O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Divida publica: quem vai pagar?

Não é o Brasil. Mas não estamos muito melhor...
Considerem o diferencial entre as taxas de crescimento da dívida, comparada ao crescimento do PIB americano e da inflação. A dívida aumenta mais rápido.
O que vai ocorrer?
Só existem três "soluções": mais inflação, mais dívida, mais juros da dívida, o que dá baixo crescimento.
Paulo Roberto de Almeida 

Can we inflate the debt away?
By Robert Romano
6
After a brief slowdown in fiscal year 2013 that ended September 30 — when the national debt grew "only" by $671.9 billion at a 4.18 percent rate — 2014 is shaping up to be another year awash in red ink.
So far, since October 1, the debt has skyrocketed another $537.9 billion. And we're not even halfway through the fiscal year yet.
Of course, the 2013 slowdown and subsequent explosion is entirely on account of the temporary standoffs between Congress and President Barack Obama over the debt ceiling last year.
As a result of legislative gridlock, the debt ceiling was not significantly raised for several months, and the growth of the national debt was briefly arrested. From Dec. 31, 2012 through Jan. 31, 2013 it held at about $16.4 trillion. And from May 31, 2013 all the way through the end of the government shutdown, it stood at about $16.7 trillion.
More than half of the increase in debt for fiscal year 2014 — some $328.2 billion — occurred on a single day: October 17, the day after the government shutdown ended.
Now the debt ceiling has been "suspended" — which is to say it is no longer in effect — until February 7.  
Assuming Congress once again raises it, since the single-day explosion of October 17the debt has risen at a rate of about $2 billion a day. With roughly 250 days left in the fiscal year, then we can expect another $500 billion increase in the debt bySeptember 30.
By then, the debt will have increased by more than $1 trillion for the 2014 fiscal year, or at a greater than 6 percent increase.
That is much faster than even nominal economic growth as measured by the Bureau of Economic Analysis. So far, through three quarters, the economy has only grown a 2.97 percent before adjusting for inflation, or at a 3.96 percent rate annualized.
Meaning the debt-to-GDP ratio, at 99 percent as of September 30, will continue rising this year, and every year thereafter so long as the debt grows faster than the economy. We may not be able to grow our way out of this mess.
And we may not be able to inflate our way out of it either. Inflation only came in at 1.46 percent in 2013, and that includes food and energy.
In fact, since 1981, only twice has inflation outpaced the growth of the debt: in 2000 and 2001.
One very good reason for that is after 1981 was about the time the U.S. began running massive balance of payments deficits. That is, more capital flowed overseas via trade, interest payments, and other transactions than was brought in.
As a result, despite massive deficit-spending and now, even with $900 billion of quantitative easing each year by the Federal Reserve, inflation has remained subdued here — because we have exported it overseas.
As long as the debt keeps growing at a pace faster than nominal economic growth and inflation, our ability to repay it over time will by definition be diminished. Eventually, it will become so large as to be impossible to be refinanced, let alone be repaid, when we run out of willing and able lenders.
So let the salons pretend that we "owe it to ourselves." Or that somehow, we possess some uncanny ability to repay it by inflating it away with printed money. In the end, none of that is going to work. Every day that goes by, the probability of default increases.
But perhaps we shouldn't say that too loudly. After all, we don't want to get anythreatening phone calls from the Department of Treasury for telling the truth about the debt.
Robert Romano is the senior editor of Americans for Limited Government.

Tangos e tragedias, 5: Poupanca em dolares novamente autorizada, pero hay dudas...

