O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

"Memorial Organico (Uma proposta para o Brasil em meados do seculo XIX)" - Francisco Varnhagen (novo livro Funag)

FUNAG reeditou Memorial Orgânico (Uma proposta para o Brasil em meados do século XIX)

FUNAG reeditou "Memorial Orgânico (uma proposta para o Brasil em meados do século XIX)", de Francisco Adolfo de Varnhagen, com ensaios introdutórios de Arno Wehling. A obra constitui uma reflexão sobre os desafios que o Império enfrentava e impressiona por sua atualidade. Trata-se da expressão mais eloquente do pensamento  geopolítico e estratégico do autor.

O livro já está disponível para download gratuito na Biblioteca Digital da FUNAG.

Historia Economica em Debate - UniCamp, 10/11/2016


Roberto Campos: o profeta ainda nao vindicado - Marcos Troyjo (FSP)

Roberto Campos assume, na história econômica do Brasil, um papel similar ao que Raymond Aron teve na história política da França: a de um profeta que, tendo razão muito antes do seu tempo, ficou clamando anos contra os equívocos clamorosos de seus contemporâneos, sem conseguir corrigir os erros que continuavam sendo cometidos pelos responsáveis econômicos e políticos de suas respectivas épocas.
Incrível como os true believers permanecem impérvios às evidências mais gritantes de que políticas e ideias anacrônicas continuam sendo aplicadas contra os alertas feitos por esses clarividentes intelectuais.
Paulo Roberto de Almeida

'Roberto Campos e a armadilha da renda média'
MARCOS TROYJO
Folha de S. Paulo, Quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Economista, diplomata e cientista social, dirige o BRICLab da Universidade Columbia em NY, onde é professor-adjunto de relações internacionais e políticas públicas. Escreve às quartas.
Expoente liberal não previu Estado-capitalismo da era petista

O último dia 9 marcou os 15 anos da morte de um grande pensador brasileiro, o embaixador Roberto Campos. Para quem quiser saber se o Brasil está avançando —na riqueza dos cidadãos e das ideias— vale a pena não apenas revisitar sua grande produção ensaística, mas também os vídeos de suas deliciosas entrevistas.

As idas de Roberto Campos ao programa "Roda Viva" são particularmente importantes. A natureza dos debates registrados nos anos 1990 dá a incômoda impressão de que o tempo não passou. Quaisquer das ideias do grande liberal caberiam no debate do Brasil de hoje. Se isso oferece a dimensão de como a visão de mundo de Roberto Campos estendia-se ao futuro, mostra também como o Brasil ainda se prende aos debates privatização/estatização, liberalização/protecionismo.

Evelson de Freitas-14.fev.00/Folhapress
Sao Paulo - 14.02.00 - foto: Evelson de Freitas/Folha Imagem//O diplomata, economista e membro da ABL Roberto Campos durante a palestra "Cadê o neoliberalismo?", do ciclo "Com Todas as Letras", no auditório da Folha. ***FOTO DE USO EXCLUSIVO FOLHAPRESS***
O diplomata e economista Roberto Campos durante palestra em fevereiro de 2000
Das palavras de Roberto Campos, depreende-se também que ele não conseguiu realizar um sonho —o de ver, ao final da vida, um Brasil liberto de ideias insularizantes. E tornar-se, assim, um país de elevada renda per capita. Para isso, Campos sabia do imperativo de conjugar liberdade, instituições e estratégia.

A necessidade de se postar a liberdade a serviço de um projeto estratégico, convida, de fato, ao repensar de um conceito que continua bastante atual: a chamada "armadilha da renda média". Trata-se do "ponto de inflexão" na trajetória de desenvolvimento dos países, tal como formulou Arthur Lewis, vencedor do Prêmio Nobel em Economia, em 1979.

Ferramenta utilizada para analisar a estagnação da economia brasileira a partir dos anos 1980, a noção de "armadilha" hoje vem sendo empregada para examinar o futuro das economias de renda média da Ásia que experimentaram elevado crescimento do final da década de 1970 até hoje. Mais do que tudo, examinar hoje a "armadilha" traz à tona os verdadeiros elementos que permitem crescimento elevado —e sustentado— ao longo do tempo.

Os pressupostos dessa maneira de analisar o problema são os seguintes: é mais fácil —e rápido— para uma nação deixar um nível de renda baixa para o de renda média do que sair da renda média e ingressar no clube de países de renda elevada. O percurso da renda baixa à média se faz por "imitação" (adaptação criativa); o da média à alta por "inovação" (destruição criativa). Países de crescimento rápido são aqueles cuja economia expande-se a níveis superiores a 3,5% ao ano em ciclos de no mínimo 7 anos.

No limite, países de renda média têm dificuldade de competir com nações de renda mais baixa em produtos de menor valor agregado. Sofrem também com a competição dos mais ricos em bens e serviços mais sofisticados. Em suma, a "armadilha" implica que aqueles nela enredados padecem das limitações do crescimento elevado e rápido, sem, no entanto, haver atingido o grau de especialização da produção e a qualidade de vida das nações mais desenvolvidas.

