Como atravessar o deserto (e permanecer digno ao fim e
ao cabo)
Paulo Roberto de Almeida
[Memórias, balanço]
Como sabem muitos dos
meus colegas e amigos, certamente todos os inimigos – e até pessoas que
desconheço, com as quais não tenho relações, mas que acompanharam meus escritos
e minha trajetória ao longo da última década –, acabo de atravessar, talvez não
inteiramente, um longo deserto de atividades e funções, justamente naquela que
deveria ser (e foi assim nos primeiros 25 anos de carreira), minha ocupação
principal: a diplomacia. A travessia não terminou ainda, pois que ainda não
retornei às atividades que caracterizam a carreira: representação, informação,
negociações. Atualmente, mais exatamente, a partir de 3 de agosto de 2016,
encontro-me numa atividade subsidiária, que é a de Diretor do Instituto de
Pesquisa de Relações Internacionais, IPRI, um órgão assessor da Fundação
Alexandre de Gusmão (Funag), junto com o Centro de História e Documentação
Diplomática (CHDD), com sede no Palácio Itamaraty do Rio de Janeiro.
A longa travessia do
deserto quer dizer, mais precisamente, que, desde o início do governo dos
companheiros, em 2003, até meados do presente ano, não tive nenhuma função, não
ocupei nenhum cargo, não desempenhei nenhuma atividade vinculada à área do
serviço público federal para a qual fiz concurso, na qual me desempenhei desde
o final de 1977, e à qual eu deveria, teoricamente, servir, inclusive por
obrigações de direito administrativo, e mais não fosse, para simplesmente justificar
o salário que eu recebia todo o mês desde aquela longínqua data treze anos e
meio atrás (ainda que meus vencimentos tenham sido reduzidos ao mínimo, sem
qualquer remuneração por desempenho de função justamente). À parte a
irregularidade administrativa cometida pelo ministério ao qual estou vinculado,
uma tão longa desvinculação do serviço ativo na diplomacia só poderia ser
explicada por duas razões objetivas:
1) eu seria,
presumivelmente, um péssimo diplomata, um mau servidor público, um inepto
funcionário de carreira, um trabalhador totalmente incompetente para ocupar qualquer
cargo ou função na diplomacia lulopetista;
2) eu fui julgado
incompatível com os objetivos e propósitos da dita diplomacia lulopetista, e
assim considerado um dissidente, um opositor, um outcast, um funcionário totalmente inadequado, indesejado, um
contrarianista, e um objetor declarado dos tais objetivos e propósitos da
referida diplomacia, e por isso mesmo mantido à distância, como um desses
leprosos da Idade Média, condenados a viver apartados da sociedade, um
pestiferado, uma espécie de vírus qualquer, capaz de contaminar perigosamente
mentes e vontades naquela Santa Casa toda ela devotada a cumprir os altos
desígnios dos novos dirigentes da nação e da sua diplomacia.
Os que me conhecem, e
até os que não me conhecem pessoalmente, mas sabem de meus escritos e
publicações, saberão escolher a hipótese que convém, das duas opções colocadas
acima. A mim, cabe apenas, neste curto texto, expor objetivamente o que foram
esses anos de travessia do deserto, quase que um segundo exílio – depois
daquele enfrentado durante o regime militar – com a particularidade de que este
durou exatamente o dobro do primeiro, aquele voluntário, este totalmente
involuntário, uma vez que eu estava pronto e disposto a trabalhar, apenas que
fui obstado por uma barreira impenetrável de negações e tergiversações. Nem vou
entrar em considerações sobre os aspectos subjetivos dessa longa travessia,
como a destruição da minha carreira, pois isso faz parte dos imponderáveis
funcionais a ela associados: nela se é, ou não, promovido, pela avaliação que
fazem colegas e superiores de seu próprio desempenho – supondo-se que todo o
processo de ascensão funcional se faça por mérito efetivo, e não pelo mais
comum “quem indica, quem apoia” – e não se pode prejulgar que eu teria sido
merecido promoção ao longo do período, pois essa é uma possibilidade, não uma
certeza. Vou ater-me apenas à descrição factual do processo, como convém a um
depoimento com finalidades unicamente descritivas.
