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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quarta-feira, 8 de julho de 2009

1206) Pesquisa cientifica sobre a falta de sono

Bem, agora pelo menos eu fico sabendo o que vai me acontecer se eu continuar trabalhando noite adentro, enganando o sono e dormindo pouco.
Ou talvez já tenha acontecido...
Se com os ratos 78 genes foram modificados, minha conta já deve ter passado de 200 genes.
Vou pedir para contar...

Efeitos genéticos da falta de sono

Ratos privados de sono por 96 horas mostram alterações em 78 genes, segundo estudo realizado por pesquisadores do Instituto do Sono da Unifesp. Trabalho foi publicado na Behaviourial Brain Research

Qual é a extensão das modificações moleculares ocorridas no cérebro depois de quatro dias e quatro noites sem dormir? E até que ponto um descanso de 24 horas pode reverter essas mudanças? Essas questões foram abordadas por um estudo feito na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com o objetivo de investigar as bases biológicas dos distúrbios de sono.

De acordo com o estudo, ratos privados por 96 horas do sono REM -- fase que ocorre, em humanos, predominantemente na segunda metade da noite e que cientistas acreditam estar relacionada às funções cognitivas como atenção e memória, entre outras funções -- apresentaram modificações em apenas 78 genes transcritos. Depois de 24 horas de descanso, 62% dos genes tiveram sua expressão normalizada. O estudo foi publicado na revista Behaviourial Brain Research.

A pesquisa foi feita no Instituto do Sono, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fapesp. Os autores do artigo foram Camila Guindalini, Monica Andersen, Tathiana Alvarenga, Kil Sun Lee e o coordenador do instituto, Sergio Tufik.

O modelo experimental gerou muita informação sobre a reação dos animais em termos de comportamento, capacidade de atenção, modificações hormonais e dados neuroquímicos. (...)
"Sabemos que depois de 96 horas de privação de sono REM o animal não pode voltar à situação normal após o rebote. Ele pode demorar até dez dias para recuperar as condições anteriores. Um outro trabalho, por exemplo, mostrava que fêmeas privadas do sono por 96 horas, durante uma fase específica do ciclo estral, tinham o ciclo interrompido por dez dias", afirmou a pesquisadora.
(...)
Esse tipo de modelo experimental foi aplicado a humanos também, segundo Camila. "Temos estudos nos quais monitoramos, por polissonografia, pessoas privadas do sono REM durante 96 horas. Também estudamos pessoas sob privação total de sono durante 48 horas."

O artigo To what extent is sleep rebound effective in reversing the effects of paradoxical sleep deprivation on gene expression in the brain?, de Camila Guindalini e outros, pode ser lido em http://www.sono.org.br
(Fábio de Castro, Agência Fapesp, 8/7)

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Bem, agora já estou avisado...

1205) Sobre a mentira no Brasil

A cultura da mentira
por João Luiz Mauad
08 de junho de 2007

Resumo: No Brasil, políticos e servidores públicos, por mais fortes que sejam as acusações e as evidências contra eles, sequer se dignam a afastar-se dos cargos durante as investigações e processos, enquanto seus superiores, correligionários e, em vários casos, até mesmo os seus opositores, agem como se nada houvesse.
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As virtudes morais são produto do hábito. (Aristóteles)

Corrupção na administração pública há em toda parte, mesmo em países desenvolvidos, com leis estáveis e instituições fortes. O que difere é a intensidade, que varia em função do nível de intervencionismo do Estado na vida social e, principalmente, da reação da sociedade diante do problema. Enquanto nações que dispõem de controles institucionais rígidos, leis transparentes e, acima de tudo, têm a verdade como um valor supremo tendem a cobrar dos seus representantes atitudes enérgicas contra a bandalheira e não se deixam engabelar com facilidade, outras, como a nossa, demonstram excessiva leniência diante da questão, permitindo que a corrupção consuma a incrível porção de 12% do PIB.

O nível de tolerância das sociedades em relação ao problema da corrupção pode ser medido não apenas pelos índices de impunidade, que em países como o nosso chegam perto da totalidade, mas também pelas reações dos criminosos quando “fisgados” pela lei. Recentemente, dois cidadãos japoneses cometeram suicídio, antes mesmo de serem julgados, porque julgaram que não poderiam conviver com tamanha desonra. Há alguns anos, um funcionário público norte-americano deu um tiro na própria boca, em frente às câmeras de TV, porque, flagrado num caso de corrupção, simplesmente “não suportava mais olhar nos olhos dos filhos”. Exemplos semelhantes, mesmo que não tão trágicos, abundam.

Já em Pindorama, pelo menos desde o suicídio de Getúlio Vargas, a coisa funciona de forma diferente. Políticos e servidores públicos, por mais fortes que sejam as acusações e as evidências contra eles, sequer se dignam a afastar-se dos cargos durante as investigações e processos, enquanto seus superiores, correligionários e, em vários casos, até mesmo os seus opositores, numa clara demonstração de corporativismo, agem como se nada houvesse. Honra, probidade, dignidade e vergonha na cara são valores há muito aposentados pelo relativismo moral que impera por aqui.

Ninguém assume coisa alguma. Ninguém jamais confessa nada. Sempre há uma boa desculpa, uma estória mirabolante a justificar qualquer coisa, por mais estranha e inverossímil que possa parecer. Inventam-se álibis, desculpas esfarrapadas e enredos os mais diversos para escapar da justiça. E o pior de tudo é que, na maioria das vezes, tais estratégias dão certo.

Ao contrário das nações que desenvolveram sociedades avançadas, fundadas em padrões morais onde prevalece a verdade, nossas instituições (formais e informais) foram estabelecidas sobre uma cultura da mentira. Aqui, todo mundo está mentindo até prova em contrário. As leis são estabelecidas na presunção de que somos todos mentirosos e apenas eventualmente dizemos a verdade. Alguns exemplos de procedimentos burocráticos, ou mesmo processuais, que só existem no Brasil e em alguns outros poucos lugares, dão bem a noção da coisa.

Certa vez tentei explicar a um inglês o que vem a ser uma cópia autenticada em cartório e o porquê da sua exigência ser tão disseminada por essas plagas. Parecia uma conversa de surdos. Meu interlocutor não entendia que as pessoas pudessem desconfiar da autenticidade de um documento antes mesmo que este lhes fosse apresentado. Sequer lhe passava pela cabeça que a palavra do portador ou responsável não bastasse. É claro que nem tentei explicar o nosso famigerado “reconhecimento de firma”, que recentemente evoluiu para “reconhecimento de firma por autenticidade”.

Ora, a mim pelo menos parece evidente que, se a verdade deve ser sempre provada e comprovada, ela passa a ser vista como exceção, não como regra. A mentira, por outro lado, é aceita como um hábito, uma tradição impregnada na cultura. Esse costume é tão disseminado que foi absorvido pela própria lei nos processos judiciários. Diferentemente do que ocorre em muitos países, onde o crime de perjúrio é gravíssimo e, quase sempre, funciona de forma a aumentar a penalidade do réu, por aqui a mentira dita em juízo não costuma trazer conseqüências. Muito pelo contrário, sua utilização é, em muitos casos, tida como perfeitamente legítima.

Diga-me com sinceridade, estimado leitor, há algo mais patético do que aqueles inquéritos parlamentares, transmitidos ao vivo pela TV, em que testemunhas e réus respondem às perguntas protegidos por uma liminar da justiça concedendo-lhes o “direito” de omitir a verdade? Quem não se lembra, por exemplo, do jeito cínico, beirando o escárnio, de diversos depoentes perante as inúmeras CPI's do Congresso, todos devidamente autorizados a mentir?

