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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Brasil: adivinhe quem produz volatilidade?; o proprio Governo - Celso Ming

Conhece aquela história dos capitais especulativos, de motel (como gostava de dizer um dos gênios econômicos deste governo) e que produziriam volatilidade na economia?
Pois bem: esqueça.
O principal responsável pelo caráter errático da economia brasileira é o próprio governo, com suas políticas econômicas esquizofrênicas, desencontradas, contraditórias...
Só não vê quem não quer...
Paulo Roberto de Almeida

Montanha-russa

CELSO MING - O Estado de S.Paulo, 02 de agosto de 2013
O desempenho da produção industrial medido pelo IBGE se transformou em montanha-russa. Junho apontou para um crescimento aparentemente forte, de 1,9% sobre o mês anterior que, no entanto, mostrara recuo de 1,8%. Os dados de julho não estão disponíveis, mas as indicações são de novo tombo (veja o gráfico).
Essa volatilidade sugere que se comparem estatísticas de prazo mais longo. E, no entanto, também elas não autorizam comemorações. Em todo o primeiro semestre, a produção industrial cresceu apenas 1,9% e, em 12 meses, 0,2%.
Difícil de discordar do pessimismo do diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini: "Não conseguimos enxergar sinais de recuperação", disse quarta-feira.
O único atenuante para o quadro pouco animador é o surpreendente desempenho da indústria de bens de capital (máquinas e equipamentos) que avançou 6,3% no semestre e 18% em 12 meses. Indica que os investimentos não pararam, o que se confirma com as estatísticas de importação (veja o Confira).
Os problemas de fundo são conhecidos e quase nada mudaram. Concentram-se na baixa competitividade do setor produtivo que, por sua vez, tem a ver com os custos altos demais, sobretudo dos impostos e dos juros; com a infraestrutura precária e cara; e com falta de abertura de novos mercados externos.
Em tese, a desvalorização cambial, de 15% nos últimos três meses, deveria devolver competitividade ao setor. Mas isso não está acontecendo, aparentemente pela forte dependência da indústria de fornecimentos externos: matérias-primas, componentes, máquinas e capital de giro (empréstimos externos).
Foi a razão pela qual ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou medida que reduz a alíquota do Imposto de Importação (tarifa alfandegária) de cerca de cem produtos. O objetivo declarado é compensar com menos imposto o aumento dos preços provocado pela alta do dólar no câmbio interno.
Em princípio, esta não é uma prática adequada. O Imposto de Importação tem funções regulatórias. Serve para calibrar o comércio exterior. Quando usado ou para arrecadar ou para fazer política de preços tende a provocar distorções. Se as tarifas estavam no tamanho adequado, uma redução leva a desequilíbrios no fluxo de mercadorias ou imediatos ou de médio prazo. Se não estavam, então teria sido necessário contemplar mais produtos. Além disso, como não podem alcançar todo o universo da pauta de importações, cortes pontuais causam desalinhamento de preços relativos. O barateamento de matérias-primas importadas para plásticos, por exemplo, pode prejudicar outros tipos de embalagem, como as de vidro ou de cerâmica.
No entanto, pouca coisa trava mais o desempenho da indústria do que a falta de confiança na economia. Quando pairam dúvidas, como hoje, sobre a solidez dos fundamentos; quando se vê que o governo não consegue levar adiante o que começa, como o processo de desoneração tributária; e quando o governo reage aos problemas com soluções improvisadas (puxadinhos) a recuperação fica mais difícil.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Fracassa politica de desgravacao setorial: aumentam as importacoes (Valor Economico)

Era realmente previsível: esperar que uma medida tópica, sem uma avaliação de seu impacto qualitativo devidamente efetuada, e na ausência de outras medidas de melhoria geral do ambiente de negócios no país (como tributação, infraestrutura, regulação e, talvez câmbio) fosse melhorar dramaticamente a competitividade das empresas brasileiras, em face da concorrência estrangeira, era muito otimismo, ou muita ingenuidade.
Começando que competitividade depende basicamente de produtividade, e esta vem declinando no Brasil. Certo, medidas pontuais podem contribuir, episódica ou setorialmente, mas de forma errática e incerta. Com um ambiente de negócios ainda turvado pelo caráter volátil da política econômica, macroeconômica ou setorial, não se poderia esperar outros resultados do que os apontados abaixo.
Paulo Roberto de Almeida

Setores desonerados ainda perdem para importados

Por Thiago Resende e Lucas Marchesini | De Brasília
Valor Econômico, 22 de julho de 2013

