Lo strano caso del Dr. Lula e Mister Chávez
Carlos Alberto Montaner
(Traducido por Barbara Bessone)
FirmasPress, Agosto 9, 2009
Dentro e fuori dal Brasile esiste una crescente sfiducia sulle reali intenzioni politiche di Lula da Silva. Il recente invito a visitare il paese al presidente Mahmud Ahmadineyad un pessimo sintomo. Il ministro della Difesa iraniano, Ahmad Vahidi, personaggio richiesto dall'Argentina. Infatti ha organizzato l'attentato terroristico contro l'AMIA ebrea in Buenos Aires nel 1998. Ha ucciso 85 persone e ne ha ferite oltre 300. Ahmadineyad inoltre, non ha mai ritirato la sua minaccia di cancellare dalle mappe Israele.
Perch questo impegno brasiliano nel voler servire gli iraniani negli sforzi da parte di Teheran (insieme al Venezuela) per coordinare la strategia diplomatica di paesi ostili all'Occidente, e di costruire armi atomiche? "questa la prova della duplicit morale di Lula" mi ha detto un diplomatico venezuelano che non ha voluto essere identificato. Ed ha anche aggiunto un'osservazione irrefutabile:" Nel 1990, Lula da Silva e Fidel Castro hanno creato il Foro de Sao Paulo per ridare vita alla corrente comunista latinoamericana, allora completamente demoralizzata dopo l'abbattimento del muro di Berlino.
In quella famiglia politica troviamo dalle FARC e l'ELN fino al Movimiento V Republica di Chavez. Le hanno nuovamente aggruppate per continuare a combattere. L'unica costante ideologica di Lula il suo rifiuto all'Occidente"
Ci nonostante, dentro alle frontiere brasiliane, Lula da Silva gode di una notevole popolarit perch non si scostato dal prudente comportamento economico tracciato da Fernando Henrique Cardoso, l'anteriore mandandatario. In Brasile si comporta come un democratico impegnato ad impulsare un modello di sviluppo fondato nel mercato e il controllo privato dei mezzi di produzione, e nel mentre appoggia l'inserimento crescente del suo paese nei meccanismi internazionali del capitalismo globale.
Ma chi realmente Lula da Silva? Quel rivoluzionario del terzo mondo impegnato a distruggere il primo mondo e sostituirlo con un pianeta socialista governato da caudillos rissosi del gruppo collettivista, come sognano Hugo Chavez e altri deliranti creatori del caos di quella famiglia politica, oppure un socialdemocratico moderato, dedito allo sviluppo di un'economia di mercato, simile a quella che impera nelle 30 nazioni piu ricche e felici della Terra?
Temo che entrambe le cose allo stesso tempo, come sogn (letteralmente lo sogn) Robert Luis Stevenson nel 1886, quando scrisse Lo strano caso del Dr. Jekill e Mr. Hyde, per spiegare la dualit morale di uno scientifico generoso che si trasformava in un essere aggressivo e detestabile dopo aver bevuto una pozione che lo faceva diventare un'altro. Per Stevenson, la novella era una metafora che rivelava la lotta tra il bene e il male che esisteva nella natura di tutti gli esseri umani.
Ci troviamo di fronte un Dr. Lula e Mr. Chavez. Quando il presidente brasiliano ragiona con la testa il Dr. Lula, un uomo affabile di buon senso checonosce i limiti personali e quelli del suo paese, si comporta nel rispetto della legge e delle libert individuali. Quando invece ci che comanda il cuore, organo che si trova a sinistra (come solito dire Marco Aurelio Garcia, il principale assessore di Lula, proveniente dal Partito Comunista) appare Mr. Chavez, il "compagno rivoluzionario", un tizio convinto che la povert del terzo mondo sia dovuta all'avidit degli Stati Uniti e delle nazioni imperialiste, alla cupidigia dei capitalisti nazionali e stranieri, agli ingiusti accordi di interscambi, e al resto delle diagnosi vittimistiche di quella prefica setta ideologica.