Aristóteles já dizia que as virtudes morais não são produzidas no ser humano pela natureza, mas são produto do hábito. O comportamento humano, por seu turno, é bastante influenciado por estímulos exteriores. Desde cedo, o homem aprende reagindo a incentivos produzidos pelos ambientes natural e social. Se o meio é propício à mentira, se o engodo é incentivado pela própria cadeia institucional, se não criamos as condições necessárias para que a verdade seja a regra e não a exceção, nada adianta chorar sobre o leite derramado.

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1204) Sobre curriculos enganosos

Dilma admite que currículo acadêmico continha erro
Raphael Gomide
Folha de S. Paulo, 08.07.2009

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) reconheceu ontem que havia erros no seu currículo na Plataforma Lattes e em sua biografia na página do ministério. Ela admitiu que não concluiu os cursos de mestrado e doutorado na Unicamp, mas afirmou não saber quem inseriu as informações erradas -apesar de o documento ter certificado digital do autor.
A Plataforma Lattes é uma base de dados acadêmicos, mantida pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Dilma disse que cumpriu todos os créditos do mestrado e do doutorado, mas não finalizou a dissertação e a tese porque estava em cargos públicos. A ministra afirmou que o currículo foi preenchido em 2000, quando ainda era doutoranda e não tinha sido jubilada.
Lá [no currículo acadêmico] tem um equívoco, sim: a parte relativa ao mestrado está errada. A relativa ao doutorado não estava errada no que se refere a ser doutoranda. Mas está errada no que se refere ao curso que eles me botaram [ciências sociais]. Retificamos as duas coisas. Não sei que vantagem teria de falar que tinha feito ciências sociais e não economia, minha profissão pública. Estou olhando como isso ocorreu.
A revelação de que havia erros no currículo foi feita pela revista Piauí deste mês.
A assessoria de imprensa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) informou que vai checar hoje com a Diretoria Acadêmica se Dilma foi aluna de mestrado da instituição. Em princípio, a assessoria havia afirmado que a ministra não tinha cursado o mestrado.
A Casa Civil enviou à Folha declaração da Unicamp de que ela estava regularmente matriculada no programa de pós-graduação [nível mestrado] em ciências econômicas, entre março de 1978 e julho de 1983.
Eu me mudei para lá [Campinas], morei, tenho colegas. Minha filha tinha dois anos, fiz um baita esforço, fiquei lá dois anos e meio, disse a ministra.
Sobre o doutorado, a assessoria da Unicamp disse que Dilma entrou no curso em 1998 e poderia concluí-lo até 2004, mas teve a matrícula cancelada em 2000, por falta de inscrição.
Por que não concluí a tese [de mestrado]? Pelo mesmo motivo que não concluí o doutorado. Eu fui ser secretária da Fazenda. Não estava gazeteando nada, estava trabalhando. Segundo o próprio site da Casa Civil, porém, ela só veio a ser secretária da Fazenda de Porto Alegre em 86, três anos depois.

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Lula tem razão: não confie nos doutores
Elio Gaspari
Folha de S. Paulo, 08.07.2009

LOGO NO GOVERNO de um presidente que chegou ao Planalto sem diploma de curso secundário e gosta de ironizar canudos, descobriu-se que dois de seus ministros ostentaram títulos universitários maquiados. A repórter Malu Gaspar revelou que, ao contrário do que informava o Itamaraty, o chanceler Celso Amorim jamais teve título de doutor em ciências políticas e econômicas pela London School of Economics. Pior: a biografia oficial de Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, candidata à Presidência da República, informava que ela é "mestre em teoria econômica" e doutoranda em economia monetária e financeira pela Unicamp. A Plataforma Lattes, do CNPq, registrou que ela obteve o mestrado com uma dissertação sobre "Modelo Energético do Rio Grande do Sul". Falso. O repórter Luiz Maklouf Carvalho revelou que, segundo a Unicamp, não há registro de matrícula de Dilma Rousseff no seu curso de mestrado. Só ela tem a senha que permite mexer nos dados da página com seu currículo no Lattes.
Dilma e Amorim não preencheram o requisito essencial para obtenção do título de doutor, que é a apresentação de uma tese. Uma pessoa só é "doutorando" enquanto cursa o programa de doutorado ou enquanto cumpre o prazo de carência para a entrega da tese. Depois disso, volta a ser "uma pessoa qualquer". Há 1,1 milhão de acadêmicos cadastrados no Lattes. Se nesse universo de professores ficam impunes coisas desse tipo, será difícil um mestre condenar aluno que comprou trabalhos na internet.
A ministra Dilma tem uma relação agreste com a realidade. Em março do ano passado ela sustentou que a Casa Civil não organizara um dossiê de despesas pessoais de Fernando Henrique Cardoso na Presidência. Tudo não passava de um "banco de dados". Um mês antes, num jantar com 30 empresários, ela informara que o governo estava colecionando contas incriminatórias do tucanato.
Lidando com um período sofrido de sua juventude, ela disse que, durante a ditadura, "muitas vezes as pessoas eram perseguidas e mortas... e presas por crime de opinião e de organização, não necessariamente por ações armadas. O meu caso não é de ação armada. O meu caso foi de crime de organização e de opinião".
Presos e condenados por crime de opinião foram o historiador Caio Prado Júnior e o deputado Chico Pinto, Dilma Rousseff militou em duas organizações que, programaticamente, defendiam a luta armada para instalar um "Governo Popular Revolucionário" (Colina, abril de 1968) ou um "Governo Revolucionário dos Trabalhadores, expressão da Ditadura do Proletariado" (VAR-Palmares, setembro de 1969). Dilma nega que tenha participado de ações armadas, ou mesmo planejado assaltos. Até hoje não pareceu um mísero fato que a desminta, mas o Colina, que ela ajudou a organizar, matou um major alemão pensando que fosse um oficial boliviano e assaltou pelo menos três bancos. Seria injusto obrigar a ministra a carregar a mochila dos ideais de seus vint’anos. Até porque, no limite, merecem mais respeito os jovens que assumiram riscos e pegaram em armas do que oficiais, agentes do Estado, que torturaram e assassinaram prisioneiros. Ainda assim, é um péssimo prenúncio ver uma ministra-candidata que maquia currículo, bem como o propósito de sua militância. As pessoas preferem acreditar nas outras.

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PAC: Programa de Aumento do Currículo
Rodrigo Constantino
08.07.2009

O mais novo escândalo no governo é o crime de "falsificação ideológica" da ministra Dilma, candidata a presidente em 2010, que teria adulterado seu currículo na Plataforma Lattes, do CNPq. A ministra teria apelado para o PAC, Programa de Aumento do Currículo, acrescentendo um mestrado inexistente, assim como um "doutorando" na Unicamp que não passa de lorota. Muitos brasileiros ficaram chocados. Afinal, trata-se de uma pessoa que quer assumir a Presidência da República, e começa mentindo sobre suas qualificações.

A ministra nega, seguindo a moda de Brasília, que tem no próprio presidente Lula seu maior ícone, já que "o cara" nunca sabe de nada. O problema é que uma senha, assim como o CPF, são necessários para mudar os dados em questão. Se não foi a ministra que mexeu nas informações, então ela é igualmente incapaz de assumir o governo, pois não consegue nem controlar seus dados pessoais.