Até agora, a desoneração da folha de pagamentos e a alíquota adicional no Imposto de Importação não tiveram o efeito esperado sobre o comércio exterior brasileiro. Mesmo com os estímulos fiscais, que aumentam a competitividade da indústria instalada no país, a importação de mercadorias produzidas pelos setores beneficiados ganhou ainda mais peso na balança comercial do país.
O desembarque de itens favorecidos nos setores de couro e calçados, confecções, têxteis, móveis, plásticos, materiais elétricos, bens de capital e de transporte (autopeças, ônibus e naval) subiu, em média, 6% nos últimos 11 meses - quando a medida já estava em vigor - em relação ao período anterior. Esse aumento foi muito superior ao da média nacional de importações, de 0,2%.
Levantamento feito pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, mostra que, nos últimos 11 meses, os desembarques de itens beneficiados nos setores citados somaram US$ 60,4 bilhões, 28,4% do total importado pelo país no período (US$ 212,4 bilhões).
Os setores desonerados também não conseguiram avançar no mercado externo. No período analisado, suas exportações caíram 8,4%, mais do que a média das exportações totais do país, de 6%. "As desonerações não atuaram de forma a inverter a trajetória do comércio exterior", confirma Rodrigo Branco, economista da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex).
As desonerações da folha de pagamentos devem levar a uma renúncia fiscal de R$ 16 bilhões em 2013, segundo previsão do Ministério da Fazenda. Para 2014, a estimativa é de R$ 24,7 bilhões. As empresas beneficiadas deixam de pagar os 20% sobre a folha salarial para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e, em compensação, recolhem entre 1% e 2% sobre o faturamento total.
Para analistas e representantes dos setores beneficiados, a medida é importante, mas não suficiente para aumentar a competitividade da indústria brasileira. Outros fatores, principalmente o câmbio, influenciam o resultado do comércio internacional.

Exportações recuam 8,4%, apesar da redução do custo de mão de obra

Setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos exportaram menos no período com o benefício. Enquanto as vendas de mercadorias ao exterior caíram 6% nos últimos 11 meses em relação a igual período anterior, os embarques dos produtos desonerados recuaram 8,4%, sem considerar plataformas de petróleo.
A comparação envolve os ramos têxtil, móveis, plástico, materiais elétricos, bens de capital e transporte (autopeças, ônibus e naval) - beneficiados pela medida de redução do custo de mão de obra desde agosto do ano passado -, além dos segmentos de couro e calçados e confecções, contemplados desde o início de 2012.
A medida foi "um alento", diz Rodrigo Branco, economista da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). "Não se vê as desonerações atuando de forma a melhorar o desempenho no sentido de uma inversão de trajetória. Os setores perderam menos, mas é uma coisa pífia", disse. Além disso, a medida é "discriminatória", porque beneficia apenas alguns segmentos, o que "pode gerar desequilíbrio".
As empresas beneficiadas pela medida deixam de pagar os 20% sobre a folha salarial para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em troca, há uma cobrança que varia de 1% a 2% sobre o faturamento como forma de contribuição previdenciária, o que, pelos cálculos, representa uma diminuição dos valores pagos pelos empresários. Os ganhos com exportação não são incluídos como faturamento nesse caso.
Um dos objetivos do Plano Brasil Maior é reduzir o custo ao exportador. Além da desoneração da folha, o governo criou o Regime Especial de Reintegração de Valores (Reintegra), que devolve às empresas até 3% da receita com as vendas ao exterior.
A desvalorização do real também deixou o ambiente mais favorável para as exportações. O câmbio médio entre agosto de 2011 e junho de 2012 - quando a maioria dos setores não tinha o benefício de desoneração da folha - foi de R$ 1,79, segundo cálculos feitos pelo Valor. De agosto de 2012 a junho deste ano, o dólar valeu, em média, quase R$ 2,04.
Mas os empresários brasileiros enfrentam "um cenário exportador ruim", explicou Branco, lembrando que manufaturados nacionais estão perdendo competitividade há algum tempo, sem se recuperarem da crise. As desonerações, para ele, têm "impacto maior na produção industrial interna do que nas exportações".
Se for considerado o setor naval, a queda de 8,4% nas exportações no período analisado passa a ser uma alta de 1,6%. Esse aumento, no entanto, é praticamente todo puxado pelas maiores vendas de plataforma de petróleo. A exportação desses produtos passou de US$ 405 milhões no período não desonerado para US$ 2,8 bilhões nos 11 primeiros meses da medida, alta de 693%. (TR e LM)

