável e não pensou nas consequências.
Há uma estagnação no processo de reformas importantes para o desenvolvimento econômico no Brasil?
As reformas começam no início do governo Collor com a abertura comercial. Depois houve um período de paralisia. E voltaram a acontecer com Itamar, o Plano Real. Em seguida, outras reformas importantes foram feitas. Esse processo foi freado a partir do segundo governo Lula.
Há seis, sete anos poucas coisas importantes estão sendo feitas. O governo tem se concentrado muito mais em políticas industriais, em intervir nos preços, em diminuir impostos setoriais e menos em resolver as grandes questões que poderiam melhorar a eficiência no Brasil, como as que eu já mencionei, e outras, como o investimento em infraestrutura.
Essa letargia tem a ver com a questão da competência que o sr. mencionou?
Há uma questão também de ideologia. Há reformas que precisavam ser feitas, mas que não atendiam à ideologia do governo. Acho que agora o governo entendeu que precisa trazer mais investimento privado para áreas como ferrovias, portos etc.
Outro problema importante é a baixa taxa de poupança. Então, o governo cobra muito imposto, mas tem gastos enormes e pouca capacidade financeira para investir, além da falta de capacidade que eu já mencionei de competência do setor público.
Esses fatores explicam a desaceleração econômica dos últimos anos?
Acho que há várias causas. Em 2008 e em 2009 a resposta à crise com política fiscal mais solta fazia sentido. O que não fez sentido foi achar que isso poderia ser permanente mesmo depois de a economia ter começado a se recuperar.
A outra é o excesso de intervenção, como o controle do preço da gasolina. Cada uma dessas intervenções, de forma isolada, pode passar a impressão de que seus efeitos não são tão graves, mas, se você junta todas, começa a ter efeito na economia. E isso é parte do que estamos vendo agora.
Além disso, também estamos sentindo o efeito da desaceleração da China, que, no entanto, não deve ser exagerado.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
A percepcao geral e' a de que a política fiscal do governo Dilma e' uma bagunca - Celso Ming
Não que estejamos prevendo tudo isso, mas já vimos esse filme antes, e ele não termina bem.
Tudo isso em função da incompetência do governo -- e dos seus dirigentes máximos em matéria de economia -- em lidar com a dinâmica do jogo econômico, que eles não percebem e não sabem administrar.
Primeiro, não sabem nem fazer um diagnóstico correto da situação.
Segundo, aplicam o remédio errado para o diagnóstico errado.
Parece que estão colocando mais gasolina no fogo.
Gente brilhante...
Paulo Roberto de Almeida
Hora de mudar
CELSO MING
O Estado de S.Paulo, 20 de junho de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
Esquizofrenia fiscal no Brasil (acho que e' pior do que isso...) - Mansueto Almeida
Acho que isso não se aplica no Brasil.
Logo...
Paulo Roberto de Almeida
Esquizofrenia Fiscal
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Duas na ferradura, e uma terceira na ferradura, tambem - Celso Ming
Sinais contraditórios
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Venezuela aumenta o salario minimo: ja vimos esse filme antes e conhecemos o final...
Enfim, eles vão descobrir que aumentos de 20% ou mais, produzem o triplo de inflação...
Paulo Roberto de Almeida
Salario mínimo venezolano aumenta a $390
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Ayer miércoles 1 de mayo entró en vigencia el aumento de 20 % del salario mínimo mensual para los trabajadores venezolanos, con lo que la remuneración básica se ubica en 2.457,02 bolívares (390 dólares).
De este modo, la jornada diurna se sitúa en 81,90 bolívares (13 dólares), según lo establece el decreto número 30 publicado en la Gaceta Oficial ordinaria número 40.157 del pasado martes 30 de abril.
A partir del próximo 1 de septiembre se producirá un nuevo incremento, de 10%, que llevará el salario mínimo a 2.702,73 bolívares mensuales (429 dólares), y el 1º de noviembre habrá otro ajuste, de entre 5% y 10%, "tomando como referencia el comportamiento del Índice Nacional de Precios al Consumidor (INPC) durante 2013".
En el primer trimestre del año la inflación varió 7,9 %.
Asimismo, el decreto precisa el mismo porcentaje de aumento para los sueldos de los adolescentes aprendices, de modo que quedan en 1.826,91 bolívares (289,9 dólares) desde ayer y en 2009,60 bolívares (318,9 dólares) desde septiembre.
El nuevo monto del salario mínimo significa también que se incrementan las pensiones y jubilaciones de la Administración Pública y del Instituto Venezolano de los Seguros Sociales (IVSS).
Maduro anunció el ajuste el pasado 9 de abril, cuando era candidato a la Presidencia. Ayer, Día Internacional del Trabajador, firmó el decreto para la entrada en vigencia del aumento salarial, en medio de una masiva movilización de la clase obrera en el centro de Caracas.
