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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 22 de julho de 2018

Citacoes a Paulo Roberto de Almeida registrados no Google Scholar

Citações a Paulo Roberto de Almeida registrados no Google Scholar

Paulo Roberto de Almeida
Levantamento efetuado em 22/07/2018; rev.: 23/07/2018

Creio que a esta altura, e depois de quase duas décadas de artigos a respeito desse animal bizarro ao qual eu chamei de “lulopetismo diplomático”, não deveria ser desconhecida de ninguém – sobretudo pelos próprios responsáveis pelo animal – a minha virtual ojeriza por esse estranho objeto do desejo de militantes e acadêmicos, um pouco por todo o Brasil. Enganam-se redondamente aqueles que acham que minha objeção fundamental e de princípio se deva ao fato de os companheiros encarnarem políticas de “esquerda”, ou “progressistas”, ou seja lá o que for dentro dessa confusão mental e prática exibida nas políticas públicas do Brasil (inclusive a externa) de 2003 a 2016 (algumas até continuadas depois disso). Não, de forma alguma. Eu nunca me opus aos companheiros pelo fato de eles serem de “esquerda” (ainda que na prática não o sejam, uma vez que distribuíram muito mais riqueza dos brasileiros aos que já eram ricos do que aos mais pobres, e isso está documentado), ou “progressistas” (ainda que esse progressismo seja de fancaria, ou de fachada, pois preservaram as mesmas iniquidades sociais e até aumentaram as desigualdades de renda, pela virtual falência fiscal do Estado brasileiro, ao precipitaram aquilo que eu chamei de A Grande Destruição do lulopetismo econômico. 
Não, eu me opus ao lulopetismo de forma geral porque suas políticas públicas (em geral, inclusive a externa) foram ineptas, ou seja, totalmente incompetentes para tratarem, encaminharem, resolverem, ou seja lá o que for, os problemas básicos do Brasil: a democracia de baixa qualidade (que eles ainda aprofundaram na mais gigantesca operação de desmantelamento institucional jamais visto em nossa história, começando pelo aparelhamento do Estado e por enfiar companheiros despreparados, mas ideologicamente alinhados em todos os cantos), a baixíssima produtividade do sistema econômico (que eles ainda agravaram, e isso também está documentado), a pobre competitividade da nossa pauta exportadora (que eles ainda rebaixaram, como está documentado pelos relatórios a respeito), a miséria educacional brasileira (do pré-primário ao pós-doc), que eles ainda rebaixaram, lotando o MEC de “saúvas freireanas” e fazendo desse maoísta pedagógico o “patrono da educação brasileira”, sem mencionar, por que é óbvio, a tradicional corrupção do sistema político, que eles aprofundaram até a desmesura (ao transformar o “modo artesanal de produção de corrupção”, que sempre foi tradicional, em “modo industrial de produção de corrupção”, com um planejamento “científico” de todas as possibilidades, estatais e privadas, de roubalheira, de extorsão, de falcatruas, de golpes, e todos os demais expedientes mafiosos empregados por eles).
Foi por isso que eu sempre fui um opositor de princípio das políticas companheiras, e com isso sofri durante anos, ao me terem mantido fora de qualquer cargo no Itamaraty durante os 13 anos e meio que durou o longo intervalo de mediocridade nessa cronologia histórica que eu divido em AC e DC, antes e depois dos companheiros, um longo intervalo de deformação completa dessa políticas e, mais importante ainda, de deterioração fundamental da ética moral, um descalabro moral, total e completo.
Muitos também acham que eu era um opositor da diplomacia lulopetista porque esta era “de esquerda”, ou “progressista”, ou “anti-hegemônica”, e eu seria “de direita”, ou “liberal”, ou “neoliberal”, o que dá no mesmo aos olhos dos ignorantes. Não, não por isso: tendo vindo do marxismo, e até enfrentando um exílio voluntário de sete anos no exterior durante a ditadura militar, ainda conservo certos traços (sim, sempre fica alguma coisa) do meu antigo “esquerdismo”, na forma de uma sincera preocupação com as desigualdades sociais, com a falta de justiça para os mais pobres, com a concentração de renda, com as iniquidades derivadas do direito da força nas relações internacionais, ainda distantes da força do direito, e outras coisas mais que poderiam me classificar, facilmente entre os “reformistas progressistas”, mas sempre “racionalista”. 
Renego igualmente, portanto, a caracterização que os companheiros, e seus aliados acadêmicos, sempre fizeram de meus argumentos – expressos em muitos ensaios, artigos e mesmo livros – sobre esse outro animal bizarro do lulopetismo diplomático, como sendo de um “partidário do alinhamento com o império”, de um “diplomata de direita”, de um “inimigo dos países periféricos” e outras bobagens do gênero. Não, eu sempre me opus ao lulopetismo diplomático por ele ser basicamente estúpido, e totalmente contrário aos interesses nacionais do Brasil, como essas opções prévias, e totalmente unilaterais por “aliados estratégicos” entre os “não-hegemônicos” (como se Rússia e China não fossem hegemônicos), essa definição míope de um “Sul Global”, orientando portanto a nossa política externa para esse determinismo geográfico do “Sul-Sul”, e também por coisas mais graves, como a aliança explícita e implícita (e ainda não de todo revelado em muitas iniciativas secretas) com as mais execráveis ditaduras do continente ou de outros lugares, por essa estupidez monumental que consiste em valorizar os “pobres e oprimidos” apenas por serem “pobres”, em oposição a políticas mais consistentes com todos os tipos de parceiros em quaisquer latitudes e longitudes do planeta, como sempre correspondeu ao nosso universalismo na política externa. 
Mas por que digo isto agora, no momento de apresentar uma lista de referências a artigos meus, tal como apresentado pelos serviços de “alerta” do Google Scholar. É porque, como verificado abaixo, a maior parte das citações a trabalhos meus em artigos de acadêmicos brasileiros na verdade buscam argumentar o exato contrário do que eu mesmo afirmo em cada um dos artigos citados. Os artigos estrangeiros se alinham mais ou menos com o sentido de meus argumentos, mas a maioria dos artigos brasileiros são basicamente contrários ao que eu mesmo afirmo nas citações, e se contrapõem, na maior parte dos casos, ao sentido geral de meu posicionamento pessoal sobre o lulopetismo diplomático. Diga-se de passagem que esse meu posicionamento não é fruto de uma opinião subjetiva, pois sempre tentei argumentar, descrevendo, expondo, analisando e demonstrando, como as políticas do lulopetismo diplomático eram fundamentalmente contrárias ao interesse nacional brasileiro e à coerência de uma política externa em linha com esse interesse. 
Dito isto, transcrevo a seguir aquelas referências do Google Scholar que eu consegui capturar num percurso rápido pela minha caixa de entrada, desprezando, portanto, uma busca mais completa na base de dados desse excelente sistema.