Mas o que eu queria comentar mesmo é que a revolta de alguns brasileiros não passa de uma "afetação moralista burguesa". Afinal, para essa corja no poder, os fins sempre justificaram quaisquer meios. Ora, a ministra Dilma tem uma ficha criminal tão extensa, que uma simples "falsidade ideológica" não será o maior problema. A guerrilheira Estela, codinome da ministra nos tempos em que ela lutava para implantar no país uma ditadura como a cubana, fez coisas muito pior, inclusive planejar assaltos. E ela jamais se arrependeu publicamente de seu passado, seu verdadeiro currículo. Pelo contrário: ela tem orgulho dele!

Portanto, vamos deixar essa coisa de revolta contra mentiras tolas para os "moralistas", pois os petistas não têm a mais vaga noção do que isso significa. Para os petistas, existe somente uma meta, e qualquer coisa que os ajude a alcançá-la está valendo. Essa meta é o poder!

1203) O frango atravessou a estrada: resta saber por que?

O FRANGO ATRAVESSOU A ESTRADA
POR QUE ?


RESPOSTAS ALTERNATIVAS:

PROFESSORA PRIMÁRIA
Porque o frango queria chegar ao outro lado da estrada.

CRIANÇA
Porque sim.

MOISÉS
Uma voz vinda do céu bradou ao frango: "Cruza a estrada!" E o frango cruzou a estrada e todos se regojizaram.

SÓCRATES
Tudo o que sei é que nada sei.

PLATÃO
Porque buscava alcançar o Bem.

ARISTÓTELES
É da natureza do frango cruzar a estrada.

MAQUIAVEL
A quem importa o porquê? Estabelecido o fim de cruzar a estrada, é irrelevante discutir os meios que utilizou para isso.

BLAISE PASCAL
Quem sabe? O coração do frango tem razões que a própria razão desconhece.

MARX
O atual estágio das forças produtivas exigia uma nova classe de frangos, capazes de cruzar a estrada.

DARWIN
Ao longo dos tempo os frangos vêm sendo selecionados de forma natural, de modo que agora chegaram à etapa de evolução da espécie que os leva a cruzarem as estradas.

FREUD
A preocupação com o fato de o frango ter cruzado a estrada é um sintoma de insegurança sexual.

EINSTEIN
Se o frango cruzou a estrada ou a estrada se moveu sob o frango, não dá para saber. Tudo é relativo.

HEMINGWAY
To die. Alone. In the rain.

GEORGE ORWELL
Para fugir da ditadura dos porcos.

SARTRE
Trata-se de mera faticidade. A existência do frango está em sua liberdade de cruzar a estrada.

CHE GUEVARA
Hay que cruzar la carretera, pero sin jamás perder la ternura...

MARTIN LUTHER KING
Eu tive um sonho. Vi um mundo no qual todos os frangos são livres para cruzar a estrada sem que sejam questionados seus motivos.

MACONHEIRO
Foi uma viagem...

NELSON RODRIGUES
Porque viu sua cunhada, uma galinha sedutora, do outro lado da estrada.

DORIVAL CAYMMI
Eu acho (pausa)... Amália, vá lá ver pra onde vai esse frango pra mim, minha filha, que o moço aqui tá querendo saber...

CAETANO VELOSO
O frango é amaro, é lindo, uma coisa assim amara. Ele atravessou, atravessa e atravessará a estrada porque Narciso, filho de D.Canô, quisera comê-lo ou não!

GALVÃO BUENO
Bem amigos da Rede Globo... O frango é brasileiro! É o Brasil atravessando a estrada! Haja coração!!!

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Por que ele atravessou a estrada, não vem ao caso. O importante é que, com o Plano Real, o povo está comendo mais frango.

PAULO MALUF
O meu governo foi o que construiu mais passarelas para frangos. Quando for eleito de novo são os galinheiros deste lado da estrada que vou construir. Para o frango não ter mais que atravessar a estrada.

1202) Brazil as an Economic Superpower?: um livro da Brookings Institution

Brazil in the Global Crisis: Still a Rising Economic Superpower?

In the past decade, Brazil’s role in the world economy has changed in important ways; today, the country occupies key niches in global energy, agriculture, service and some high-technology markets. Brazil could play an important role in helping the global economy recover. However, Latin America’s largest nation still struggles with endemic inequality issues and deep-seated ambivalence toward global economic integration.

Book
Brazil as an Economic Superpower?: Understanding Brazil's Changing Role in the Global Economy
edited by Leonardo Martinez-Diaz and Lael Brainard
(Washington, DC: Brookings Institution Press, 2009)

On July 13, the Latin America Initiative at Brookings will host a discussion on the book. Panelists — including Martinez-Diaz, of Brookings, Jose Guilherme Reis of the World Bank and Paulo Vieira da Cunha, former director of International Affairs at the Central Bank of Brazil — will discuss the impact of the global financial crisis on Brazil’s economy and how the country’s economic prospects might be affected by the slump in global demand and the changes in the international financial system.

1201) Perolas do preconceito: sobre o Enem

Recebi o texto abaixo de um correspondente, depois de eu ter transcrito aqui, alguns posts atras, um desses exemplos de besteirol educacional, consistindo na seleção de frases particularmente estropiadas de alunos do secundário, para deleite ou horror dos incautos.
Penso que o autor está correto, mas tampouco deixo de reconhecer a responsabilidade dos próprios alunos pela sua incultura e ignorância. Afinal de contas, qualquer pessoa medianamente interessada em seu próprio futuro aperfeiçoa o seu domínio do Português pela leitura constante de bons livros.
Passar a mão na cabeça dos alunos e dizer que eles são vítimas de uma escola medíocre é achar que todo mundo é coitadinho, que todo coitadinho é vítima do meio e que deve ser sempre ajudado, em quaisquer circunstancias.
Não retiro o mérito individual e sobretudo a responsabilidade pessoal de qualquer aspecto da vida.
PRA

Pérolas do preconceito
Cesar Ribeiro

O humor é uma arte de resistência. Muitos defendem que o humor não pode ter limites. Pessoalmente, sou bastante libertário neste assunto, acho que o humor pode muito, mas não pode tudo.

Recebi alguns e-mails com o título de “Pérolas do Enem”. O Enem é o Exame Nacional do Ensino Médio, uma prova que o Ministério da Educação aplica para diagnosticar a educação brasileira. Algumas incorreções, sobretudo gramaticais, viram peças de humor, não apenas de internautas, mas de gente como Jô Soares, que já abriu o programa diversas vezes com as “pérolas” dos alunos.

Não consigo rir. Acredito que, nesse assunto, o humor atravessou a fronteira do bom senso. Para mim, o humor só é válido quando a “vítima” ri de si, ou, mesmo que não goste, sabe exatamente por que estão escrachando seu comportamento. Acho difícil que alguém que tenha escrito “O serumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias” consiga rir de suas inadequações, tanto gramaticais quanto de coerência.

É neste ponto que o humor deixa de ser uma peça de resistência e passa a ser instrumento da opressão. Meia dúzia de pretensos donos da língua pegam frases descontextualizadas e humilham aqueles que não têm domínio sobre a norma culta. Humilhação pura e simples. Afinal, os estudantes que prestaram o exame não são celebridades fajutas, nem políticos fanfarrões nem novos-ricos ridículos. São pessoas que, de uma forma ou outra, estão se expressando como podem, e se escrevem “errado” (bem entre aspas, mesmo) é muito mais por culpa de um sistema educacional excludente e indiferente do que por falta de interesse ou coisa que o valha.

