Paulo Roberto de Almeida
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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sexta-feira, 26 de abril de 2013
Boletim Mundorama - Chamada para artigos
Paulo Roberto de Almeida
Diplomacias e diplomatas: qualquer semelhanca...
Nos postos de comando das relações internacionais, como em qualquer área de exercício de poder, não há espaço para gente que não sabe bem o que quer ou para onde vai. A chefia da diplomacia exige mais do que a mera capacidade de se inteirar da agenda ou de ler discursos preparados pela assessoria. É uma área na qual verdadeiros líderes são necessários; capazes de pensar e formular, mas, não menos importante, capazes também de agir com firmeza e agilidade.
A diplomacia conduzida sem vigor e entusiasmo não produz os resultados que dela são esperados. Limitada ao rame-rame, ao insosso, deixa-se de tratar do que é relevante, da busca de novas formas de inserção global num mundo em rápida transformação.
Estou é claro, falando da Baronesa Catherine Ashtom, a titular da área de relações exteriores e defesa da União Européia. Quando há três anos e meio se pensou no nome da parlamentar trabalhista britânica para o cargo, acreditava-se que ela acrescentaria peso à política externa europeia. Ao contrário, em momento internacional delicadíssimo a EU continua buscando formas de ganhar influência diplomática. Seus próprios assessores reclamam que ela não sabe delegar e não tem uma agenda política, observou Christoph Shult, em recente artigo em Der Spiegel.
A pobre da baronesa tem sofrido horrores. As crises continuam a pipocar, e a União Europeia reage a cada uma delas com incrível alentidão. Quando a Primavera Árabe eclodiu, os governos europeus tiveram de insistir várias vezes com ela antes de sua decisão de viajar ao Cairo. Quando a crise no Mali estourou, foi a França que tomou a decisão de intervir.
Segundo observou Shult, os países grandões da União Europeia – que preferem tomar unilateralmente suas decisões - não têm facilitado a vida para Ashtom. Os países-membros se metem o quanto podem com o staff em diversas situações, inclusive quando se trata de designar embaixadores europeus para servir no exterior.
Mas a Sra. Ashtom não terá futuro longo. Já á muita gente de olho em seu cargo. Ela não está nem aí e já deixou claro que nele não continuará por muito tempo.
Republica Federativa da Promiscuidade: o capitalismo estatal do Brasil - Demetrio Magnoli
Eike, emblema e indício
A história de Eike é, antes de tudo, um emblema do capitalismo de Estado brasileiro. Durante o regime militar, Eliezer Batista circulou pelos portões giratórios que interligavam as empresas mineradoras internacionais à estatal Vale do Rio Doce. Duas décadas depois seu filho se converteu no ícone de uma estratégia de modernização do capitalismo de Estado que almeja produzir uma elite de megaempresários associados à nova elite política lulista.
"O BNDES é o melhor banco do mundo", proclamou Eike em 2010, no lançamento das obras do Superporto Sudeste, da MMX. O projeto, orçado em R$ 1,8 bilhão, acabava de receber financiamento de R$ 1,2 bilhão do banco público de desenvolvimento, que também é sócio das empresas LLX, de logística, e MPX, de energia. No ano seguinte o banco negociou com o empresário duas operações de injeção de capital no valor de R$ 3,2 bilhões, aumentando em R$ 600 milhões sua participação na MPX e abrindo uma linha de crédito de R$ 2,7 bilhões para as obras do estaleiro da OSX, orçadas em pouco mais de R$ 3 bilhões, no Porto do Açu, da LLX. Hoje o endividamento do Grupo X com o banco mais generoso do mundo gira em torno de R$ 4,5 bilhões - algo como 23% do seu valor total de mercado.
"A natureza sempre foi generosa comigo", explicou Eike. "As pessoas ricas foram as que mais ganharam dinheiro no meu governo", explicou Lula. A política, não a economia, a "natureza" ou a sorte, inflou o balão do Grupo X. Dez anos atrás o BNDES não era "o melhor banco do mundo". Alcançou essa condição por meio de uma expansão assombrosa de seu capital deflagrada no final do primeiro mandato de Lula da Silva. A mágica sustentou-se sobre o truque prosaico da transferência de recursos do Tesouro Nacional para o BNDES. O dinheiro ilimitado que irrigou o Grupo X e impulsionou uma bolha de expectativas desmesuradas no mercado acionário é, num sentido brutalmente literal, seu, meu, nosso, dos filhos de todos nós e das crianças que ainda não nasceram, mas pagarão a conta da dívida pública gerada pela aventura do empresário emblemático.
Eike é emblema, mas também indício. A saga da célere ascensão e do ainda mais rápido declínio do Grupo X contém uma profusão de pistas, ainda não exploradas, das relações perigosas entre o círculo interno do lulismo e o mundo dos altos negócios.