Quando Lula governa con il cuore e diventa Mr. Chavez, incita il suo Partito dei Lavoratori, magari sotto l'influenza dei suoi consiglieri M.A. Garcia e Jos Dirceu - un exguerrigliero addestrato a Cuba ed ex membro dei servizi segreti cubani- a collaborare con le narcoguerriglie colombiane, come lo hanno rivelato i computers di Raul Reyes, il comandante delle FARCucciso nel 2008 da militari colombiani. Quando Mr. Chavez, consegna al suo amico Fidel Castro tre poveri pugili che avevano chiesto asilo politico in Brasile, o si compromette in modo irresponsabilecon Mel Zelaya per dare rifugio al presidente deposto in un recinto diplomatico brasiliano in Tegucigalpa, negando (in modo infantile) di aver dato l'autorizzazione.
Nella novella di Stevenson, il Dr. Jekill si toglie la vita perch incapace di sopportare ancora il dolore di essere anche Mr. Hyde. Come finir Lula da Silva? Presumo che come un rispettabile statista, anche se segretamente colpito dall'angoscia di non sapere quale dei due personaggi realmente.
Novembre 29, 2009
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
1726) Miseria da educacao no Brasil: muito pior do que podemos imaginar...
O relatório Educação para Todos, que acaba de ser divulgado pela Unesco, coloca o Brasil no 88. lugar entre 128 nações, um lugar pouco cômodo para quem se pretende potência regional, quiçá potência mundial, oitrava economia mundial e coisas do gênero.
Estamos até atrás do Paraguai.
O IDE (Indice de Desenvolvimento da Educação) analisa uma série de indicadores; o que prejudica mais o Brasil é o número dos que conseguem terminar o 5. ano do FUndamental.
Ver outros dados no site da Unesco: http://www.unesco.org/education/efa/ed_for_all/
http://www.unesco.org/en/efa-international-coordination/
Para o Relatório: Making Education Work For All, este link:
http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001853/185398e.pdf
Estamos até atrás do Paraguai.
O IDE (Indice de Desenvolvimento da Educação) analisa uma série de indicadores; o que prejudica mais o Brasil é o número dos que conseguem terminar o 5. ano do FUndamental.
Ver outros dados no site da Unesco: http://www.unesco.org/education/efa/ed_for_all/
http://www.unesco.org/en/efa-international-coordination/
Para o Relatório: Making Education Work For All, este link:
http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001853/185398e.pdf
1725) Globalizacao e antiglobalizacao: ja que estamos falando do FSM
Enquanto estamos com a mão na massa, e para que não se pense que eu levo os antiglobalizadores na brincadeira, permito-me reproduzir aqui abaixo uma lista não-exaustiva de meus trabalhos puramente opinativos (embora alguns contenham trabalho de pesquisa também) sobre os alternativos surrealistas.
Eu me permito atacá-los assim pois não tenho encontrado, infelizmente, argumentos sustentáveis que possam apoiar suas teses. Ou seja, não encontro coerência interna, comprovação empírica, adequação analítica e exequibilidade nessas afirmações dos antiglobalizadores.
Eles são livres -- o que aliás não é o caso de alguns países que eles apoiam -- de atacar minhas teses e argumentos, mas que pelo menos o façam com o mínimo de racionalidade.
Nem todos os trabalhos estão linkados, mas todos eles podem ser lidos. Quem tiver interesse em algum, pode procurar pelo nome em meu site (www.pralmeida.org) e deve achar. Não existindo, podem me pedir pelo nome.
Globalização e Anti globalização
Trabalhos de Paulo Roberto de Almeida
(lista feita em janeiro de 2010)
Fórum Surreal Mundial: Pequena visita aos desvarios dos antiglobalizadores
Espaço da Sophia (Tomazina – PR, ISSN: 1981-318X, Ano 2, n. 22, p. 1-20, janeiro de 2009; edição eletrônica).
Fórum Social Mundial 2008: menos transpiração, mais inspiração, por favor... (Atlântida (RS), 17 de janeiro de 2008. Via Politica (n. 82, 21 janeiro 2008).
Um outro Fórum Social Mundial é possível… (aliás, é até mesmo necessário)
(Brasília, 25 janeiro 2008. Via Politica (n. 83, 28 janeiro 2008).
Fórum Social Mundial: nove objetivos gerais e alguns grandes equívocos
(Brasília, 3 janeiro 2007. Meridiano 47 (nr. 78, janeiro 2007, p. 7-14).
Uma previsão marxista: sobre o “fim da história” e os equívocos atuais dos antiglobalizadores
(Brasília, 23 de setembro de 2006. Espaço Acadêmico, ano VI, nº 65, outubro 2006).