Rir da ignorância gramatical alheia é reforçar ainda mais o abismo social que separa as classes sociais deste País, é reforçar toda uma estrutura política, social, ideológica que permanece no poder. A cada gargalhada que a platéia do Jô Soares dá quando ele repete as frases do Enem; a cada e-mail transmitido com as “pérolas” e com os comentários infames dos “sabedores da língua” (bem entre aspas, mesmo), aumenta mais a exclusão e, principalmente, diminui a força do humor como arte, pois ele passa a servir para uma minoria se divertir, quando a maioria segue seu próprio rumo, virando-se num analfabetismo funcional, que tem lá o seu próprio humor.

Normalmente, quem usa o “não-saber” do outro para rir e sentir-se superior tem a certeza de que a sua inteligência nunca vai ser questionada. Pura balela. Na mesma proporção que alguém tece um comentário torpe sobre a ignorância alheia, pode receber de volta um comentário torpe sobre a própria ignorância. O humor é uma estrada perigosa. Num dia você atropela, no outro é atropelado. Rir daquilo que o outro não sabe é fácil. Quero ver é rir daquilo que você mesmo não sabe, rir da própria ignorância. E isso, os que organizam e repassam as “peroras do Enem”, parecem não conseguir.

http://ciadeorquestracaocenica1.zip.net/arch2007-09-16_2007-09-30.html

terça-feira, 7 de julho de 2009

1200) Brasil: ¿potencia americana? - Foreign Affairs Latino America

Um número inteiro sobre o Brasil, com a participação de especialistas conhecidos.

Carta del director

Brasil: ¿potencia americana?

El momento de Brasil
Juan de Onis
Después de décadas de un crecimiento inconstante y de desórdenes políticos, Brasil está listo para alcanzar su potencial como actor global. Con un nuevo gobierno en Estados Unidos a partir de este año y uno nuevo en Brasil en 2010, es tiempo de repensar las relaciones entre las dos grandes democracias del hemisferio occidental.

Autores y actores de la política exterior brasileña
Leticia Pinheiro
Antes de llegar a este momento, en el que la agenda de la política exterior brasileña está tan diversificada temáticamente y son innumerables los actores que participan en ella, el país fue testigo de diferentes regímenes políticos y adoptó distintos modelos de desarrollo económico, participó en la formulación de diversas normas del sistema internacional y completó un proceso de creciente internacionalización.

La política exterior brasileña y los desafíos de la gobernanza global
Maria Regina Soares de Lima
El artículo examina los desafíos para la participación de la política exterior brasileña en las instituciones de gobernanza global, en el marco de una coyuntura de cambios sistémicos e internos. Se analizan las dos principales perspectivas sobre el papel de Brasil en el orden internacional y se señalan cuáles son los principales desafíos externos e internos para que Brasil tenga un mayor protagonismo en la escena mundial.

Las relaciones Brasil-Estados Unidos: al compás de nuevas coincidencias
Monica Hirst
En los últimos años se han podido observar cambios en la relación entre Brasil y Estados Unidos en diversas áreas. Aunque este proceso tiene características específicas que remiten a la historia de este vínculo bilateral, es importante analizarlo en el marco de las transformaciones del sistema internacional y, especialmente, de la política exterior de Estados Unidos desde septiembre de 2001.

Brasil y la tormenta que se avecina
Andrew Hurrell
Brasil se ha convertido en un actor importante e influyente en el escenario internacional, pero su actuación depende de la realidad económica y política mundial que surge de las transformaciones al sistema que diseñó Estados Unidos durante la Guerra Fría. La crisis financiera representa tan sólo un elemento en la serie de cambios que determinarán los retos y las oportunidades para la diplomacia brasileña en los próximos años.

La integración regional: una responsabilidad compartida entre Brasil y México
Salvador Arriola
El artículo describe el estado actual de la relación bilateral Brasil-México, algunas de sus características principales y, sobre todo, los beneficios que pueden derivarse de un conocimiento mayor y permanente entre ambos países, que sirva como ejemplo y espejo a toda la región latinoamericana.

Los acuerdos comerciales regionales en la agenda brasileña
Lia Valls Pereira
A comienzos del siglo xxi, Brasil amplió su agenda de acuerdos comerciales. Además de priorizar el Mercosur y la integración sudamericana, se firmaron varios acuerdos con países en desarrollo. No obstante, el análisis de esos acuerdos demuestra que los más importantes abarcan pocos productos y aún no han entrado en vigor. Con respecto a los acuerdos con países desarrollados, la agenda brasileña está estancada.

Inserción económica brasileña en América del Sur
Ricardo Sennes y Ricardo Mendes
América del Sur tiene un lugar destacado en la internacionalización económica de Brasil, en lo relativo a su expansión comercial y a la de sus inversiones. La posición de Brasil frente a la actual crisis económica debe profundizar esa tendencia de crecimiento. Sin embargo, la región carece de instituciones y acuerdos para la protección de las inversiones o para la integración energética, entre otros temas. En ese escenario, es posible que surjan tensiones entre Brasil y los países vecinos por cuestiones económicas.

Integración y transición energética: una perspectiva brasileña
Adilson de Oliveira
América del Sur se encuentra en una posición privilegiada para participar en el proceso de transición hacia la era pospetróleo. El vasto potencial de energías renovables y fósiles abre ventanas de oportunidad para que la región sea fuente segura de abastecimiento de energía. Para explorar esas oportunidades, es esencial que el desarrollo del mercado energético regional ocurra de forma cooperativa y coordinada. La elaboración de un marco regulatorio que promueva la oferta de seguridad energética y la constitución de un acuerdo regional que ofrezca seguridad jurídica para la inversión es esencial para el éxito de la transición energética de la región.

¿Agronegocio de la crisis o crisis del agronegocio?
Leila Harfuch, Marcelo Moreira y Luciane Chiodi
El objetivo de este artículo es comprender las consecuencias reales de la crisis económica internacional sobre el agronegocio brasileño, en el marco de la agricultura mundial y dadas las características particulares de los principales sectores agrícolas brasileños. El análisis concluye que la combinación de los elevados costos de producción, la caída de los precios y la falta de disponibilidad de crédito comprometen la respuesta de la agricultura brasileña a la demanda de alimentos.

El programa Bolsa Familia: un éxito entre el público y la crítica
Julia Sant’Anna
En los últimos 6 años, la política social del gobierno del presidente Luiz Inácio Lula da Silva ha recibido escasas críticas. El programa Bolsa Familia, eje central de la estrategia social desde 2003, parece mostrar que pueden convivir el pragmatismo económico y las políticas de bienestar destinadas a un amplio sector de la población, que antes no era considerado como prioritario en el gasto social brasileño. Ésta no es una receta necesariamente nueva ni surgida de la izquierda, pero está funcionando con bastante éxito en el Brasil de Lula.

Crisis: ¿más incertidumbre y más pobres?

La gran crisis económica de 2008: un revés geopolítico para Occidente
Roger C. Altman
El colapso económico de 2008, el peor en más de 75 años, es un importante revés geopolítico para Occidente. Ha despojado a Washington y a los gobiernos europeos de los recursos y la credibilidad que necesitan para mantener su papel en los asuntos globales. Estas debilidades se repararán con el tiempo, pero mientras tanto seguirán acelerando tendencias que están provocando que el centro de gravedad del mundo se aleje de Estados Unidos.

