15:00-15:20
|
Abertura
|
|
§ Professor Arno Wehling, Presidente do IHGB
§ Embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima, Presidente da FUNAG
|
15:20-15:40
|
Palestra
|
|
§ Rogério de Souza Farias, autor do livro
|
15:40-15:50
15:50-17:10
|
Intervalo
Debate
|
|
§ Embaixador Marcílio Marques Moreira, prefaciador da obra
§ Embaixador
Luiz Felipe Seixas Corrêa
§ Ministro Paulo
Roberto de Almeida, Diretor do IPRI
§ Rogério de Souza Farias
§ Perguntas da plateia
|
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
Diplomacia economica do Brasil, em debate no IHGB-RJ, 11/10/2017
Milton Friedman, um dos gênios da economia do século XX
Centurians — Milton Friedman
A Series Dedicated To Long Lived Genius
Centurian status requires more than just longevity. It requires a life-long history of impact and genius. Milton Friedman may have been one of the most eloquent. At a diminutive five feet tall, what he lacked in stature he made up for in presence and communication. He received his PhD in 1946 and spent the 60 years making the Chicago School of Economics one of the the finest.
After obtaining his PhD and a new role at the University of Chicago, Milton would spend the next 30 years examining free markets, monetary policy, and other economic principles. In 1976, he would win a Nobel Prize for his work. The following year he retired.
Centurians Don’t Really Retire
Retirement for Friedman was likely more exciting than his professorship had been. He joined the Hoover Institute, started a PBS series, wrote numerous books, traveled the world, and advised a president. He began to become the face of economics. The dismal science had found a charismatic and pleasant new teacher.
His first step into the spotlight was a college tour. Friedman appeared in front of numerous audiences of young college students and took questions on policy and economics. The lectures were recorded, many are now available on Youtube. In these appearances, Milton nimbly responded to impromptu questions and engaged in free form debate.
In 1979, Friedman even brought economics to day time television. He appeared on the Phil Donahue defending free markets and economic freedom.
He followed this success with a new book in 1980 — Free To Choose: A Personal Statement. Co-authored with his wife Rose, more on her later, the book was a defense of free market systems and a tremendous success.
Having Fun
Along the way, Milton kept his sense of humor. His lectures were full of smiles and pleasantries. He was the voice of freedom, choice, and prosperity. His critics will claim that he never had a lasting impact on public policy. Many claim that despite his fame, he had a limited track record for real outcomes. Perhaps that is fair, but Friedman and his colleagues from the Chicago School did plenty to return a diversity of opinion to a discipline that had been dominated by Keynesian principles.
Partnership
As we close this article, it is worth noting Friedman’s most important partnership — his wife Rose. Rose may eventually merit her own article in this series, but for now let’s at least note how important her work and partnership were to Friedman. Their marriage itself lasted 68 years, may even still be going depending on your point of view. And so what began as collaboration became a life-long partnership.
“Nothing is so permanent as a temporary government program.” ― Milton Friedman
Friedman passed in 2006 at the age of 94, his wife Rose a few years later. Whether you subscribe to his theories or not, there is little debate that he left his mark on history. Thanks for reading and stay tuned for more Centurians.
A Series Dedicated To Long Lived Genius
circa-navigate.corsairs.network
Want more from Friedman, consider:
Capitalism and Freedom
A later work would secure Friedman the Nobel Prize, but Capitalism and Freedom was the book that announced his arrival…
sails.corsairs.network
For more on economics:
Analyst’s Crucible (Economics)
China: o mais moderno país do mundo
Meanwhile, China’s internet of things (IoT) industry has quietly grown at a rate of 25% annually to $142 billion in size. The government is encouraging China to become a leader in new emerging technology industries like IoT and artificial intelligence (AI), under the “Made in China 2025” and “Internet Plus” plans. This is spurring domestic innovation at unprecedented levels. The national plan on becoming the world leader in AI by 2030 was released earlier this summer, leading many companies to consider their China investment strategies in a different light; Google, for example, seems to be putting together a China-based AI team.