Três vivas ao processo de globalização: crescimento, pobreza e desigualdade
(Washington, 23 fevereiro 2003. Espaço Acadêmico (ano 3, 2003); 1ª parte: nº 29, outubro de 2003; 2ª parte: nº 30, novembro de 2003; 3ª parte: nº 31, dezembro de 2003)
Distribuição mundial da renda: evidências desmentem concentração e divergência
(Brasília, 30 de janeiro de 2007. Revista Brasileira de Comércio Exterior, Rio de Janeiro: Funcex, ano XXI, nr. 91, abril-junho 2007, p. 64-75).
O Brasil e os impactos econômicos e sociais da globalização
(Washington, 11 de maio de 2000. In: Universidade Católica de Brasília (org.), Relações Internacionais e Desenvolvimento Regional, Brasília: Editora Universa, 2000, 305 p.; p. 115-149).
Globalização perversa e políticas econômicas nacionais: um contraponto
(Brasília, 30 junho 2007. Espaço Acadêmico (ano VII, nr. 74, julho 2007)
Contra a anti-globalização: Contradições, insuficiências e impasses do movimento
(Brasília, 5 de julho de 2004; Meridiano 47, ns. 49 a 58; 2004 e 2005)
A globalização e seus descontentes: um roteiro sintético dos equívocos
(Brasília, 7 de abril de 2006. Espaço Acadêmico (ano 6 nº 61, junho 2006).
A globalização e seus benefícios: um contraponto ao pessimismo
(Brasília, 12 maio 2004. Espaço Acadêmico (ano 4, nº 37, junho 2004).
A globalização e as desigualdades: quais as evidências?
(Washington, 3 de fevereiro de 2002. In: Paulo Roberto de Almeida A Grande Mudança: conseqüências econômicas da transição política no Brasil. São Paulo: Editora Códex, 2003; cap. 8: p. 117-122)
Contra a corrente em relações internacionais: treze idéias fora do lugar
(Washington, 13 de abril de 2003. In: Thiago de Oliveira Domingues, Marcel Alexandre Negherbon e Mauri Luiz Heerdt (orgs.), Relações internacionais: temas contemporaneous, Florianópolis: Feneri, 2003; ISBN: 85-89649-01-6; p. 9-45).
O Brasil e os primeiros 500 anos de globalização capitalista
(Washington 4 de junho de 2000; Revista Estudos Iberoamericanos, Porto Alegre: PUC-RS, Edição Especial, nº 1, 2000, pp. 149-180).
Eu me permito atacá-los assim pois não tenho encontrado, infelizmente, argumentos sustentáveis que possam apoiar suas teses. Ou seja, não encontro coerência interna, comprovação empírica, adequação analítica e exequibilidade nessas afirmações dos antiglobalizadores.
Eles são livres -- o que aliás não é o caso de alguns países que eles apoiam -- de atacar minhas teses e argumentos, mas que pelo menos o façam com o mínimo de racionalidade.
Nem todos os trabalhos estão linkados, mas todos eles podem ser lidos. Quem tiver interesse em algum, pode procurar pelo nome em meu site (www.pralmeida.org) e deve achar. Não existindo, podem me pedir pelo nome.
Globalização e Anti globalização
Trabalhos de Paulo Roberto de Almeida
(lista feita em janeiro de 2010)
Fórum Surreal Mundial: Pequena visita aos desvarios dos antiglobalizadores
Espaço da Sophia (Tomazina – PR, ISSN: 1981-318X, Ano 2, n. 22, p. 1-20, janeiro de 2009; edição eletrônica).
Fórum Social Mundial 2008: menos transpiração, mais inspiração, por favor... (Atlântida (RS), 17 de janeiro de 2008. Via Politica (n. 82, 21 janeiro 2008).
Um outro Fórum Social Mundial é possível… (aliás, é até mesmo necessário)
(Brasília, 25 janeiro 2008. Via Politica (n. 83, 28 janeiro 2008).
Fórum Social Mundial: nove objetivos gerais e alguns grandes equívocos
(Brasília, 3 janeiro 2007. Meridiano 47 (nr. 78, janeiro 2007, p. 7-14).
Uma previsão marxista: sobre o “fim da história” e os equívocos atuais dos antiglobalizadores
(Brasília, 23 de setembro de 2006. Espaço Acadêmico, ano VI, nº 65, outubro 2006).