O Brasil tem como romper as amarras da armadilha da renda média? Não é fácil, pois, como bem aponta o professor Barry Eichengreen, da Universidade da Califórnia-Berkeley, a desaceleração do crescimento é sinônimo de desaceleração da produtividade total dos fatores (PTF). Este é um parâmetro esclarecedor. Reforça a noção de que os períodos de elevado crescimento da economia brasileira associam-se (1) à vigorosa demanda global por commodities em que o Brasil apresenta vantagens comparativas ou (2) a períodos de proteção do mercado via substituição de importações, forte papel do Estado na composição da demanda e consumo interno voraz.

O primeiro parâmetro nos atrela à expansão da infraestrutura e a uma aquecida demanda por bens agrícolas de países como a China ou a Índia. O segundo aposta numa veloz —e duradoura— construção de capacidades locais, de modo a compensar pela ineficiência e pelos altos custos dos estágios iniciais das políticas de favorecimento de conteúdo local. Além, é claro, de instigar crescentemente a disposição a consumir do cidadão brasileiro. Este segundo parâmetro foi aposta recente das administrações Lula-Dilma, com desastrosas consequências.

Que bom seria utilizar nossas credenciais agrícolas e minerais como base para incrementar os vetores (educação, ciência, tecnologia, inovação) que, de fato, empurram para cima a produtividade total dos fatores. São eles que permitem a um país escapar da armadilha da renda média. Para esse fim, o Estado tem de estar liberado de tarefas pseudorregulatórias para realmente dedicar-se ao fortalecimento dos elementos-chave do desenvolvimento.

Na entrevista ao "Roda Viva" em maio de 1997, Roberto Campos dizia "venho defendendo, há muitos anos, ideias liberais, abertura econômica, internacionalização da economia, o Brasil está marchando nesse sentido. Está longe de ser um país liberal, não somos vítimas do liberalismo, nem sequer somos ameaçados pelo neoliberalismo".

Campos não previu a ascensão do Estado-capitalismo no Brasil de 2003 a 2016. Esta é uma das razões pelas quais seu sonho de um Brasil próspero continua irrealizado.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcostroyjo/2016/10/1824021-roberto-campos-e-a-armadilha-da-renda-media.shtml

POR QUE A ESQUERDA ENVEREDOU PELO CRIME: UMA ANÁLISE


por Augusto de Franco - ex-dirigente do PT. Artigo publicado em 

 

O que está acontecendo com o PT não é um fenômeno isolado. Aconteceu com vários grupos da esquerda autocrática depois da queda do muro de Berlim. Sobretudo na América Latina, em que muitos dirigentes de organizações ditas revolucionárias enveredaram para o crime.

Conheci vários desses militantes que viraram bandidos. Daniel Ortega, da Frente Sandinista, hoje presidente da Nicarágua, foi um deles. Me lembro como se fosse hoje. Ele foi convidado de honra no I Congresso do PT (que coordenei), no final de 1991. Chegando lá, no Hotel Pampa, em São Bernardo, Daniel pediu logo ao tesoureiro do PT à época, se não podia arranjar umas prostitutas. Esse Daniel e seu irmão Humberto, eram teleguiados de Fidel, que lhes passava pitos, aos berros. Reuniões decisivas para o futuro da chamada revolução sandinista foram realizadas em Havana, sob o comando de Fidel. E enquanto as bases Petistas da Igreja idolatravam por aqui os sandinistas como expoentes de uma nova espiritualidade dos pobres, esses bandidos assaltavam patrimônio público (inclusive passavam para seus nomes propriedades imóveis) do Estado nicaraguense.

O mesmo ocorreu com gente da Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional de El Salvador, que também está no governo. Aconteceu com o Mir (e com o Mir Militar) chileno, com alguns Tupamaros, com as FARC colombianas e, é claro, com a nova leva de bolivarianos, que não tinham tanta tradição de esquerda, como Chávez, Maduro e Cabello (mas aí já estamos falando de delinquentes da pior espécie, que inclusive chefiam o narcotráfico na região) e como Rafael Correa e Evo Morales. Bem, para resumir, aconteceu com boa parte das organizações e pessoas que frequentam as reuniões do Foro de São Paulo (fundado, não por acaso, um ano depois da queda do muro - e eu estava presente na reunião de fundação, no Hotel Danúbio).

Não dando certo a revolução pela insurreição, pelo foquismo ou pela guerra popular prolongada, essa galera chegou à conclusão de que seria preciso fazer a revolução pela corrupção. Bastaria adotar a via eleitoral contra a democracia e depois assaltar o Estado para financiar um esquema de poder de longo prazo. O plano era simples: conquistar hegemonia sobre a sociedade a partir do Estado aparelhado pelo partido. O objetivo era claro: chegar ao governo pela via eleitoral, tomar o poder e nunca mais sair do governo. Para isso, entretanto, era necessário, além do tradicional caixa 2, fazer um caixa 3, encarregado de custear ações legais e ilegais, ostensivas e clandestinas, para controlar as instituições, comprar aliados, remover ou neutralizar obstáculos...