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Agencia Venezolana de Noticias (AVN) (Jueves 02/05/2013)
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quarta-feira, 20 de março de 2013
Back to the Past! To the Past??? Yes... - Rodrigo Constantino
Eu também acho que, em matéria de protecionismo comercial, por exemplo, já voltamos aos anos 1970, na esteira da Argentina. Não sei quando a seguiremos em direção aos anos 1930, onde ela já está, em matéria de controle de capitais e de manipulações cambiais...
Back to the past, quick...
Paulo Roberto de Almeida
ECONOMIA
De volta ao passado
Rodrigo Constantito
O Globo, 19/03/2013
Acelerei a minha máquina do tempo DeLorean e regressei aos anos 80. Às vezes, precisamos mergulhar no passado para prever o futuro.
Um senhor bigodudo era o presidente. Vi na televisão o anúncio de um novo plano econômico, chamado “Cruzado”. Entre as principais medidas, estava o congelamento de preços e da taxa de câmbio. Maria da Conceição Tavares, assessora do Ministério do Planejamento, chorou de emoção diante das câmeras da TV Globo. Literalmente.
A euforia era contagiante. Muitos pensavam que um novo Brasil estava sendo construído, mais justo e mais próspero. Mas a realidade...
Essa ingrata não permite que as leis econômicas se submetam aos caprichos políticos. O congelamento de preços levou à escassez, e nas prateleiras começaram a faltar produtos. O que fazer?
Claro que a culpa só podia ser da ganância dos empresários, esses insensíveis que só querem lucrar. Mas o homem do bigode tinha a solução: caçar bois no pasto! Afinal de contas, não podemos deixar faltar carne no açougue. Há estabelecimentos desrespeitando o preço tabelado? Simples: fiscais do governo para controlar esses perversos!
Alguns economistas coçavam a cabeça, perplexos. Eles sabiam que nada daquilo funcionaria. Não se ignora as leis econômicas impunemente.
Não eram os “desenvolvimentistas” da Unicamp, os mercantilistas ou os adeptos da “teoria da dependência”. Esses tinham receitas parecidas, pensando que o governo é uma espécie de sábio clarividente que pode simplesmente decretar o progresso da nação.
Mas o importante é constatar que havia lucidez em meio a tanta euforia irracional. Infelizmente, tal como Cassandra, seus alertas eram ignorados. A turma estava empolgada demais com o futuro prometido, com a sensação de esperança. Apontar que o rei está nu é estragar a festa de muita gente míope e embriagada.
Após essa experiência nostálgica, retornei ao presente. Liguei a TV e vi que o bigodudo ainda estava lá, com tanto ou mais poder concentrado nele. Vi também que aquela mesma economista com sotaque de Portugal era extremamente respeitada e vista como uma mentora pela própria presidente. “Memória curta dessa gente”, pensei.
Depois notei que nossa taxa de câmbio praticamente não oscila mais, e que a inflação fica acima da meta o tempo todo, mesmo com crescimento pífio da economia. Mas o Banco Central nada faz, preferindo manter a taxa de juros reduzida, claramente por razões eleitoreiras.
Em seguida, vi o ministro Guido Mantega avisando que iria fiscalizar se as desonerações fiscais eram mesmo repassadas para o preço final. Déjà Vu! Tive calafrios na espinha.
Quer dizer que o próprio governo faz de tudo para despertar o dragão inflacionário, estimulando o crédito público, criando barreiras protecionistas, aumentando gastos, reduzindo artificialmente os juros, e depois pensa que vai segurar a inflação com fiscalização?
Qual será o próximo passo? Recriar a Sunab? Fazer uma campanha difamatória contra os empresários? Criar os “fiscais da Dilma”, usando senhoras com tabelas nos mercados? Manipular os índices oficiais de inflação?
É uma visão assustadora, um flashback de um filme de quinta categoria que já conhecemos e sabemos como termina.
Quem não tem idade suficiente ou não tem boa memória, basta olhar para o lado e ver o presente da Argentina. O novo Papa pode ser argentino, mas sem dúvida Deus não o é, caso contrário não permitira que o casal K ficasse tanto tempo no poder causando esse estrago todo.
Mas, pelo andar da carruagem, não poderemos zombar dos “hermanos” por muito mais tempo. O governo petista tem feito de tudo para alcançar as trapalhadas deles. E não adianta culpar fatores exógenos, pois dessa vez não vai colar. O Peru, a Colômbia e o Chile, com modelos diferentes e mais liberais, crescem muito mais com bem menos inflação. Nossos males são “made in Brazil”, fruto da incompetência da equipe econômica e da própria presidente.
Finalmente, liguei o rádio e ouvi um ex-ministro tucano endossando a ideia de que era, sim, preciso fiscalizar os donos dos estabelecimentos, para não permitir aumentos de preços. Depois vi que o PSDB fazia uma campanha não pela privatização, mas pela “reestatização” da Petrobras, quase destruída pelo PT.
Quando lembrei que essa é a nossa “oposição” a este modelo terrível que está aí, peguei minha DeLorean e ajustei a data para 2030, na esperança de que lá teremos opções realmente liberais contra essa hegemonia de esquerda predominante no Brasil atual.
Rodrigo Constantino é economista.