Todos os envios do Google Scholar começam pela saudação ritual: 
Scholar Alert: New citations to my articles

E todos terminam da mesma forma: 
This Google Scholar Alert is brought to you by Google.


Relação dos alertas recebidos desde 2015: 

EP Guimaraes, AJ Alves Jr
Este estudo teve como objeto de pesquisa as relações comerciais mantidas entre Brasil e a Venezuela no periodo recente. O objetivo foi avaliar os ganhos de um possível acordo de livre comércio (ALC) entre eles, motivado pelas declarações dos presidentes dos dois países.

RC Lima - 2015
The purpose of this dissertation is to analyze the relationship between the foreign and defence policies in Brazil under Lula and Rousseff administrations, between 2003 and 2013. We considered the political process underlying this relationship to be too complex ...

AS do Bem - The Political System of Brazil, 2016
Abstract Arim Soares do Bem's article is a detailed analysis of the constitutional history of Brazil that discusses key aspects of the political-institutional settings. He points out the scope of action that existed within different regimes and illustrates how political ...

C Weiland - … internacionais: revista de relações internacionais da …, 2015
Resumo Este artigo visa compreender como o Brasil se utiliza do papel econômico e político do Mercosul para inserir-se internacionalmente e as implicações que isto gera ao Estado brasileiro, apresentando para tal as condições que levaram a constituição do ...

E Actis - … internacionais: revista de relações internacionais da …, 2015
Resumo El presente trabajo tiene como objetivo analizar la dinámica del vínculo bilateral entre Argentina y Brasil entre los años 2011-2014, recorte que coincide con el traspaso del mando presidencial de “Lula” Da Silva a Dilma Rousseff. A partir de la selección de ...

BR Reisdoerfer, JS Sarti, ADR Fontanelli, GP Zwirtes - Revista de Iniciação Científica …, 2016
Resumo O presente trabalho trata da entrada da Venezuela no Mercosul e seus impactos para o Brasil, analisando as vantagens e desafios deste processo. Estes se estruturariam no âmbito político, econômico, energético e securitário. A cooperação Brasília-Caracas ...

