sábado, 4 de dezembro de 2010

Noticias de uma outra Casa: Cuba - um morto-vivo reaparece para falar do Nosso Guia

Um pequeno registro inicial: não considero os cubanos, ou chineses, contrários a seus regimes liberticidades, "dissidentes". Eles são apenas ativistas, ou seja, têm coragem de se opor a regimes autoritários, quando não totalitários. 

Dissidentes são os governos, que não cumprem tratados internacionais que eles mesmos assinaram. Esses regimes são os dissidentes da liberdade, da democracia, dos direitos humanos.

 Paulo Roberto de Almeida

Direitos humanos

Revista Veja, 22/10/2010 - 13:27

‘Lula será lembrado na história cubana como cúmplice da ditadura sanguinária de Fidel e Raúl Castro’

A opinião é do dissidente Guillermo Fariñas, laureado nesta semana com um prêmio europeu que homenageia a liberdade de pensamento

Mariana Pereira de Almeida
O dissidente Guillermo Fariñas na frente de sua casa, na cidade de Santa Clara, após ser laureado com o prêmio europeu Sakharov 2010 O dissidente Guillermo Fariñas na frente de sua casa, na cidade de Santa Clara, após ser laureado com o prêmio europeu Sakharov 2010 (Adalberto Roque/AFP)
“Com este prêmio em mãos, eu diria a Lula o seguinte: 'Ao deixar o poder, trate de se retificar'. Ele não está sendo capaz de fazê-lo enquanto ainda é o presidente”
O dissidente cubano Guillermo Fariñas enxerga no Prêmio Sakharov 2010 de liberdade de pensamento, concedido a ele pelo Parlamento Europeu na quinta-feira, um reconhecimento internacional à causa dos presos políticos do país. Mas, lamenta que o mundo tenha prestado atenção no problema apenas com a morte do também dissidente Orlando Zapata Tamayo, em fevereiro, após 85 dias em greve de fome.
Fariñas acusa o regime cubano de assassinato e reprova a atitude do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva ao visitar o país logo após a morte de Zapata. Na ocasião, Lula comparou o dissidente aos presos comuns das cadeias brasileiras. “Luiz Inácio Lula da Silva será lembrado na história cubana como cúmplice da ditadura sanguinária de Raúl e Fidel Castro”, disse Fariñas, por telefone, ao site de VEJA. “Com este prêmio em mãos, eu diria a Lula o seguinte: 'Ao deixar o poder, trate de se retificar'. Ele não está sendo capaz de fazê-lo enquanto ainda é presidente do Brasil”, acrescentou.
Fariñas iniciou 23 greves de fome contra a ditadura cubana. A mais recente delas, que durou 135 dias, só foi encerrada quando a Igreja Católica de Cuba anunciou a libertação de 52 presos políticos, em julho último. A seguir, a entrevista completa concedida pelo dissidente:

O que o senhor sentiu ao receber um prêmio que trata da liberdade de pensamento enquanto vive em Cuba, onde tudo é proibido?
O meu primeiro sentimento é de compromisso com a causa cubana, com a democratização do país, com meus irmãos que ainda estão presos, com todos homens e mulheres de boa vontade que querem a democracia na ilha. Creio que este é o meu grande compromisso que tenho.

O senhor dedicou o prêmio a Orlando Zapata, que morreu fazendo uma greve de fome. Foi preciso a morte de um homem para o mundo perceber a situação dos dissidentes cubanos?
Creio que sim. Infelizmente, um de nossos irmãos teve que morrer assassinado de maneira planejada em uma prisão cubana - por fazer uma oposição pacífica - para que o mundo se desse conta de todos os maus tratos que os presos políticos sofrem em Cuba.

O senhor disse assassinado, mas ele morreu por fazer greve de fome...
Sim, mas ele foi chantageado. Zapata tomava água em sua greve de fome. As autoridades cortaram sua água durante muitos dias para que se rendesse. Ele não se rendeu e teve problemas renais que o levaram à morte.

O que o senhor diria ao presidente brasileiro sobre sua conduta ao visitar Cuba logo depois da morte de Zapata?
 Luiz Inácio Lula da Silva, que foi preso político e tem memória ruim, veio ao país exatamente quando Orlando Zapata estava sendo assassinado. Ele comparou aqueles que faziam greve de fome pela morte de Zapata com delinquentes de São Paulo. Por isso, Luiz Inácio Lula da Silva será lembrado na história cubana como cúmplice da ditadura sanguinária de Raúl e Fidel Castro. Com este prêmio em mãos, eu diria a Lula o seguinte: 'Ao deixar o poder, trate de se retificar'. Ele não está sendo capaz de fazê-lo enquanto ainda é presidente.

