O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

Mostrando postagens com marcador intimidação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador intimidação. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 29 de julho de 2024

A ditadura chavista declarou vitória na base da fraude e da intimidação (Canal Meio)

 A fraude é acintosa. O Brasil deve se preparar para mais uma onda de emigrados venezuelanos. (PRA)

Maduro declara vitória e esconde boletins de urna


Canal do Meio, 29/07/2024

O governo de Nicolás Maduro declarou vitórianum pleito em que todas as pesquisas apontavam uma derrota em grande escala. A pesquisa de boca de urna do Edison Research, feita a pedido do Wall Street Journal, sugeria que o ex-embaixador Edmundo González Urrutia venceria com 64% dos votos contra 31% de Maduro. O resultado é contestado pela oposição por falta de transparência e suspeita de fraude. Na madrugada desta segunda-feira, o chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, um aliado próximo de Maduro, anunciou a vitória do presidente quando, afirmou, 80% dos votos já estavam apurados. Segundo ele, Maduro tinha 51,2% dos votos, contra 44,2% de seu principal rival. A frente de oposição venezuelana alega fraude generalizada na contagem e prometeu contestar o resultado. Ela se uniu em torno de González para destituir Maduro após 11 anos no poder. “Estamos orgulhosos do que fizemos. Vamos lutar pela verdade para que prevaleça o respeito à soberania do povo venezuelano”, disseem entrevista coletiva a líder da oposição, María Corina Machado, impedida de disputar o pleito. (BBC)

Com 21 milhões de eleitores aguardados nas 30 mil mesas de votação, as eleições tiveram grande comparecimento, com extensão de até três horas do horário em várias zonas eleitorais devido às longas filas. A oposição denunciou que o CNE paralisou a transmissão de dados de diversos centros de votação e que testemunhas foram impedidas de obter os boletins de urna que certificam os votos em cada centro. Enquanto opositores faziam vigília na porta dos colégios eleitorais, esperando os boletins, forças de segurança do governo e os temidos coletivos chavistas percorreram as ruas de Caracas e do interior tentando afastá-los. O chamado para que as pessoas permanecessem na porta dos centros de votação foi motivado pelo temor de fraude eleitoral. (NTN24)

Vídeos nas redes sociais mostram episódios de violência após o fim da votação na cidade de San Antonio del Táchira e também em Guásimos. Há suspeita de que um jovem tenha sido assassinado por disparos de um coletivo chavista. Na mesma cidade, onde vivem 50 mil habitantes, houve confronto quando uma equipe de militares parecia recolher os dados de uma zona eleitoral. Antes do resultado ser anunciado, González chegou a cantar vitória em seu perfil no X: “Os resultados são inocultáveis. O país escolheu uma mudança em paz”. Em quase todos os levantamentos, a vantagem de González sobre Maduro era de 20 a 35 pontos percentuais. Nenhuma dessas pesquisas pôde ser divulgada dentro da Venezuela. (Meio)

Daniel Lozano: “Mesmo em redutos chavistas como o bairro 23 de Janeiro, território dos grupos paramilitares onde Hugo Chávez votava, Edmundo González venceu Nicolás Maduro. Porém mais uma vez o chavismo construiu a sua própria realidade a sangue e fogo, determinado a desconsiderar a vontade do povo. Antes mesmo de as autoridades eleitorais o anunciarem, diversos porta-vozes chavistas garantiram sem corar que Maduro tinha confirmado o seu terceiro mandato.” (La Nación)

quarta-feira, 17 de julho de 2019

A semente do fascismo assume varias formas: primeiro se intimidam escritores, depois se queimam os livros...

Numa terceira etapa, ocorrem perseguições, prisões e condenações.
No caso de Trump, supremacistas brancos se sentiram autorizados a atacar manifestantes pacíficos.
No caso da Justiça americana, o atropelador serial foi condenado a 400 anos de prisão.
E no Brasil?