Minha última designação
para um cargo na carreira diplomática, e para uma função no quadro da
Secretaria de Estado das Relações Exteriores tinha ocorrido em meados dos anos
1990, quando eu fui designado chefe da então Divisão de Política Financeira e
de Desenvolvimento (temas de investimentos, finanças, acordos e negociações
nessas áreas e assuntos correlatos, regionais, bilaterais e multilaterais). No
final da década fui indicado para exercer o cargo de ministro-conselheiro na
embaixada em Washington, a convite do embaixador Rubens Barbosa, com quem já
havia trabalhado algumas vezes anteriormente. Foram quatro anos muito felizes
na capital americana, onde aprendi enormemente um pouco sobre tudo, o que
teoricamente faz do feliz ocupante do cargo um servidor habilitado a exercer
qualquer função na Secretaria de Estado ou qualquer outro posto e missão da
carreira, uma vez que em Washington se trabalha sobre praticamente todos os
dossiês e assuntos de uma Secretaria de Estado.
Ao cabo da experiência,
e já com intenção de retornar ao Brasil, fui convidado pelo então Diretor do
Instituto Rio Branco, nossa academia diplomática, para servir como coordenador
do curso de mestrado em diplomacia, que tinha sido iniciado em 2001, e ao qual
eu já estava associado como professor orientador de teses (tendo vindo ao
Brasil de férias, em 2002, voluntária e especialmente para discutir suas teses
com meus seis ou sete orientandos). Já estávamos no início de 2003, e o convite
deve ter sido formulado entre o final de março e o começo de abril, ao qual
respondi positivamente, a despeito de meu desejo primário de voltar a servir na
Secretaria de Estado, tendo em vista, justamente, minhas habilidades nas mais
diversas áreas da diplomacia econômica, em especial em suas vertentes comercial
e financeira. Mas, como eu também tenho essa inclinação para as atividades
acadêmicas, já tendo me desempenhado como professor do Instituto Rio Branco e
da UnB (e de algumas outras instituições em caráter temporário), julguei que
seria uma boa experiência didática e intelectual, possivelmente como passo
preliminar para ocupar a própria chefia do IRBr, cargo para o qual eu me
julgava plenamente habilitado e competente, inclusive para mudar algumas coisas
ali existentes.
A surpresa, mas não a
frustração imediata, veio poucos dias depois, quando o mesmo diretor que tinha
formulado o convite telefonou-me de modo algo desconsolado, para dizer que,
infelizmente, não poderia confirmar o convite porque o “secretário-geral do
Itamaraty tinha outros projetos em mente”. Uma desculpa diplomática, digamos
assim, pois imaginei imediatamente, e realisticamente, que o dirigente em
questão se opunha a que eu fosse trabalhar numa área que ele provavelmente
julgava de extrema importância para o futuro da diplomacia na gestão
lulopetista que então se iniciava, e que prometia ser uma “ruptura com tudo o
que havia antes no Brasil” (como de fato foi, e como descobrimos, para o bem e
para o mal, na sequência do regime celerado). Assim foi que permaneci por mais
alguns meses em Washington, até surgir uma outra função ou cargo, em Brasília
ou em qualquer missão ou posto no exterior. Mas preocupado com arranjos
familiares – término na universidade do filho mais velho, Pedro Paulo – e
necessidade de decidir quanto a renovação de aluguel e outras providências
práticas, ou o próprio fato que eu já me aproximava dos quatro anos no posto, levaram-me
a tomar uma atitude proativa nesse processo, tirando mais alguns dias de férias
para tentar resolver em Brasília minhas atribuições ou destino futuros.