AW Pereira - Latin American Perspectives, 2016
... Citation Reports® (Thomson Reuters, 2015). Is the Brazilian State “Patrimonial”? ... This articleattempts to gauge the applicability of the patrimonial concept to the Brazilian state. My focus throughout is on the top levels of the public administration as a core institution of the state. ...

DOSDDARC PARTIR, O DURANTE, ADAG FRIA
ABSTRACT This paper looks to analyze the role of the Organization of American States (OAS) during the unfolding of the Cuban Revolution at the height of the Cold War. Since its independence, the United States has shown interest in the American continent and has ...

BA Pino - América Latina y el Caribe y el nuevo sistema …
El periodo comprendido entre la proclamación por la Asamblea General de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) de la Declaración del Milenio, y su correspondiente agenda de objetivos de desarrollo, en el año 2000, y la adopción por el mismo organismo, en ...

[PDF] yllón Pino
A Bruno - América Latina y el Caribe y el nuevo sistema …
problemas de desarrollo se encuentran en el conocimiento “superior” y tecnológicamente más avanzado del Norte, minusvalorando o situando en una segunda línea, la búsqueda de políticas, soluciones y técnicas en los países vecinos y en otros países en desarrollo. Un ...

AL Anschau
Page 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS UMA ANÁLISE SOBRE O PODER DA DIPLOMACIA CULTURAL NA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA ...

MAA Nascimento - 2016
Este trabalho tem como objetivo examinar o tratamento do tema restrições às exportações como um novo (e velho) desafio ao Sistema Multilateral de Comércio (SMC). A partir do exame de dois contenciosos na Organização Mundial do Comércio (casos China- ...

SU Cademartori, JAA Miranda - Sequência (Florianópolis), 2016
RESUMO Estudos de Direito Constitucional apresentam o Constitucionalismo como um processo de evolução linear. Ora, nem sempre essa mesma evolução é encontrada nos países do terceiro mundo, como é o caso dos países da América Latina. A relação entre o ...

MRS DE LIMA, F SANTOS
A politica externa e, especialmente, a de comércio exterior 3510 objeto natural de delegacao de poder decisério do Legislativo para o Executivo, Existem pelo menos trés bons motivos para a delegagao. Em primeiro lugar, por ser matéria especialmente ...

S Urquhart Cademartori, JAA de Miranda - Revista Seqüência, 2016
Resumo: Estudos de Direito Constitucional apresentam o Constitucionalismo como um processo de evolução linear. Ora, nem sempre essa mesma evolução é encontrada nos países do terceiro mundo, como é o caso dos países da América Latina. A relação entre o ...

APF Leão - Boletim de Economia e Política Internacional
RESUMO Este trabalho pretende fazer uma análise comparada de política externa. O objetivo é comparar as ações de política externa para a América do Sul implementadas no primeiro governo Lula com aquelas desenvolvidas pelo primeiro governo Dilma. Para ...

PR de Almeida
As relações entre a democracia e a política externa, tal como propostas como temática para esta mesa redonda, serão aqui considerada no sentido estrito dos conceitos expressos. Não se trata, portanto, de examinar, em geral, as conexões entre os regimes ...

SA Soares, LP Milani - Relaciones Internacionales, 2016
Resumen Os governos de Luis Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner buscaram promover mu-danças nas políticas públicas, na forma de inserção internacional e na concepção de regionalismo. A busca por mudanças ocorreu de forma diferenciada, sendo que o lulismo ...

J Briceño Ruiz - Aldea Mundo
Resumen: Este artículo analiza los cambios en el modelo de integración del Mercado Común del Sur (MERCOSUR) desde el antecedente de integración bilateral entre Argentina y Brasil, en la década de 1980, pasando por el Tratado de Asunción, hasta el ...

M Botto - 2016
La integración regional está en crisis en el mundo: no solo en Europa sino también en América Latina. No se trata de una crisis novedosa sino de una tensión constante que atraviesa a los gobiernos ya sus sociedades entre el deseo de la unión sudamericana ...

JAA de Miranda, T de Castro Bandeira - Revista Orbis Latina, 2016
Resumo As mudanças ocorridas após a redemocratização do Brasil, bem como a elaboração de uma nova constituição no ano de 1988, junto a eventos no cenário internacional da época trouxeram o tema das relações internacionais para o cotidiano ...