O reconhecimento ao senhor veio pouco depois do Nobel da Paz concedido a outro dissidente, o chinês Lu Xiaobo. É um sinal de que as coisas podem mudar em países, como Cuba e China?
 Sim. Mesmo que nossas lutas pareçam impossíveis, nós dissidentes sempre teremos fé que nossas idéias são boas, que são para o bem do mundo. Sempre lutaremos por elas.

O senhor acha que a União Europeia pode mudar a chamada Posição Comum, que determina como o bloco lida com a situação cubana, em uma reunião que será realizada na próxima segunda-feira?
Eu considero que Cuba ainda não fez nada para que a UE levante a Posição Comum. Nossos irmãos que estão presos em Cuba e serão colocados em liberdade estão sendo tratados como moeda de troca pelo governo cubano, como se fossem escravos e reféns do regime. Creio que o governo cubano deixou intactas as leis que lhes permitem prender de maneira arbitrária aqueles que fazem oposição pacífica.

Então o senhor acredita que a libertação dos presos políticos pelos irmãos Castro foi uma maneira de conquistar a simpatia do mundo para obter benefícios políticos?
Sim. O governo usou os dissidentes para reduzir o desprestígio causado pela morte de Zapata e por minha greve de fome. Se o governo cubano realmente quisesse respeitar os direitos humanos, os oposicionistas poderiam expor de maneira pacífica suas opiniões, ter bibliotecas independentes e ler livros censurados pelo regime.

Como o senhor se sentiu antes e depois de sua greve de fome?
Me senti bem, de verdade, porque não pensei que ia morrer, mas sim que estava fazendo o possível pelo bem da minha pátria e para que outros dissidentes não fossem assassinados na prisão.

O que o senhor fará com o prêmio de 50.000 euros?
Não sei exatamente o que vou fazer, mas será algo pela causa dos dissidentes e que traga alguma contribuição à democracia em Cuba.

Noticias da (Santa) Casa, 3: confirmando o confirmado...

Blog do Ricardo Setti - Revista Veja
01/12/2010 às 18:21

Que o embaixador Guimarães odeia os EUA não é nenhuma novidade — tanto é que a atual política externa hostil a Washington tem sua marca

Samuel Pinheiro Guimarães: surpresa nenhuma
Curiosa a surpresa revelada por setores da mídia para uma das revelações feitas pelo ONG Wikileaks, que se dedica a divulgar material sigiloso vazado de governos e empresas — a nota do então embaixador americano no Brasil, Christopher Sobel, a seus superiores no Departamento de Estado segundo a qual o ministro da Defesa, Nelson Jobim, lhe confidenciara que o à época secretário-geral do Itamaraty, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, “odeia os Estados Unidos”.
Ora, até as carpas do espelho d’água que circunda o palácio do Itamaraty, em Brasília, sabe que isso é verdade: Samuel Pinheiro Guimarães é um militante anti-americano até a raiz dos cabelos.
O embaixador, que desde o ano passado é o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, é um dos formuladores da política externa do governo Lula, conduzida pelo chanceler Celso Amorim, que procura afastar o Brasil de posições dos Estados Unidos em qualquer forum, principalmente na ONU, a pretexto de revelar a “independência” do país.
É claro que Jobim desmentiu a conversa — e está no seu direito. Mas a posição do embaixador e sua influência sobre o Itamaraty são conhecidíssimas, e nem precisava ter ocorrido o vazamento da suposta confidência do ministro da Defesa,

Noticias da (Santa) Casa, 2: (quase) hospedando indesejaveis...