De la Ronda de Doha al siguiente Bretton Woods: una nueva agenda de comercio multilateral
Aaditya Mattoo y Arvind Subramanian
Los líderes del mundo podrían sentirse tentados a revisar la fracasada Ronda de Doha sobre comercio internacional; sin embargo, Doha no trata los problemas económicos más urgentes del mundo, incluidos aquellos que contribuyeron a la actual crisis financiera. Lo que se necesita, en cambio, es una nueva conversación —un segundo Bretton Woods— que trate las necesidades de las potencias tradicionales y emergentes por igual.

Ideas en crisis: notas sobre el derrumbe de la economía global
Pablo Larrañaga
La situación económica actual conlleva una crisis del saber compartido a propósito de la globalización, sustentado en la oposición entre las lógicas del Estado y del mercado. Para el autor, las posibilidades de una recuperación económica estable dependen de satisfacer, en el marco de distintos riesgos de regresión, una difícil ecuación: el compromiso con la globalidad y una acción pública efectiva.

La política del hambre
Paul Collier
La crisis de los alimentos puede tener efectos desastrosos sobre los más pobres. Los políticos tienen el poder de resolver la crisis alimentaria, pero deben estar dispuestos a poner fin a los prejuicios contra las grandes granjas comerciales y las cosechas genéticamente modificadas, y eliminar los subsidios a la agricultura —los gigantes del populismo romántico, impulsados tanto por la ilusión como por la ambición—.

Mundo

El mito del renacimiento autocrático: por qué prevalecerá la democracia liberal
Daniel Deudney y G. John Ikenberry
Después de años de triunfalismo liberal, el temor de que las autocracias han encontrado nuevas formas de prosperar ha aumentado en tiempos recientes. De hecho, los imperativos de la democracia liberal son más fuertes que nunca. La clave para debilitar a las autocracias es incorporarlas al orden liberal, no excluirlas de él.

La ventaja de Estados Unidos: el poder en el siglo de la interconectividad
Anne-Marie Slaughter
En el mundo de las redes del siglo xxi, el poder de un Estado se mide según su capacidad para convertir la conectividad en innovación y crecimiento. Debido a su demografía, geografía y cultura, Estados Unidos tiene el potencial de hacer del siglo de la interconectividad un siglo estadounidense.

Comentarios y reseñas

Una agenda más general: una política exterior que va más allá de la era de Bush
Stephen R. Graubard
La próxima agenda internacional de Estados Unidos aún está por formularse y el gran riesgo que podría resultar ser provinciana y demasiado poco imaginativa con respecto a lo que es probable que el mundo valore mañana.

Raudel Ávila Solís
La política como espectáculo: el sexenio de Vicente Fox

Gabriela A. Cantú García
Rostros del hombre: los caminos de la libertad frente a los absolutos

Luis Alfonso Gómez Arciniega
The Dictator’s Shadow: Life Under Augusto Pinochet

Pablo Jiménez Meza
Homeland: descenso a un mundo de odio

Jonathan D. Prendas Rodríguez
La percepción de Brasil en el contexto internacional: perspectivas y desafíos

Antonio Puig Escudero
Razón y desarrollo: el crecimiento económico, las instituciones
y la distribución de la riqueza espiritual

José Enrique Sevilla Macip
País de mentiras

Andrea Valencia Montes de Oca
Del comunismo al terrorismo: la contención en el mundo de la posguerra fría

Clásico (1962)

Ideas equivocadas sobre Brasil
Gilberto Freyre
Muchos analistas no comprenden que Brasil es un Estado distinto de los países hispanoamericanos. La experiencia de tener una monarquía parlamentaria en el momento de su independencia es lo que lo distingue de los demás países de América Latina. Brasil, con base en su propia historia, está tratando de encontrar su propio tipo de democracia —política, económica, social, étnica— en lugar de seguir pasivamente los modelos extranjeros.

1199) Alberto Tamer sobre o Mercosul

Esse Mercosul não interessa ao Brasil
Alberto Tamer
O Estado de São Paulo, 5.07.2009

Para que serve hoje o Mercosul?, pergunta editorial do Estado de sexta-feira. Para nada, respondemos. Só para atrapalhar. Como está aí, é obsoleto, ultrapassado, não interessa mais ao Brasil. Na verdade, nunca existiu. Foi uma figura de retórica, pois Paraguai e Uruguai não contam, não contaram nunca, e o Mercosul nada mais é do que um acordo comercial entre Brasil e Argentina, que definha mês a mês.

Entre janeiro e junho, último dado oficial do Ministério de Desenvolvimento, a receita das exportações brasileiras para a Argentina despencou 42,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Um ritmo bem superior à queda de 22% das nossas vendas totais. O valor das nossas importações caiu menos, 19,5%, porque temos um mercado mais
aberto que o argentino.

MAS ELES ESTÃO EM CRISE…
E precisam de ajuda! Sei, sei sim, mas só não entendo porque só se fecham com o Brasil e abrem generosamente para a China. As exportações brasileiras que precisam de licença prévia caíram 61% neste ano enquanto as chinesas apenas 39%. Eles continuam nos roubando nichos importantes de mercado. Estão desalojando nossas indústrias.

O seu governo já deu a entender que não se trata de uma política temporária. A proteção do seu mercado veio para ficar. E continuamos a fazer concessões unilaterais. Nossos empresários querem salvar o que podem enquanto nossos amigos argentinos prometem mas não cumprem. Acho que aprenderam com o pessoal do G-8…

MAS O MERCOSUL PESA MUITO!
Pesava, não pesa mais. Em 2007, chegou a representar 17% das exportações brasileiras. Recuou para 10% em 2008 e em maio (último dado oficial) não passava de 8,7%. Vem declinando a cada mês. É o efeito Argentina que é, na verdade, o Mercosul. A sua participação nas exportações brasileiras só vem caindo. Vamos aos números. Perdoe,
leitor, sei que cansam, mas às vezes são inevitáveis e, neste caso, imprescindíveis.

1 – Entre 1997 e 2000 representavam 13% das nossas exportações totais.
2 – De 2006 a 2007 a participação caiu para 8%, em média.
3 – No ano passado, ainda representou 8,9%.

Agora, fique atento. Nos quatro primeiros meses deste ano, recuou para 7%. Não é porque o Brasil exportou mais para outros mercados – ao contrário, exportou menos. É que a Argentina passou a nos trocar pela China e por outros parceiros mais interessantes.

É mais do que justo que a Argentina se aproxime da China, um parceiro novo e promissor, e se afaste do Brasil, que já deu o que pode dar. Ela está defendendo seus interesses. Concordo. Mas, e os nossos, onde ficam? Vamos continuar amarrados ao Mercosul, enquanto a Argentina não nos faz nenhuma concessão? Vamos continuar não podendo fechar acordos com outros países sem a aquiescência do Mercosul? Ora, está na hora de “virar a mesa”e acabar com isso.

PRESIDENTE, VAMOS MUDAR?
Nós até poderemos conviver com menos comércio, mas jamais podemos continuar impedidos de fazer acordos com quem atender aos nossos interesses sem ter de “pedir autorização” a esse Mercosul agonizante. Está lá, escrito nos estatutos! Não podemos continuar dependendo da Argentina, que com frequência está contra nós na OMC e em outros fóruns internacionais. O Mercosul, nos termos atuais, não ajuda nada, só atrapalha. O acordo que se discute com a União Europeia se arrasta sabem há quanto tempo? Mais de 10 anos!