El Gobierno anunció que liberará la compra de dólares para ahorro, pero hay dudas

POR DANIEL FERNANDEZ CANEDO

Lo anunciaron juntos Capitanich y Kicillof. No aceptaron preguntas ni dieron precisiones. El jefe de Gabinete lo sintetizó así: "Hemos decidido autorizar la compra de dólares para tenencia y ahorro".
El Clarin, 24/01/2014
Anuncios económicos en la habitual conferencia de prensa de Capitanich. (DyN)
24/01/14 - 08:11
En forma sorpresiva, Jorge Capitanich, el jefe de Gabinete, anunció esta mañana: "Hemos decidido autorizar la compra de dólares para tenencia y ahorro", en lo que aparece como una vuelta de campana de la politica del cepo cambiario implementada a partir de octubre de 2011.
La noticia abre un número importante de interrogantes, pero esencialmente dos: a qué precio se podrán comprar los dólares para atesoramiento y si esa operatoria estará limitada o no a aquéllos que puedan demostrar capacidad contributiva (que estén en blanco).
Desde el punto de vista de la politica del "sinceramiento" que está llevando adelante el gobierno en materia cambiaria (el precio del dolar oficial subió 9% el jueves generando la devaluacion del peso más importante en más de una década), empezar a dar vuelta el cepo tiene la lógica de empezar a desandar un camino que le generó más problemas que soluciones a las alicaídas reservas del Banco Central.
En si mismo, el anuncio oficial implica el reconocimiento del fracaso del cepo y, a la vez, le agrega sentido a la fuerte devaluación de las últimas semanas en la búsqueda de que los exportadores de granos liquiden las existencias que pudiesen tener retenidas.
También podría estar indicando que las negociaciones del ministro Axel Kicillof con el Club de París para resolver el default de 9.000 millones de dólares que aún mantiene la Argentina con los países desarrollados, está exigiendo la normalización del frente externo.
Esta semana fue la de los vaivenes. Comenzó con un jefe de Gabinete diciendo que la politica cambiaria era de "flotación administrada". Siguió con un saltito del dólar oficial en función "de la oferta y la demanda". Se extendió con una suba de 9% del dólar oficial y termina con un anuncio aún impreciso sobre que a partir del lunes se podrán comprar dólares con motivo de ahorro, algo que hasta ahora esta prohibido.
Un camino acelerado y de respuesta desesperada ante el problema de la escasez de divisas que soporta el Banco Central.
Pregunta obvia: ¿a partir del lunes le permitirán a cualquier ahorrista comprar dólares a 8 pesos en el mercado formal de cambios? El anuncio oficial resulta incompleto para prever consecuencias, pero sí un fin de semana con más novedades cambiarias.

A indigencia mental dos teoricos petralhas - Reinaldo Azevedo


O 'bando de negros e morenos'


O pânico voltou a bater às portas do Palácio do Planalto, que dá como inevitáveis novos protestos durante a Copa. O PT já convocou o seu braço junto às massas, uma tal Central de Movimentos Populares (CMP), para monitorar o povaréu.
Os pelegos do CMP integram a Ancop, ou "Comitês Populares da Copa". Estão lá para amansar a brasileirada. As designações têm um ranço entre o jacobinismo e o sovietismo: "central", "comitês", "coletivos"... O "comissariado" fica na Secretaria-Geral da Presidência, do camarada Gilberto Carvalho. Uma nova onda de protestos poderia pôr em risco a reeleição de Dilma. Uma estrepitosa vaia durante o discurso da presidente na abertura daria o tom do resto do torneio. O Planalto, o que é uma tolice, viu nos "rolezinhos" o sinal de advertência. O PT começa a ser também vítima, não apenas beneficiário, de sua natureza. Explico.
Um pouco de memória. Em junho, os petistas apostaram que a baderna ficaria restrita a São Paulo. Em meu blog, demonstrei, inclusive com reportagens desta Folha (is.gd/X4xFOl), como operaram os feiticeiros do Planalto –com José Eduardo Cardozo chefiando o caldeirão– para jogar os distúrbios no colo da "polícia de Alckmin". Duas semanas depois, havia pessoas com tochas na mão sapateando no teto do Congresso, e o Palácio Itamaraty estava em chamas. E Cardozo mudo, perplexo, pálido de espanto.
Já sabemos o que eram os "rolezinhos" e no que tentam transformá-los as esquerdas, inclusive os petistas. De novo, confessam, a aposta era que se limitassem a São Paulo. Carvalho mandou ver no pensamento tarja-preta: "Da mesma forma que os aeroportos lotados incomodam a classe média. Da mesma forma que, para eles, é estranho certos ambientes serem frequentados agora por essa 'gentalha' (...). O que não dá para entender muito é a carga do preconceito que veio forte. (...) As pessoas veem aquele bando de meninos negros e morenos e ficam meio assustadas. É o nosso preconceito".
"Nosso preconceito" uma ova! Esse é o preconceito de Carvalho, que chama "negros" e "morenos" de "bando". Então só a classe média reage à incompetência do governo na gestão aeroportuária? Pobre gosta de humilhação? Nota: a pesquisa Datafolha sobre os "rolezinhos", especialmente a opinião de "negros e morenos", desmoraliza Carvalho, seu partido, as esquerdas, a vigarice sociológica, a tolice jornalística e o colunismo fácil.