Três vivas ao processo de globalização: crescimento, pobreza e desigualdade
(Washington, 23 fevereiro 2003. Espaço Acadêmico (ano 3, 2003); 1ª parte: nº 29, outubro de 2003; 2ª parte: nº 30, novembro de 2003; 3ª parte: nº 31, dezembro de 2003)
Distribuição mundial da renda: evidências desmentem concentração e divergência
(Brasília, 30 de janeiro de 2007. Revista Brasileira de Comércio Exterior, Rio de Janeiro: Funcex, ano XXI, nr. 91, abril-junho 2007, p. 64-75).
O Brasil e os impactos econômicos e sociais da globalização
(Washington, 11 de maio de 2000. In: Universidade Católica de Brasília (org.), Relações Internacionais e Desenvolvimento Regional, Brasília: Editora Universa, 2000, 305 p.; p. 115-149).
Globalização perversa e políticas econômicas nacionais: um contraponto
(Brasília, 30 junho 2007. Espaço Acadêmico (ano VII, nr. 74, julho 2007)
Contra a anti-globalização: Contradições, insuficiências e impasses do movimento
(Brasília, 5 de julho de 2004; Meridiano 47, ns. 49 a 58; 2004 e 2005)
A globalização e seus descontentes: um roteiro sintético dos equívocos
(Brasília, 7 de abril de 2006. Espaço Acadêmico (ano 6 nº 61, junho 2006).
A globalização e seus benefícios: um contraponto ao pessimismo
(Brasília, 12 maio 2004. Espaço Acadêmico (ano 4, nº 37, junho 2004).
A globalização e as desigualdades: quais as evidências?
(Washington, 3 de fevereiro de 2002. In: Paulo Roberto de Almeida A Grande Mudança: conseqüências econômicas da transição política no Brasil. São Paulo: Editora Códex, 2003; cap. 8: p. 117-122)
Contra a corrente em relações internacionais: treze idéias fora do lugar
(Washington, 13 de abril de 2003. In: Thiago de Oliveira Domingues, Marcel Alexandre Negherbon e Mauri Luiz Heerdt (orgs.), Relações internacionais: temas contemporaneous, Florianópolis: Feneri, 2003; ISBN: 85-89649-01-6; p. 9-45).
O Brasil e os primeiros 500 anos de globalização capitalista
(Washington 4 de junho de 2000; Revista Estudos Iberoamericanos, Porto Alegre: PUC-RS, Edição Especial, nº 1, 2000, pp. 149-180).
1724) Como levar um país à falência sem ter consciência disso...
Sim, vocês já sabem, estou falando mesmo do nosso vizinho, a Venezuela, ou melhor, deste outro nosso vizinho, todos os dias presentes no noticiário (aliás, de forma irritantemente irracional, posto que todas as notícias são ruins).
Escrevo agora a partir desta matéria:
Chávez diz que Exito será 'mercado socialista'
O Globo, 20.01.2010, p. 24.
Bem, eu não tenho nenhum dado concreto sobre essa cadeia de supermercados -- controlada pela francesa Casino e pela colombiana Exito -- que acaba de ser expropriada e nacionalizada pelo governo Chávez (melhor, por ele próprio, pois falar de governo é falar dele mesmo), por supostamente ter aumentado preços e escondido mercadorias, num momento de confusão econômica criada pela desvalorização da moeda nacional e a imposição de duas taxas de câmbio no país.
O ministro do Interior visitiu uma unidade expropriada e anunciou a recontratação de funcionários demitidos. Transcrevo:
"Chávez disse que militares, cidadãos e autoridades devem evitar que os comerciantes reajustem produtos adquiridos pelo câmbio antigo, de 2,15 bolívares por dólar, colocando os preços no novo patamar, de 2,6 bolívares por dólar para alimentos e remédios e de 4,3 bolívares para itens supérfluos.
No início da noite, o Congresso venezuelano -- de maioria chavista -- declarou a rede Exito 'bens de utilidade píublica e interesse social', para a expropriação dos imóveis.
A reforma da Lei de Acesso a Bens e Serviços, que deve ser sancionada amanhã, prevê que a remarcação de preços, o monopólio e o boicote de produtos e serviços sejam um delito. Com isso o Estado fica autorizado a expropriar lojas, grandes ou pequenas, que incorram nessas irregularidades."
Bem, esquecendo por um momento que o Congresso brasileiro admitiu a Venezuela no Mercosul, devemos ser gratos ao Professor Chávez por essas brilhantes aulas de economia. É tudo o que não se deve fazer, sob risco de afundar a economia do país.