Afinal, pensaram eles: as elites não fizeram sempre assim? Para jogar o jogo duro do poder não se pode ter escrúpulos. Foi essa a conclusão de Lula, Dirceu e dos dirigentes Petistas que tomaram o mesmo caminho. É claro que, como ninguém é de ferro e como não se pode amarrar a boca do boi que debulha, alguma compensação em vida esses bravos revolucionários mereciam ter. E foi assim que enriqueceram, abriram contas secretas no exterior para guardar os frutos dos seus crimes, adquiriram bens móveis e imóveis em nome próprio ou de terceiros e foram levando a vida numa boa enquanto o paraíso comunista não chegava.

O ano de 1989 foi decisivo para essa degeneração política e moral da esquerda. Mas o que aconteceu não foi um resultado do somatório de desvios individuais. Não! Eles viram que seria muito difícil conquistar o mundo e assumir o comando de seus próprios países, contrapondo um bloco a outro bloco. O bloco dito comunista se desfez. A União Soviética derreteu em 1991. Ruiu tudo. E agora? Bem, agora - pensaram eles - seria necessário ter uma nova estratégia. E eis que surgiu uma ideologia pervertida, baseada numa fusão escrota de maquiavelismo (realpolitik exacerbada) com Gramscismo. Eles, como operadores políticos, conduziriam a realpolitik sem o menor pudor, enquanto que pediriam ajuda aos universitários para dar tratos à bola do Gramscismo (e reproduzir mais militantes nas madrassas em que se transformaram as universidades).

No Brasil, porém, parece que erraram no timing. Precisariam de mais uns três ou quatro anos para ter tudo dominado, dos tribunais superiores, passando pelo Congresso, pelo movimento sindical e pelos fundos de pensão, pelos (falsos) movimentos sociais que atuam como correias de transmissão do partido, pela academia colonizada, pelas ONGs que se transformaram em organizações neo-governamentais, por uma blogosfera suja financiada com dinheiro de estatais e por grandes empresas (com destaque para as empreiteiras, atraídas pela promessa de lucros incessantes quase eternos se estivessem aliadas a um sólido projeto de poder de longo prazo).

Não deu tempo. O plano foi descoberto antes que as instituições fossem completamente degeneradas. E chegamos então a este agosto de 2015, ano em que alguns desses dirigentes vão começar a assistir, de seus camarotes na prisão, o desmoronamento do esquema maléfico que urdiram.

NOTA: Me afastei do PT no final de 1993. Portanto, há mais de 20 anos. Até aquela época não era muito visível a estratégia da "revolução pela corrupção" que descrevi acima, nem mesmo para vários dirigentes nacionais do PT que, como eu, não pertenciam à corrente majoritária de Lula e Dirceu. Mas desde aquela época não acredito mais em partidos.

Augusto de Franco

 

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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Vencedores do Concurso 3ro Forum da Liberdade

Conheça os vencedores do concurso cultural Você no 3º Fórum da Liberdade

Por Instituto Liberal
19 de outubro de 2016
INSTITUTO LIBERAL © 2015 | Rua Álvaro Alvim, 37 - Sala 518 - Cinelândia - Centro | Rio de Janeiro, RJ CEP 20031-010 | Brasil | Contato: +55 21-2539-1115

O Instituto Liberal tem o prazer de anunciar os vencedores do concurso cultural Você no 3º Fórum da Liberdade.
Para participar foi preciso curtir nossa página no Facebook, o post da promoção, marcar um amigo nos comentários (do post no Facebook) e responder a seguinte pergunta:
Para você, o que é fundamental para se construir uma sociedade aberta e livre?
Lembrando que o 3º Fórum da Liberdade ocorrerá no dia 22 de Outubro de 2016 das 08:00 às 16:30hs no Transamérica Expo Center que fica na Av. Dr. Mario Vilas Bôas
Apresentamos abaixo o nome e resposta dos ganhadores:

Primeiro Colocado(a): Gusttavo Lima
Resposta:
O professor e diplomata brasileiro Paulo Roberto de Almeida em um artigo onde tenta descrever quem são os liberais afirma que: “os liberais verdadeiros não possuem respostas definitivas para todos os problemas de organização social ou dilemas humanos[…] O liberalismo é antes de mais nada uma construção social em constante estado de aperfeiçoamento doutrinal. ”. Utilizo-me dessa pequena definição do ilustre professor para iniciar minha dissertação onde tento explicar meu ponto de vista sobre o que é fundamental para se construir uma sociedade aberta e livre.
Primeiro ponto que vejo como essencial é sem dúvidas o aprofundamento da difusão das ideias de liberdade entre todos. É praticamente impossível se construir uma sociedade livre sem que os cidadãos dessa sociedade saibam o real significado dessas ideias. É importante ressaltar que as ideias de liberdade derivam de grandes pensadores e pensadoras que sofreram em um mundo onde elas pouco importavam e lutaram para que elas fossem aceitas e viessem a mudar o curso da humanidade. O conhecimento a respeito dessas ideias deve ser a base de uma sociedade que pretende ser aberta e livre e é dever de cada um que realmente acredita nessas ideias propaga-las ao máximo para que daí se construa, dentro da sociedade, uma cultura que ressalte a grande importância dos ideais de liberdade.
Um conhecido economista austríaco já dizia que “ Ideias e somente ideias podem iluminar a escuridão”. Um segundo ponto, que de certa forma vem para consolidar o primeiro, é a forma como essas ideias devem ser trabalhadas para que elas sejam efetivamente aceitas e possam de fato imperar na nossa sociedade. No passado, muitos que realmente acreditavam nessas ideias achavam que pelo simples fato delas serem boas iriam inevitavelmente ser aplicadas em todas as sociedades. A história nos mostrou o contrário, os obstáculos postos para a aceitação só cresceram e hoje há a necessidade de uma retomada aos entendimentos mais básicos sobre o que significa de fato liberdade e liberalismo. Nesse ponto, já é possível notar um avanço com o aparecimento de novas correntes que defendem as ideias de liberdade e com o fortalecimento dos movimentos que já são antigos e fazem um excelente trabalho na transmissão de informação ao público em geral.
O que temos que ter em mente é uma sociedade livre e aberta só se constrói com cidadãos que possuam apreço pela liberdade e pela tolerância. Essa sociedade só se consolida se houver espaço para o debate de ideias contrárias e onde as diferenças sejam respeitadas. O liberalismo nada mais é do que o conjunto de valores que surgiu justamente para defender tais premissas. Os indivíduos com suas peculiaridades constroem a sociedade em que vivemos e o respeito a esses indivíduos é o ponto que deve ser a o fio condutor da sociedade que almejamos.

Segundo Colocado(a): Gabriel Vaz
Resposta:
Uma sociedade sem dominação e potestades desalojadas.
É difícil admitir o quanto é natural do homem em querer dominar outro homem. O medo é o principal fator para dominação. Há uma diversidade de poderes especiais em cada raça que subjuga. A negação da existência da superioridade humana facilita absurdamente a vantagem de controle de uns para com os outros. Como lidar, numa sociedade livre, com os desinformados, os desfavorecidos, os de crenças enganosas, ou com aqueles que são realmente preguiçosos, sem visão futura, medrosos e conformistas, e etc… sem escravizá-los?”
Em tempos de monarquia, não se imaginava uma sociedade livre de um rei e não ser ela anárquica. Hoje não é diferente. É difícil para a maioria das mentes medianas conceber a ideia de uma sociedade livre da Entidade Estado, sem o controle anárquico. A vida é regida por princípios de liderança. Sempre vão existir pessoas mais experientes, mais competentes e capacitadas que outras nas diversas áreas da sociedade. Elas exercerão influência e liderança. Por isso, na pratica não é possível existir uma completa anarquia. 
Em tempos de monarquia as pessoas queriam o de sempre, a saber, a liberdade. Elas queriam o direito de possuir, de dar e receber. Mas constantemente eram roubadas por saqueadores sedentos, que nutriam a ideia de serem superiores. Então parecia óbvio entregar partes do direito de possuir, para que tivessem a proteção do rei, e ficar com o que sobrava da liberdade. Melhor que nada e, porquanto, uma regra injusta.
A sociedade moderna descentralizou a monarquia, mas não as antigas regras. Hoje são mais pessoas no poder. Escolhidas por um processo eletivo que fixa a desejar. A grande questão é que são as mesmas pessoas, as quais continuam usurpando dos direitos de alguns para que outros usufruam! 
Não se constrói uma sociedade justa usurpando os direitos de um indivíduo possuir para que outrem possua. Uma sociedade livre e aberta seria aquela que todos usufruíssem de um produto ou serviço que elas trabalharam para ter, ou no máximo recebeste por real doação, desde que não por “rachide”*, como se assemelha a tal distribuição dos recursos públicos. É totalmente possível e viável esse conceito ser aplicado aos produtos e serviços públicos, desde estradas, escolas, hospitais e etc. As despesas da sociedade podem ser divididas de acordo com o uso delas. 
Mas o que seria fundamental para alcançar essa sociedade livre, aberta e justa?
O sonho de todos está em consumir sem o ônus de produzir. Essa sempre será uma das principais razões de um governo não querer se auto-minimizar. Por causa desse sonho louco é que a inveja comunista se fortalece. Qualquer ser racional sabe que não é sustentável o consumir sem o produzir. E porque de tanta insistência? Porque não é uma questão de razão. Quem nunca argumentou em vão com um socialista? O fato é que pouco pode ser feito com o uso de argumentações racionais (até mesmo essa minha). 
Penso que para resolver esse dilema, o sonho louco precisa ser mantido, e não mais combatido. Acredito que soluções tecnológicas podem fornecer uma produção abundante de produtos e serviços a custos altamente acessíveis. 
Não precisamos de pessoas boas no poder, mas de gerenciamento inteligente capaz de minimizar a necessidade do governo humano. Para tanto, são necessárias tecnologias atuais de informação, produção e distribuição. Alguém precisou trabalhar muito – produzir – para que mais pessoas hoje pudesse trabalhar menos. Esse é o “fator tecnologia”. Já foi mais do que demonstrado o poder da tecnologia em solucionar os dramas da vida. Nós sabemos que não existe problemas tecnológicos, mas apenas políticos! Não precisamos de mais um político, mas de empreendedores valentes para confrontar o império das trevas chamado Estado.
São esses empreendedores que trarão ao mundo uma nova mentalidade de abundância. Eles mostrarão o acesso às fontes infinitas de energia e às transações financeiras livres de intermediadores burocratas. Com a aplicação de tecnologias nessas áreas o governo perderá o sentido de ser!  

