sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Educacao: insistindo nos erros, gastando dinheiro a toa...

Na verdade, nem o ministro (e o governo), nem o colunista tocam no essencial: a formacao qualificada de professores, que e' o que importa sobre todos esses projetos de "aceleracao" do ensino via improvisacao de gadgets (tablets, videos,betc), ou de "lentidao" na alfabetizacao digital dos professores.
Infelizmente, vamos continuar patinando nas falsas solucoes, e nao se pode esperar nada de inteligente do MEC ou de seu suposto ministro de titulo comprado.
Paulo Roberto de Almeida

Colunista da Época aconselha Mercadante a adotar estratégia "menos devastadora" para capacitar professores
Redação Comunique-se, Qui, 17 de Janeiro de 2013

“Ministro, acorde!”, é o que o colunista e editor da seção ‘Mente Aberta’ da revista Época, Luís Antônio Giron, gostaria de falar ao Ministro da Educação. O texto "Professores analfabetos digitais?", publicado nessa quarta-feira, 16, critica o posicionamento de Aloizio Mercadante e o aconselha a adotar uma estratégia “menos devastadora” de capacitação de docentes.

Para o colunista da Época, o encantamento pela tecnologia pode levar à “completa imbecilização”. Giron sugere que Mercadante apresente projetos que realmente sejam promissores para melhorar a qualidade do ensino brasileiro. “Vou aconselhar o ministro (que pretensão, mas não posso evitar) a adotar uma estratégia menos devastadora para capacitar os professores e seus alunos. Não que isso pareça preocupar o ministro. Ele, pelo jeito, só quer brilhar com um discurso que pensa ser ‘inovador’”, disse.

O Ministro, segundo o jornalista, defende que os professores são “analfabetos digitais”. Giron, entretanto, fundamenta seus argumentos dizendo que o Brasil deveria seguir o exemplo de países onde o ensino é estruturado. “Não acredito em milagres. Os grandes projetos estruturais de educação nas nações mais desenvolvidas – como Estados Unidos, Inglaterra, Suécia e França – se constroem a partir de bases sólidas de pesquisa e desenvolvimento das várias disciplinas”, explicou.

O colunista diz que trata-se do "fado" de Mercadante, que está na iminência de “cometer o maior equívoco de sua carreira: tomar os professores por ignorantes e jogar os alunos no poço dos leões da tecnologia da informação, confundindo-a com a solução final da educação”.

Acordo com Salman Khan
O Ministério da Educação e a presidente Dilma Rousseff receberam o norte-americano Salman Khan, criador da “Khan Academy”, nos últimos dias. A intenção era promover um debate sobre educação digital. Mercadante disse que vai lançar um edital para a aquisição de livros didáticos digitais. A mídia, por sua vez, repercute desde o ano passado o projeto de distribuição de tablets para professores da rede pública de ensino. Giron considera que se o governo firmar contrato com Khan, o norte-americano ficará mais rico que o escritor Ziraldo e alfineta: “cujos cartuns infantojuvenis são adotados do Oiapoque ao Chuí como se fossem obras didáticas”.

Mercadante está "fadado" a “cometer o maior equívoco de sua carreira"
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Addendum PRA em 18/-1/2013, 19h11:
Acrescento um link para um simpático depoimento de alguém que se fez por seu próprio esforço, graças a uma boa professora, bons livros e uma imensa vontade de aprender. Ao que eu saiba, essas são as melhores tecnologias para o aprendizado real; essas tecnologias do governo são subterfúgios para quem não quer enfentar o problema real:
http://gilrikardo-blog.blogspot.com.br/2013/01/minha-escola.html

Itamaraty do B: politica externa paralela (by Himself, the People's Guide)

Lula reúne ministros de Dilma e “intelectuais” para tratar de política externa
Valor Econômico, 17/01/2013

Fora do comando da Presidência da República há dois anos, Luiz Inácio Lula da Silva reunirá na próxima segunda-feira integrantes do primeiro escalão do governo federal e intelectuais para debater a política externa brasileira e a integração com a América Latina. A uma plateia composta por políticos, ex-ministros e intelectuais brasileiros e de oito países sul-americanos, o ex-presidente deverá falar sobre os caminhos progressistas para o desenvolvimento, tema do encontro promovido pelo Instituto Lula, em um hotel em São Paulo.