Ora, sr. presidente. Vamos dar um chega pra lá nisso? Não querem importar mais? Muito bem, mas não encham, vão cuidar da vida. Podemos até ajudar, mas não atrapalhem. Vocês dançam um tango chorado e nós um sambinha gostoso com os Estados Unidos, a UE e a China e com quem mais quisermos. Foi o que fizeram o Chile, o México e outros países
sul-americanos.

VAMOS AOS BILATERAIS
Presidente, o senhor deve ordenar – sim, ordenar – ao Itamaraty que cumpra promessa feita há pelo menos dois anos, de iniciar e concluir rapidamente acordos bilaterais com outros países. E, se a Argentina, o Paraguai, o Uruguai reclamarem, é problema deles! Que se mude o acordo ou saímos dele. Ah! mas eles ainda são nosso terceiro parceiro comercial, senhor colunista! Sim, mas 70% do que importam vêm dos Estados Unidos, da China, da União Europeia e de outros países, informa o ministro Miguel Jorge.

Mas 95% das nossas exportações são de produtos industrializados, o ponto fraco do nosso comércio exterior! Sim, mas eles só importam porque precisam, seus empresários já estão entrosados com os nossos, uma linha comercial mais antiga e deixarão logo de importar quando a China oferecer condições, preço e crédito melhores.

OLHA O CHÁVEZ AÍ!
E, a propósito, sr. presidente, já imaginou o que pode acontecer se a Venezuela entrar mesmo no Mercosul? Será um deus nos acuda! O “generalíssimo” Chávez é capaz de perfilar as tropas na fronteira e ameaçar invadir o Brasil se fecharmos algum acordo com os EUA, o grande Satã do Norte. Sr. presidente, vamos refazer esse Mercosul, pois esse que está aí não interessa mais ao Brasil.

1198) Sistema monetario internacional: trabalho publicado

Meu mais recente trabalho publicado:

Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional
Brasília, 23 junho 2009, 9 p. Décimo artigo da série especial, sobre a fragilidade das recomendações pretensamente keynesianas a partir da crise econômica internacional.

Espaço Acadêmico, vol. 9, n. 98, julho 2009, p. 15-21

Citação ABNT:
ALMEIDA, P. Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional. Revista Espaço Acadêmico, Brasil, 9 jun. 2009. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/7445/4364. Acesso em: 06 jul. 2009.

Esse ensaio faz parte de uma série, como indica o seu nome, Falácias Acadêmicas, cujos títulos elaborados até aqui podem ser conferidos neste link.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

1197) Limmericks...

Nada como revisitar velhos posts. A gente descobre coisas das quais já se tinha esquecido, como est post de 4 de Fevereiro de 2007, por exemplo:

697) Limmericks...

Reproduzo-o aqui, por mero deleite literário.

Como sabem muitos (mas nem todos), “limmericks” é uma forma de expressão poética contendo algum ensinamento prosaico, ou mesmo um divertimento passageiro, organizada em cinco estrofes, que sempre combina duas rimas na forma aabba.
Não sei se tenho jeito para essas coisas, mas vou tentar arriscar...

Honestidade intelectual

Honrar a palavra dada
Recusar a verdade revelada
Ser, no equilíbrio, um cético
Manter comportamento ético
É a que aspiro, antes de mais nada

Projeto de vida

Ampliar conhecimento
É o meu empreendimento
Propagar sabedoria
Distribuir benfeitoria
Eu vivo para esse invento...


Imediatamente recebi um comentário, do qual, infelizmente só vim a tomar conhecimento nesta data, 06.07.2009:

Blogger ☆ MJ disse...

aparentemente você leva jeito sim para isso =)

seu blog ajuda e muito a me informar

espero no futuro ser nada mais nada menos do que você é no presente =)
seu currículo é o meu sonho!
parabéns!

Quarta-feira, Fevereiro 07, 2007 8:40:00 AM

1196) O medidor da "maldade": viajando pelos Estados vilões

A Folha de São Paulo deste domingo 5 de julho de 2009, trouxe, na última página do seu caderno "Mais", uma matéria com o escritor e viajante Tony Wheeler, fundador da editora de guias de viagens Lonely Planet, e autor do recentemente publicado "Bad Lands", um livro de viagens sobre os "estados-violões", assim chamados (rogue States, no original) por terem sido enquadrados pela doutrina Bush no "eixo do mal". Pois bem vejamos o que é o seu

Medidor da Maldade
Trata-se de um "malignômetro" pelo qual Tony Wheeler combina quatro quesitos para avaliar o potencial maléfico de certos países, todos os estados-vilões que ele visitou e que constam do seu livro (que não conheço ainda).
Esses critérios são:
1) Maus tratos a seus cidadãos, de 0 a 3
2) Envolvimento com o terrorismo, de 0 a 3
3) Ameaça a outros países, de o a 3
4) Culto à personalidade dos líderes, de 0 a 1

Com base nesses critérios, ele sai distribuindo pontos aos países que visitou, resultando na seguinte lista da "maldade"

1) Coréia do Norte, campeã absoluta, com 7 pontos redondos, mas o livro está defasado, pois dá apenas um ponto para "ameaça a outros países", quando talvez ela merecesse 3 atualmente, o que elevaria o total a 9

2) Iraque, com 6 pontos, mas o autor está completamente defasado, pois dá 3 pontos para "ameaça a outros países", quando as invasões e guerras com Irã e Kwait já fazem parte do passado e provavelmente não voltarão a ocorrer. De fato, uma nota confirma que se tratava do Iraque sob Saddam Hussein, mas um guia de viagens tem por obrigação ver não o passado, mas o presente e as perspectivas imediatas.

3) Irã, com 5 pontos, sendo 2 por envolvimento com o terrorismo. Uma nota diz que o país merece meio ponto extra pelo decreto religioso contra o escritor Salman Rushdie.

4) Afeganistão e Líbia, empatados com 4,5 pontos, mas a Líbia ganha dois por envolvimento com o terrorismo, quando aparentemente ela renunciou a esse apoio (mas, nunca se sabe...). Quanto ao Afeganistão, se tratava do país sob o regime talebã, mas aparentemente a vida não melhorou muito desde então, apenas se mudou a direção do país.

5) Arábia Saudita, com 4 pontos, mas pode-se questionar os critérios do autor: 2 pontos são por maus-tratos aos cidadão, eu diria claramente às mulheres, e mais 2 por envolvimento com o terrorismo, o que obviamente não é de responsabilidade da monarquia reinante, que deveria ser condenada por atraso monumental nos temas civis e políticos, reacionarismo educacional, fundamentalismo religioso, desrespeito aos direitos do homem, especificamente quanto à liberdade religiosa.

6) Albânia, com 3 pontos, embora uma nota precise que "especialmente sob o regime Enver Hoxha, da qual ainda não se recuperou totalmente. Se posso acrescentar algo, é que o país precisa ser visto de modo totalmente diferente. Antes, se tratava de um totalitarismo comunista miserável para o seu próprio povo, mas aparentemente ordeiro. Depois, mergulhou no caos das máfias criminosas, envolvidas com tráfico ilegal de pessoas, drogas, armas, enfim, um prato cheio para filmes de Hollywood.

7) Mianmar, com 2,5 pontos, sendo 2 por maus tratos aos seus cidadãos (deveria ser 3 inteiros, ou talvez mais).