B Suyama, LT Waisbich, IC Leite - The BRICS in International Development, 2016
Abstract The chapter explores, through Foreign Policy Analysis, Brazil's trajectory in South–South development cooperation (SSDC), comparing President Dilma Rousseff's first administration (2011–14) with Luiz Inácio Lula da Silva's two terms (2003–10). In the ...

G Klein Netto - 2016
Este trabalho apresenta um estudo da relação entre o histórico de classificações de risco soberano no Brasil e os seus efeitos na economia brasileira. Após o Acordo de Bretton Woods, em 1944, e a criação do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, a ...

L Barreto - 2016
Neste trabalho, analisamos a forma com que os temas da defesa foram tratados dentro da política externa dos governos de Lula da Silva e Rousseff (2003-2014). Por meio da análise da bibliografia especializada, de documentos oficiais do governo e de declarações ...

B Malacalza - Conjuntura internacional, 2016
Resumo El artículo analiza las motivaciones de la Cooperación Sur-Sur de los “países intermedios” en los casos de Brasil, Venezuela, Argentina, México, Chile y Colombia en Haití durante el período 2005-2015, considerando y comparando las correlaciones entre ...

JC Lourençon
Page 1. Insper Instituto de Ensino e Pesquisa Faculdade de Economia e Administração Júlia Cristina Lourençon A evolução do setor externo no governo do PT São Paulo 2015 Page 2. 2 Júlia Cristina Lourençon A evolução do setor externo no governo do PT ...

M Kalil, J Braveboy-Wagner - Diplomatic Strategies of Nations in the Global South, 2016
Abstract The overall purpose of this chapter is to present the diplomatic strategies that have allowed Brazil to be recognized as a leading nation in the twenty-first century. Generally, the chapter analyzes the country's use of soft power (Nye, JS 2004. Soft Power: The Means to ...

YS SOUSA - 2016
Bilateral relations between Brazil and Venezuela have long been regarded as void. Until the 1970s they were seen on friendly terms but far from any partnership effort, its from the late 70s and early 80s that it establishes indeed a diplomatic contact quantitatively significant ...

C LORENZO, SS ALMEIDA - 2016
A Cooperação Internacional é uma forma dos atores internacionais se relacionarem para coordenar esforços em busca de objetivos supostamente comuns. Ela pode assumer diversas formas, tais como alianças temporárias sobre temas específicos, coalizões mais ...

VT Sousa - Fronteira: revista de iniciação científica em Relações …, 2016
Resumo O presente artigo busca identificar quais as características da atuação em Política Externa (PEx) da Presidenta Dilma Rousseff em seu primeiro mandato (2010-2014) comparativamente ao exercido pelo seu antecessor Luís Inácio Lula da Silva durante ...

CM Lustig - Latin American Politics and Society, 2016
ABSTRACT This article analyzes the discourse of Brazil's foreign policy toward South America from 1995 to 2010 by means of quantifying, codifying, and weighting all speeches registered in the homogeneous and periodic official documentation of Brazil's Ministry of ...

A Rascovan - Relaciones Internacionales, 2016
La infraestructura ferroviaria ha sido centro de múltiples debates políticos desde la década de 1930 cuando se inaugura la primera y, hasta hoy única, conexión entre Argentina y Brasil. Desde una perspectiva geopolítica que contemple las representaciones y los juegos…

BJ Prates - Revista de Iniciação Científica em Relações …, 2016
Resumo O artigo apresentará quais foram os pontos focais e estruturantes das Estratégias Nacionais de Defesa (END), abarcando o período que vai da presidência de Fernando Henrique Cardoso até o final do segundo mandato de Lula da Silva. Durante esses 16…

DC Gomes - 2017
O presente trabalho analisa a política externa adotada pelos governos de Eurico Dutra (1946-1950) e de Getúlio Vargas (1951-1954), valendo-se de fontes primárias e secundárias. A hipótese defendida é a de que, durante esses dois governos, a política…

BR Troitinho, IC da Silva - Monções: Revista de Relações Internacionais da …, 2017
Resumo O aprofundamento da política externa africana do Brasil assumiu contornos claros no governo Geisel (1974-1979), que a submetia aos interesses do processo de substituição de exportações e a emoldurava em discurso culturalista de reforço ao mito da democracia…

PC Pimentel, L Panke
Abstract: The research aims to carry out both quantitative and qualitative analysis of Brazil's diplomatic addresses at the General Debate of the United Nations General Assembly during the Workers' Party Government (2003-2015). Luiz Inácio Lula da Silva became the first…