Lula reunirá no evento o ministro da Defesa, Celso Amorim; o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Participarão também o diretor-executivo do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Ricardo Carneiro, e o secretário-executivo Adjunto da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Antônio Prado.
(…)
Lula já reuniu-se com organizações sociais para debater a integração da América Latina e deverá ter mais um encontro sobre o tema com empresários da região. No fim do mês, o ex-presidente irá a Cuba para uma conferência e para participar do lançamento do livro “Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, de Fernando Morais. Ainda não está definido se o petista tentará visitar o presidente venezuelano, Hugo Chávez, que está hospitalizado em Havana.

A partir de fevereiro Lula deve iniciar uma série de viagens pelo país. O petista pretende compensar as viagens que não conseguiu fazer no ano passado, durante as eleições, por estar com a saúde debilitada depois do tratamento contra um câncer na laringe. O ex-presidente voltou de férias na segunda-feira.

Venezuela: governo pelos proxies (e a Unasul e o Mercosul caladitos...) - Demetrio Magnoli

Interessante concurso de velocidade. No caso do impedimento paraguaio, tanto a Unasul quanto o Mercosul foram extremamente rápidos em decretar a ilegalidade do novo governo. No caso da Venezuela, devem estar tomando algum tempo de reflexão, até decidir apoiar, expressamente, o novo governo de "substituição" do chavismo sem caudilho....
Paulo Roberto de Almeida
Nosso amigo, o usurpador
Demétrio Magnoli
O Globo, 17/01/2013

A Venezuela já não tem um governo constitucional. Desde o 10 de janeiro, data do autogolpe do chavismo, o país encontra-se sob regime de exceção. A chefia de Estado é exercida por um usurpador, Nicolás Maduro, que não representa o povo, mas apenas o desejo do caudilho enfermo, tal como interpretado pelos altos círculos "bolivarianos". O próprio Hugo Chávez, internado em Havana, está sob os cuidados e o controle da ditadura cubana, que gerencia segundo seus critérios as informações sobre a saúde do paciente. Os venezuelanos, inclusive os eleitores do caudilho, não apenas perderam os meios para influir sobre o governo de seu país como também assistem à cassação de seu direito a saber o que se passa com o presidente reeleito. Quando usa a palavra "democracia" para fazer referência à Venezuela atual, Dilma Rousseff trai os valores que jurou preservar ao assumir a Presidência do Brasil.

Na democracia, a instituição da Presidência da República distingue-se da figura do presidente da República, que é o ocupante eventual do cargo. Nos regimes de caudilho, a distinção conceitual inexiste e, quando imposta por circunstâncias incontroláveis, torna-se fonte de crises dilacerantes. Chávez iludiu o povo ao apresentar sua candidatura à reeleição garantindo, mentirosamente, estar curado de um câncer cujas características jamais foram expostas aos eleitores. Em tese, um candidato chavista alternativo poderia disputar as eleições com chances de vitória, mas a hipótese não foi nem sequer considerada, pois a estabilidade do regime repousa sobre a figura do caudilho.

Segundo a Constituição venezuelana, na ausência do presidente eleito, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, deveria assumir provisoriamente a presidência. O governo provisório nomearia então uma junta médica para determinar se a ausência é temporária ou definitiva, caso em que seriam convocadas novas eleições. Mas, em Havana, a cúpula chavista reunida com Raúl Castro decidiu-se pela declaração da "continuidade" do governo de Chávez, violando duplamente a norma constitucional. A rejeição da instalação do governo provisório destinou-se a evitar a separação entre a instituição da presidência e a figura do caudilho. A rejeição da nomeação da junta médica destinou-se a preservar o sigilo sobre a situação médica do caudilho - ou seja, de fato, a consolidar a transferência para o regime castrista da palavra decisiva sobre a política venezuelana.

Os líderes chavistas justificaram a violação da norma invocando o respeito à "soberania popular", isto é, ao voto do eleitorado que conferiu o novo mandato a Chávez. Efetivamente, porém, entregaram a presidência a alguém que não foi eleito por ninguém: Maduro, o vice-presidente nomeado por Chávez no mandato que se encerrou a 9 de janeiro. Na Venezuela, vices-presidentes não são eleitos, mas nomeados e demitidos pelo presidente como qualquer ministro. O usurpador instalado no palácio presidencial de Caracas não tem a legitimidade de Chávez nem a de Cabello, que representa o parlamento. Justamente por esse motivo, foi alçado ao exercício da presidência: Maduro é o reflexo espectral do caudilho, cumprindo a missão de ocupar o vazio político no lugar de um detentor de legitimidade popular - mesmo se esse personagem é um chavista histórico como Cabello.

