Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Procurando o proximo salvador da patria? - Luiz Felipe D'Avila
Pequena aula de economia para governantes impermeaveis - Raul Velloso
Custos da guinada populista
- Autor: Raul Velloso
- em Veja Artigos, Economia de Mercado, Eficiência
- 11/02/2014
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SOBRE RAUL VELLOSO
Perguntas ao governo que permanecerao sem resposta - Jose Roberto Guzzo
“Outras perguntas”, por J.R. Guzzo
- Autor: J.R. Guzzo
- em Artigos, Destaque, Eficiência, Transparência
- 11/02/2014
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Encaminhamos à apreciação das autoridades federais, novamente, algumas perguntas sobre questões de possível interesse para o leitor. Como costuma acontecer, não virá nenhuma resposta, mas é dever desta revista fazer o que pode, mesmo sabendo que o governo não reconhece a existência no Brasil de cidadãos capazes de ter dúvidas — brasileiros que terminaram o ensino básico, pensam com a própria cabeça e podem, eventualmente, não entender direito que diabo está acontecendo com seu país.
Por que o governo continua a olhar sem fazer nada, como se o fato estivesse acontecendo na Transilvânia, o estelionato praticado sistematicamente contra o trabalhador brasileiro pelas altas autoridades que decidem qual é o saldo que ele tem, ao fim de cada mês, no Fundo de Garantia? Ao longo dos últimos quinze anos, cerca de 20% do dinheiro que os trabalhadores têm no FGTS sumiu, mastigado por cálculos de reajuste que sempre ficam abaixo da inflação. O Partido dos Trabalhadores, a esse respeito, já teve onze anos inteiros para fazer alguma coisa a favor dos trabalhadores. Não fez. Por quê?
Os jornalistas Gustavo Patu e Mario Kanno, do blog “Dinheiro Público & Cia”, tiveram a paciência de ler do começo ao fim a ata que o Banco Central soltou depois de sua última reunião, no fim de janeiro. Chegaram a uma conclusão assombrosa: os dirigentes do BC precisaram escrever nada menos de 74 parágrafos para explicar por que subiram a taxa de juro em 0,5 ponto percentual. Embora o idioma oficial do Brasil seja o português, a maior parte do texto era ocupada por frases como a seguinte: “O Copom entende ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso”. Ou: “Não obstante a concessão neste ano de reajuste para o salário mínimo não tão expressivo quanto em anos anteriores, bem como a ocorrência nos últimos trimestres de variações de salários mais condizentes com as estimativas de ganhos de produtividade do trabalho, o Comitê avalia que a dinâmica salarial permanece originando pressões inflacionárias de custos”. Se era para ninguém entender nada, por que escrever tanto?
Haveria alguma explicação lógica para a presidente da República anunciar a “construção de 6 000″ creches e, ao fim do prazo fixado para isso, entregar só 1 000? Ou, pior ainda, por que Dilma prometeu um ano atrás construir “mais de 880 aeroportos regionais”, como lembrou há pouco o colunista Lauro Jardim, de “Veja”, e conseguiu a proeza de não entregar nenhum — um só que fosse? Como se pode explicar, mesmo para uma classe do 1º ginasial, que um governo com um mínimo de amor-próprio cometa erros tão grosseiros assim? Dilma também prometeu ferrovias que não vai entregar, e águas que não vai transpor, nem do São Francisco nem de lugar nenhum. “Falta de dinheiro” é a resposta comum em todos esses casos. Mas então por que, se o dinheiro está tão escasso, o governo paga 54 000 reais por mês de aluguel para dar um teto ao seu diplomata-mor em Nova York?
O Brasil, como já se estima há bom tempo, deve ter uma safra recorde de 90 milhões de toneladas de soja em 2014. Também já se sabe que mais de 20% desse total será simplesmente jogado no lixo, porque os portos brasileiros não têm condições de escoar uma produção de tamanho volume. Por que, sabendo perfeitamente disso tudo, o governo aplicou miseráveis 15 milhões de dólares em seus portos em todo o ano de 2013 — contra, por exemplo, 1,4 bilhão de reais gastos para construir o Estádio Mané Garrincha, em Brasília? Pior: por que Dilma deu de presente a Cuba um porto novo em folha, no valor de 1 bilhão de dólares, enquanto nossa soja ficará apodrecendo no pé?