Blog do Ricardo Setti - Revista Veja
03/12/2010 às 16:3

Recusar presos de Guantánamo é coerente com a política pusilânime de direitos humanos do Brasil

Suspeitos de terrorismo em Guantánamo: contra muitos deles não há provas
Amigos do blog, vocês estranharam a notícia de hoje segundo a qual o governo brasileiro se recusou a receber, como refugiados, prisioneiros vindos da base militar de Guantánamo, em Cuba, segundo revelam documentos sigilosos vazados pelo site WikiLeaks?
Cheio de filigranas jurídicas, como sempre, o Itamaraty argumentou com o governo americano que seria ilegal os suspeitos de terrorismo liberados da ilha, pois “não poderia considerar como refugiado alguém que ainda não estava em solo brasileiro”. A informação consta de um telegrama emitido em 2005 para Washington pelo então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, John Danilovich.
Será que, se o governo brasileiro realmente tivesse uma orientação decente em relação aos direitos humanos, não poderia ter feito o que fizeram vários países amigos dos Estados Unidos? Claro que sim. Tanto é que, no ano passado, o secretário especial de Direitos Humanos, ministro Paulo Vanucchi, defendeu que o Brasil abrigasse ex-prisioneiros. A maioria dos atuais detentos de Guantánamo está preso há anos sem provas, e os já libertado que seguiram para o Canadá ou a França assumiram o compromisso de não manter atividades ilegais e aceitar ter movimentos monitorados. Vários já conseguiram emprego e levam vida normal.
Não por acaso, outros dois telegramas obtidos pelo WikiLeaks mostram que o Itamaraty manteve o mesmo discurso quando procurado para receber cubanos que fugiram do regime de Fidel Castro.
Nada a estranhar de um governo que, de forma pusilânime, se abstém para não condenar, na ONU, regimes que violam sistematicamente os direitos humanos como os de Irã, China, Sudão, Coréia do Norte, da própria Cuba e da Síria.

03/12/2010
às 18:42 \ Política & Cia

Receber como refugiados presos em Guantánamo sem culpa formada, não pode. Ficar com o terrorista assassino Cesari Battisti, pelo andar da carruagem, pode. Este é o Brasil de Lula e Celso Amorim

Quer dizer, pessoas acusadas de terrorismo há uma década, presas na base americana de Guantánamo, em Cuba, mas contra as quais não há provas de ter cometido crimes, nem culpa formada — e que os Estados Unidos querem libertar, mas não para seus países, onde se sentem ameaçados –, não podem vir para o Brasil como refugiados (leia post abaixo).
Já o terrorista italiano Cesare Battisti, frio assassino de quatro pessoas, condenado à prisão perpétua legalmente na Itália, país democrático e amigo do Brasil, pelo jeito que as coisas vão, pode. Ou seja, muito provavelmente não será extraditado para a Itália, e será libertado da carceragem da Polícia Federal em Brasília e poderá juntar-se, livre, leve e solto, a seus amigos na esquerda brasileira (leia aqui post a respeito).

Noticias da (Santa) Casa, 1: criador e criatura...

Blog do Ricardo Setti - Revista Veja
03/12/2010  à 12:3

Celso Amorim se consideraria “traído” pelo provável novo chanceler, Antonio Patriota

Patriota e Amorim: o chanceler se sentiria "traído" pelo secretário-geral
Se for mesmo confirmada hoje, em meio a uma fornada de futuros ministros, a designação como ministro de Relações Exteriores no governo Dilma do atual secretário-geral do Itamaraty, embaixador Antonio Patriota, não terá sido certamente por empenho do chanceler Celso Amorim.
O designação de Patriota chegou a ser anunciada ontem como certa pelo site do jornal carioca O Dia.
O criador, Amorim, parece ter-se voltado contra a criatura, Patriota.  Diplomatas próximos a Amorim chegaram a comentar, nos últimos dias, que o embaixador Patriota “traiu” o chefe ao indicar que estaria disposto a assumir a chancelaria.
Amorim até ontem ainda permanecia na luta para continuar no cargo e considera-se que ainda poderia fazer uma última tentativa para isso, com a ajuda de Lula.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Topa tudo por dinheiro (ou quase...)

Não, não se trata de um programa de televisão, desses bem vulgares em canais abertos, igualmente vulgares. Estamos falando aqui das práticas "gastadeiras" do governo atual, que faz qualquer coisa, desde que possa gastar o dinheiro que eu, você, todos nós suamos muito para ganhar, e que ele arrecada e gasta com uma facilidade surpreendente, digna de um milionário enlouquecido...
O artigo abaixo discute, em tom mais amenos e correto do que as palavras acima, alguns aspectos dessa sanha gastadora do governo em questão, sendo o que o trabalho pode ser lido num dos dois links disponíveis.
Paulo Roberto de Almeida

   Vale Tudo (Afonso)