Não se sustenta o paralelo sucessório com o Brasil do ocaso da ditadura militar. Em março de 1985, hospitalizado às pressas, o presidente eleito, Tancredo Neves, faltou à própria posse. O vice-presidente eleito, José Sarney, assumiu a Presidência por força de um acordo inconstitucional entre líderes civis e militares, que evitou a entrega da chefia de Estado ao presidente da Câmara, o oposicionista Ulysses Guimarães. Apesar de tudo, o compromisso apoiou-se nos andrajos de legitimidade de Sarney - que, na condição de companheiro de chapa de Tancredo, triunfara no Colégio Eleitoral. Na Venezuela, em contraste, o cargo de presidente é exercido por um personagem carente de legitimidade democrática: Maduro só ocupa a cadeira presidencial pois, desde que Chávez o sagrou como "sucessor", converteu-se no "corpo substituto" do caudilho.

Regimes revolucionários não admitem os limites impostos pelas leis. Entretanto, até hoje, o chavismo moveu-se na esfera de uma legalidade relativa, sempre ampliada e continuamente reinterpretada. Agora, uma corte suprema dominada por juízes chavistas bem que tentou preservar as aparências legais, mas só conseguiu cobrir-se de ridículo. O tribunal não podia prorrogar o mandato de Chávez, algo flagrantemente arbitrário, nem proclamar que um novo mandato teve início sem a posse do presidente, pois isso implicaria a vacância da vice-presidência e dos demais cargos ministeriais. Os juízes "solucionaram" o dilema pela declaração onírica de que, sob o "princípio da continuidade administrativa", o antigo mandato prossegue como um mandato novo. O vulgar truque circense serve para conferir um verniz legal à permanência do vice-presidente e dos outros ministros nos cargos que ocuparam no mandato presidencial encerrado.

O dirigente chavista Elías Jaua definiu o autogolpe chavista como "um marco na construção da democracia": a comprovação de que "o povo manda por cima dos formalismos da democracia burguesa". O Paraguai foi corretamente suspenso do Mercosul após um processo parlamentar de impeachment que respeitou a letra da Constituição, mas violou seu espírito, ao negar ao presidente o direito à ampla defesa. A Venezuela é um caso muito mais grave, pois o autogolpe viola tanto a letra quanto o espírito da Constituição. O governo brasileiro, contudo, indiferente aos imperativos básicos de coerência, abraça-se ao usurpador e sacrifica a cláusula democrática do Mercosul às taras ideológicas do PT. O nome disso é corrupção moral.

"Cardeais" do LGBTs exigem passaporte diplomatico: Itamaraty vai estudar o caso...

A concessão de passaportes diplomáticos a dois "líderes" (seja lá o que isso queira dizer) da Igreja Universal do Poder de Deus (my God!) foi explicada pelo Itamaraty como um estatuto de não indiferença em relação às diversas religiões do Brasil (são muitas, como vocês podem imaginar, pois todo dia tem um pastor esperto que cria uma nova seita com base na teologia da prosperidade), já que os cardeais da Igreja Católica recebem passaporte diplomático. Parece-me que confundiram o Estado do Vaticano com uma umbanda qualquer, mas vá lá...
Agora, vai ser a enxurrada de pedidos, inclusive dos "cardeais" -- que me perdõem os próprios -- dessa igreja extremamente ativa, proselitista e com pretensões à universalidade que são as várias denominações de gênero (me perdõem os próprios, mas eu não sei quantos são; no meu tempo, e parece que ainda hoje, os formulários padronizados só tem opção entre M e F, mas parece que vão providenciar aggiornamento desses formulários politicamente incorretos.
A propósito, recebi de um colaborador constante, fiel e bem humorado deste site, o seguinte comentário:

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem...
Depois do passaporte diplomático "vermelho-greenback"-para pastores evangélicos(!)-Itamaraty lançará o passaporte diplomático "vermelho-salmon"(para comunidade GLBT)!
...Soooocoooorooooo...! Alguém chama o Bolsonaro!
http://www.abglt.org.br/port/basecoluna.php?cod=273
Resposta ao pedido: Indeferido!
Justificata:A "Casa" não gosta de "concorrência"!
Vale!
P.S.:...como diria o "poetinha":"...Eu sou alcoólatra!"
Vale!