Acredito que nossos jovens (quem sabe até políticos) se tornem menos sensíveis a partir de agora para esse tipo de medida irracional.
Terminando, permito-me parafrasear o título da matéria:
A expropriação de Exito será um fracasso...
Escrevo agora a partir desta matéria:
Chávez diz que Exito será 'mercado socialista'
O Globo, 20.01.2010, p. 24.
Bem, eu não tenho nenhum dado concreto sobre essa cadeia de supermercados -- controlada pela francesa Casino e pela colombiana Exito -- que acaba de ser expropriada e nacionalizada pelo governo Chávez (melhor, por ele próprio, pois falar de governo é falar dele mesmo), por supostamente ter aumentado preços e escondido mercadorias, num momento de confusão econômica criada pela desvalorização da moeda nacional e a imposição de duas taxas de câmbio no país.
O ministro do Interior visitiu uma unidade expropriada e anunciou a recontratação de funcionários demitidos. Transcrevo:
"Chávez disse que militares, cidadãos e autoridades devem evitar que os comerciantes reajustem produtos adquiridos pelo câmbio antigo, de 2,15 bolívares por dólar, colocando os preços no novo patamar, de 2,6 bolívares por dólar para alimentos e remédios e de 4,3 bolívares para itens supérfluos.
No início da noite, o Congresso venezuelano -- de maioria chavista -- declarou a rede Exito 'bens de utilidade píublica e interesse social', para a expropriação dos imóveis.
A reforma da Lei de Acesso a Bens e Serviços, que deve ser sancionada amanhã, prevê que a remarcação de preços, o monopólio e o boicote de produtos e serviços sejam um delito. Com isso o Estado fica autorizado a expropriar lojas, grandes ou pequenas, que incorram nessas irregularidades."
Bem, esquecendo por um momento que o Congresso brasileiro admitiu a Venezuela no Mercosul, devemos ser gratos ao Professor Chávez por essas brilhantes aulas de economia. É tudo o que não se deve fazer, sob risco de afundar a economia do país.
Acredito que nossos jovens (quem sabe até políticos) se tornem menos sensíveis a partir de agora para esse tipo de medida irracional.
Terminando, permito-me parafrasear o título da matéria:
A expropriação de Exito será um fracasso...
1723) Forum Social Mundial: mais do mesmo
Fórum Social Mundial 2010, uma década de embromação:
antecipando as conclusões e desvendando os equívocos
Paulo Roberto de Almeida
1. A novela está de volta (com o mesmo enredo...)
Como acontece todo ano, os alternativos da antiglobalização estarão reunidos neste final do mês de janeiro de 2010 para protestar contra a globalização assimétrica e proclamar que um “outro mundo é possível”. Eu também acho, mas a verdade é que eles nunca apresentam o roteiro detalhado desse outro mundo esperado, se contentando com slogans redutores contra a globalização, essa mesma força indomável que torna mais eficiente a interação entre essas tribos e permite que suas mensagens – equivocadas, como sempre – alcancem, em questão de minutos, todos os cantos do planeta. Em todo caso, eles já se consideram tão importantes que já nem mais se dão ao trabalho de protestar contra o outro Fórum Mundial, o capitalista de Davos, como ocorria todo ano naquela estação suíça de esqui: os capitalistas agradecem serem deixados em paz e prometem refletir sobre as propostas do fórum alternativo, se é que alguma será feita.
Como também acontece todo ano, eu fico esperando para ver se alguma ideia nova e interessante – Ok, ok, também podem ser ideias velhas e desinteressantes, mas que sejam pelo menos racionais e exequíveis – vai emergir desse jamboree anual de antiglobalizadores e iluminar as nossas políticas públicas tão carentes de racionalidade e sentido de justiça. Como não confio, porém, que algo de novo vá surgir de onde nunca veio nada de inteligente, resolvi não esperar pela conclusão do encontro de 2010, e me proponho, sem cobrar copyright dos antiglobalizadores, antecipar suas conclusões conclusivas...