7. China is introducing 350kph trains
https://cdn-images-1.medium.com/max/1600/0*jw6yzChqEgzLTwPK.png
China is expanding its high-speed rail network, already the largest in the world by far. Image: The Economist
China already has the largest high-speed train network in the world but it’s planning to increase it even further by 2020. It has become even faster, too, with the introduction of the next-generation, 350kph Fuxing trains and is extending new technologies, such as driverless subway trains and maglev lines, into its municipal transport systems as well. However, one of the biggest announcements to hit the news this month — China’s plan to build a hyperloop network of very high-speed trains travelling in hermetically sealed tubes — is garnering some more sceptical views.
quinta-feira, 28 de setembro de 2017
Oliveira Lima: 150 anos do nascimento - Coloquio na PUCRS, 3-4/10/2017
Um “torpedo diplomático” que sofria de “incontinência da pena” nas palavras de Joaquim Nabuco. Um “Dom Quixote gordo” aos olhos de Gilberto Freyre. Controverso, polêmico, dissidente, divergente, rebelde, são todos adjetivos comumente utilizados para descrevê-lo. Alguns são melhor empregados que outros, mas todos certamente precisam ser entendidos em relação ao contexto em que lhe foram atribuídos. Crítico mordaz, apreciador de um bom debate, polemista convicto e defensor empedernido da sua independência de opinião, chegando até as raias da intransigência e possivelmente do bom senso em algumas ocasiões, o diplomata pernambucano conquistou admiradores fieis quase na mesma medida em que granjeou inimigos e desafetos e merece uma celebração a altura da sua contribuição para a literatura, a historiografia e a diplomacia no Brasil.
O presente Colóquio, portanto, aproveitando-se da ocasião dos 150 anos de nascimento de Manoel de Oliveira Lima, se propõe a discutir, numa abordagem multidisciplinar, as principais facetas da sua carreira. Com isso, espera-se divulgar a sua obra e debater sobre o legado de Oliveira Lima para as diversas áreas em que atuou, como a historiografia, a literatura, a diplomacia e o jornalismo.
- Aproveitar a ocasião dos 150 anos de nascimento de Manoel de Oliveira Lima para, a partir de uma abordagem multidisciplinar, discutir as principais facetas da sua carreira. Com isso, espera-se divulgar a sua obra e debater sobre o legado de Oliveira Lima para as diversas áreas em que atuou, como a historiografia, a literatura, a diplomacia e o jornalismo.
- Analisar a obra de Oliveira Lima em suas diversas facetas, estreitando o diálogo multidisciplinar entre as diversas áreas do conhecimento implicadas em suas obras, tais como a História, a Sociologia, a Ciência Política, a Literatura e as Relações Internacionais.
- Analisar a produção historiográfica mais recente e atualizar o debate sobre a obra e atuação diplomática de Oliveira Lima.
- Divulgar o conhecimento histórico acadêmico produzido sobre a obra e atuação política de Oliveira Lima aos pesquisadores das áreas de História, Sociologia, Ciência Política, Literatura e Relações Internacionais e demais interessados.