Assim seja...
Paulo Roberto de Almeida

Associação gay exige direito a passaporte diplomático

Organização enviou ofício ao Itamaraty em tom de cobrança já que líderes evangélicos ganharam documento na última semana. "Não pode ser privilégio de um grupo", disse

Agência Estado | 17/01/2013 16:35:49
A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) encaminhou nesta quinta-feira um ofício ao Itamaraty pedindo a concessão de passaportes diplomáticos a 14 de seus membros. O pedido tem o tom de cobrança, já que, nesta semana, o Ministério das Relações Exteriores liberou seis passaportes a líderes religiosos de igrejas evangélicas.
Toni Reis, presidente da associação, redigiu uma carta ao ministro Antonio Patriota exigindo igualdade de direitos, sob argumento de que a ABGLT também atua fora do País. " (A concessão de passaportes diplomáticos) não pode ser privilégio ou de uma religião, ou de um grupo. Senão é discriminação", disse Reis.
No ofício encaminhado ao Itamaraty, o presidente escreveu: "Viemos solicitar que sejam concedidos da mesma forma passaportes diplomáticos para os/as integrantes da ABGLT relacionados a seguir, para que possam realizar um trabalho de promoção e defesa dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) nos 75 países onde ser LGBT é crime e nos 7 países onde existe pena da morte para as pessoas LGBT".
Só na última semana, seis líderes de igrejas evangélicas receberam passaportes diplomáticos com validade de um ano: Romildo Ribeiro Soares - o R.R Soares - e sua mulher, ambos da Igreja Internacional da Graça de Deus; o apóstolo Valdemiro Santiago de Oliveira e sua mulher, da Igreja Municipal do Poder de Deus; e da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, Samuel Cássio Ferreira e Keila Campos Costa.
Brasileiros com passaporte diplomático têm direito a acesso em filas separadas em alguns aeroportos do mundo e dão a facilidade para obtenção de vistos em alguns países. O Ministério das Relações Exteriores informou por meio da assessoria de imprensa que todos os pedidos formalizados são analisados, caso a caso.
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ABGLT SOLICITA DE CONCESSãO DE PASSAPORTES DIPLOMATICOS PARA ATIVISTAS LGBT
2013-01-17 07:30:44

Ofício PR 006/2013 (TR/dh) Curitiba, 17 de janeiro de 2013

Ao: Exmo. Sr. Ministro Antonio Patriota
Ministério das Relações Exteriores

Assunto: Solicitação de concessão de passaportes diplomáticos para ativistas LGBT

Senhor Ministro,

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) é uma entidade nacional fundada em 1995 que atualmente congrega 256 organizações LGBT de todo o Brasil, tendo como objetivo promover e defender os direitos humanos destes segmentos da sociedade.

Soubemos através da mídia que o Itamaraty concedeu passaportes diplomáticos para líderes religiosos, inclusive da Igreja Católica, da Igreja Internacional da Graça de Deus e da Igreja Assembleia de Deus.

Tendo em vista que a ABGLT também atua internacionalmente, tendo status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas, além de atuar em parceria com diversos órgãos do Governo Federal, vimos solicitar que sejam concedidos da mesma forma passaportes diplomáticos para os/as integrantes da ABGLT relacionados a seguir, para que possam realizar um trabalho de promoção e defesa dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) nos 75 países onde ser LGBT é crime e nos 7 países onde existe pena da morte para as pessoas LGBT.

Na expectativa de sermos atendidos, renovamos nossos votos de estima e consideração e colocamo-nos à disposição pelo telefone 41 9602 8906.

Cordialmente,

Toni Reis
Presidente

Paulo Sergio Paixao de Jesus
Passaporte nº FF048766

Carlos Magno Silva Fonseca
Passaporte nº FD358502

Eliziario Benvindo da Silva
Passaporte nº FG835521

Antonio Luiz Martins dos Reis
Passaporte nº FE380842

Luiz Roberto Barros Mott
Passaporte nº FG574304

Heliana Hemetério dos Santos
Passaporte nº CY786610

Vinícius Alves da Silva
Passaporte nº FG018506

Sirlene Candido
Passaporte nº FF864557

Ione Baptista Lindgren
Passaporte nº CI945316

Lula Ramires Neto
Passaporte nº FB076832

Victor De Wolf Rodrigues Martins
Passaporte nº FE135752

Diego Callisto
Passaporte nº FF003433

Fernando Santos Rodrigues da Silva
Passaporte nº CY629566

Márcia Gomes de Moraes
Passaporte nº FB44335

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Brazil's economy: back to the Eighties?