Terceiro Colocado(a): Vanessa dos Santos Rodrigues
Resposta:
O fundamental para termos uma sociedade aberta e livre? Nós, liberais, sabemos o que é necessário para alcançarmos esse objetivo, que é o respeito à vida, liberdade e propriedade. Os três conceitos parecem (e são!) muito simples, mas, como a visão oposta ao que defendemos, aquela que preza pela manutenção de um estado (com “e” minúsculo porque não é Deus) grande e que interfere tanto na vida privada quanto na esfera econômica dos brasileiros foi hegemônica por tanto tempo, esses conceitos básicos dos princípios liberais foram constantemente esquecidos ou mesmo ignorados.
As consequências disso são notórias no país: desemprego, inflação e gravíssima crise econômica.
Entretanto, nos últimos anos, as ideias liberais voltaram ao debate público. Vimos o surgimento de think thanks, institutos, grupos de estudos e eventos em todo o país, de norte a sul, para fomentar o debate das ideias liberais, principalmente no que tange à escola austríaca de economia. Conseguimos adentrar até na universidade, com disciplinas de escola austríaca, pós graduação e inclusive defesas de monografias com direcionamento liberal em cursos de humanas. Em pouquíssimos anos, nossas ideias saíram praticamente do total ostracismo para chegarmos ao nível de hoje. Tudo bem, ainda estamos um pouco longe de mudar o país e a esquerda continua sendo muito forte, mas, acredito que estamos no caminho certo e, no mínimo, já estamos incomodando (e muito!).
Ainda não somos uma sociedade totalmente aberta e livre, mas, realmente acredito que estamos no caminho certo, afinal, como diz o grande Ludwig Von Mises, “ideias, somente ideias, podem iluminar a escuridão”. Estamos, mesmo que aos poucos, conseguindo iluminar o país!

O Instituto Liberal é uma instituição sem fins lucrativos voltada para a pesquisa, produção e divulgação de idéias, teorias e conceitos que revelam as vantagens de uma sociedade organizada com base em uma ordem liberal. 
https://www.institutoliberal.org.br/blog/conheca-os-vencedores-do-concurso-cultural-voce-no-3o-forum-da-liberdade/

Avaliacao da producao brasileira em relacoes internacionais: de 1999 a hoje: quem vai fazer? - Paulo Roberto de Almeida

Os excertos abaixo são de minha primeira avaliação institucional da área de relações internacionais no quadro das ciências sociais brasileiras, constantes de meu trabalho citado em postagem anterior. Na ocasião, eu fazia a seguinte nota preliminar:
" Para maiores desenvolvimentos sobre as questões tratadas neste ensaio remeto a meus livros Relações internacionais e política externa do Brasil: dos descobrimentos à globalização, Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1998 e O estudo das relações internacionais do Brasil, São Paulo: Editora da Universidade São Marcos, 1999."
Depois disso, produzi muitas outras avaliações, incontáveis resenhas e outros ensaios de historiografia ou de ciência política.
A questão agora é: quem vai produzir um novo balanço para figurar em algum compêndio da ANPOCS?
Eu mesmo poderia fazê-lo, mas tenho pouco tempo disponível, pois a burocracia absorve, mata, estiola, ocupa e desvia, além do que tenho vários outros projetos no pipeline pessoal e no programa de trabalho institucional como Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, IPRI-Funag. Mas vou tentar acompanhar os bravos que empreenderem esse tipo de trabalho.
Paulo Roberto de Almeida 


A produção brasileira em relações internacionais (1970-1999):
tendências e perspectivas
  

Paulo Roberto de Almeida

Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas, diplomata de carreira.