Sabe-se que o bacharel José Eduardo Cardozo é ministro da Justiça, mas de que país? Recentemente, comentando os horrores sem paralelo ocorridos na penitenciária de Pedrinhas, no Maranhão, ele disse o seguinte: “O sistema carcerário no Brasil é medieval”. E quem é o responsável por isso? O governo brasileiro, claro, e especialmente a área dirigida por ele próprio, Cardozo. Não dá para dizer que a calamidade — o Brasil tem no momento 550 000 presos para 350 000 vagas na cadeia — seja obra das elites de direita: o PT já está há onze anos no governo, e isso é tempo mais do que suficiente para melhorar alguma coisa, por menor que seja, em qualquer situação de catástrofe. De lá para cá, o ministro não mexeu um palito para eliminar o inferno de Pedrinhas; fez questão, porém, de levar a “solidariedade” do Palácio do Planalto à governadora Roseana Sarney, a quem cabe cuidar do presídio. Por quê?
Fonte: Veja
Niall Ferguson e os seis fatores que explicaram a ascendencia ocidental (agora em declinio)
TALKS
Niall Ferguson: The 6 killer apps of prosperity
Notas para sua exposição oral, neste link:
http://www.themindseye.ca/kyotsu/killerapps-notes.pdf
Carreira diplomatica: Portaria abre o concurso de 2014: 18 vagas apenas
PORTARIA N° 77, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014
O MINISTRO DE ESTADO, INTERINO, DAS RELAÇÕES EXTERIORES, no uso de suas atribuições, de acordo com o estabelecido no Decreto nº 6.944, de 21 de agosto de 2009 e tendo em vista o disposto nos artigos 1º e 5º do Regulamento do Instituto Rio Branco, aprovado pela Portaria de 20 de novembro de 1998, publicada no Diário Oficial da União de 25 de novembro de 1998, resolve:
Art. 1º. Ficam estabelecidas as normas que se seguem para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de 2014.
Art. 2º. O Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de 2014 constará, na Primeira Fase, de prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, constituída de questões de Português, de História do Brasil, de História Mundial, de Geografia, de Política Internacional, de Inglês, de Noções de Economia e de Noções de Direito e Direito Internacional Público.
Parágrafo Único. Será estabelecida reserva de vagas na Primeira Fase para candidatos afrodescendentes.
Art. 3º. A Segunda Fase constará de prova discursiva eliminatória e classificatória de Português.
Parágrafo Único. Será estabelecida nota mínima para a prova de Português.
Art. 4º. A Terceira Fase constará de provas discursivas de: a) História do Brasil; b) Geografia e Política Internacional; c) Língua Inglesa; d) Noções de Economia; e) Noções de Direito e Direito Internacional Público; f) Língua Espanhola e Língua Francesa.
Parágrafo 1º. As seis provas da Terceira Fase terão peso equivalente.
Parágrafo 2º. Será estabelecida nota mínima para o conjunto das provas da Terceira Fase.
Art. 5º. Serão oferecidas, no Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de 2014, 18 (dezoito) vagas para a classe inicial da Carreira de Diplomata.
Art. 6º. O Diretor-Geral do Instituto Rio Branco fará publicar o Edital do Concurso.
Art. 7º. O prazo de realização da primeira prova, com relação à data de publicação do Edital do Concurso, será reduzido para 48 (quarenta e oito) dias, nos termos do Art. 18, §2º. do Decreto nº 6.944, de 21 de agosto de 2009.
EDUARDO DOS SANTOS
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=14%2F02%2F2014&jornal=1&pagina=39&totalArquivos=176
Uniao Europeia preocupada com o seu futuro (havera futuro para a UE?) - documentos de discussao
Descobri um exercício do qual sei existirem exemplos anteriores: a Estratégia de Lisboa, por exemplo, que elaborada em 2000, previa para a Europa, em 2010, apresentar-se como a mais avançada sociedade do conhecimento do mundo, o que, sabemos, revelou-se completamente errado.
Mas, enfim, sempre se deve continuar tentando...
Minha impressão é a de que os europeus ainda não decaíram o suficiente, que ainda falta muito desastre e retrocesso para que eles se convençam, finalmente, que o seu modelo social não se sustenta sem um alto crescimento da produtividade, e que as atitudes auto-satisfatórias que eles assumem são uma cortina de fumaça sobre os problemas reais.
Por isso não hesito em prever um pouco mais de decadência.
Mas, vamos ao exercício intelectual, neste link:
http://europa.eu/espas/pdf/espas_report_ii_01_en.pdf
Paulo Roberto de Almeida
- The empowerment of the individual, which may contribute to a growing sense of belonging to a single human community;
- Greater stress on sustainable development against a backdrop of greater resource scarcity and persistent poverty, compounded by the consequences of climate change;
- The emergence of a more polycentric world, which could also be characterised by a shift of power away from states;
- Growing governance gaps as the mechanisms for inter-state relations may fail to respond adequately to global public demands.