http://blogs.ft.com/beyond-brics/2013/01/15/brazils-monetary-jeitinho/#ixzz2I9ww8xlc

Brazil’s monetary jeitinho
Financial Times, Jan 15, 2013
by Samantha Pearson

If there’s one Portuguese word you need to learn before coming to Brazil it’s jeitinho. Literally “little way”, it refers to the nationwide habit of circumventing rules or conventions through highly creative, cunning and sometimes downright illegal tactics.
Can’t get tickets to a show or pass your driving test? Don’t worry; you just need to find a jeitinho. It also works for managing the economy, it seems.
With growth still sluggish and prices rising faster than expected, Brazil’s central bank and finance ministry are also becoming pros at the jeitinho – albeit the legal kind.
Although the central bank is expected to leave Brazil’s benchmark interest rate unchanged at 7.25 per cent on Wednesday, this Bloomberg article suggests it is opting for a “stealth rate cut” instead:
The rate that banks charge each other for overnight loans, known as DI, was 6.93 percent on Jan. 14, marking the 23rd straight day it has been more than a quarter-percentage point below the central bank’s 7.25 percent target. The 0.32 differential is more than double the average over the past decade and compares with gaps of less than 0.1 percentage point in the U.S. and neighbors Colombia and Chile.
The growing rate gap in Brazil, which was sparked by an increase in cash levels that central bank President Alexandre Tombini has left unchecked, is rendering useless traders’ models designed to calculate the probability of policy moves in coming days and months, according to Votorantim Ctvm Ltda. By allowing the overnight rate to drop, Tombini is adding stimulus to a sputtering economy without having to announce the 11th reduction in the target since 2011.
With rate increases out of the question, Finance Minister Guido Mantega is also helping out with a few jeitinhos of his own to control inflation.
São Paulo’s mayor, Fernando Haddad, told Brazil’s Rádio Estadão on Tuesday that Mantega had asked him to put off increases in the city’s bus fares for a few months to ease inflation.
Mantega is already somewhat of an expert at the jeitinho. He has spent the past couple of years dabbling with the country’s taxes to micro-manage growth and the currency. Brazil’s fiscal targets have also required some creativity, as Tony Volpon at Nomura explains:
In the first few days of the year, the government announced a series of accounting transactions to meet its fiscal primary surplus target of 3.1% of GDP. These included discounting up to BRL40.5 billion in investments made under the PAC investment program, “anticipating” BRL20.6 billion in dividend payments from state-owned banks (which in turn are “capitalized” by receiving government debt directly from the Treasury), and by withdrawing BRL12.4 billion from the Sovereign Wealth Fund (which was invested 100% in local government debt, unlike any other sovereign wealth funds, which hold foreign investments).
While none of these measures are breaking any rules (nor is Brazil the only country to use them), the market would now like to see a little more straight-taking when it comes to inflation at least, says Alberto Ramos at Goldman Sachs:
We are of the view that at a certain point the central bank needs to own the inflation problem and acknowledge that just remaining on automatic pilot may not be enough to drive inflation to the 4.5% target by year-end 2013. That was the narrative of 2012 and inflation did not converge to the target despite much weaker real growth that originally expected. In fact, the IPCA [consumer price index] printed above 5% for the third consecutive year, averaging a high 6.1% during 2010-12. This suggests that in the eyes of the market the authorities have been viewing the wide ±2.0% band around the generous 4.5% target as a “band of tolerance” rather than a “band of variation” to accommodate price shocks.
Related reading:
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UK economy overtakes Brazil…sorry, beyondbrics
Brazil’s GDP: slower and ever slower, beyondbrics
Roussolph the red-nosed reindeer, beyondbrics

Politica economica: oh ceus, eu sabia que nao ia dar certo - Alexandre Schwartsman

ALEXANDRE SCHWARTSMAN

O discreto charme do fracasso
Folha de S.Paulo, 16/01/2013

A estabilidade não é condição suficiente para o crescimento acelerado, mas não deixa de ser necessária

Durante os anos em que vigorou no Brasil o "tripé macroeconômico" (câmbio flutuante, metas para a inflação e um compromisso sério com o superavit primário), cansei de ouvir economistas que prometiam o paraíso caso o país abandonasse o regime.