Dr. Luciano Aronne Abreu
Dra. Nathalia Henrich
Horário | Atividade |
---|---|
9h30min às 10h | Abertura Prof. Dra. Duilia F. De Mello (The Catholic University of America) |
10h às 11h30min | Mesa Redonda Oliveira Lima: Historiador Prof. Dra. Teresa Malatian (UNESP) Prof. Dr. Marcos Galindo (UFPE) Prof. Dra. Nathalia Henrich (PUCRS) Moderador: Prof. Dr. Luciano Aronne de Abreu |
14h às 15h30min | Mesa Redonda Oliveira Lima: Crítico literário Prof. Dr. Ricardo Souza de Carvalho (USP) Prof. Dr. Antonio Arnoni Prado (UNICAMP) Moderador: Prof. Dr. Helder Gordim da Silveira (PUCRS) |
Dia 04 de outubro
Horário | Atividade |
---|---|
10h às 11h30min | Mesa Redonda
Oliveira Lima: Diplomata Prof. Dra. Katia Gerab Baggio (UFMG) Prof. Dr. Helder Gordim da Silveira (PUCRS) Moderadora: Prof. Dra. Nathalia Henrich (PUCRS) |
14h às 15h30min | Apresentação de trabalhos http://www.pucrs.br/eventos/inst/oliveiralima/ |
Partido NOVO: Gustavo Franco preside a Fundacao NOVO
Temos a satisfação de informar que o economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, um dos formuladores do Plano Real e recém-filiado ao partido, aceitou o desafio de presidir a Fundação NOVO.
A Fundação terá como principais objetivos: elaborar propostas para programas de governo; desenvolver estudos de políticas públicas; conduzir atividades de educação política; e realizar convênios e parcerias com outras instituições no Brasil e no exterior.
De acordo com Gustavo Franco, “nos últimos anos os horizontes se ampliaram extraordinariamente para as ideias pró-mercado e para novas abordagens sobre o desenvolvimento tendo como base o indivíduo, o progresso pessoal e a liberdade para empreender. O NOVO oferece um veículo e uma oportunidade muito valiosa para que essas ideais se apresentem de corpo inteiro no espectro partidário e estabeleçam sua importância nos debates nacionais”.
Gustavo é carioca, 61, economista formado pela PUC-Rio e Ph.D pela Universidade de Harvard. É sócio fundador da Rio Bravo Investimentos e professor da PUC-Rio. Foi presidente do Banco Central e exerceu outras atividades no serviço público entre 1993 e 1999. Tem vários livros publicados.
A vinda de uma pessoa competente, alinhada e comprometida com os valores do NOVO, como o Gustavo, é mais um passo rumo à construção de um país admirado.
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
Cesse tudo o que a musa antiga canta...: lancamento do livro de Ricupero em Brasilia anulado
O programa de lançamento era intenso, como revelado nesta minha postagem de alguns dias atrás:
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/09/ricupero-livro-diplomacia-na-construcao.html
O último capítulo do livro, antes do Posfácio (datado de 27 de julho de 2017), termina da seguinte maneira:
Ao alcançar este meu Cabo da Boa Esperança, certamente me enganei em julgar terminado o livro, da mesma forma que se equivocou Diogo Cão, a tomar a foz do rio Zaire pelo fim da África. Ergueu mesmo assim seu marco, deixou outro corrigir-lhe o erro e seguiu avante, dizendo:
"A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus".
No caso do lançamento, eu nunca me tomei por Deus – impossível, até mesmo por ser um irreligioso igualmente imperfeito – mas o "por-fazer" era comigo mesmo, com marco ou sem marco, no caso, todos eles virtuais, nesta fase.
Havia até preparado o painel:
e o banner de lançamento do livro no Itamaraty:
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/09/rubens-ricupero-e-construcao-do-brasil.html
O Centro de Estudos sobre as Relações Internacionais do Brasil Contemporâneo
<https://mailtrack.io/trace/link/645b08bb1a6eefabc8a730336c0451d65a92e810?url=https%3A%2F%2Fsites.google.com%2Fview%2Fribrasil&userId=949769&signature=e988d976afc773a1>,
laboratório do programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da
Universidade de Brasília, convida para a Mesa Redonda “A diplomacia na
construção do Brasil – 1750 – 2016”, a propósito do lançamento do livro de
autoria do Embaixador Rubens Ricupero. O evento terá lugar no dia 10 de
outubro de 2017, as partir das 17:30h, como se vê no Programa abaixo.