Na condição de "consultor privado", em julho de 2006 o ex-ministro José Dirceu viajou à Bolívia, num jatinho da MMX, exatamente quando o governo de Evo Morales recusava licença de operação à siderúrgica de Eike. Nos anos seguintes, impulsionado por um fluxo torrencial de dinheiro do BNDES, o Grupo X atravessou as corredeiras da fortuna. Durante a travessia, em 2009 o empresário contou com o beneplácito de Lula para uma tentativa frustrada de adquirir o controle da Vale, pela compra a preço de oportunidade da participação acionária dos fundos de pensão, do BNDES e do Bradesco na antiga estatal. Naquele mesmo ano o fracasso de bilheteria Lula, o Filho do Brasil, produzido com orçamento recordista, contou com o aporte de R$ 1 milhão do empreendedor X.
A parceria entre os dois "filhos do Brasil" não foi abalada pela reversão do movimento da roda da fortuna. Em janeiro passado, a bordo do jato do virtuoso empresário, Eike e o ex-presidente visitaram o Porto do Açu. O tema do encontro teria sido um plano de transferência para o Açu de um investimento de R$ 500 milhões de um estaleiro que uma empresa de Cingapura ergue no Espírito Santo. Em março, depois que Lula lhe recomendou prestar maior atenção às demandas dos empresários, Dilma Rousseff reuniu-se com 28 megaempresários, entre eles o inefável X. Dias depois, numa reunião menor, a presidente e um representante do BNDES se teriam sentado à mesa com Eike e seus credores privados do Itaú, Bradesco e BTG-Pactual.
Equilibrando-se à beira do abismo, o Grupo X explora diferentes hipóteses de resgate. O BNDES, opção preferencial, concedeu um novo financiamento, de R$ 935 milhões, à MMX e analisa uma solicitação da OSX, de créditos para a construção de uma plataforma de petróleo. Entrementes, diante da deterioração financeira do "melhor banco do mundo", emergem opções alternativas. No cenário mais provável, o Porto do Açu seria resgatado por uma série de iniciativas da Petrobrás e da Empresa de Planejamento e Logística. A primeira converteria a imensa estrutura portuária sem demanda em base para a produção de petróleo na Bacia de Campos. A segunda esculpiria um pacote de licitações de modo a ligar o porto fincado no meio do nada à malha ferroviária nacional, assumindo os riscos financeiros da operação.
No registro do emblema, a vasta mobilização de empresas estatais e recursos públicos para salvar o Grupo X pode ser justificada em nome da "imagem do País no exterior", como sugere candidamente o governo, ou da proteção da imagem do próprio governo e de seu modelo de capitalismo de Estado, como interpretam as raras vozes críticas. No registro do indício, porém, o resgate em curso solicitaria investigações de outra ordem e de amplas implicações - que, por isso mesmo, não serão feitas.
Educacao pela imagem: a verdadeira historia do socialismo...
Estudantes do Brasil: eles fazem a metade da miseria educacional brasileira...
Assim que postei minha "informação" sobre a venda (ou a compra) de diplomas falsos, recebi novamente uma explicação do comprador potencial.
Não tenho uma fábrica de diplomas, mas o interessado sequer leu meu post (de 2012) por inteiro, para se movimentar rapidinho e encomendar o seu diploma sob medida, em comunicação que transcrevo logo abaixo (mas preservando nome, local e situação, pois não tenho vocação para denunciante de candidato a fraudador).
Antes, porém, uma mensagem que me chegou nesse instante, transcrita integralmente, para que se tenha uma ideia da situação do nosso ensino, do sistema, da moral reinante (ou falta de), das mentalidades, enfim.
Qualquer que seja o julgamento que vocês façam sobre o nosso sistema de ensino, se vocês partilharem de minhas apreensões, a conclusão que se pode tirar é catastrófica. Mas por mais catastrófica que seja a situação, na imaginação de vocês, tenham certeza, e eu tenho certeza absoluta, que a situação é ainda "muito mais pior", como diria o responsável por esta situação, do que vocês jamais poderiam imaginar. É terrível pensar que teremos uma geração ou duas, para a frente, completamente perdidas em termos de educação, de atitude frente ao ensino, tudo de pior que vocês puderem imaginar.
Transcrevo primeiro a mensagem recebida de uma aluna desesperada, que me trata apenas de "Oi professor", assim como se eu fosse da família, e devesse ajudá-la por caridade:
Oi professor!