Para empresários, medida é insuficiente para tornar indústria mais competitiva

Os setores de móveis e transporte (autopeças, ônibus e naval) apresentaram o maior aumento das importações de itens beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos. Nesses dois segmentos, as medidas do governo adotadas no último ano não foram suficientes para desacelerar a entrada de bens estrangeiros. Os desembarques de mercadorias produzidas no exterior subiram em ritmo mais forte em relação ao período em que ainda não havia o incentivo fiscal.
Houve aumento de 28,7% nas compras internacionais de itens do segmento de móveis entre agosto de 2012 e junho de 2013 e o mesmo período de 2011 e 2012. Já para o setor de transportes a alta foi de 19,4%. Nas duas situações, o movimento, além de apresentar um forte crescimento, se acelerou quando comparado com as importações realizadas entre agosto de 2010 e junho de 2011.
Os outros setores pesquisados - material elétrico, bens de capitais, plástico, têxtil, couro, confecções e calçados - também apresentaram alta nas importações. Elas foram de 8% para o setor de plásticos, 4,7% para os ramos de couro, confecções, calçados e têxtil e 0,8% para a indústria de bens de capitais e materiais elétricos.
Consultadas sobre os efeitos da desoneração, as associações setoriais dessas indústrias apresentaram conclusões semelhantes: a medida é insuficiente para promover uma retomada significativa da competitividade, apesar de contribuir para uma redução do preço final dos produtos.
"É inegável que o benefício produz efeitos, mas não na medida necessária. O impacto não é suficiente para imaginar que, no curto e médio prazo, a gente consiga recuperar performance", disse o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein.
Já para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel), Daniel Lutz, "as medidas do governo são paliativas e de pouca intensidade. Elas não têm um efeito muito significativo", explicou Lutz.
Além disso, o setor de plásticos sofre com um problema específico. Um aumento do imposto de importação de matérias primas acabou neutralizando os efeitos da desoneração da folha salarial. "O possível ganho de competitividade dado pela desoneração do custo de mão de obra foi absorvido pelo aumento na alíquota de importação de resinas", analisou o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Carvalho.
As exportações também apresentam problemas. Exceto o setor de transporte naval, que se beneficiou das vendas de plataformas de petróleo, todos os ramos apresentaram queda nas exportações entre agosto de 2011 e junho de 2012 e os mesmos meses de 2012 e 2013. O setor de plásticos apresentou a maior queda: de 18,6%. Em seguida vem o de móveis, transportes (exceto naval), material elétrico e bens de capital e o de confecção, couros, têxtil e calçados. (LM e TR)

quarta-feira, 27 de março de 2013

Se eu fosse do Copom, eu me demitiria...

Para que Copom, não é mesmo?
Se a própria presidente substitui o presidente do Banco Central e todos os demais diretores, membros oficiais do Copom, e decide, com base no seu conhecimento superior de economia, nas suas previsões acertadas (se disser pibinho, acerta nisso, pelo menos), e no seu imenso ferramental econométrico, qual deve ser a taxa de juros no Brasil, qual a que melhor elimina riscos inflacionários e reflete o custo real (não o desejado) do dinheiro emprestado, quais os parâmetros que devem vigorar nos mercados de capitais, no sistema bancário, para que essa pantomima a cada 45 dias, de reunir um monte de gente durante dois dias, para depois anunciar o que a presidente quer?
Melhor poupar esforços e se basear na sua genial intuição, e na bola de cristal do preclaro ministro da Fazenda, para decidir o que já estava decidido. Mais simples assim, não é mesmo?
Por isso mesmo que o grau de volatilidade associado à economia brasileira vem aumentando cada vez mais. Depois colocam a culpa nas agências de classificação de riscos e nos tais de especuladores de olhos azuis de Wall Street e seus capitais vorazes...
Paulo Roberto de Almeida

G1, Quarta, 27/03/2013

Dilma diz que inflação está sob controle apesar de flutuações conjunturais

A presidente participa de reunião da cúpula do Brics.
A presidente Dilma Rousseff disse hoje, na reunião da cúpula do Brics, que a inflação brasileira está sob controle, embora aconteçam flutuações e alterações conjunturais. Dilma também sinalizou que o governo não vai elevar a taxa básica de juros para tentar conter a inflação.
Presidenta Dilma Rousseff posa para foto oficial com os chefes de Estado e de Governo na V Cúpula dos Brics (Crédito: Blog do Planalto /  Roberto Stuckert Filho) Presidenta Dilma Rousseff posa para foto oficial com os chefes de Estado e de Governo na V Cúpula dos Brics
(Crédito: Blog do Planalto / Roberto Stuckert Filho)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Volatilidade lulopetista na gestao economica: o preco nas bolsas...