O mundo real pôs o PT sob controle, mas não mudou a sua natureza. No campo, na cidade, na universidade ou no shopping, o partido não resiste à tentação de insuflar os "oprimidos". Os "opressores" identificados pela legenda não são os premiados com Bolsa BNDES ou Bolsa Juros, mas a classe média, que a Marilena Chaui odeia e que Carvalho julga ser racista.
Enquanto a fala indecorosa do ministro circulava, uma turba fechou algumas ruas na Penha, em São Paulo, para um baile funk. A polícia, chamada pela vizinhança, acabou com a festa. Um grupo de funkeiros decidiu, então, assaltar um posto de gasolina, espancar os funcionários, depredar um hipermercado contíguo e roubar mercadorias. Na saída, um deles derramou combustível no chão e tentou riscar um fósforo. Tivesse conseguido... O "Jornal Nacional" relacionou o episódio à falta de lazer na periferia. Pobre, quando não se diverte, explode posto de gasolina, mas é essencialmente bom; a falta de um clube para o funk é que o torna um facínora. Sei. É a luta entre o Rousseau do Batidão e o Hobbes da Tropa de Choque.
Os maiores adversários do PT em 2014 não são as oposições, mas a natureza do partido e os valores que tornou influentes com seu marxismo de meia-pataca e seu coitadismo criminoso. A receita pode, sim, desandar.
twitter.com/reinaldoazevedo 


reinaldo azevedo
Reinaldo Azevedo, jornalista, é colunista da Folha e autor de um blog na revista 'Veja'. Escreveu, entre outros livros, 'Contra o Consenso' (ed. Barracuda), 'O País dos Petralhas' (ed. Record) e 'Máximas de um País Mínimo' (ed. Record). Escreve às sextas-feiras.

Capitalismo liberal resolve o problema da pobreza - Ricardo Velez-Rodriguez

Eu teria muito a comentar, e a acrescentar (com exemplos da histórua econômica), mas acredito que o texto do Ricardo Velez-Rodriguez está perfeito.
Paulo Roberto de Almeida 

DAVOS E AS EXPECTATIVAS DO POBRES: SOCIALISMO OU LIBERALISMO?

Ricardo Vélez-Rodriguez
Blog Rocinante, 23/01/2014

Está claro que o tema da pobreza no mundo é o grande convidado de Davos. Quando se discute a pobreza, hoje em dia, os primeiros a pôr a cabeça do lado de fora são os que lucram com ela: os socialistas de todos os matizes. Dilma se fez presente, tentando convencer os investidores internacionais que há bom clima para eles colocarem por aqui o seu prezado dinheiro. Mais uma performance eleitoreira da presidente, em função do que os petistas e coligados sempre acham essencial: ganhar as próximas eleições. Pouco estão se lixando com os pobres do planeta. Tampouco se preocupam com os ricos e com os critérios que eles empregam para investirem o seu dinheirama. 