Na Secretaria de Estado,
onde cheguei justo no momento em que o chanceler único e resplandecente do
lulopetismo proclamava a necessidade de os diplomatas “vestirem a camisa do
governo” – o que era de certa forma surpreendente, numa carreira que se orgulha
de dizer que serve ao Estado, mais do que aos governos, como tinha já
sintetizado um século antes o Barão do Rio Branco – eu fui finalmente
apresentado ao quadro formal e realista de minha condição no novo governo: não
havia nada previsto para mim na Secretaria de Estado, e a administração não
estava removendo para Brasília ministros que não tivessem já uma função
definida, pois já havia muitos, como fui informado, que estavam sem funções na
Casa, situação a que vulgarmente se dava o nome de DEC, não o Econômico, mas o
“Departamento de Escadas e Corredores”. O que me foi oferecido foi ficar mais
tempo em Washington, ou negociar algum outro posto, ou seja, partir como
embaixador comissionado em algum posto perdido em continentes longínquos (isso
imaginei eu, em função das “boas” disposições dos meus interlocutores para
comigo, que não preciso indicar quem fossem).
Não havia como não
concluir que havia um veto em curso ao meu nome, para qualquer função na
Secretaria de Estado, e eu já deveria ter imaginado as razões desse veto. Eu
sempre manifestei minhas posições e opiniões sobre tudo e qualquer coisa da
carreira diplomática e das posturas do Brasil em política externa, e nunca
escondi de ninguém o que pensava de tudo isso, aliás expresso em dezenas de
artigos publicados e, nessa altura, em pelo menos, seis livros editados por
diferentes editoras. Minhas ideias sobre o novo governo lulopetista estavam por
sinais disponíveis em meu site e em blogs e veículos diversos do mundo
acadêmico, tendo sido publicado, já no início do governo lulopetista, um artigo
meu na revista Sociologia e Política (da UFPR), no qual eu dizia, claramente,
que o PT era um mero partido esquerdista tipicamente latino-americano – ou
seja, socialista, anti-imperialista e antiamericano – mas que, a despeito
disso, a política externa e a diplomacia não seriam significativamente alteradas,
ou seja, haveria mais continuidade do que ruptura nas relações internacionais
do Brasil. Imagino, mas já retrospectivamente, que essa última afirmação,
arriscada em si mesma, deva ter deixado mais de um companheiro irritado, e
provavelmente seus auxiliares diplomáticos comprometidos com a gloriosa missão
de mudar tudo o que existia antes, inclusive e principalmente na diplomacia.
O fato é que as portas
estavam fechadas para mim na Secretaria de Estado, e assim permaneceram durante
todo o regime lulopetista, ou seja, exatamente treze anos e meio, ao longo dos
quais enfrentei, como disse, um
deserto quase interminável. Mas, paradoxalmente, fui convidado, por um dos
próceres mais importantes do novo regime, para trabalhar no Núcleo de Assuntos
Estratégicos da Presidência da República, dirigido justamente por um dos
membros da troika que assessorava o novo demiurgo nos assuntos mais importantes
do governo salvacionista. Não preciso me estender agora – tanto porque pretendo
escrever a respeito mais detalhadamente no futuro – sobre os três anos durante
os quais eu me desempenhei em funções que eu imaginava importantes do ponto de
vista do planejamento governamental, mas que os companheiros pretendiam
transformar numa espécie de “revival” do dirigismo geiseliano sobre a economia
e a política no Brasil. Depois da saída do governo do grão-petista que dirigia
o NAE, eu me desliguei daquelas funções e me apresentei novamente na Secretaria
de Estado, no final de 2006, disposto a assumir quaisquer funções que me fossem
oferecidas para trabalhar pela Casa e no Estado (bem menos, já pensava eu, por
um governo que se tinha revelado inerentemente corrupto, inepto e
incorrigível). Não preciso dizer que encontrei o mesmo quadro de tergiversações
e de embromações que já se tinha manifestado três anos antes.