FB Ramos - 2017
Resumo: As iniciativas de integração regional latino-americanas podem ser classificadas em duas categorias: o regionalismo hegemônico e o regionalismo contra-hegemônico. O regionalismo hegemônico leva essa terminologia devido à hegemonia dos Estados Unidos…

JB Ruiz - Aldea Mundo, 2017
Resumen Este artículo analiza los cambios en el modelo de integración del Mercado Común del Sur (MERCOSUR) desde el antecedente de integración bilateral entre Argentina y Brasil, en la década de 1980, pasando por el Tratado de Asunción, hasta el denominado…

RC Barenho - 2017
O modelo de desenvolvimento e inserção internacional que guiou o Brasil a partir da segunda metade do século XX foi mantido por uma tríade que envolveu política econômica heterodoxa, política externa autonomista e política comercial de industrialização por…

BG Rosi
(Doutorado em Ciência Política-Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. A presente tese defende que José Maria da Silva Paranhos, o Barão do Rio Branco, e Joaquim Nabuco, respectivamente Ministro…

J Stelzer, E das Neves Gonçalves - Argumenta Journal Law, 2017
Resumo O foco da presente pesquisa estudou a tripla dimensão da evolução histórica do comércio mundial: a proposta GATT/OMC (Free Trade), a União Europeia e o Comércio Justo. Tratam-se de três grandes sistemas. Enquanto o prometido livre comércio não trouxe …

A Costa Sudario Boedhoe - 2017
O Brasil e a União Europeia tem relações diplomáticas desde a década de 60. Em 1960 o Brasil e a CEE estabeleceram as primeiras relações diplomáticas. Desde então, após sete cúpulas, o relacionamento bilateral mantém uma elevada importância tanto no quadro da …

DEAC LEONARDO
AUTOR: LEONARDO DE ANDRADE COSTA COLABORAÇÃO: RENATA GUIMARÃES  ... BLOCO I — ASPECTOS ESTRUTURAIS DA TRIBUTAÇÃO E DOS ELEMENTOS ECONÔMICOS E JURÍDICOS DA INTEGRAÇÃO FISCAL ..... 11  ... AULA 2 — O FLUXO CIRCULAR DA ATIVIDADE ECONÔMICA …

FIR Branco
Resumo: O presente artigo tem o objetivo fundamental de compreender o desenvolvimento da cooperação sul-americana em defesa, tendo como foco as repercussões do Conselho de Defesa Sul-americano (CDS/UNASUL). Para tanto, será empreendido um estudo de …

Structural Factors of Regional Integration

M Mukhametdinov - MERCOSUR and the European Union, 2019
This chapter discusses factors of size and interest asymmetries. No country in the EUrepresents 70% of the region's population and economy as Brazil does inMERCOSUR. The power asymmetry in favour of one country is a great obstacle to …

[PDF] Werner Baer, os brasilianistas ea interpretação econômica do Brasil: uma nota

LCD Prado - Cadernos do Desenvolvimento, 2018
Em uma perspectiva brasileira, América Latina é um conceito com alguns problemas. 2 Sua história remonta ao século XIX. Latinidade é uma ideia que surgiuna península itálica e que foi apropriada pela França, nas primeiras décadas do …

[HTML] Disruption, continuity and gradualism in Brazilian oil policies: 1995 to 2010

B Trojbicz, MR Loureiro - Organizações & Sociedade, 2018
Problematizando o ferramental do institucionalismo histórico, o presente trabalho 
tem como objetivo entender os determinantes da mudança das regras que pautam o 
setor de petróleo no Brasil. Assim, analisa o processo que originou a Lei do Petróleo …

PDF] Restraint and Regional Leadership after the PT Era: An Empirical and Conceptual Assessment

AC Vaz - Regional Leadership and Multipolarity in the 21st …
The text analyses the prospects of Brazilian regional leadership after the thirteenyear cycle of leftist governments led by the Workers Party. The analysis relies onconceptual and analytical contributions of Brent J. Steele and Barry Posen on …

[PDF] Which image? Of which country? Under which spotlight?: Power, visibility and the image of Brazil

CJ Martinez - Revista Trama Interdisciplinar, 2018
Since the beginning of this century, and up to the protests that preceded the 2014World Cup, a common point made by academics, journalists and commentatorsinterested in Brazil was the alleged 'rise'or 'emergence'of this country as a global …

[PDF] The political economy of permanent underachievement: a critique of neoliberalism and neodevelopmentalism in Argentina and Brazil

F Antunes de Oliveira - 2018
In Argentina and Brazil, the future never seems to arrive. Over the last three decades,successive waves of neoliberal and neodevelopmentalist reforms invariably endedin disappointment. The most relevant question defying the contemporary Brazilian …