Certamente, na América Latina, os países da Aliança do Pacífico, México, Colômbia, Peru e Chile têm mais coisas a oferecer aos investidores, a começar pela segurança jurídica de que não serão mudadas as regras do jogo. Clima muito diferente daquele que oferecem os países da "área bolivariana" das Américas (Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador, Argentina, Nicarágua, Brasil). Se pudessem, todos se juntariam no Mercosul (que de "merco" não tem quase nada, tendo sido banido o mercado, e de "sul" só resta o nome, pois está tentando se confundir com a "Alba" do finado Chávez).

A sorte dos pobres do mundo de hoje será assinalada pelo capitalismo. Falo em "sorte" no sentido de redenção das cadeias da pobreza. Foi assim no século XX e não será diferente no XXI. Claro que quando falo em capitalismo refiro-me à produção capitalista aberta ao livre mercado pensada pelos liberais, desde John Locke até os tempos atuais. Capitalismo não liberal é um contrassenso, que produz riqueza para alguns. O verdadeiro capitalismo produz riquezas para todos, graças à mediação dos mercados e da liberdade de empreendimento.

Como tudo na vida, para resgatar a originalidade do capitalismo liberal, devemos nos remontar até as fontes clássicas do mesmo. As principais: Locke, Adam Smith, Benjamin Constant de Rebecque, Tocqueville, os Patriarcas da Independência americana, os Doutrinários franceses. Esses são os clássicos. No século XX, menciono duas fontes importantes: Raymond Aron e os pensadores econômicos da Escola Austríaca. 

Na tradição luso-brasileira, os clássicos do liberalismo são: Silvestre Pinheiro Ferreira, Paulino Soares de Sousa (visconde de Uruguai), Rui Barbosa, Assis Brasil e Gaspar da Silveira Martins.Seria difícil elaborar uma lista que englobe todos os pensadores liberais destacados do século passado. Mas arrisco o meu palpite: pensadores liberais clássicos no século XX, no meu entender, são: Miguel Reale, Roque Spencer Maciel de Barros, Antônio Paim, Eugênio Gudin, Ubiratan Macedo, José Guilherme Merquior, Meira Penna, Roberto Campos, Og Leme. Sobre o legado deles, a nova geração liberal que leciona nas Universidades e nas instituições de ensino médio, e que desponta nas redes sociais está, certamente, modificando o panorama político brasileiro.

Capitalismo liberal é a solução para o problema da pobreza. Isso desde as mais remotas origens, com John Locke. Acaba de ser publicado na França o breve ensaio dedicado pelo filósofo à problemática mencionada, sob o título de: Que faire des pauvres? [O que fazer com os pobres? - Tradução do inglês de Laurent Bury, apresentação de Serge Milano, Paris: Presses Universitaires de France, 2013, 63 p.]. É a versão do pequeno ensaio lockeano intitulado:On the Poor Law and Working Schools (1697), que constituiu uma memória dirigida ao rei acerca do problema da pobreza no Reino Unido e de como superá-la. Recordemos que Locke ocupava, nesse tempo, o alto cargo de Comissário Real do Comércio e das Colônias e que o seu escrito constituía uma análise muito direta, endereçada ao Rei, acerca de como tirar os pobres da sua situação de penúria.

A fórmula? A questão da pobreza, considerava Locke, deveria ser resolvida pelo sistema produtivo, ou seja, pelas forças econômicas mediante a produção de riquezas, de um lado e, de outro, mediante a prática dos deveres por parte de todos os cidadãos. Locke não duvidava em afirmar, no contexto da sua visão jusnaturalista, o seguinte: "Penso que cada um, em função da vida na qual a Providência o colocou, é obrigado a trabalhar pelo bem de todos, sem o que não tem direito a comer". O filósofo deixava claro, também,  que "Cada um deve ter alimento, bebida, roupas e calefação". De graça não: trabalhando. Locke era um calvinista e acreditava que a solução para os problemas de sobrevivência humana viriam pela via do trabalho. 