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Educacao: professor brasileiro de primario e' premiado... nos EUA
Prêmio
Obama entrega troféu a melhor professor dos EUA
Veja.com, 21/04/2013
Brasileiro Alexandre Lopes desbancou mais de 180.000 mil docentes e ficou entre os quatro finalistas da competição
Leia também:
Alexandre Lopes: "Professores precisam parar com desculpas"
Ao entregar o troféu à Charbonneau, Obama parabenizou também os outros professores presentes no evento. "Se há algo que deve ser sempre dito aos professores de nosso país, porque nunca será suficiente, é obrigado", afirmou. O presidente também ressaltou a necessidade de se pensar em melhores formas de recrutar, preparar e recompensar os educadores.
Segundo o CCSSO, Charbonneau foi eleito o melhor professor dos Estados Unidos em 2013 pela forma inovadora com que lida com as dificuldades de aprendizagem de seus alunos. O docente trabalha para quebrar o paradigma de que as disciplinas de química e física são as mais difíceis da grade curricular. "No vocabulário meu e dos meus alunos não existem as palavras ‘não consigo, ‘é muito difícil’ ou ‘é impossível’. A minha filosofia de ensino é baseada em promover a autoconfiança deles e a colaboração dentro e fora da sala de aula", afirmou.
Entrevista: Alexandre Lopes
'Professores precisam parar com desculpas', diz brasileiro que concorre a prêmio de melhor docente dos EUA
À frente de turmas que misturam crianças com autismo, adotivas e imigrantes, ele afirma que, a despeito das condições adversas, missão do educador segue sendo a de desenvolver o potencial máximo dos alunos
Venezuela: uma agenda carregada para o novo "presidente"
Venezuela: a herança maldita de Chávez
Veja.com, 24/04/2013
Hugo Chávez chegou ao poder na Venezuela em fevereiro de 1999 e, ao longo de catorze anos, criou gigantescos desequilíbrios econômicos, acabou com a independência das instituições e deixou um legado problemático para seu sucessor. Confira alguns dos desafios que o novo presidente terá de enfrentar:
O novo Blackberry, para os addicted - David Pogue
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O mercado de diplomas falsos no Brasil: uma industria muito prospera
De início pensei que se tratasse de alguma conspiração contra este autodidata absoluto, que despreza todos os títulos e diplomas, e valoriza o conhecimento pelo conhecimento, apenas. Depois, vi que não só existem idiotas que acreditam em qualquer coisa, como fraudadores em busca desse tipo de mercadoria. Mas volto ao que dizia.
De fato, se dependesse de mim, nem empresas privadas, nem instituições públicas exigiriam qualquer tipo de diploma, de quem quer que fosse, para qualquer cargo imaginável. Nada, nadicas de peterebas, só exame, ponto.
Não confiando no ensino, aqui ou alhures (embora eu mesmo seja um grande promotor de sistemas educativos de qualidade), acho que as escolas, de qualquer nível, existem mesmo para dispensar conhecimento, e eventualmente algum certificado de proficiência nos estudos, já que as pessoas adoram um papel qualquer, carimbado melhor ainda. Mas, em se tratando de concurso para a seleção de candidatos a exercer um cargo qualquer em uma instituição qualquer, creio que bastariam exames reforçados, ou entrevistas, para selecionar os melhores candidatos ao cargo, com a dispensa de qualquer diploma, mesmo de alfabetização primária. Nada, nenhum, zero.
Eu sei, eu sei, um sou um iconoclasta: acho que até os diplomatas podem ser selecionados sem precisar mostrar qualquer tipo de diploma: apenas os exames, rigorosos, claro, e uma entrevista para barrar os malucos que conseguem decorar listas telefônicas, bastariam para selecionar os melhores candidatos à diplomacia. Ponto.
E por que estou dizendo isso em relação aos diplomas?
Sim, agora volto ao meu assunto principal.
Tempos atrás, quase um ano atrás, postei um anúncio de diplomas, de todos os tipos, para qualquer candidato.
O anúncio era claro que se tratava de uma armação, de diplomas falsos, e eu mesmo coloquei o aviso na indexação.
O post era este aqui (agora removido, para não fazerem mais conspirações contra mim):
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Os companheiros vão acusar, mais uma vez, o neoliberalismo, claro, falando que o mercado invade tudo, até o fornecimento de diplomas.
Mas caberia ao seu governo vigiar pelo menos o Diário Oficial, para saber quem anda emitindo diplomas maravilhosos, com todas as garantias (de mercado). Metade do que está escrito é mentira, e todos os diplomas são de mentira, mas sempre tem gente interessada em mentiras, a começar pela perfeição da saúde e a notável progressão no ensino.