Reconceiving Hipólito José da Costa as a Transatlantic Translator

K Brune - Luso-Brazilian Review, 2018
This article situates Hipólito José da Costa (1774–1823) as a translator travelingbetween Brazil, Europe, and the United States by analyzing his Diário da minhaviagem para Filadélfia (1798–1799) and the Correio braziliense, the London-based …

[PDF] 2.1 a colonização portuguesa e construção nacional

OBNO MUNDO, R CONCEITOS - O BRASIL NO MUNDO
Para autores como Raymundo Faoro (1958), o patrimonialismo seria o vício deorigem da sociedade brasileira, fruto do histórico ibérico pelo qual a sociedade sesubordinou a um Estado absolutista precocemente, resultando na elevação de …

Poder e comércio: A política comercial dos Estados Unidos

T Vigevani, F Mendonça, T Lima - 2018

(…) 
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 22 de julho de 2018
Revisão: 23/07/2018

Centenário de nascimento de Roberto Campos - Floriano Filho (2017)

Centenário de Roberto Campos


27:10Centenário de Roberto Campos
1ª parte
13:10 
2ª parte
14:00 
Centenário de nascimento de Roberto Campos é tema de reportagem especial
O diplomata e político Roberto Campos se transformou em ícone do liberalismo no Brasil. Era um duro crítico do modelo econômico doméstico, que considerava antiquado e inadequado para o crescimento nacional. Como defendia a redução da intromissão do Estado no mercado, foi atacado por políticos e ativistas ligados a partidos comunistas e socialistas, que o chamavam de “Bob Fields”. Para os amigos, era simplesmente Roberto.
Como senador e deputado federal, fez discursos memoráveis no Congresso Nacional, apresentando um receituário para o crescimento econômico e desenvolvimento industrial e social do Brasil. Se estivesse vivo, iria completar 100 anos agora em abril. E é esse o tema que a Rádio Senado traz para você nesta sexta-feira (dia 21/04), a partir das 18h, na reportagem especial “Roberto Campos, um ícone do liberalismo brasileiro”.
Por meio de áudios históricos, depoimentos de senadores e de pesquisadores, são lembrados momentos marcantes que envolveram o político. A insistência em defender a modernização do país marcou o mandato de Roberto Campos no Senado, como lembra o historiador Antônio Barbosa. “A passagem dele pelo Senado ficou famosa pela insistência, com extremo vigor, de combater a lei de informática, que um nacionalismo que ele chamava de caolho e completamente anacrônico estaria condenando o Brasil ao atraso tecnológico”, analisa.
No dia 17 de abril, o Senado promoveu uma sessão especial para homenagear o centenário de nascimento de Roberto Campos, que morreu em 2001. O senador Cidinho Santos, do PR de Mato Grosso, estado onde nasceu Roberto Campos, foi um dos autores do requerimento. “Ele dizia que o bem que o Estado pode fazer é limitado. O mal é infinito”, lembra o senador. 

sábado, 21 de julho de 2018

Licoes da Australia para o agro brasileiro - Marcos Sawaya Jank

Lições da Austrália para o agro brasileiro

Jornal “Folha de São Paulo”, Caderno Mercado, 21/07/2018

Marcos Sawaya Jank (*)

Temos muito a aprender em organização, regulação, comunicação e presença internacional.

Estive recentemente na Austrália, um dos países com os quais mais temos a aprender na área de organização de cadeias produtivas, regulação adequada e política comercial competente.

Apesar de ser o sexto maior país em área do mundo, logo atrás do Brasil, a Austrália padece de um imenso déficit hídrico. Ela se posiciona entre os países mais áridos do planeta, além de ser vítima frequente das mudanças do clima e de eventos extremos. 

Sem água para expandir a produção agropecuária e com um mercado interno bastante limitado (o país possui apenas 25 milhões de habitantes), a Austrália decidiu investir na organização das suas cadeias de commodities, buscando adição de valor e diferenciação no exterior.

Para começar, o país assinou dezenas de acordos comerciais que cobrem virtualmente toda a sua pauta exportadora, principalmente na Ásia, garantindo acesso privilegiado e menores problemas e surpresas.

A Austrade, agência de promoção de comércio e investimentos semelhante à nossa Apex, tem 83 escritórios no exterior, dos quais 48 apenas na Ásia.