Segundo o filósofo inglês, é dever de todos trabalhar. Dos pobres e dos ricos. Estes, mediante os seus empreendimentos, são obrigados a melhor geri-los de forma a oferecerem fontes de trabalho suficientes. Uma vida de nababo não pode ser admitida para os proprietários que acumularam riquezas. Se as acumularam, devem torná-las produtivas oferecendo empregos. 

Convenhamos que essa é a versão capitalista que vingou nos Estados Unidos. Um exemplo entre tantos: o miliardário dono da Microsoft, Bill Gates, que depois de ter se convertido no homem mais rico do mundo, devolve aos americanos e à humanidade em geral, em prestação de serviços humanitários e culturais, o enorme patrimônio que conseguiu amassar graças ao seu gênio e o seu trabalho. Não deixou por fora os seus filhos: deu, a cada um deles, um milhão de dólares para que o façam frutificar. Não lhes cortou as asas da livre iniciativa dando-lhes dinheiro demais. Deu-lhes o necessário para se tornarem empreendedores. Lembra-nos esse caso a parábola evangélica dos talentos.

E que pensava Locke daqueles que se acolhem sem mais à caridade pública, ou seja, às verbas do Estado para sobreviverem (diríamos hoje, à bolsa família)? Educação para o trabalho neles, pregava o pensador liberal! As Working-Schools deveriam preparar esses cidadãos carcomidos pelo assistencialismo, a fim de que, tanto eles quanto os seus descendentes, se integrassem ao mercado de trabalho. E quem financiava e administrava as Working-Schools? Essa era incumbência, pensava Locke, da nobreza fundiária. Esses cidadãos deveriam ser estimulados a se prepararem para o trabalho e a viverem dele, nas vagas oferecidas pela nobreza dona das terras. Somente assim ganhariam de novo a dignidade que o assistencialismo estatal lhes tinha arrebatado.

No foro de Davos, as Nações Unidas apresentarem dados alarmantes acerca da concentração de riquezas no mundo. E o Papa Francisco chamou a atenção para as desigualdades entre os seres humanos e entre as nações, clamando por iniciativas que efetivamente tirassem os pobres da sua penúria. Os jornais noticiam que os grandes capitalistas da China simplesmente levam para fora as suas riquezas, a fim de garantir o bom nível econômico das suas famílias. Capitalismo de Estado (eu prefiro dizer: capitalismo num contexto patrimonialista como o chinês ou o brasileiro) dá nisso: enriquecimento para poucos. 

As lições de Locke e os exemplos bem-sucedidos dos capitalistas americanos abertos à filantropia e à criação de novas formas de riqueza estão aí, para assinalar o caminho que o mundo de hoje pode seguir. Caminho que está iluminado pelo capitalismo liberal.

Facebook vs Princeton: 0 x 0, por enquanto...

Ridicula toda essa história, mas serve para lembrar que algumas pesquisas "acadêmicas" são totalmente inconsistentes em sua metodologia
Paulo Roberto de Almeida 

Redes sociais

Facebook ridiculariza tese que prevê fuga de usuários

Estudo da Universidade de Princeton afirma que rede social perderá 80% do público até 2017. Para analistas da empresa, prognóstico é "sem sentido"