*PROGRAMA*
*14h 30 min – Abertura*
- Prof. José Flávio Sombra Saraiva, diretor do Instituto de Relações
Internacionais da Universidade de Brasília
*14h 40 min – Mesa Redonda*
- Embaixador Rubens Ricupero – A diplomacia na construção do Brasil
(1750 – 2016)
- Prof. Estevão Chaves de Rezende Martins, professor titular do
Departamento de História da Universidade de Brasília – Debatedor
- Ministro Paulo Roberto de Almeida, diretor do Instituto de Pesquisa de
Relações Internacionais da Fundação Alexandre de Gusmão (Ministério das
Relações Exteriores).
*Moderador*
- Prof. Antônio Carlos Lessa, professor do Instituto de Relações
Internacionais da Universidade de Brasília.
*Sessão de autógrafos do livro A diplomacia na construção do Brasil (1750 –
2016)*
O evento terá lugar no Auditório do Instituto de Relações Internacionais da
Universidade de Brasília (Campus Universitário Darcy Ribeiro – Asa Norte –
Brasília – DF), no dia 10/10/2017, das 14h 30 min às 16h 40 min.
e na CNI:
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/09/cni-convida-para-o-lancamento-do-livro.html
Tudo cancelado, até nova oportunidade. Para os que não sabem, exatamente, porque os eventos foram cancelados, creio que estas duas postagens são suficientes:
Para não frustrar aqueles desejosos de conhecer o livro, transcrevo abaixo uma pequena resenha que elaborei em intenção da imprensa periódica:
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/09/ricupero-livro-diplomacia-na-construcao.html
Bem, por enquanto, ficamos assim:
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandre e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram:
Que eu canto o peito ilustre lusitano,
A quem Netuno e Marte obedeceram!
Cesse tudo o que a musa antiga canta, que outro valor maior alto se alevanta!
Luis de Camões, Os Lusíadas, Canto I, estrofe 3
Pela transcrição:
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 27 de setembro de 2017
Diplomacia lulopetista: a imagem do desastre - Editorial Gazeta do Povo
editorial Gazeta do Povo, 27/09/2017
A imagem do desastre
A diplomacia do PT destruiu uma tradição de equilíbrio, bom senso e excelência, perseguiu diplomatas não alinhados, abandonou interesses nacionais e apoiou regimes ditatoriais
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/a-imagem-do-desastre-8y9imwbxdmy5jup8isxg59ea1
O embaixador Rubens Ricupero, um dos mais destacados diplomatas
brasileiros, que ademais já foi ministro do Meio Ambiente e da Fazenda
nos anos 1990, está lançando um novo livro, que se soma a seu prolífico
legado como historiador e ensaísta. Na obra A diplomacia na construção do Brasil – 1750-2016,
Ricupero analisa o papel da diplomacia brasileira na consolidação das
fronteiras nacionais e na identidade da nação. Em entrevista à Folha de São Paulo,
nesta terça-feira (26), o diplomata deu um diagnóstico certeiro sobre a
atual imagem do país lá fora: “Ninguém quer sair na foto com o Brasil”.
Esse derretimento da imagem brasileira no exterior, à semelhança da
mais grave crise econômica da nossa história, é outra das heranças
malditas do governo do Partido dos Trabalhadores.
