domingo, 20 de dezembro de 2020

A parábola do crescimento brasileiro: do sucesso (dos anos 40 aos 80) à estagnação (dos 80 a 2020): um declínio secular? - Ricardo Bergamini, Gustavo Patu (FSP)

 Depois de alguns anos de retomada do crescimento – no início dos anos 2000, e ainda assim com, demanda puxada pela China – o Brasil volta a decepcionar: 

De 2011 até 2019, sem pandemia, o Brasil cresceu 6,78% no período, ou seja 0,75% ao ano. 

Em 2020, com pandemia, há uma previsão de queda de 4,40%. Com isso a década fechará com um crescimento de 2,38%, ou seja: 0,24% ao ano. E o mundo uma média de 3,0% ao ano.

Ricardo Bergamini

www.ricardobergamini.com.br



Brasil cresce apenas 2,2% na década, enquanto mundo avança 30,5%

​​

Gustavo Patu na Folha de S.Paulo 20 dezembro, 2020


 

Em poucos dias o Brasil completará 40 anos em que sua economia cresce abaixo do ritmo mundial. No período, nunca essa disparidade foi tão grande quanto nesta década prestes a acabar.

 

De 2011 a 2020, o país empobreceu em termos absolutos e relativos. Seu PIB (Produto Interno Bruto) terá crescido não mais de 2,2%, se considerada uma projeção de queda de 4,5% neste ano — em razão do impacto da Covid-19 — feita pelo Ministério da Economia.

 

No mesmo período, segundo cálculos do FMI (Fundo Monetário Internacional), o PIB global terá crescido 30,5%, mesmo com recuo semelhante ao brasileiro neste 2020.

 

A taxa de 2,2% numa década, que seria fraca até como um resultado anual, é bem inferior à do crescimento da população brasileira ao longo desses dez anos, estimada pelo IBGE em 8,7%. Em outras palavras, a renda média nacional por habitante encolheu.

 

Para além da estatística, a cifra se traduz em óbvia perda de bem-estar da população, mensurável em índices como os de desemprego e pobreza.



A Casa Branca virou um hospício terminal

 Se não estivesse relatado no New York Times eu diria que é tudo invenção de lunáticos.

Reunião de Trump com conselheiros tem "gritos" e ideias para anular eleição

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante cerimônia no Salão Oval, na Casa Branca - Saul Loeb/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante cerimônia no Salão Oval, na Casa BrancaImagem: Saul Loeb/AFP

Do UOL, em São Paulo

20/12/2020 09h04 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve uma reunião acalorada com conselheiros na última sexta-feira, no Salão Oval da Casa Branca. Assessores voltaram a sugerir que ele usasse a lei marcial para reverter o resultado da eleição presidencial, na qual ele foi derrotado pelo democrata Joe Biden, e que a Venezuela estaria por trás das fraudes.

Mesmo com a ratificação da vitória de Biden pelo Colégio Eleitoral, na semana passada,Trump segue questionando o resultado. Ele chegou a prometer "um protesto selvagem" em Washington no dia 6, quando o Congresso se reúne para confirmar os resultados da eleição. Trump foi derrotado por Biden por mais de 7 milhões de votos.

Segundo relatos do jornal New York Times, a reunião teve gritos e muitas desavenças. Participaram, além do presidente, Sidney Katherine Powell, advogada e ex-promotora federal; o advogado pessoal de Trump, Rudolph Giuliani, por telefone; Michael Flynn, ex-assessor de segurança nacional do presidente, entre outros funcionários do alto escalão do governo.

Flynn teria sugerido novamente que Trump deveria invocar a lei marcial para reverter a derrota na eleição. No início da semana, ele havia feito o mesmo comentário. O jornal não informou qual teria sido a reação de Trump sobre a ideia.

Já Powel, advogada da campanha de Trump, vem insistindo na teoria de um plano venezuelano para fraudar urnas eletrônicas nos Estados Unidos. Assessores e pessoas próximas a Trump não estão convencidos da teoria, mesmo com ela apresentando alguns documentos para embasar a sua suspeita.

Na reunião, foi discutida também a indicação de Powell como advogada especial na investigação sobre as supostas fraudes cometidas no processo eleitoral do país, acusação que Trump vem fazendo desde o dia da eleição, mas até agora sem provas. Todas as tentativas dos advogados do presidente de levar o caso a justiça foram barradas pelos tribunais por falta de evidências.

Outra ideia que surgiu na reunião foi a possibilidade do governo emitir uma ordem executiva que permitiria o acesso às urnas para inspeção.

O advogado da Casa Branca, Pat A. Cipollone, e o chefe de gabinete, Mark Meadows, rechaçaram repetida e agressivamente as ideias propostas por Flynn e Powell, assim como outros integrantes da equipe de Trump que participara virtualmente da reunião, segundo disseram fontes ao New York Times.

Neste momento, uma fonte diz que a reunião "ficou feia", com Powell e Flynn acusando os outros de abandonar o presidente enquanto na tentativa de anular os resultados da eleição.

Vale lembrar que Flynn, general reformado, foi investigado por negociações secretas com o representante da Rússia em Washington. Ele se declarou culpado, em 2017, de dar falso testemunho ao FBI nas investigações sobre a interferência russa na eleição presidencial dos Estados Unidos em 2016, que elegeram Trump.

No ano passado, Flynn mudou de advogado e de estratégia de defesa, apresentando-se como vítima de manipulação política. Este ano, Trump perdoou o ex-assessor por ter mentido para o FBI.

Um número inteiro do Shanghai Daily dedicado quase que inteiramente, exclusivamente, ao tema da Covid-19

 Um número inteiro do Shanghai Daily dedicado quase que inteiramente, exclusivamente, ao tema da Covid-19: December 20, 2020 

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