No agronegócio, chama a atenção a sólida cultura enraizada no governo e no setor privado em temas como qualidade e segurança do alimento, rastreabilidade, inovação e capacitação. São notáveis o sistema de classificação e tipificação de produtos e o trabalho subsequente de marketing e fixação da marca-país. Isso dá à Austrália uma alta reputação e credibilidade principalmente na Ásia, traduzida em maiores preços dos produtos vendidos.

No setor privado, a organização da cadeia das carnes vermelhas é um bom exemplo. A principal organização do setor —a Meat and Livestock Australia (MLA)— tem um orçamento anual de US$ 154 milhões (R$ 585 milhões), dos quais US$ 40 milhões (R$ 152 milhões) bancados pelo governo, para serem gastos basicamente com programa de inovação tecnológica no país e de comunicação no exterior. A entidade já montou sete escritórios no exterior.

Sem poder contar com a opção confortável de um grande mercado doméstico e tendo de encarar custos mais elevados em razão da carência de água e de mão-de-obra do país, a Austrália não pode falhar na consistência das suas exportações.

O sistema de vigilância para evitar a entrada de doenças no país é sofisticado e eficaz, visível para qualquer um que desembarca nos aeroportos do país.

A legislação sanitária é simples e objetiva, focada nas necessidades dos reguladores e dos clientes do exterior. No Brasil, a legislação sanitária é ultrapassada (data dos anos 1930!), complicada e engessada, sendo que muitos agentes e empresas não conhecem o ambiente regulatório e as exigências do mercado externo. Não são raros os casos em que as respostas que são dadas não atendem ao que foi pedido no exterior.

É quase um milagre termos chegado a quase US$ 100 bilhões em exportações no agronegócio brasileiro, sem contar com o suporte de acordos comerciais, sem logística adequada, com legislações anacrônicas e presença ínfima no exterior. O que nos salvou foi a disponibilidade de recursos naturais do Brasil, aliada ao desenvolvimento tecnológico e, principalmente, à bravura dos agricultores e das agroindústrias que desbravaram os nossos trópicos. 

Mas nos quesitos organização, regulação, comunicação e presença internacional temos muito a aprender com países como a Austrália.

(*) Marcos Sawaya Jank é especialista em questões globais do agronegócio. Escreve aos sábados, a cada duas semanas.

Ensaios de grande estrategia brasileira - João Paulo Soares Alsina Jr.

Valendo-se da experiência adquirida no Itamaraty e no Ministério da Defesa e de quase 20 anos de estudos sobre o tema, João Paulo Alsina Jr. oferece aos leitores um diversificado painel sobre o conceito de grande estratégia, o sistema internacional de segurança, o caráter da guerra contemporânea, as operações de paz da ONU e o modelo de recrutamento militar brasileiro. Ensaios de grande estratégia brasileira reúne cinco capítulos sobre a articulação entre as políticas externa e de defesa do país, em que o autor enfatiza a necessidade inadiável de retirar o Exército do pântano da segurança pública, condição sine qua non para implementar uma grande estratégia coerente - e para enfrentar de maneira efetiva a ameaça do crime organizado. Este livro será de grande valia para todos os interessados em política externa, defesa, segurança internacional, história e ciência política, bem como para qualquer cidadão preocupado com o futuro do Brasil.

Minha transcrição de alguns trechos da Introdução do Autor: 