Feira literária cancela convite à Miriam Leitão
 A organização da 13ª Feira do Livro de Jaraguá do Sul (SC) anunciou ter cancelado a participação da jornalista Míriam Leitão no evento. Ela faria uma palestra no dia 15 de agosto. Uma petição com mais de 3 mil assinaturas foi encaminhada à feira pedindo o cancelamento da participação de Míriam e também do sociólogo Sérgio Abranches. Num dos trechos, ao se referir à jornalista, o documento diz que o repúdio é por “seu viés ideológico”. Míriam lamentou:
—Fomos convidados, Sergio e eu, para falar da nossa formação como escritores, dos nossos livros e dos livros que nos marcaram. A mesa “Biblioteca afetiva” nos entusiasmou: iríamos falar do que amamos tanto. Infelizmente, a intolerância foi mais forte, desta vez. Mas o livro sempre vencerá.
O coordenador geral da feira, João Chiodini, disse que a decisão de desconvidar a jornalista e o sociólogo foi tomada “com vergonha”, mas “para garantir a segurança dos convidados”.
— Logo depois que anunciamos (os nomes), recebi ligações, mensagens e comentários nas redes dizendo que os dois seriam recebidos com ovadas. É a primeira vez que isso acontece em 12 anos de evento —disse Chiodini.
As últimas edições da feira tiveram presenças diversas, do cantor Lobão à filósofa Márcia Tiburi, além do cartunista Ziraldo, do historiador Laurentino Gomes e do escritor Luiz Fernando Veríssimo. Para a edição deste ano está confirmada a presença da escritora Martha Medeiros e do escritor Paulo Lins.

sábado, 18 de maio de 2013

Venezuela: a ditadura parte para a intimidacao - O Globo


Maduro diz saber quem são os venezuelanos que não votaram na última eleição

  • O Globo, 18 de maio de 2013

  • Presidente afirmou que teve acesso até a carteiras de identidade
  • Oposição entendeu a declaração como uma forma de intimidação a leitores que não compareceram às urnas

CARACAS - Nicolás Maduro continua se lamentando dos votos que o chavismo perdeu em sua eleição do dia 14 de abril, mas, na quarta-feira, cruzou a linha das estimativas não oficiais e disse saber o título de eleitor e as identidades dos 900 mil compatriotas que não foram votar no pleito que o elegeu. O comentário foi denunciado pela oposição como uma tentativa de intimidar o eleitor. Num pronunciamento filmado no estado de Barinas, o chefe de Estado fala que teve acesso a “carteiras de identidade e tudo” e lamenta que não teve tanto apoio quanto esperava.
O presidente recebeu um milhão de votos a menos do que teve seu antecessor, Hugo Chávez, falecido em março, contra Henrique Capriles no ano passado. Foi a primeira vez que Maduro afirmou que seu partido havia feito uma lista dos nomes dos eleitores que não compareceram à votação, levantando dúvidas sobre se a lista foi feita com informações públicas - o voto é facultativo no país - ou se houve informação privilegiada à legenda de Maduro, o PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela). A oposição considerou a afirmação uma ameaça à liberdade de escolha dos eleitores e reafirmou o caráter secreto do voto no país.
Falando a partidários, Maduro avaliava o desânimo que teria levado a uma alta abstenção de chavistas no pleito contra Capriles.
- A força que temos que ter é para, ao invés de sermos abatidos pela tristeza, abatermos a tristeza e a relutância que nos atinge, atingiu ou pode atingir: 900 mil compatriotas, já os temos, com cédula de identidade e tudo - disse ele, que venceu Capriles por 224 mil votos: - E isso significou que a diferença foi pequena, e poderia ter sido maior.
Em pronunciamentos anteriores, ele já havia reclamado da ausência dos votos chavistas na eleição. Há algumas semanas, comentou, num programa de TV, sobre 600 mil votos a menos.
A oposição demonstrou sua confiança no sigilo do sistema eleitoral do país e pediu que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) se pronunciasse sobre a afirmativa de Maduro.
CNE ignora pedido de oposição
Liliana Hernández, do comitê Simón Bolívar, que organizou a campanha de Capriles, questionou a ausência de uma defesa do CNE sobre a segurança do sigilo eleitoral no país.
- Onde está o CNE? Como Nicolás Maduro saiu ontem (quarta-feira) a dizer que tem o número de cédula dos que não votaram por ele? - questionou a deputada do partido Um Novo Tempo.
Para ela, Maduro tem a intenção de fazer crer que o voto no país não é secreto e, assim, intimidar os eleitores a votarem no partido que detém o poder. Milhões de venezuelanos dependem de ajuda oficial dos programas sociais instituídos por Chávez. Segundo a deputada, o CNE deve responder às afirmações que “violentam o sagrado princípio do voto secreto”. Não havia, entretanto, nenhuma nota sobre o tema no site oficial do órgão eleitoral, que é dominado por chavistas.
Os opositores continuam, porém, a contestar as eleições na Justiça sob alegação de fraude, mas se negaram a participar da auditoria feita pelo CNE após uma forte contestação popular pela recontagem de votos que deixou ao menos sete mortos e vários feridos. Capriles diz que só ficará satisfeito com uma recontagem completa, e ameaça recorrer à Justiça internacional.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/maduro-diz-saber-quem-sao-os-venezuelanos-que-nao-votaram-na-ultima-eleicao-8423666#ixzz2TcqDvOta
© 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.