Não se trata de caricatura. Basta ver o tanto de tinta usado para afirmar que todos os problemas do país se resumiam a dois preços "fora de lugar": a taxa de câmbio e a taxa de juros; portanto, uma vez "corrigidos" esses preços, o caminho para o crescimento se acharia desimpedido.

Esse desejo de mudança foi atendido. Desde 2009, não sabemos o que é ter inflação na meta (está no intervalo permitido, mas -veja que curioso- sempre na sua parte superior, mais perto do teto que da meta). Já de flutuante a taxa de câmbio só preservou o nome, encaixotada entre R$ 2,00 e R$ 2,10 por dólar. Por fim, em apenas um dos últimos quatro anos a meta de superavit primário foi atingida sem artifícios contábeis.

A valer o que esse pessoal assegurava, a economia brasileira deveria estar crescendo a taxas aceleradas, mas, bem sabemos, não é o caso. Depois de aumento medíocre em 2011, a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) não deve ter superado 1% no ano passado e, apesar da nova rodada de promessas dos elfos videntes, provavelmente nos encaminhamos para mais um ano de baixo crescimento em 2013 (cerca de 3%). Não bastasse isso, o investimento cresce como rabo de cavalo, caindo por cinco trimestres consecutivos (provavelmente seis, mas isso só se saberá em março).

Economistas sérios se aproveitariam disso para tentar entender o que deu errado. Já o presidente da Associação Keynesiana Brasileira, antro da fina flor dos "keynesianos de quermesse", prefere inovar. Segundo artigo cometido no jornal "Valor" na semana passada, a culpa pelo baixo crescimento é a "herança maldita", isto é, o regime de política econômica ("ortodoxa") que vigorou no país.

Sob outras condições, chegaria a ser engraçado: o mesmo regime não impediu a economia de crescer em torno de 4% ao ano (e o investimento, mais do que isso, vindo de 15% para 19% do PIB), mas, em virtude de alguma mágica não explicitada, seria atualmente o responsável pelo baixo desempenho, e isso durante o período em que foi solenemente abandonado. Segundo tal lógica, a causa da obesidade não é comer muito e se exercitar pouco, mas, sim, ter, anos atrás, comido pouco e se exercitado muito...

Ainda no domínio impecável da lógica, o líder quermesseiro afirma que não se pode comparar o Brasil aos demais países latino-americanos (Chile, Colômbia e Peru) para avaliar o efeito negativo dos fatores externos sobre o crescimento porque se trata de economias "de pequeno porte (...), cujo dinamismo é derivado primordialmente da exportação de commodities e produtos agrícolas".

Parece ter esquecido que economias desse tipo são precisamente as que mais sofreriam, seja em termos de crescimento, seja de investimento, caso a origem da desaceleração econômica fosse a crise externa. Seu desempenho superior ao brasileiro em ambos os quesitos, pelo contrário, apenas reforça a noção de que os problemas nacionais têm origem doméstica.

A verdade é que a cada dia se torna mais claro que as promessas de aceleração do crescimento pela adoção de um novo regime de política econômica não se materializarão. Mesmo sabendo que a estabilidade não é condição suficiente para o crescimento acelerado, ela não deixa de ser condição necessária, e os custos do abandono do tripé se tornam crescentemente visíveis, em particular no campo inflacionário, piorando o ambiente em que as empresas tomam suas decisões de investimento.

Só o discreto charme do fracasso, na definição precisa de Mário Mesquita, justifica o espaço dedicado àqueles que, mesmo confrontados com o fiasco de suas proposições, ainda se arrogam o direito de negar o que a realidade insiste em revelar.

ALEXANDRE SCHWARTSMAN, 49, é doutor em economia pela Universidade da Califórnia (Berkeley), ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil, sócio-diretor da Schwartsman & Associados Consultoria Econômica e professor do Insper. Escreve às quartas nesta coluna. www.maovisivel.blogspot.com
alexandre.schwartsman@hotmail.com

Mediocridade educacional: adivinhe onde...

Nao, nao e' no Brasil, pelo menos desta vez, a despeito dos esforcos do MEC de sempre empurrar para baixo os oadroes educacionais e de ensino no Brasil.
Nada menos do que no coracao do Imperio, onde o politicamente correto ja saiu da academia e contaminou inteiramente o governo. A Uniao parece empenhada em mediocrizar o ensino: certamente o MEC vai seguir a tendencia.