Vale Tudo, artigo de José R.Afonso, na coluna Opinião, do Estado S.Paulo, de 30/10/2010. Discute evolução e natureza de medidas fiscais que produzem resultados estranhos às políticas e práticas acumuladas em finanças públicas, concluindo "Financiar o superávit fiscal. Nunca antes na história da teoria fiscal de todos os reinos se conseguiu aumentar a dívida para incrementar o superávit". http://bit.ly/9GHShb
Pode ser lido em pdf, neste link: ValeTudo.pdf

Estudos Sociais no Brasil - Bolsa para a Columbia University (NY)

Oferecida pela FAPESP, em colaboração com a Columbia University:


Bolsa Dra. Ruth Cardoso tem nova chamada
30/11/2010
Agência FAPESP – O Programa de Bolsa Dra. Ruth Cardoso abriu seleção de propostas para sua terceira edição. As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de janeiro de 2011. A iniciativa oferece apoio à participação de professores e pesquisadores brasileiros das áreas de ciências humanas e sociais nas atividades da Universidade de Columbia, em Nova York, Estados Unidos.
O Programa é uma parceria da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) com a Universidade de Columbia e a Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos da América e o Brasil (Fulbright).
Entre os objetivos do programa estão destacar no meio universitário e de pesquisa dos Estados Unidos a atuação de cientistas brasileiros em instituições do país nas áreas de ciências humanas e sociais e promover a aproximação, o diálogo e aprofundamento no conhecimento mútuo das duas culturas e sociedades.
A bolsa honra a memória da professora Ruth Corrêa Leite Cardoso, ex-bolsista da Comissão Fulbright na Universidade Columbia em 1988 e personalidade de destacada atuação na cena acadêmica brasileira, em particular nas ciências humanas e sociais.
O programa prevê a concessão de uma bolsa por ano. A bolsa tem o valor mensal de US$ 5 mil e será concedida por um período de até nove meses. O selecionado também receberá auxílio instalação de US$ 2 mil, seguro- saúde, passagem aérea de ida e volta em classe econômica promocional e moradia no campus da Universidade Columbia, em Nova York, em apartamento de um dormitório ou equivalente.
O bolsista também terá acesso às instalações e serviços da Universidade Columbia – escritório, internet, laboratórios e bibliotecas – e demais meios necessários à efetiva consecução das atividades de docência ou de pesquisa.
Os candidatos deverão ter concluído doutorado antes de 2007, possuir nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade norte-americana e estar credenciado como docente e orientador em programa de pós-graduação reconhecido pela Capes.
Deverão também, entre outros requisitos, dedicar-se em regime integral às atividades acadêmicas, que devem incluir a docência, orientação ou co-orientação de dissertações ou teses e/ou a participação em projetos de pesquisa em ciências humanas e sociais com ênfase nas áreas de antropologia, ciência política, sociologia e história do Brasil.
A inscrição deve ser feita pela internet, com o preenchimento em inglês do formulário de inscrição, um syllabus do curso proposto com no máximo dez páginas e três cartas de recomendação em inglês, além de um currículo atualizado em português (na Plataforma Lattes), um currículo resumido em inglês e o projeto de pesquisa a ser desenvolvido na Universidade de Columbia.
Mais informações: www.fapesp.br/ruthcardoso .

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Programa de Bolsas Dra. Ruth Cardoso em Antropologia e Sociologia

O programa é uma parceria da FAPESP com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Universidade de Columbia e a Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos da América e o Brasil – Fulbright.
O objetivo é apoiar a participação de, em cada chamada, um professor/pesquisador brasileiro em atividades de docência e pesquisa, por um ano acadêmico, no Instituto de Estudos Latino-Americanos (ILAS) da Universidade Columbia, em Nova York.
Os candidatos devem ter atuação acadêmica reconhecida nas áreas de ciências humanas e sociais. Será dada preferência a candidatos que atuem na áreas de antropologia de populações urbanas, sociologia e história do Brasil com enfoque em movimentos sociais contemporâneos.
 