Homens em frente a um logo do Facebook
Homens em frente a um logo do Facebook (Dado Ruvic/Reuters)
O Facebook decidiu fazer piada nesta quinta-feira com um recente estudo da Universidade de Princeton que prevê um futuro negro para a rede social nos próximos quatro anos e respondeu com um relatório improvisado que concluiu na mesma moeda. Segundo a brincadeira da rede social, o prestigiado centro universitário ficará sem estudantes em 2021.
Elaborada por dois estudantes de doutorado e divulgada nesta quarta-feira, a tese de Princeton afirma que o Facebook perderá 80% de seus usuários até 2017 e chamou a atenção na internet. O estudo surpreendeu a empresa, que qualificou o trabalho como "sem sentido".
Nesta quinta, os especialistas em análise de dados do Facebook ridicularizaram a previsão: "intrigados com o prognóstico" sobre sua companhia feito pelos doutorandos, eles elaboraram um relatório sobre a universidade utilizando "a mesma metodologia" dos pesquisadores em seu "modelo epidemiológico modificado para descrever as dinâmicas da atividade do usuário de redes sociais online".
Doenças – O texto dos estudiossos de Princeton estabelece uma analogia entre a curva de adoção, ascensão e queda das redes sociais com as doenças infecciosas, e baseia seus prognósticos em tendências extraídas de "dados públicos de buscas realizadas no Google".
"Extrapolando o modelo que melhor se encaixa com o futuro, sugere-se que o Facebook atravessará um rápido declínio nos próximos anos e perderá um 80% de seu pico de usuários entre 2015 e 2017", conlcluem os pesquisadores John Cannarella e Joshua A. Spechler, do Departamento de Engenharia Mecânica e Aeroespacial da instituição.
Em sua resposta à universidade, a rede social afirmou que Princeton tem menos cliques no botão "curtir" do Facebook do que Harvard e Yale. Também afirmou que diminuiu a quantidade de suas publicações desde o ano 2000 e constatou que o número de buscas sobre Princeton no Google Scholar, que reúne artigos acadêmicos, também caiu.
Usando "o mesmo princípio" do relatório de Princeton, brincam os analistas do Facebook, a rede estabeleceu uma correlação entre as inscrições de estudantes em uma instituição e a quantidade de buscas sobre ela no Google. "Esta tendência sugere que Princeton terá só a metade de suas matrículas atuais em 2018 e, em 2021, não terá alunos", afirmao "relatório" do Facebook.
Ar – Mas a piada foi além. "Enquanto estamos preocupados com a Universidade de Princeton, nós estamos ainda mais preocupados com o destino do planeta. As pesquisas no Google do termo 'ar' também caíram de forma contínua e nossas projeções mostram que para o ano de 2060 não haverá mais ar", provoca o "estudo" do Facebook.
Segundo os autores da brincadeira, eles quiseram "lembrar, de forma divertida, que nem todas as pesquisas são iguais e que alguns métodos de análise levam a conclusões muito equivocadas". Só o futuro dirá quem está certo.  

Momentos decisivos da história do Facebook

1 de 18

A origem: comparar garotas da universidade (2003)


Em outubro de 2003, quatro estudantes (Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Chris Hughes e o brasileiro Eduardo Saverin) da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, desenvolvem uma rede dedicada à quase pueril tarefa de comparar garotas da faculdade, escolhendo as mais atraentes. O Facemash é um sucesso: em quatro horas, atrai 450 visitas e exibe fotos das estudantes 22.000 vezes. A empreitada incentiva Zuckerberg a criar o Thefacebook.com.

(Com agência EFE)

As falsas analogias historicas: 1914 hoje?

Tanto o primeiro ministro japones, quanto porta-voz chines estão completamenre equivocados. Mas falarei disso outro dia.
Paulo Roberto de Almeida 