Trabalho preparado para a ANPOCS no quadro do projeto:
“As Ciências Sociais no Brasil: Tendências e Perspectivas (1970-1995)”
Suporte: CAPES; Apoio: FAPESP
In: Sérgio Miceli (org.). O Que ler na ciência social brasileira (1970-1995), v. 3: Ciência Política (São Paulo: Editora Sumaré: ANPOCS; Brasília, DF: CAPES 1999, pp. 191-255);
disponível em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/5782964/010_Rela%C3%A7%C3%B5es_internacionais_1999_).

Sumário:
1.     Introdução: peculiaridades do campo relações internacionais no Brasil
2.     Elaboração crescente, reflexão difusa: produção e grandes eixos analíticos
2.1. A “acumulação primitiva” da disciplina na academia
2.2. A explosão dos anos 80 e a “abertura” diplomática                                                                
3.     Orientações disciplinares, escolhas teórico-metodológicas                                                          
3.1. Sistema e estrutura como paradigmas de análise                                                                     
3.2. A história como experiência única de inserção internacional                                                 
4.     Autores e obras: balanço seletivo                                                                                                
4.1. Dos “founding fathers” aos pesquisadores profissionais                                                           
4.2. As revistas e os foros brasileiros de relações internacionais                                                     
5.     O Brasil e o mundo: tendências analíticas                                                                                    
6.     Conclusões: perspectivas das relações internacionais no Brasil                                                  
Bibliografia seletiva

1. Introdução: peculiaridades do campo relações internacionais no Brasil
As relações internacionais enquanto disciplina acadêmica no Brasil apresentam, a despeito do notável desenvolvimento no período coberto por este ensaio, um caráter ainda relativamente embrionário, ao mesmo tempo em que a produção, apesar de crescente, está simultaneamente dominada e dividida em pesquisas e estudos históricos, de um lado, e em ensaios de politologia e trabalhos diversos nos campos da economia, do direito e da sociologia, de outro. O caráter de “nebulosa analítica” desse universo em expansão deve-se, em parte, a essa ambigüidade disciplinar, mas também à fraca institucionalidade organizacional que caracteriza o campo, seja pelo número ainda reduzido de cursos e programas oferecidos na área, seja pela ausência de entidade nacional associativa, exclusiva e especializada.
O que se pode constatar de positivo, entretanto, é um progresso significativo no volume e na qualidade intrínseca da produção acadêmica acumulada ao longo do tempo, a maior abertura demonstrada desde então pela instituição central na interação Governo-sociedade em matéria de política externa e de relações internacionais — o Itamaraty — e um desenvolvimento institucional moderadamente satisfatório em termos de cursos específicos e de programas de pesquisas oferecidos pelas instituições de ensino e pelos centros de estudo existentes nessa área. Se a coordenação institucional e a cooperação interdisciplinar entre pesquisadores nem sempre são realizadas pelos canais formais de entidades associativas, a exemplo das existentes em outros países, deve-se reconhecer, pelo menos, que as perspectivas de estudo e pesquisa permanecem saudavelmente multidisciplinares, notadamente nos grandes centros de produção especializada em relações internacionais (essencialmente Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Porto Alegre).
Apenas a partir dos anos 1980, a disciplina adquiriu no Brasil um estatuto próprio — ainda que embrionário — diferenciando-se paulatinamente, mas não totalmente, da ciência política e da história. Com efeito, ela continua a colaborar — e de fato a trabalhar intimamente — com a história na delimitação de um campo de conhecimento mais voltado para o estudo da política externa e das relações exteriores do Brasil. Ela também passou, por outro lado, a trabalhar com a ciência política e outras disciplinas na discussão teórica ou empírica de questões econômicas, políticas e estratégicas das relações internacionais contemporâneas.
 (..)
Observe-se, por outro lado, a implementação efetiva da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), criada em 1971 mas que tinha permanecido pouco operacional naquela década: através do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), ela veio impulsionou a realização de seminários, de estudos especializados por especialistas independentes (do CPDOC/FGV e do IUPERJ sobretudo) e a publicação de trabalhos internos e externos à Casa de Rio Branco, vários destes derivados do Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco. Merecem destaque as duas excelentes sínteses de diplomacia econômica por Souto Maior e Lindeberg Sette (ambas de 1994), a coletânea dirigida por Pereira de Araújo (1989) e as duas organizadas por Fonseca-Carneiro Leão (1989) e Fonseca-Nabuco (1994), recolhendo contribuições de profissionais envolvidos na gestão prática das relações exteriores do Brasil. Essas duas últimas coletâneas podem ser aproximadas da meia centena de contribuições de diplomatas e de pesquisadores acadêmicos no quadro do projeto “Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990)”, conduzido no começo da década de 1990 pelos Professores R. Seitenfus e J. A. Guilhon Albuquerque (1996; dois volumes adicionais previstos).  
(...)
Os anos 90, finalmente, podem ser caracterizados como os do amadurecimento profissional da comunidade brasileira de estudiosos de relações internacionais, com o surgimento de estudos variados sobre os sistemas internacional e regional e sobre a política externa do Brasil — com especial ênfase na integração —, todos dotados de grande rigor metodológico nas diferentes subdisciplinas da área. Do ponto de vista institucional, finalmente, pode-se afirmar que as preocupações de ordem metodológica e com a fundamentação teórica dos trabalhos empreendidos encontram maior grau de acolhimento — e de desenvolvimento intrínseco às próprias instituições — nos centros de pesquisas já consagrados nessa área, cujos principais orientadores passam a manter um intenso e freqüente intercâmbio com parceiros de entidades congêneres mais tradicionais do exterior. O próprio Instituto Rio Branco segue, nos anos 90, essa tendência a um maior “rigorismo metodológico” ao integrar definitivamente às bancas dos Cursos de Altos Estudos um relator necessariamente escolhido nos meios acadêmicos. O IRBr também passou a definir critérios mais estritos para a elaboração da tese, os quais buscam aproximar aquilo que, no passado, já tinha sido descrito como um “longo memorandum” de um trabalho de pesquisa orientado por “metodologia adequada”.
  (...)
Com base nas características gerais apontadas acima — que indicam uma certa dispersão metodológica nos esforços de pesquisa —, como identificar e discutir as principais tendências teórico-metodológicas que caracterizam a produção brasileira em relações internacionais? Uma análise desse tipo encontra-se na dependência funcional do próprio desenvolvimento insuficiente da perspectiva analítica que a disciplina conheceu até o momento no País, o que por si só revelaria seu caráter ainda preliminar. Mais do que referir-se aos modelos teóricos em uso corrente no exterior — realismo, neorealismo, institucionalismo, idealismo, muito pouco adequados, aliás, à realidade brasileira — caberia talvez remeter a duas variáveis suscetíveis de fundar o estudo das relações internacionais no Brasil, a saber, a comparabilidade e a historicidade das análises em elaboração no País (Almeida, 1991, 1998c). Esses dois conceitos, em todo caso, remetem a outros dois grandes blocos metodológicos ou tendências analíticas sob os quais poderiam ser agrupadas a produção setorial no Brasil: as correntes sistêmico-estruturais, de um lado, e a comunidade mais homogênea dos estudos históricos, de outro.   
(...)