Em
síntese: nada me foi oferecido como funções ou cargos na Secretaria de Estado.
Mas, corrijo: a chefia de gabinete do então ministro ativo e altivo chegou a
oferecer-me três cargos para posse imediata, talvez sem saber que meu nome já
tinha entrado no rol daqueles seres condenados a um dos círculos do inferno
lulo-dantesco. Aceitei um dos cargos, mas depois nada, ou seja, não aconteceu
nada, quando então descobri que não apenas o SG, mas igualmente o chefe da Casa
tinha objeções ao meu nome. Obtive a confirmação disso logo depois, quando o
próprio titular reagiu negativamente a uma abordagem fortuita que lhe fiz, numa
recepção de fim-de-ano no Clube das Nações, ao manifestar-lhe minha intenção
de voltar à Casa: ele simplesmente me disse, acerbamente, que “minha entrevista
[que havia dado pouco antes ao Estadão sobre a “construção intelectual” do
Bric] não tinha ajudado em nada”, e virou as costas para mim. Nunca mais falei
com o personagem, hoje na tropa de choque, junto com o mesmo SG, do chefão
mafioso, ou seja, o pelotão de defesa de um dos maiores bandidos da política
brasileira (que já conheceu vários, mas nenhum maior).
A bem da verdade, o
mesmo chanceler altivo chegou a oferecer-me a chefia de uma embaixada no
exterior, poucos meses depois, ao que respondi negativamente, por razões
puramente familiares, mas agradecendo a concessão (que obviamente deveria ser
considerada como um afastamento providencial de um opositor moderado das
políticas esquizofrênicas dos lulopetistas na frente diplomática). Não preciso
dizer que, a partir daí, minha carreira simplesmente terminou, passando a
amargar vários anos adicionais de “DEC”, com imensos prejuízos em termos
profissionais, familiares e financeiros. Não obstante, persisti, mesmo no
deserto a que estava relegado, na mesma atitude que sempre foi a minha: ler,
refletir, escrever, eventualmente publicar, aquilo que julgava correto de um
ponto de vista meramente epistemológico, ou seja, o resultado de uma reflexão própria,
independente, sobre questões da política internacional, da diplomacia
brasileira, de nossas posturas em política externa, unicamente com o espírito
acadêmico que sempre foi o meu.
De
certa forma, devo agradecer a meus “algozes” a oportunidade que me deram de
aprofundar essas pesquisas, ideias, reflexões e escritos, pois ao me obrigarem
a fazer da biblioteca do Itamaraty o meu escritório de trabalho, ofereceram-me
tempo e lazer – ainda que com remuneração reduzida – para ampliar minha
produção de caráter acadêmico. Nesse período, em nenhum momento tive acesso a
qualquer forma de comunicação interna ao Itamaraty – telegramas ou quaisquer
outros tipos de expedientes – e minhas únicas fontes de reflexão e de escrita
eram as mesmas a que tinham acesso quaisquer acadêmicos e jornalistas, ou seja,
material de imprensa e artigos e livros em disponibilidade pública. De certa
forma, eu já fazia isso em qualquer época anterior, mas apenas nos momentos de
lazer, no recesso do lar, no tempo livre do trabalho em dedicação integral. Ao
permitirem “férias compulsórias”, meus “inimigos funcionais” me habilitaram a
produzir um volume anormalmente elevado de artigos e livros, que eu
provavelmente não teria tido condições de conduzir em uma situação normal de
trabalho.