O embaixador Ricupero até tenta contemporizar, bem no tom do
diplomata experiente que é, elogiando algumas iniciativas do
ex-presidente Lula e do ex-chanceler Celso Amorim, que esteve à frente
do Itamaraty entre 2003 e 2010. Mas a verdade é que a diplomacia petista
obliterou o Ministério das Relações Exteriores e fez terra arrasada de
uma tradição de dois séculos de equilíbrio, bom senso e excelência,
perseguindo diplomatas não alinhados, aparelhando descaradamente a
máquina ministerial, abandonando interesses nacionais óbvios e apoiando
financeiramente regimes ditatoriais. O Itamaraty, que sempre se
orgulhara de fazer política de Estado, e não de governo, foi
praticamente posto de joelhos pela sanha ideológica de uma diplomacia
rasteira e nitidamente enviesada, estranha à vocação universalista do
Brasil. O Itamaraty foi posto de joelhos pela sanha ideológica de uma diplomacia rasteira e nitidamente enviesadaAinda mais, o avanço da operação Lava Jato e de suas ramificações nos Judiciários estrangeiros está revelando que muito desse processo se deveu não só à cegueira ideológica e ao autoritarismo tacanho, mas deu-se às custas da mais desbragada corrupção. Aqui como lá os companheiros só faziam lambuzar-se nos recursos sofridos do contribuinte brasileiro, notadamente pelo financiamento do BNDES a obras de interesse duvidoso no exterior. Isso só foi possível por uma operação de marketing pedestre, que contou com a vista grossa de muitos formadores de opinião e observadores desaviados: “Esse é o cara!”, declarava o ex-presidente Barack Obama sobre Lula em 2009, para a jactância dos petistas que, à época, convenientemente se esqueceram do seu antiamericanismo atávico.
Leia também: Diplomacia que se apequena (editorial de 27 de julho de 2014)
Que grande campanha publicitária foi essa, que não deixa nada a dever às maquinações do marqueteiro João Santana? Da mesma forma que o desempenho econômico brasileiro nos anos 2000 era vendido como mérito exclusivo do PT, enquanto se menosprezavam a bonança internacional do período e o legado positivo da estabilização econômica dos anos 1990, o protagonismo externo era creditado exclusivamente ao messianismo do “lulo-amorismo”, desconsiderando a inserção delicada e bem-sucedida do Brasil na ordem internacional, com a adesão a uma série de regimes, como o de não proliferação nuclear e os de direitos humanos, além do início de uma integração responsável com a América do Sul. Plantou-se a mentira estratégica, colheu-se a desmoralização quase completa.
Ricupero cita a importância do Brasil em matéria agrícola e ambiental. Mas nenhuma das posições em que a diplomacia brasileira ainda tem relevo é mérito dos delírios de grandeza da diplomacia “altiva e ativa” de Amorim. A imprescindibilidade do Brasil nas negociações comerciais agrícolas, por exemplo, é fruto do dinamismo e da eficiência do setor agrário, que remonta pelo menos à criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, em 1973. A centralidade nas discussões ambientais, por outro lado, deve-se ao fato de o país possuir a maior biodiversidade do mundo e uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, escolha política que antecede em muito o petismo. Mesmo as conquistas na proteção ao patrimônio natural da floresta Amazônica, que tanto se alardeia estarem em risco sob o governo de Michel Temer, começaram a degringolar ainda na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
O alto custo dessa trama macabra dos petistas no Itamaraty ainda será contabilizado por muito tempo. As dimensões do desastre são muitas e o próprio Ricupero reconheceu que “ninguém pode imaginar que o Itamaraty alavancará o Brasil se o país não acaba com a corrupção, não volta a crescer [e] não combate a miséria”. Mas não é só. Além de reformas de que o país precisa para retomar a estrada do crescimento sustentável e de punição exemplar, na forma da lei, para todos os corruptos que estenderam seus tentáculos sobre o Brasil desde 2003, será necessário garantir que nossa diplomacia seja resgatada – e ainda há diplomatas capacitados para tanto – e permaneça sempre como uma diplomacia de Estado. Não de governo, e muito menos dos companheiros.
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/a-imagem-do-desastre-8y9imwbxdmy5jup8isxg59ea1?utm_source=gazeta-do-povo&utm_medium=box-lista&utm_campaign=mais-quente-dia
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Conselho de Relacoes Internacionais, em Sao Paulo - Rubens Antonio Barbosa (OESP, 26/09/2017)
Rubens Barbosa
O Estado de S. Paulo, 26/09/2017