BOLSA DRA. RUTH CARDOSO PARA PROFESSOR E/OU PESQUISADOR VISITANTE NA UNIVERSIDADE COLUMBIA, EUA

1 DO OBJETO
A Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, a Universidade Columbia – UC e a Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos da América e o Brasil – Fulbright, decidiram estabelecer a BOLSA DRA. RUTH CARDOSO com vistas a:
1.1 oferecer apoio à participação de professores/pesquisadores brasileiros atuando em instituições brasileiras em atividades de docência e pesquisa na Universidade Columbia, na cidade de Nova York, EUA;
1.2 destacar no meio universitário e de pesquisa dos EUA a atuação de cientistas brasileiros atuando em instituições do país nas áreas de Ciências Humanas e Sociais;
1.3 promover o mais alto nível de aproximação, diálogo e aprofundamento no conhecimento mútuo das respectivas culturas e sociedades;
1.4 honrar a memória da eminente Profa. Dra. Ruth Corrêa Leite Cardoso, ex-bolsista da Comissão Fulbright na Universidade Columbia em 1988, e personalidade de destacada atuação na cena acadêmica brasileira, em particular nas Ciências Humanas e Sociais.
 
2 DAS CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA
2.1 O programa prevê a concessão de uma bolsa por ano, com as seguintes características:
2.1.1 Estipêndio mensal: US$ 5.000,00 (cinco mil dólares americanos) por até nove meses;
2.1.2 Auxílio instalação: US$ 2.000,00 (dois mil dólares americanos);
2.1.3 Seguro saúde;
2.1.4 Passagem aérea de ida e volta em classe econômica promocional;
2.1.5 Moradia, sem custos, no campus da Universidade Columbia, na cidade de Nova
York, EUA, em apartamento de um dormitório ou equivalente; e,
2.1.6 Acesso às instalações e serviços da Universidade Columbia, tais como: escritório; internet, laboratórios, bibliotecas e demais meios necessários à efetiva consecução das atividades de docência e /ou pesquisas previstas pelo bolsista.
2.2 Para a concessão da bolsa será considerado o ano acadêmico americano 2010/2011 de acordo com calendário da Universidade Columbia.
 
3 DOS REQUISITOS PARA A CANDIDATURA
3.1 O candidato deverá comprovar:
3.1.1 Ter concluído seu doutorado antes de 2006;
3.1.2 Possuir nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade americana;
3.1.3 Estar credenciado como docente e orientador em programa de pós-graduação reconhecido pela CAPES;
3.1.4 Dedicar-se em regime integral às atividades acadêmicas, que devem incluir a docência, orientação ou co-orientação de dissertações ou teses e/ou a participação em projetos de pesquisa nas Ciências Humanas e Sociais. Será dada preferência a candidatos que atuem nas áreas de historia do Brasil, antropologia, e sociologia com enfoque em movimentos sociais contemporâneos.
3.1.5 Possuir atuação acadêmica qualificada na área e reconhecida competência profissional com produção intelectual consistente;
3.1.6 Ter fluência em inglês, compatível com o bom desempenho nas atividades previstas; e
3.1.7 Não receber bolsa ou benefício financeiro de outras agências ou entidades brasileiras para o mesmo objetivo.
3.2 A infração à última exigência implicará o cancelamento imediato da bolsa e a obrigatoriedade do ressarcimento pelo beneficiário (a) dos valores, monetariamente atualizados, que lhe tenham sido pagos pela CAPES ou FAPESP.
 
4 DOS DOCUMENTOS PARA CANDIDATURA
O candidato deve submeter sua candidatura exclusivamente via internet, constando os seguintes documentos:
4.1 Formulário de inscrição online, integralmente preenchido em inglês, disponível emhttps://apply.embark.com/student/fulbright/scholars.
4.2 Syllabus do curso abrangente e seminário de pesquisa propostos, com no máximo 10 páginas cada;
4.3 Três (3) cartas de recomendação em inglês, segundo instruções constantes do formulário de inscrição online;
4.4 Currículo atualizado em português, disponível na plataforma Lattes (http://lattes.cnpq.br) – não há necessidade de envio de versão em papel);
4.5 Currículo resumido em inglês; e
4.6 Projeto de pesquisa a ser desenvolvido: (máximo 5 páginas), contendo uma breve revisão do estado da arte sobre o tema, a lógica do projeto, uma clara hipótese de trabalho, descrição metodológica e as referências bibliográficas relevantes.
 
5 DA AVALIAÇÃO
5.1 A CAPES, a FAPESP, a Universidade Columbia e a Comissão Fulbright avaliarão as candidaturas e procederão à seleção dos aprovados. O Comitê Gestor do Programa fará um procedimento de pré-seleção, analisando a aderência das propostas aos objetivos e normas do programa. Propostas aprovadas na pré-seleção serão encaminhadas para análise por consultores ad hoc indicados pelo Comitê Gestor. Esse processo incluirá a avaliação do perfil acadêmico e profissional do candidato e o plano de atividades proposto. O impacto da execução do plano de atividades será aspecto de grande importância para a avaliação. Será dada preferência aos candidatos com pouca ou nenhuma experiência acadêmica prévia nos EUA;
5.2 Não serão analisadas candidaturas com documentação incompleta ou encaminhadas fora do prazo previsto no Calendário, item 6.
 
