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sábado, 3 de março de 2012

Trajes "tipicos" do Brasil: a baiana e a Selecao canarinho...

Bem, tudo vale a pena se a alma não é pequena...
Acho que minha alma é muito pequena para caber dentro de uma camiseta da Seleção...
Ainda bem que não sou Terceiro Secretário e não estou servindo em Genebra...
Paulo Roberto de Almeida

Diplomatas se vestem com trajes típicos em reunião da ONU


Terra Notícias, 2/03/2012


    Os diplomatas presentes no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas trocaram nesta sexta-feira os frequentes trajes e gravatas por ponchos peruanos, quimonos, roupas de cossacos russos e coloridos vestidos de países asiáticos e africanos por ocasião do "Dia do Traje Nacional". A presidente do Conselho dos Direitos Humanos, Laura Dupuy Lasserre (vestida com um traje típico uruguaio), explicou que o objetivo deste dia é "mostrar a diversidade de todos os povos do mundo em um fórum das Nações Unidas que defende o respeito da diversidade cultural".

Os representantes de países asiáticos, latino-americanos e africanos foram os que se empenharam mais em mostrar ao resto de nações a variedade e o colorido da indumentária típica de seus países de origem, enquanto os europeus se caracterizaram por seu quase nulo envolvimento, já que a maioria vestia o habitual terno. A embaixadora do Brasil na ONU em Genebra, Maria Nazareth Farani, usou um chamativo vestido de baiana. "É um traje típico da Bahia, no nordeste do Brasil, de certo modo é uma homenagem às nossas raízes africanas", acrescentou, elogiando esta iniciativa - incentivada pela Suíça e pelo Paquistão - "é uma festa na qual todos se tornam mais abertos à tolerância e ao diálogo".
Junto a ela, outros dois diplomatas brasileiros passeavam orgulhosos pela Sala da Aliança das Civilizações do Palácio das Nações Unidas com a camisa da seleção brasileira de futebol, que segundo Maria Nazareth é "a verdadeira vestimenta nacional". A diplomata mexicana Gisele Fernández explicou que seu vestido, na cor negra por ser inspirado "na fauna da noite", é procedente da região de Chiapas. "Esta é uma iniciativa muito boa, já que ajuda a identificar as pessoas e saber de que regiões vêm, e contribui com a harmonia que deve permanecer nas Nações Unidas", acrescentou.
Um grupo de quatro costarriquenhos exibiu a tradicional roupa de camponês deste país centro-americano, composto por um chapéu de aba redonda e um lenço amarrado ao pescoço. "Parece que sempre é valioso ter essa face humana e lembrar que somos de verdade as Nações Unidas, não apenas uma organização, mas todas as nações do mundo reunidas aqui", celebrou o conselheiro da missão permanente da Costa Rica, Mario Vega.
Patrício Silva, delegado da missão permanente do Uruguai em Genebra, e que trocou a gravata pelo traje típico do candombe - um ritmo que os escravos africanos introduziram no país - opinou que a ideia de comparecer a esta reunião do Conselho de Direitos Humanos "gera um clima mais relaxado que o habitual, de mais diálogo, amizade e interação". Também o representante da missão permanente da Turquia, Hunor Katmadji, compareceu ao encontro vestido com calças curtas, um colorido chapéu e "tudo o necessário para sobreviver na montanha: uma faca, uma pistola, uma bolsa para guardar água e comida e uma pequena manta para tirar uma sesta".

domingo, 9 de maio de 2010

Multiculturalismo: uma enfermidade infantil da academia...

A rigor, nem deveria tratar desse tipo de assunto aqui, uma vez que considero tão ridículas e tão equivocadas as posições supostamente politicamente corretas do multiculturalismo, que passaria por cima sem sequer prestar atenção nesse tipo de "não-questão".
De vez em quando me lembro, porém, que eventuais passantes e outros visitantes acidentais podem ter curiosidade pelo assunto.
Como não escrevi nada sobre o assunto, por considerá-lo irrelevante (e uma enfermidade passageira), permito-me, assim, transcrever parte de um artigo de um filósofo americano sobre o tema, texto "pescado" na lista "Contra a racialização do Brasil", ou seja contra as medidas e políticas de uma tribo de racistas ao contrário que pretendem introduzir o Apartheid no Brasil.

O multiculturalismo
por Richard Rorty
Contra a racialização do Brasil
Posted: 08 May 2010 08:30 AM PDT

Confiram o que o filósofo norte-americano fala sobre o assunto:

"O movimento conhecido nos EUA como multiculturalismo começou a azedar tão logo foi inventado. Consistiu, a princípio, em mais uma tentativa de fazer com que homens brancos de classe média tratassem melhor pessoas que eles gostavam de acotovelar/atropelar - negros, latinos, mulheres, pobres, imigrantes, recém-chegados e homossexuais, femininos e masculinos. Esperava com isso estimular tais grupos a orgulharem-se de si mesmos, ao invés de aceitarem as descrições depreciativas criadas pelos homens brancos.

Hoje, entretanto, transformou-se em uma tentativa de obtenção de empregos e subvenções para pessoas intrometidas que balbuciam/vomitam psicologismos. Bernstein está correto ao descrever o movimento como 'um universo de boas e ambiciosas intenções que se desviou do caminho do respeito às diferenças para mergulhar num abismo nebuloso de afirmações dogmáticas, otimismo exagerado e declarações pseudo-científicas sobre raça e sexo"".


Vejam o texto completo em RORTY, Richard. Uma 'mãozinha' para Oliver North. In: Novos Estudos, CEBRAP, nº 42, julho 1995, p. 45-50.