Talvez,
outros diplomatas colocados nesse tipo de situação poderiam ter exibido algum
comportamento depressivo, o que não foi absolutamente o meu caso: eu tinha
forças morais para atravessar o deserto e, ao fazê-lo, pude dedicar-me a
atividades acadêmicas que sempre fizeram parte de minha “segunda vida”, ao lado
da carreira profissional. A escrita de livros, artigos e outros materiais – uma
infinidade de comentários em blogs próprios ou de outros internautas – ocupou o
restante do período em que estive no exílio lulopetista. Com duas pequenas
alterações: em 2012, sem perspectiva de alteração em minha condição na
Secretaria de Estado, aproveitei uma licença oficial para dedicar seis meses do
ano a atividades docentes na Sorbonne; e de 2013 a 2015 aceitei um posto
subalterno num pequeno consulado da costa leste dos EUA, expressamente com o
objetivo de estudar mais, ler intensamente, viajar um pouco, e esperar o fim do
regime lulopetista. Pensei que ele viesse nas eleições de outubro de 2014, e aí
sim experimentei uma grande frustração, pois o poste lulopetista foi
reconduzido à presidência, numa campanha de mentiras e de grandes falcatruas,
como aliás esperado por todos os conhecedores dos meandros do regime.
Resolvi voltar ao Brasil
no final de 2015, sem qualquer perspectiva de mudança no quadro geral da
política podre do lulopetismo, e de fato permaneci no deserto por mais seis
meses adicionais, sem quaisquer perspectivas concretas de retomada de algum
cargo ou função na Secretaria de Estado. Retomei minhas atividades acadêmicas,
mas no contexto do processo de impeachment, deslanchado no final daquele ano.
Foram exatamente seis meses de golpes e contragolpes, de mais falcatruas e
patifarias, até que, finalmente, os companheiros corruptos foram apeados do
poder, em maio de 2016. Foi quando, finalmente, os novos barões da Casa se
decidiram por extinguir o meu exílio, com um convite para exercer o cargo
prestigioso, mas inoperante em termos de política externa, de Diretor do
Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, o que de toda forma é uma
distinção e um prêmio, na perspectiva de meus interesses intelectuais.
Foram ainda necessários
mais três meses para que a função fosse efetivada, período no qual colaborei
informalmente com a instituição, ao organizar seminários, livros e publicações,
sem ainda dispor de título ou remuneração condigna. Por uma dessas ironias da
história, meu cargo é o mesmo do qual tinha sido defenestrado meu colega
dissidente – em outros termos – da política externa do ancien régime tucanês, e
que por isso mesmo se tornou um mártir da causa lulopetista, e daí passou a
ocupar a função a partir da qual me vetou para qualquer cargo na Secretaria de
Estado. Não tenho nenhuma animosidade ao companheiro – em duplo sentido – e até
pretendo convidá-lo para participar de atividades acadêmicas do IPRI, no que
ele decidir aceitar, mas não pretendo, tampouco, deixar de fazer aquilo que fiz
ao longo dos treze anos e meio do nefasto regime lulopetista: analisar,
sintetizar, descrever e expor os absurdos teóricos e práticos perpetrados pelos
companheiros apparatchiks e seus aliados diplomatas.
Não sei se devo
julgar-me “reabilitado”, pois essa é uma avaliação que não me cabe pessoalmente
fazer, mas sim devo confirmar que não pretendo mudar de atitude, que
corresponde, finalmente, a uma postura intelectual que sempre mantive ao longo
desses anos de “exílio”, e invariavelmente ao longo de uma vida dedicada ao
estudo, à reflexão, e à exposição de minhas ideias sobre uma gama variada de
assuntos: manter um ceticismo sadio sobre todas as questões de interesse
público que sejam objeto de políticas, encarar interrogativamente qualquer
postura acadêmica, de pesquisa, que possa ser feita sobre os mesmos problemas,
e expor de forma independente e honesta as conclusões ou resultados que extraio
de meus estudos, leituras e reflexões. Não tenho razões para mudar de atitude,
seja para galgar distinções políticas que não almejo, seja para agradar superiores
ou colegas que se exercem nos mesmos campos que são os meus desde sempre: a
dupla carreira na diplomacia e na academia.
Vale!
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 18 de dezembro de 2016.