6 DO CALENDÁRIO
6.1 De 30 de outubro de 2009 a 15 de fevereiro de 2010: Submissão da candidatura via internet
6.2 Março de 2010: Divulgação do resultado
6.3 Agosto/Setembro 2010: Início das atividades na Universidade Columbia
6.4 Junho 2011: Limite para o encerramento das atividades na Universidade Columbia
 
7 DA COMUNICAÇÃO
Mais Informações sobre a Bolsa Dra. Ruth Cardoso poderão ser obtidas:
Comissão Fulbright
SHIS – QI 9, Conjunto 17, lote L
71625-170 – Brasília, DF
Rejânia Araújo
Fone: (61) 3248-8603 / Fax: (61) 3248-8611
rcaward@fulbright.org.br
www.fulbright.org.br
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
Coordenação Geral de Cooperação Internacional – CGCI
SBN, Quadra 2, lote 6, Bloco L
70040-020 – Brasília, DF
Thais Aveiro
Fone: (61) 2022-6664 / Fax: (61) 2022-6675
thais.aveiro@capes.gov.br
www.capes.gov.br
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP
Rua Pio XI, 1500
05468-901 - São Paulo, SP
Fone: (11) 3838-4000
programa_ruth_cardoso@fapesp.br
www.fapesp.br
Universidade Columbia
Institute of Latin American Studies & Center for Brazilian Studies
Columbia University
420 West 118th Street
New York, NY 10027
Tereza Aguayo
Fone: +1 212 854-1555
ta2015@columbia.edu
www.columbia.edu/cu/ilas

Massacre de Katyn: os russos liberam documentos

Não faz muito tempo, li um artigo qualquer de um desses stalinistas irredentistas -- do velho Partidão -- tentando negar, ainda, canhestramente, que os soviéticos pudessem ter sido responsáveis pelo massacre dos oficiais poloneses, nas florestas de Katyn, Bielo-Russia ocidental.
Os próprios russos, hoje, reconhecem o fato, aliás desde Ieltsin, mas apenas agora estão liberando os documentos. Talvez, com isso, nossos stalinistas se acalmem...

Massacre de Katyn : Varsovie reçoit de Moscou de nouveaux documents

LEMONDE.FR avec AFP | 03.12.10 | 13h49  •  Mis à jour le 03.12.10 | 14h06

La Russie a remis à la Pologne, vendredi 3 décembre, de nouveaux documents sur le massacre de milliers d'officiers polonais à Katyn, dans l'ouest de la Russie, durant la seconde guerre mondiale, à quelques jours d'une visite de deux jours du président russe, Dmitri Medevdev, à Varsovie. La question du massacre de Katyn doit être abordée lors de sa rencontre avec son homologue polonais, Bronislaw Komorowski.
En avril, la Russie avait mis en ligne des documents déjà déclassifiés sur le massacre d'officiers polonais en 1940 par la police de Staline, une mesure symbolique ordonnée par le président russe sur fond de réchauffement des relations russo-polonaises. Puis, en mai, les Russes avaient remis à la Pologne soixante-sept volumes de documents, puis vingt nouveaux volumes en septembre.
A la suite de l'invasion par l'URSS en septembre 1939 des régions polonaises de l'Est en vertu du pacte germano-soviétique, vingt-deux mille officiers polonais, prisonniers de l'Armée rouge, ont été abattus dans la forêt de Katyn et à Mednoïe (Russie) ainsi qu'à Kharkiv, en Ukraine. Pendant des décennies, l'Union soviétique a accusé les nazis d'avoir commis ces assassinats. Ce n'est qu'en avril 1990 que le dirigeant soviétique, Mikhaïl Gorbatchev, a reconnu la responsabilité de son pays dans ces massacres.

Massacre de Katyn

Dans le Monde, édition du 13 avril 2010
Le premier ministre polonais Donald Tusk (à gauche) et le premier ministre russe, Vladimir Poutine, sur le site du crash de l'avion du président polonais, le 10 avril 2010. Enquête Katyn : une obsession polonaise

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...