Os companheiros, opositores do capitalismo por princípio e por conviccao, sempre se referem ao aspecto nefasto da liberdade de circulacao de capitais, o que obviamente merece seu repúdio e sua objecao em termos de políticas públicas; eles sao contra os "capitais de motel", que alguns mais elegantes, ou pretensamente economistas, chamam de volatilidade inerente aos fluxos de capitais puramente financeiros.
Eles nao se dao conta, os companheiros que a principal volatilidade é aquela que está associada 'as políticas economicas, que justamente causam as perdas e interrupcoes de investimento como registradas no editorial abaixo.
Paulo Roberto de Almeida

Intervencionismo e perdas

04 de fevereiro de 2013 | 2h 05

Editorial O Estado de S.Paulo
O mau desempenho da economia nos dois últimos anos não explica inteiramente as perdas que o mercado acionário brasileiro vem sofrendo, na comparação com os resultados de outras bolsas de valores. O baixo crescimento da economia - que o governo vem tentando reverter, sem resultados até agora, o que tem gerado previsões pessimistas também para o desempenho deste ano - por certo desanima os investidores do mercado acionário, muito suscetíveis aos resultados das empresas e às tendências da economia real. Mas essa característica natural do mercado acionário está sendo visivelmente perturbada pelo ativismo econômico excessivo do governo do PT, que turva as expectativas dos investidores, lança dúvidas sobre a segurança das aplicações e produz ainda mais pessimismo.
Dessa combinação não se poderia esperar resultados diferentes dos que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) vem apresentando. Depois de ter superado 70 mil pontos em janeiro de 2011, o Ibovespa, que mede a variação dos papéis mais negociados, manteve-se em torno de 60 mil pontos nos últimos pregões. É uma redução de cerca de 14% em dois anos. A título de comparação, observe-se que, depois de ter crescido 7,5% em 2010, o PIB aumentou 2,7% em 2011 e cerca de 1% no ano passado. Os dois últimos resultados são muito fracos, mas não negativos.
Nos EUA, cujo governo ainda não conseguiu negociar com a oposição os termos definitivos de um acordo que permita a solução de longo prazo para seus problemas financeiros, a bolsa de valores está em franca recuperação. O principal índice da bolsa de Nova York, o Dow Jones, está prestes a bater seu recorde. Mesmo na Europa em crise, os mercados de ações estão em alta, incluindo os da Grécia, Portugal e Espanha, países em situação econômica e fiscal mais complicada.
Desde janeiro de 2010, a cotação da ação preferencial da Petrobrás, uma das mais negociadas na Bovespa, caiu mais de 40%. O valor de mercado da empresa despencou de US$ 199,3 bilhões no início de 2010 para cerca de US$ 107 bilhões na semana passada, uma perda de mais de US$ 90 bilhões em três anos. Tendo sido a segunda maior empresa de gás e petróleo das Américas, atrás apenas da ExxonMobil, a Petrobrás agora ocupa a quarta posição, atrás também da Chevron e da colombiana Ecopetrol.
E por que a Petrobrás caiu tanto? Utilizada politicamente pelo governo do PT, a empresa perdeu eficiência, teve de reduzir seus programas de investimentos em exploração e refino para, por pressão do Palácio do Planalto, investir no caro programa do pré-sal e, assim, viu cair sua produção e foi obrigada a importar combustíveis.
Transformada, também, em instrumento da política de preços do governo petista, teve que suportar, com graves ônus financeiros, o congelamento dos preços dos combustíveis, que vem importando em quantidades crescentes, porque não ampliou sua capacidade de refino. Estima-se que, só no passado, essa política insensata de importar por determinado preço e vender por outro, menor, tenha imposto perdas de R$ 20 bilhões à Petrobrás. Com razão o mercado reduziu o preço de suas ações. O recente aumento da gasolina não muda substancialmente o quadro.
Situação semelhante o governo impôs às empresas do setor elétrico - inclusive a principal estatal federal, a Eletrobrás -, com seu programa de renovação de concessões associada à redução das tarifas para consumidores residenciais e industriais. A redução das tarifas resultará em graves ônus para as empresas, razão pela qual algumas controladas por governos estaduais se recusaram a aderir ao programa. O mercado, também nesse caso, agiu como o esperado, e as ações das elétricas despencaram.
Há algum tempo, o governo interveio na gestão da Vale, uma empresa privada na qual o governo ainda tem alguma presença, o que igualmente provocou a reação do mercado.
O intervencionismo do governo em empresas cujos papéis estão entre os mais negociados na bolsa de valores é pernicioso para as empresas, para o mercado e para o País.
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