6. Conclusões: perspectivas das relações internacionais no Brasil
Um primeiro registro, de senso comum, que pode ser feito é a tendência, observada durante todo o período, ao crescimento paulatino do espaço ocupado pela “área”, tomada em seu sentido amplo. Esse processo de densificação do estudo e do tratamento “societal” das relações internacionais no Brasil se reflete triplamente: seja na estrutura curricular das instituições de ensino superior (com a oferta pertinente de cursos de graduação ou de diversas modalidades de pós-graduação), seja também no conteúdo programático específico dos cursos tradicionais (em ciências sociais, na ciência política e na história, certamente, mas também em direito e economia, entre outras disciplinas), seja ainda na estrutura orgânica e nas atividades correntes dos órgãos públicos em geral (criação de assessorias “internacionais” na maior parte dos ministérios, dos governos estaduais e por vezes mesmo nos municípios mais importantes).
Uma segunda observação, certamente relevante para o futuro dos estudos “internacionais” no Brasil, é o estímulo dado a essa área pelos processos de abertura econômica e de liberalização comercial, operados na fase recente — e epitomizados sob o conceito de globalização — e, em especial, pelo processo de integração econômica no âmbito do Mercosul e de outros esquemas sub-regionais (inclusive no que se refere ao desafio da ALCA). Esses fatores, “externos” ao próprio desenvolvimento da disciplina no Brasil, estimularam bastante a pesquisa e o estudo da problemática correlata, sobretudo nos cursos de direito, de economia e de ciência política — com o oferecimento da sub-área integracionista em muitas faculdades dos estados meridionais — mas também na história, com o surgimento de uma perspectiva propriamente (sub-)regional nos trabalhos sobre relações diplomáticas e relações econômicas internacionais. É patente, por exemplo, a criação de “centros de estudos”, de “núcleos programáticos”, geralmente interdisciplinares, voltados seja para estudos “generalistas” (economia internacional, política comparada), seja setoriais (“integração” é o exemplo mais conspícuo) ou geograficamente delimitados (centro de estudos latino-americanos, europeus, asiáticos, afro-brasileiros etc.) nos centros universitários mais importantes. É também propriamente “explosivo” o surgimento, nos últimos anos, de cursos de relações internacionais — muitos deles voltados para o comércio exterior — em faculdades particulares de diversas regiões do País, tendência que deverá certamente acelerar-se no futuro imediato, obrigando as universidades públicas a também oferecerem cursos alternativos de acordo com as “demandas de mercado”.
Essa maior “osmose” ou “permeabilidade” dos assuntos externos ou internacionais na atividade corrente de atores governamentais e não-governamentais exerce um impacto positivo sobre o fomento e o funcionamento ulterior de certas instituições-chave para o progresso dos estudos de relações internacionais no Brasil, quais sejam, as universidades, em primeiro lugar, mas também órgãos do Executivo (da esfera educacional e científico-tecnológica sobretudo) e do Parlamento e da sociedade civil em geral (com destaque para os partidos políticos, que passam a dar destaque para suas afiliações internacionais). Já se destacou, por exemplo, a maior abertura dos diplomatas à cooperação com o mundo acadêmico, movimento apenas refreado pela notória tendência de muitos “intelectuais” da academia a insistirem em seus esquemas conceituais sobre a “ordem” mundial, o que se choca freqüentemente com o rude “pragmatismo” da maior parte dos diplomatas, ocupados essencialmente em defender “ganhos incrementais” no vasto cenário da interdependência mundial, e não necessariamente em fazer discursos abstratos sobre o verdadeiro sentido do “interesse nacional”.
A questão está em saber se novos e “velhos” pesquisadores saberão superar as dicotomias muito facilmente construídas nas academias — liberalismo vs. intervencionismo, nacionalismo vs. internacionalismo, autonomia vs. dependência, ou “interdependência” — para fazer uma interpretação mais elaborada das relações internacionais do País, colocando em jogo não apenas os modelos teóricos fornecidos pelos intelectuais de gabinete mas, sobretudo, os limites impostos pela realidade à ação dos estadistas e diplomatas na frente externa. Depois de uma primeira geração de historiadores-diplomatas e de bacharéis-diplomatas, no período do Império, seria certamente muito bem-vinda a disseminação de diplomatas-historiadores e de diplomatas-politólogos em nossa própria época, de molde a permitir uma síntese eficiente das virtudes respectivas de “paciência investigadora” da academia e de “realismo operacional” da diplomacia. O que se poderia definir como “pensamento brasileiro em política internacional”, como atestam trabalhos recentes nesse terreno, já é suficientemente rico e complexo para permitir esse “bridge-building” entre as duas instituições.