8) Cuba, com apenas 1,5 ponto por maus tratos aos seus cidadãos. Acho que o autor só ficou nas praias cubanas, pois se tivesse conversado mais com a população local talvez aumentaria os pontos nesse quesito. Ele não dá nenhum ponto por culto à personalidade, dizendo que tem mais fotos de Ché Guevara do que de Fidel Castro. A questão não é essa: é que a ilha é uma fazenda pessoal dos Castros, que comandam o processo político e a vida pessoal dos cubanos com mão-de-ferro, nos últimos 50 anos.

Enfim, o livro pode dar ideias a outros para fazerem seus próprios indicadores de "malignidade" de certos governos...

ALiás, já existe um Index dos Estados Falidos, na Fund for Peace, do qual falarei oportunamente. Os interessados podem buscar o
Index of Failed States, neste link.
Não se assustem...

1195) O melhor livro de relacoes internacionais da decada

What is the best international relations book of the decade?
Daniel Drezner
Foreign Policy, Wed, 07/01/2009

The International Studies Association announces a book contest:

The International Studies Best Book of the Decade Award honors the best book published in international studies over the last decade. In order to be selected, the winning book must be a single book (edited volumes will not be considered) that has already had or shows the greatest promise of having a broad impact on the field of international studies over many years. Only books of this broad scope, originality, and interdisciplinary significance should be nominated.

Hmmm.... which books published between 2000 and 2009 should be on the short list? This merits some thought, but the again, this is a blog post, so the following choices are the first five books that came to mind:

John J. Mearsheimer, The Tragedy of Great Power Politics (2001)
G. John Ikenberry, After Victory (2001).
Mia Bloom, Dying to Kill (2003)
Raghuram Rajan and Luigi Zingales, Savng Capitalism from the Capitalists (2003).
Gregory Clark, A Farewell to Alms (2007).
I don't agree with everything in these books -- but they linger the most in the cerebral cortex.

So, dear readers, which books do you think are worthy of consideration for this award?

sábado, 4 de julho de 2009

1194) Um debate sobre a educacao

Reproduzo abaixo as quatro etapas de um debate, involuntário, que um leitor de um dos meus artigos provocou recentemente.
O artigo em questão se chama "O afundamento da educação no Brasil", e pode ser lido neste link.

Reproduzo abaixo as quatro etapas do "debate".

1) On Wednesday, June 24, 2009, at 12:42PM, "Victor MP" wrote:

A despeito de minha divergência com a opinião do autor, gostaria de perguntar porque a sociologia afundaria o ensino? sobre o incentivo do "conflito que já deveria estar na lata do lixo", deveria mas não está! ele está só velado e o sr como diplomata deveria saber disso! Quanto a ler ou não Marx, pode até ser que não sejam a maioria, mas existem os que lêem!


2) Minha resposta, na mesma data:

2009/6/24 Paulo R. Almeida:

Grato por escrever-me, mas sinceramente, nao consegui entender a razao de sua pergunta a mim e as demais referencias. Suponho que se refira a algum texto meu, mas nao consigo determinar os parametros dessa discussao. Agradeceria esclarecimentos.
Eu falei do afundamento do ensino no Brasil por uma serie de razoes, nao apenas por isso. Em lugar de se concentrar o foco no ensino da lingua nacional, matematicas e ciencias elementares, ficam inventando coisas que so podem prejudicar a formacao dos jovens.
De fato, sou contra a obrigatoriedade do ensino de filosofia e de sociologia no ensino medio. Acredito que deveria ficar como materias opcionais, como outras. O Brasil tem a mania de fazer tudo obrigatorio, o que simplesmente conforma reservas de mercado injustificaveis.
Cordialmente,
----------------------
Paulo Roberto de Almeida


3) Novo comentário de meu correspondente:

On 04/07/2009, at 11:19, Victor MP wrote:

Eu escrevi porque li o texto do Sr. na Revista Espaço acadêmico, não concordo que devam ser priorizadas as "matemáticas" por exemplo, talvez se começassem a ensinar a história como deve ser ensinada desde o princípio (sem falsos heróis por exemplo!), a geografia ensinada de outra forma (aplicada, seria muito mais útil se fosse ensinado por exemplo como é feita a previsão climática), mesmo a matemática poderia ser muito mais interessante. As exigências do mercado não podem ser a única direção para a educação! Do jeito que o Sr. Dr. colocou parece que a entidade "mercado" não deseja formar somente trabalhadores!
As duas visões que o senhor cita, de fato se contrapõem! Pode até ser que possam ser harmonizadas, mas a educação tem um papel importante nisso! A Educação do Brasil se deteriora não pela obrigatoriedade de disciplinas, mas pela forma que são lecionadas as disciplinas. Além disso, programas que pretendiam mudar a educação como a Escola Plural sofrem mais críticas do que recebem o apoio que deveriam receber! Temos vários pedagogos famosos como Paulo Freire, Lauro de Oliveira Lima, dentre outros que são simplesmente ignorados pelos professores, que só pensam no baixo salário (que nem é tão baixo em relação ao resto dos profissionais), dizem que trabalham em casa planejando aulas, corrigindo provas, etc; mas qual profissional pode se gabar de não levar nenhum trabalho pra casa!? A educação se deteriora é pela postura dos profissionais e políticos e não porque existem disciplinas demais! Inclusive pq quem aprende línguas por exemplo é pq faz curso fora da escola (raramente aprende na escola - principalmente se for pública e em um turno só!), então pq não oferecer estas disciplinas nas escolas públicas em um outro turno, mas oferecê-las com a qualidade que é oferecida por cursos de fora!?
Sobre a citada teoria da jabuticaba, queria observar que alguns problemas só aparecem aqui no Brasil! seja qual seja a desculpa ou justificativa que encontrem para tal: políticos corruptos, povo ignorante, coisas do tipo! Inovações às vezes são muito bem vindas, pois se o problema da Educação não foi resolvido é pq ainda exige que algo seja feito ou criado! O problema da Educação é um problema mundial, mesmo nos países onde não existem analfabetos! Porque educação não é só aprender a ler e escrever e fazer contas! Educação é ensinar a pensar principalmente (é claro que isso a pessoa vai aprender ao longo da vida, mas a filosofia e sociologia podem ajudar nisso com certeza!).
Programas como o Bolsa Família e Bolsa escola, mesmo sendo (individualmente) uma quantia muito pequena, permitem que as crianças e adolescentes frequentem as escolas, oferecem cursos profissionalizantes, acompanham a saúde dos bolsistas, dentre outras coisas é uma inovação bem vinda, mesmo tendo um carater assistencialista realmente melhora a vida das pessoas! Concordo que colocar estudos afro-brasileiros é demais! (inclusive pq isso pode estar inserido na disciplina de sociologia). Pq os estudos são Brasileiros (já que somos todos mistura!).Concordo também com o Sr. que uma reserva de mercado para jornalista é bizarra, mas a profissão foi criada em nosso país na época das ditaduras, para que fossem tirados do currículos os conteúdos de filosofia e sociologia por exemplo, ou seja a reserva é resquício desse tempo. Infelizmente os problemas que o Sr. " confrontos classistas e raciais que já deveriam estar na lata de lixo da história", não estão na lata de lixo e a função dos cientistas sociais é justamente alertar para estas questões! Marx não tem uma visão ultrapassada do mundo, inclusive PQ no seu livro mais importante "O Capital" ele analisa o Capitalismo e não prega o socialismo, e as análises feitas por ele das iniquidades do modo de produção capitalista estão tão atuais que chegam a ser assustadoras! E eu não sou um marxista, mas estou longe de ser também um liberal!
Desculpe-me qualquer coisa, não gosto dos problemas, mas gosto da discussão que provoca, pois alimenta o cérebro com idéias que podem ser úteis para uma solução. Um abraço
Victor (Cientista Social)