Leia o texto completo neste link de Mundorama:
http://mundorama.net/2010/01/20/forum-social-mundial-2010-uma-decada-de-embromacao-antecipando-as-conclusoes-e-desvendando-os-equivocos-por-paulo-roberto-de-almeida/
antecipando as conclusões e desvendando os equívocos
Paulo Roberto de Almeida
1. A novela está de volta (com o mesmo enredo...)
Como acontece todo ano, os alternativos da antiglobalização estarão reunidos neste final do mês de janeiro de 2010 para protestar contra a globalização assimétrica e proclamar que um “outro mundo é possível”. Eu também acho, mas a verdade é que eles nunca apresentam o roteiro detalhado desse outro mundo esperado, se contentando com slogans redutores contra a globalização, essa mesma força indomável que torna mais eficiente a interação entre essas tribos e permite que suas mensagens – equivocadas, como sempre – alcancem, em questão de minutos, todos os cantos do planeta. Em todo caso, eles já se consideram tão importantes que já nem mais se dão ao trabalho de protestar contra o outro Fórum Mundial, o capitalista de Davos, como ocorria todo ano naquela estação suíça de esqui: os capitalistas agradecem serem deixados em paz e prometem refletir sobre as propostas do fórum alternativo, se é que alguma será feita.
Como também acontece todo ano, eu fico esperando para ver se alguma ideia nova e interessante – Ok, ok, também podem ser ideias velhas e desinteressantes, mas que sejam pelo menos racionais e exequíveis – vai emergir desse jamboree anual de antiglobalizadores e iluminar as nossas políticas públicas tão carentes de racionalidade e sentido de justiça. Como não confio, porém, que algo de novo vá surgir de onde nunca veio nada de inteligente, resolvi não esperar pela conclusão do encontro de 2010, e me proponho, sem cobrar copyright dos antiglobalizadores, antecipar suas conclusões conclusivas...
Leia o texto completo neste link de Mundorama:
http://mundorama.net/2010/01/20/forum-social-mundial-2010-uma-decada-de-embromacao-antecipando-as-conclusoes-e-desvendando-os-equivocos-por-paulo-roberto-de-almeida/
1722) Ipea: retrato da juventude brasileira
Bem, eu sabia que a situação educacional no Brasil era ruim, só não sabia que era tão grave. Os dados abaixo, de um estudo do Ipea, revelam a falência completa da sociedade brasileira (disse sociedade, e não apenas o governo) em resolver o mais elementar serviço básico de qualquer país que se pretenda civilizado.
Infelizmente, tenho de concluir que o Brasil ainda não é um país civilizado...
Juventude e políticas sociais no Brasil
Ipea, 2009
Fracasso escolar
Jovens entre 15 e 17 anos que frequentam o ensino médio: 48%
Não concluíram o ensino fundamental: 44%
Estão fora da escola: 18%
Poucos chegam à universidade
Jovens entre 18 e 24 anos que frequentam a escola: 31%
Estão no ensino superior: 13%
Jovens analfabetos
De 15 a 17 anos: 1,7%
De 18 a 24 anos: 2,4%
De 25 a 29 anos: 4,3%
Qualidade da ocupação
Percentual de trabalhadores sem carteira assinada:
De 18 a 24 anos: 50%
De 25 a 29 anos: 30%
Transcritas essas estatísticas, eu me permitiria acrescentar o seguinte: o percentual de jovens universitários (13% apenas, da faixa etária de 18 a 24 anos, os anos "corretos", digamos) é ridículo, mas ele seria ainda mais deplorável se dependêssemos apenas das universidades públicas, posto que não se deve esquecer que mais de 80% das vagas universitárias no Brasil são oferecidas por universidades privadas, muitas das quais são desprezadas por pedagogos do MEC que as acusam de serem fábricas de diplomas.
Sem elas, o percentual de universitários no Brasil seria provavelmente inferior a 5% da correspondente faixa etária.
Acho que em algum momento o Brasil falhou, e falhou terrivelmente.
Eu coloco essa falha entre os anos 1970 e agora. O pior é que ainda não conseguimos corrigir esse problema.
No máximo colocamos 98% das crianças de sete anos no PRIMEIRO ano primário, depois essa proporção vai diminuindo até chegar a menos da metada no fundamental completo.
Isso 150 anos depois que os países mais avançados já tinha resolvido no essencial o problema quantitativo da escolarização.
Nada preciso acrescentar da qualidade da educação.
Sinto muito repetir, mas o Brasil é um país fracassado, uma nação falida no plano educacional, uma terra ingrata para os seus cidadãos...
Paulo Roberto de Almeida (20.01.2010)
Infelizmente, tenho de concluir que o Brasil ainda não é um país civilizado...