Recém recebido em minha caixa:
Substancialmente, ela dizia o seguinte, na linguagem sem vergonha dos fraudadores:
Pois bem: essa postagem foi uma das mais vistas deste blog relativamente obscuro e desconhecido: 1766
Passou-se o tempo, e eu já tinha esquecido dessa porcaria, quando começo a receber mensagens deste tipo:
Ou seja, os candidatos a fraudadores nem se dão ao trabalho de ler a mensagem por inteiro, a conferir o que escrevi, nada: eles só querem um diploma, qualquer um, sob pagamento, claro.
Agora, mesmo tendo removido o post, vou provavelmente continuar recebendo pedidos do tipo acima.
Pelo menos eliminei a conspiração:
A página que você está procurando neste blog não existe.
E o MEC, a PF, onde andarão?
O maior ladrao de livros de toda a historia da humanidade - Premio Noble de roubalheira intelectual
Prof James Carley was interviewed on the BBC World Service programme Newshour
Lambeth's recovered books
- Key works now back at the Palace include:
- 10 volumes from Theodor de Bry's America, which contain many engraved illustrations of early expeditions to the New World
- A volume with quarto edition ofShakespeare's Henry IV Part 2, apparently presented to Archbishop Richard Bancroft in 1610
- A True Discourse of the Late Voyages of Discoverie for the Finding of a Passage to Cathaya, about Martin Frobisher's 16th Century search for a north-west passage to the Orient
- The "spymaster's scrapbook", a collection of engravings illustrating conflicts involving the Spanish Netherlands, which belonged toElizabeth I's spymaster Sir Francis Walsingham
- The Frenche Chirurgerye by Jacques Guillemeau, describing skills and instruments of 16th Century surgeons, with many fine engravings
- Discover more about the works of Shakespeare
- Elizabeth I's spy network
Infamous book thefts
- Former director of the Girolamini Library in Naples, Marino Massimo De Caro, jailed for seven years in March for stealing hundreds of its rare and antique books
- William Jacques jailed for four years in 2002 for stealing hundreds of rare books in the late 1990s from the Cambridge University, London and British Libraries
- Jailed again in 2012 for theft from Royal Horticultural Society's Lindley Library
- Iranian-British businessman Farhad Hakimzadeh jailed for two years in 2009 for stealing pages from rare books in the British Library
- Antiques dealer Raymond Scott jailed for eight years for handling a 1623 first folio of Shakespeare's plays stolen from Durham University library in 1998
Find out more
Prof James Carley was interviewed on the BBC World Service programme Newshour
Portugal suspenso do Ciencia Sem Fronteiras
Portugal é suspenso do Ciência sem Fronteiras
Segundo Mercadante, mudança é temporária e visa a estimular bolsistas a aprender outras línguas
BRASÍLIA - O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta quarta-feira, 24, a concessão de mais 17.282 bolsas do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) em vários países. Com isso, o número de bolsas para este ano soma mais de 41 mil.
Ainda estão abertos para este ano editais com 3.970 bolsas para China, Irlanda, Áustria, Bélgica e Finlândia. O ministério decidiu, porém, não conceder as bolsas que estavam previstas para 2013 em Portugal. A intenção é obrigar os estudantes a estudar uma nova língua, além de se formarem em sua área. “Queremos que os estudantes enfrentem a questão da língua, que todos aprendam uma nova língua”, afirmou o ministro Aloizio Mercadante. Nos últimos processos seletivos, Portugal, apesar de estar longe da excelência universitária de países como EUA e Alemanha, era um dos mais procurados.
Segundo Mercadante, a maior parte dos que queriam uma vaga em Portugal aceitou migrar para outro país. Pouco mais de 600 ainda resistem, mas, como não haverá mais vagas para instituições portuguesas, terão de escolher outras ou não serão aceitos pelo CsF.
O MEC decidiu oferecer um curso online de inglês para ajudar os candidatos a uma bolsa do programa. De acordo com o ministro, o mesmo será feito com línguas como espanhol, alemão, francês e até mandarim.
O ministro aproveitou a divulgação dos dados do CsF, em um auditório da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior, para rebater críticas feitas ao programa.
Citando uma reportagem do Estado, afirmou que não há como o MEC usar convênios já existentes entre universidades brasileiras e estrangeiras para evitar o pagamento do curso porque esses acordos são “pontuais” e servem apenas para estudantes das instituições conveniadas. “Em geral, conseguimos o abatimento de taxas”, garantiu, citando especificamente o caso de um contrato com a Fundación Universidad, da Espanha, que ajuda a administrar o programa naquele país.
“Eles nos ofereceram um seguro saúde por 420, quando o normal seria 1.080 por estudantes. Além disso, eles fazem pesquisas de vagas, toda a tramitação de documentos e vistos e os pagamentos para as diferentes universidades. No cômputo geral, o valor é inferior ao que pagaríamos”, garantiu, acrescentando ainda que há convênios semelhantes nos EUA, Alemanha, França e Grã-Bretanha.