Abe’s Version of History Doesn’t Sit Well With Chinese



Historians and columnists have made comparisons between Britain and a rising Germany in 1914 and the current tensions between Japan and China; a hot topic at the start of the centenary year of World War I.
Prime Minister Shinzo Abe of Japan, in his appearance Wednesday at the World Economic Forum in Davos, Switzerland, raised the bar when he agreed with the thesis, saying that he saw a “similar situation” between now and then.
During a discussion with journalists, Mr. Abe said that the strong trade relations between Germany and Britain in 1914 were not unlike the economic interdependence today between Japan and China.
In 1914, economic self-interest failed to put a brake on the strategic rivalry that led to the outbreak of war, Mr. Abe said. He criticized the annual double-digit growth in China’s defense budget, calling it a source of instability in the Pacific region, an implicit comparison to Germany’s rapid build-up of arms before World War I.
Senior Chinese officials, who sometimes show up at Davos in a great phalanx, were not present at the conference this year – perhaps because Mr. Abe was a prominent guest.
So the first opportunity for a reply from China came on Thursday at the regular news briefing at the Ministry of Foreign Affairs in Beijing.
The Ministry’s chief spokesman, Qin Gang, was well prepared, having plenty of practice with outrage since Mr. Abe visited the Yasukuni Shrine in December. Japanese war dead are honored at the shrine, including war criminals convicted after World War II.
Mr. Qin began by suggesting that the comparison between Germany and China was unconvincing because Germany was a novice power in 1914, compared to China today.
“Actually, China has long since been a great power in history,” Mr. Qin said. “By the Han and Tang dynasties, China was already a major global power. So there’s no such thing as the so-called problem that China is rising to become a world power.”
Mr. Qin was referring to the golden ages of ancient rulers when technological advances and cultural achievements put China ahead of the world.
From this perspective, China was just regaining lost ground, he said. “Right now, we are committed to the process of the great rejuvenation of the Chinese nation.”
Just as Mr. Abe in Davos said that Japan was committed to peace, so Mr. Qin said China was “resolutely sticking to the path of peaceful development.” But Mr. Abe also added that an “inadvertent” conflict – something that the United States worries could be provoked by a collision of ships in the East China Sea or by planes in the airspace over disputed islands there – would spell disaster.
In the last several months, China has refused to consider overtures by Mr. Abe for a summit meeting with the Chinese leader, Xi Jinping.
Mr. Qin restated that position Thursday. “Japan’s leaders have closed the door on dialogue between the two leaders,” he said.
Then he recited the familiar litany of China’s version of 19th- and 20th-century history, saying of Japan: “Rather than using pre-World War I Anglo-German relations, why don’t you deeply examine your mistakes during the First Sino-Japanese War, the Japanese colonial rule of the Korean Peninsula and the fascist war that Japan launched on victim countries in World War II?

Tangos e tragedias, 4: New York Times


Argentina’s Currency Falls Sharply Against the Dollar, Stirring Inflation Fears

RIO DE JANEIRO — Argentina’s currency, the peso, plunged more than 8 percent on Thursday against the dollar after the country’s central bank tried to stem a decline in international reserves. The sharp decline, with the peso dropping the most since Argentina’s 2002 financial crisis, raises concerns that inflation could accelerate even further.
Since the start of the year, the Argentine peso has weakened 18 percent, ranking it among the world’s worst-performing currencies against the dollar. President Cristina Fernández de Kirchner’s cabinet chief, Jorge Capitanich, insisted on Thursday that the plunge was not a devaluation but the result of the forces of supply and demand.
Still, local news media said the peso closed at 7.75 to the dollar, after weakening earlier on Thursday to about 8.24, with the central bank intervening late in the trading session. Argentina’s international reserves have been tumbling, hitting a seven-year low last week of about $29.5 billion.
Though Mrs. Kirchner has vowed not to devalue the peso, the central bank has let the currency slide gradually in recent months. But there was a change in approach this week, said Gastón Rossi, a former deputy economy minister under Mrs. Kirchner.
“Depreciating in stages was causing the reserves to contract further,” Mr. Rossi said. “The government has said, ‘We’re deliberately not going to sacrifice the reserves anymore.’ ”
With the authorities tightening currency controls in an effort to reduce capital flight, Argentines have resorted to buying dollars illegally, in the black market. The so-called blue dollar rate reached 13 on Thursday, according to the Argentine news media.
With Argentina’s currency weakening, concern is growing that inflation could climb as imported goods become more expensive. The authorities in Argentina say inflation in 2013 was 10.9 percent, while private economists contend that consumer prices actually climbed more than 28 percent last year.
The prospect of abrupt shifts in Argentina’s economy sent tremors into the financial markets of other Latin American countries. In neighboring Brazil, which has the region’s largest economy, the currency weakened more than 1.2 percent to 2.40 reals to the dollar, and the country’s main stock index fell almost 2 percent.
Jonathan Gilbert contributed reporting from Buenos Aires.