Juventude e políticas sociais no Brasil
Ipea, 2009
Fracasso escolar
Jovens entre 15 e 17 anos que frequentam o ensino médio: 48%
Não concluíram o ensino fundamental: 44%
Estão fora da escola: 18%
Poucos chegam à universidade
Jovens entre 18 e 24 anos que frequentam a escola: 31%
Estão no ensino superior: 13%
Jovens analfabetos
De 15 a 17 anos: 1,7%
De 18 a 24 anos: 2,4%
De 25 a 29 anos: 4,3%
Qualidade da ocupação
Percentual de trabalhadores sem carteira assinada:
De 18 a 24 anos: 50%
De 25 a 29 anos: 30%
Transcritas essas estatísticas, eu me permitiria acrescentar o seguinte: o percentual de jovens universitários (13% apenas, da faixa etária de 18 a 24 anos, os anos "corretos", digamos) é ridículo, mas ele seria ainda mais deplorável se dependêssemos apenas das universidades públicas, posto que não se deve esquecer que mais de 80% das vagas universitárias no Brasil são oferecidas por universidades privadas, muitas das quais são desprezadas por pedagogos do MEC que as acusam de serem fábricas de diplomas.
Sem elas, o percentual de universitários no Brasil seria provavelmente inferior a 5% da correspondente faixa etária.
Acho que em algum momento o Brasil falhou, e falhou terrivelmente.
Eu coloco essa falha entre os anos 1970 e agora. O pior é que ainda não conseguimos corrigir esse problema.
No máximo colocamos 98% das crianças de sete anos no PRIMEIRO ano primário, depois essa proporção vai diminuindo até chegar a menos da metada no fundamental completo.
Isso 150 anos depois que os países mais avançados já tinha resolvido no essencial o problema quantitativo da escolarização.
Nada preciso acrescentar da qualidade da educação.
Sinto muito repetir, mas o Brasil é um país fracassado, uma nação falida no plano educacional, uma terra ingrata para os seus cidadãos...
Paulo Roberto de Almeida (20.01.2010)
1721) Forum Social Mundial: traindo seus proprios principios
Ou o FSM se debate com uma crise severa, falta de recursos, insolvência temporária ou coisas do gênero, ou então seus responsáveis não exibem o mínimo respeito pelos seus princípios fundadores.
Sim, segundo se lê em sua Carta de Princípios (de 2001):
"5. O Fórum Social Mundial reúne e articula SOMENTE entidades e movimentos da sociedade civil de todos os países do mundo, mas não pretende ser uma instância representativa da sociedade civil mundial."
Sublinho somente, porque em Português (aliás, em qualquer língua) somente quer dizer somente, ponto. Ou seja, exclusivamente, apenas, ou equivalentes do gênero, o que a rigor excluiria não apenas a participação de representantes de governos, como também o recebimento de apoio financeiro de governos, o que comprometeria a sua independência, e a própria condição de entidade representativa da sociedade civil.
Excluir representantes de governos não quer dizer impedir figuras políticas de participar, mas apenas e tão somente em sua condição de indivíduos, não enquanto responsáveis governamentais. Alguém acredita que isso ocorrerá?
Quando Hugo Chávez organizou, recebeu, participou de eventos anteriores do FSM ele o fez em sua condição de cidadão, ou de líder de um país? Acho que não preciso responder.
Acredito que esses encontros do FSM receberão farto aporte de recursos públicos.
O mínimo que o pessoal organizador do FSM poderia fazer seria detalhar os apoios, em total transparência, sob risco de perder credibilidade.
Fórum Social Mundial terá edição temática na Bahia
Agência Estado, quarta-feira, 20 de janeiro de 2010, 13:00
Evento terá uma programação distinta da edição de Porto Alegre; organização espera 30 mil participantes
SÃO PAULO - O Fórum Social Mundial (FSM) terá uma edição temática na Bahia este ano, entre os dias 29 e 31, que ocorrerá após o evento tradicional em Porto Alegre, que será entre os dias 25 e 29. Um total de 20 chefes de governo da América Latina e África é esperado durante os três dias de debates. Além das agendas próprias, os eventos baiano e gaúcho discutirão temas comuns, que serão levados para o FSM unificado em Dacar, no Senegal, em 2011.