Why All the Cool Kids Are Reading Executive Order 13423

A great article from Lindsey M. Burke at Fox News
January 15, 2013

A war of words is brewing. But this one doesn’t involve slinging insults. It’s a battle over what forms of writing — novels, poems, and non-fiction — will define English instruction for millions of American schoolchildren in the years to come.

Sparking this war is the Common Core standards push — an effort to nationalize the standards and assessments upon which every public school in America would base its curriculum. The Obama administration has poured billions of dollars into the effort via federal “Race to the Top” grants.

As always when it comes to federal largesse, there are strings attached. And in this case, it’s pulling the rug out from under classic literature.

Literacy experts point out that The Common Core denigrates the value of teaching literature in the classroom. Instead, English teachers are being told that 50 percent of their course material must be derived from “informational texts.” (Actually, the informational text requirement starts at a “mere” 25 percent of reading material for kindergarteners. It rises to 70 percent for high school seniors.)

What, exactly, meets the definition of informational texts? Among those recommended on the national standards list we find The Federal Reserve Bank’s “FedViews,” “The Evolution of the Grocery Bag,” and “Health Care Costs in McAllen, Texas.” And, roll over For Whom the Bell Tolls, it’s time to make way for that GSA classic: “Executive Order 13423: Strengthening Federal Environmental, Energy, and Transportation Management.”

Thus is the literary genius of Washington bureaucrats elevated over that of Hugo, Heller, and Huxley.

Eschewing great literature for ghastly technical reports doesn’t make much sense to those charged with getting young people to read — hopefully with some degree of enthusiasm. And there’s a total lack of research suggesting that education will be advanced by a forced march to Executive Orders.

The University of Arkansas’ Sandra Stotsky argues that an emphasis on informational texts actually prevents children from acquiring “a rich understanding and use of the English language” and “may lead to a decreased capacity for analytical thinking.” Dry government documents such as those recommended in the Common Core’s are “hardly the kind of material to exhibit ambiguity, subtlety, and irony,” she observes.

Fiction authors try to describe phenomena in a way they haven’t been described before. They use figurative expression to convey abstract ideas. These are writers who create art and expression in a way that tackles difficult philosophical questions in a palpable format; in a way that gets to the root of all things. This is the kind of reflection that trains citizens capable of self-government.

Jane Austen, Charles Dickens, J.D. Salinger, Washington Irving, Edith Wharton, James Joyce, Sinclair Lewis — all achieved that complex goal. And all are absent from the Common Core list.

Granted, the list is a list of suggested material. But the requirement for teachers to derive more than half their assigned reading from informational texts is no mere suggestion. States have signed Memoranda of Understanding with the U.S. Department of Education agreeing to meet the requirement. Inevitably, teachers will have to jettison great literary works to ensure children consume the government’s minimum daily dose of executive orders.

No wonder columnist Alexandra Petri refers to the Common Core as “the great Purge of Literature.”

“Words in regulations and manuals,” she writes, “are words mangled and tortured and bent into unnatural positions, and the later you have to discover such cruelty, the better.” Indeed.

If the central planners make mistakes with Common Core, Dr. Jay Greene argues, they impose those mistakes on the entire nation — and such mistakes will be nearly impossible to correct. But the arguments over literature make it clear that even if we could correct mistakes, widespread, national consensus about what should be taught in every school in America will remain elusive.

More importantly, those decisions will be far removed from teachers and parents — the people who should have the most say in what children are taught.

The good news is: states can end this war of words. Instead of abdicating responsibility for standards and assessments — and ceding more control over education to Washington and national organizations — state leaders can extricate their teachers and students from this national standards boondoggle.

States and local school districts can have success improving their standards and assessments without surrendering control to Washington. At the same time, they should work to increase transparency about school outcomes to parents (for example, implementing a straightforward A-F grading scale for schools), provide flexibility for local school leaders, and advance systemic reforms that include school choice options for families. Those reforms will go a long way in improving academic outcomes while at the same time preserving local control of education.

But if states stay on the Common Core bandwagon, say goodbye to 1984, Animal Farm and Brave New World. No need for kids to be reading those books, anyway. They’ll be living them.

Read more: http://kirkcameron.com/2013/01/why-all-the-cool-kids-are-reading-executive-order-13423/#ixzz2I4aqzpwM

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...