       “Esse texto inédito reflete, indiretamente, a perplexidade do autor diante da catástrofe que se abateu sobre o país nos últimos anos, reveladora de um estado de putrefação civilizacional sem paralelo em nossa história. A aterradora idiotizacão de nossa suposta elite cultural, produzida pela universidade brasileira ao longo de muitas décadas, está na base desse processo, razão pela qual torna impossível compreender o surrealismo nosso de cada dia sem referência ao quadro mais amplo que o engendrou. (...)
Sem que se proceda à discussão dessas mazelas primordiais, uma tão improvável quanto imprescindível reforma do modo brasileiro de estar no mundo não se materializará. Ao fim e ao cabo, novas aberrações serão criadas, talvez ainda mais nefastas do que as atuais. Roberto Campo afirmava que o Brasil ‘não perde oportunidade de perder oportunidades’. Talvez fosse o caso de não perder a oportunidade de apontar a oportunidade única que se apresenta com uma crise de tamanha envergadura. São nas crises que os indivíduos têm a chance de abandonar a complacência, de colocar em causa percepções longamente sedimentadas, de buscar a verdade sem o temor do ostracismo. A circunstância dos dias que seguem favorece a renovação, mas para tanto é preciso o diagnóstico correto e coragem moral para mudar. O indispensável senso de proporção, artigo raríssimo em nossas plagas, somente poderá ser reconstruído se formos capazes de recuperar o que de melhor o Brasil produziu no passado, e de acrescentar a esse patrimônio novos elementos que corrijam mazelas históricas.
Mais do que qualquer coisa, faz-se necessário questionar incisivamente as práticas recentes em todos os domínios da vida em sociedade – única forma de reverter o acelerado processo de decadência e de esgarçamento do tecido social. Somente no contexto de uma retomada vigorosa da modernização – de escopo igual ou superior em profundidade à restauração Meiji ou à fundação da Turquia liderada por Kemal Ataturk no pós-Primeira Guerra – poderá o Brasil aspirar a um futuro menos soturno. Evidentemente, a modernização não poderá seguir os moldes do modernismo nacional, que se transformou em uma tradição conservadora e deletéria – a despeito, ou talvez em função, da sua retórica de ruptura e emancipação. Se o mito modernista, associado ao mito revolucionário (ambos mediados pelos indivíduos que deles se nutriram), nos trouxe ao estado de coisas atual, caberia admitir que uma mudança qualitativa da nossa visão de mundo encontra-se dependente de duas tarefas prévias. A primeira, refere-se ao questionamento dos aspectos nefastos da cosmovisão reformista-revolucionária. A segunda, tem a ver com a criação de novos consensos virtuosos, menos dissociados da verdade e mais tendentes a fundamentar valores positivos: religiosidade tolerante, trabalho, honestidade, amor ao conhecimento, busca da verdade, solidariedade, patriotismo, apreço pela ordem, respeito ao mérito, autonomia do indivíduo em relação ao Estado, intolerância ao crime, universalismo na aplicação da lei, etc.
Ao contrário do que alguns querem fazer crer, os problemas atuais não têm a ver fundamentalmente com questões econômicas ou políticas. Trata-se de algo mais profundo e alarmante: uma crise multidimensional, que explicita a defasagem radical entre a mundivisão dominante, as elites do Brasil e as demandas da contemporaneidade. Esse fenômeno não diz respeito tão somente à obsolescência da base industrial ou à putrefação do sistema de educação – sequestrado ideologicamente pelo que há de mais retrógrado. Para onde se olhe, o observador encontrará atraso, corrupção, desalento, imobilismo, violência. Se é certo que essa não é uma tendência transversal – a justiça brasileira, apesar de suas carências e contradições, vem dando demonstrações de que pode agir de modo republicano –, parece igualmente correto afirmar que somente uma reforma em regra das nossas instituições e da nossa maneira de estar no mundo poderá reverter o processo de degeneração da vida coletiva no país.
A questão da grande estratégia brasileira encontra-se dependente desse processo de reforma, sempre penoso e repleto de obstáculos impostos pelo subdesenvolvimento – entrincheirado nas mentes de indivíduos que ocupam posições-chave na sociedade, o que apenas torna mais complexa a superação das redes de interesses materiais vinculados ao atraso. O pacto da mediocridade que prevalece na administração dos negócios do Estado, particularmente no tocante à gestão da política de defesa e à inércia de uma retórica de política externa castradora e derrotista, não nos permite antever que seja viável articular, de modo coerente, política, economia, poder militar e inteligência em prol dos interesses nacionais. Interesses, aliás, que são cada vez mais diluídos em função de um duplo cerco, representado pela adesão irrefletida de parcela das elites brasileiras ao globalismo e pela desorganização crescente de um aparato estatal assolado por níveis assustadores de entropia.
Nesse contexto, pensar a grande estratégia do país torna-se ainda mais relevante. Se a crise do presente vier a ser superada em bases sólidas, ela o será a partir de uma mudança de mentalidades que valorize o conhecimento e aqueles que o produzem de maneira séria e responsável. Nunca é demais enfatizar o quanto o proverbial desprezo brasileiro pelo estudo laborioso, baseado em um pragmatismo oportunista e acéfalo, prejudica, ou mesmo impossibilita, a obtenção de massa crítica indispensável à resolução de problemas.”

Retomo (PRA): 
Um livro que precisa ser lido não apenas por diplomatas e militares, mas por todos os brasileiros, em especial aqueles que pertencem (ou julgam pertencer) às elites do país (econômicas, políticas, os mandarins do Estado, etc.).
João Paulo Soares Alsina Jr. é um grande intelectual, um dos maiores que conheci na carreira diplomática.

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 21/07/2018

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