Com o tema "Da Bahia a Dacar: enfrentar a crise com integração, desenvolvimento e soberania", a organização do evento em Salvador prevê a participação de vários ministros, como Tarso Genro (Justiça), Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência da República), Carlos Luppi (Trabalho), Carlos Minc (Meio Ambiente), Paulo Vannucchi (Secretaria Especial de Direitos Humanos), Fernando Haddad (Educação), além de personalidades como o escritor Paul Singer, o ex-prefeito de Londres Ken Livingston, o sociólogo norte-americano Immanuel Wallerstein, entre outros.
É esperada também a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 30. Cerca de 30 mil pessoas devem participar do 1º Fórum Social Mundial Temático da Bahia (FSMT-BA), segundo a organização do evento. O FSM faz dez anos em 2010 e ocorrerá de forma descentralizada em pelo menos 27 eventos regionais, nacionais e locais espalhadas pelo mundo ao longo do ano.
O evento de Porto Alegre abre a agenda com o tema "Fórum Social 10 Anos: Grande Porto Alegre", um congresso regional que terá mais de 500 atividades descentralizadas na capital gaúcha e em Gravataí, Canoas, São Leopoldo e Sapiranga, na região metropolitana de Porto Alegre, e Novo Hamburgo, no Vale do Rio dos Sinos.
Sim, segundo se lê em sua Carta de Princípios (de 2001):
"5. O Fórum Social Mundial reúne e articula SOMENTE entidades e movimentos da sociedade civil de todos os países do mundo, mas não pretende ser uma instância representativa da sociedade civil mundial."
Sublinho somente, porque em Português (aliás, em qualquer língua) somente quer dizer somente, ponto. Ou seja, exclusivamente, apenas, ou equivalentes do gênero, o que a rigor excluiria não apenas a participação de representantes de governos, como também o recebimento de apoio financeiro de governos, o que comprometeria a sua independência, e a própria condição de entidade representativa da sociedade civil.
Excluir representantes de governos não quer dizer impedir figuras políticas de participar, mas apenas e tão somente em sua condição de indivíduos, não enquanto responsáveis governamentais. Alguém acredita que isso ocorrerá?
Quando Hugo Chávez organizou, recebeu, participou de eventos anteriores do FSM ele o fez em sua condição de cidadão, ou de líder de um país? Acho que não preciso responder.
Acredito que esses encontros do FSM receberão farto aporte de recursos públicos.
O mínimo que o pessoal organizador do FSM poderia fazer seria detalhar os apoios, em total transparência, sob risco de perder credibilidade.
Fórum Social Mundial terá edição temática na Bahia
Agência Estado, quarta-feira, 20 de janeiro de 2010, 13:00
Evento terá uma programação distinta da edição de Porto Alegre; organização espera 30 mil participantes
SÃO PAULO - O Fórum Social Mundial (FSM) terá uma edição temática na Bahia este ano, entre os dias 29 e 31, que ocorrerá após o evento tradicional em Porto Alegre, que será entre os dias 25 e 29. Um total de 20 chefes de governo da América Latina e África é esperado durante os três dias de debates. Além das agendas próprias, os eventos baiano e gaúcho discutirão temas comuns, que serão levados para o FSM unificado em Dacar, no Senegal, em 2011.
Com o tema "Da Bahia a Dacar: enfrentar a crise com integração, desenvolvimento e soberania", a organização do evento em Salvador prevê a participação de vários ministros, como Tarso Genro (Justiça), Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência da República), Carlos Luppi (Trabalho), Carlos Minc (Meio Ambiente), Paulo Vannucchi (Secretaria Especial de Direitos Humanos), Fernando Haddad (Educação), além de personalidades como o escritor Paul Singer, o ex-prefeito de Londres Ken Livingston, o sociólogo norte-americano Immanuel Wallerstein, entre outros.
É esperada também a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 30. Cerca de 30 mil pessoas devem participar do 1º Fórum Social Mundial Temático da Bahia (FSMT-BA), segundo a organização do evento. O FSM faz dez anos em 2010 e ocorrerá de forma descentralizada em pelo menos 27 eventos regionais, nacionais e locais espalhadas pelo mundo ao longo do ano.
O evento de Porto Alegre abre a agenda com o tema "Fórum Social 10 Anos: Grande Porto Alegre", um congresso regional que terá mais de 500 atividades descentralizadas na capital gaúcha e em Gravataí, Canoas, São Leopoldo e Sapiranga, na região metropolitana de Porto Alegre, e Novo Hamburgo, no Vale do Rio dos Sinos.
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