[Brasília, 684: 17.05.99]

ANPOCS aos 40 anos: algum espaço para um balanco das relacoes internacionais?

Já participei de exercícios da ANPOCS, inclusive me dedicando a fazer uma avaliação do estado da arte na pesquisa e produção de materiais sobre as relações internacionais, objeto de uma obra em três volumes:
Paulo Roberto de Almeida: “Relações internacionais”, in Sérgio Miceli (org.). O Que ler na ciência social brasileira (1970-1995), v. 3: Ciência Política (São Paulo: Editora Sumaré: ANPOCS; Brasília, DF: CAPES 1999, p. 191-255); disponível em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/5782964/010_Rela%C3%A7%C3%B5es_internacionais_1999_). Relação de Publicados n. 241. Relação de Originais n. 684. 

Não sei se haverá espaço para balanço semelhante nesta comemoração especial dos 40 anos da ANPOCS, com sessão especial para a data:

 Colóquio Especial Comemorativo (CEC)
A ANPOCS e as Ciências Socais nos últimos 40 anos

Coordenação: André Pereira Botelho (UFRJ) e Emília Pietrafesa de Godoi (Unicamp)
Ementa: Discutir o perfil institucional e cognitivo das ciências sociais praticadas no Brasil constitui uma forma produtiva de comemorarmos os 40 anos da Anpocs. É o que propomos com este colóquio organizado em duas sessões: a primeira voltada à discussão da dimensão institucional das ciências sociais no Brasil, envolvendo temas como o crescimento da pós-graduação na área, as políticas públicas de ciência e tecnologia e a internacionalização das ciências sociais brasileiras. A segunda sessão centrada em questões cruciais da agenda cognitiva das ciências sociais nos últimos 40 anos e suas relações com a sociedade brasileira: Estado, sociedade e movimentos sociais; desenvolvimento e democracia; desigualdade social e diversidades; direitos e cidadania; cultura e sociabilidades.
1ª sessão: Desafios institucionais e consolidação das ciências sociais no Brasil 
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 7 – Hotel Glória
Coordenadora de sessão: Emília Pietrafesa de Godoi (Unicamp) 
Expositores: Hélgio Trindade (UFRGS), Guita Grin Debert (Unicamp), Helena Sampaio (Unicamp), João Marcelo Elhert Maia (CPDOC/FGV-RJ), Alexandro Dantas Trindade (UFPR)
2ª Sessão: Sociedade Brasileira, Ciências sociais e reflexividade 
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30, sala 7 – Hotel Glória
Coordenador de sessão: André Pereira Botelho (UFRJ) 
Expositores: Elide Rugai Bastos (Unicamp), José Sergio Leite Lopes (MN/UFRJ), Antonio da Silveira Brasil Jr. (UFRJ)/Bernardo Ricupero (USP), André Pereira Botelho (UFRJ)