4) Minha resposta nesta data (4.06.2009):

Caro Victor,
Grato pelos esclarecimentos e pelos comentarios. Agora sei que voce comentava meu artigo sobre o "afundamento" da educacao no Brasil (que continua, a despeito de esforços do ministro da Educacao).
Se voce nao concorda em que sejam priorizadas as tres areas fundamentais em qualquer ensino de qualquer pais em qualquer epoca -- lingua nacional, matematicas e ciencias elementares -- você está ipso facto concordando nao apenas com o afundamento da educacao no Brasil, como com o afundamento do proprio Brasil.
Nao vou me alongar em argumentos, mas se voce pesquisar historia economica mundial, verá que os povos desfrutando de maior prosperidade material (que costuma vir junto com liberdades, democracia, seguranca, esperanca de vida, etc), sao justamente aqueles mais educados, independentemente dos recursos naturais, localizacao geografica, cor da pele ou religiao.
Prosperidade material se constroi com excelentes recursos humanos, ou seja boa qualidade da educacao e produtividade da mao de obra, refletida na inovacao tecnologica, competitividade, etc.
Nao vou comentar os demais pontos, pois voce parece concordar comigo.
Mas se nao concordar no essencial, lamento por voce, pois voce continuará contribuindo, mesmo involuntariamente, para o afundamento da educacao e do proprio Brasil, ou pelo menos mantendo o pais em ritmo de baixo crescimento, desigualdade, incapacidade inovadora e perspectivas muito lentas de melhorias sociais e materiais.

Quanto a Marx, acho que voce sobredimensiona as qualidades de sua contribuicao, como milhares de outros, alias. Ele foi um filosofo social importante, influente, mas suas analises do capitalismo sao falhas, e suas prescricoes para a superacao do capitalismo foram mais falhas ainda. Se ele tivesse razao, a Uniao Sovietica nao teria desaparecido e todos os paises socialistas que existiram seriam grandes potencias economicas, e nao a miseria material e humana que foram (e por isso mesmo desapareceram).
O melhor teste das teorias é a realidade.
O Brasil nao passa em varios testes, a comecar pela educacao...
-------------
Paulo Roberto de Almeida

(por enquanto é isto...)

1193) PIB por paridade de poder de compra dos paises

Como diz este verbete da Wikipedia (uma fonte tão distorcida, ou tão confiável quanto outras, segundo estudos conduzidos até aqui), o PIB por paridade de poder de compra (PPP na sigla em ingês) dos países pode ser uma medida mais realista da "prosperidade" relativa dos habitantes desses países, uma vez que leva em conta dados relativos a inflação e custo de vida nesses países, e não apenas a conversão nominal do seu valor agregado em dólares correntes, segundo as taxas de câmbio do momento (que podem ser tão distorcidas quanto determinados preços subsidiados).
Nas três estimações, FMI, Banco Mundial e CIA, o Brasil aparece em nono lugar. Selecionei apenas os vinte primeiros lugares, mas a lista completa pode ser consultada no link abaixo indicado.

Abaixo, portanto, um artigo da Wikipedia sobre o assunto, recomendando consulta ao site, neste link, para apreciar as três tabelas completas.

List of countries by GDP (PPP)
Wikipedia, the free encyclopedia (acesso em 4.07.2009)

There are three lists of countries of the world sorted by their gross domestic product (GDP) (the value of all final goods and services produced within a nation in a given year). The GDP dollar estimates given on this page are derived from purchasing power parity (PPP) calculations. Using a PPP basis is arguably more useful when comparing generalized differences in living standards on the whole between nations because PPP takes into account the relative cost of living and the inflation rates of the countries, rather than using just exchange rates which may distort the real differences in income. However, economies do self-adjust to currency changes over time, and technology intensive and luxury goods, raw materials and energy prices are mostly unaffected by difference in currency (the latter more by subsidies), despite being critical to national development, therefore, the sales of foreign apparel or gasoline per liter in China is more accurately measured by the nominal figure, but everyday food and haircuts by PPP.

Several economies which are not considered to be countries (world, EU, and some dependent territories) are included in the list because they appear in the sources. These economies are not ranked in the charts here, but are listed in sequence by GDP for comparison.

* The first table includes data for the year 2008 for 179 of the current 185 International Monetary Fund members and the Republic of China (Taiwan), as well as for the following unranked entities: the European Union, China's Hong Kong Special Administrative Region, and the world. Data are in millions of international dollars and were calculated by the International Monetary Fund. Figures were published in April 2009.
* The second table includes data for the year 2007 for 178 of the 193 currently recognized sovereign nations, the two Chinese Special Administrative Regions (Hong Kong and Macau), and for the unranked entities of the world and the Eurozone. Data are in millions of international dollars (rounded to the nearest 100 million) and were compiled by the World Bank. Figures were published in April 2009.
* The third table is a tabulation of the CIA World Factbook GDP PPP data update of 2008. The data for GDP at purchasing power parity (PPP) have also been rebased using the new ICP price surveys and extrapolated to 2007. Final figures are estimates in millions of international dollars.

List by the International Monetary Fund (2008)
Rank Country GDP (PPP) $M
World 68,996,849
European Union 15,247,163
1 United States 14,264,600
2 China 7,916,4291
3 Japan 4,354,368
4 India 3,288,345
5 Germany 2,910,490
6 Russia 2,260,907
7 United Kingdom 2,230,549
8 France 2,130,383
9 Brazil 1,981,207
10 Italy 1,814,557
11 Mexico 1,548,007
12 Spain 1,396,881
13 South Korea 1,342,338
14 Canada 1,303,234
15 Turkey 915,184
16 Indonesia 908,242
17 Iran 819,799
18 Australia 795,305
19 China (Taiwan) 711,418
20 Netherlands 675,375


List by the World Bank (2007)
World 65,973,053
United States 13,751,400
Eurozone 10,611,658
2 China 7,096,671
3 Japan 4,297,171
4 India 3,096,867
5 Germany 2,830,135
6 United Kingdom 2,142,959
7 Russia 2,087,449
8 France 2,077,952
9 Brazil 1,832,983
10 Italy 1,802,177
11 Mexico 1,484,919
12 Spain 1,416,361
13 South Korea 1,201,770
14 Canada 1,180,948
15 Turkey 1,028,897
16 Indonesia 837,612
17 Iran 778,035
18 Australia 733,904
19 Netherlands 633,854
20 Poland 609,420

List by the CIA World Factbook (2008)
World 69,490,000
European Union 14,820,000
1 United States 14,290,000
2 China 7,800,000
3 Japan 4,348,000
4 India 3,267,000
5 Germany 2,863,000
6 United Kingdom 2,231,000
7 Russia 2,225,000
8 France 2,097,000
9 Brazil 1,990,000
10 Italy 1,821,000
11 Mexico 1,559,000
12 Spain 1,378,000
13 Canada 1,307,000
14 South Korea 1,278,000
15 Indonesia 915,900
16 Turkey 906,500
17 Iran 842,000
18 Australia 800,500
19 China (Taiwan) 738,800
20 Netherlands 670,200

Para a lista completa ver o link já indicado.
O mesmo verbete apresenta links para os seguintes temas correlacionados:
* List of countries by GDP (nominal)
* List of countries by GDP growth
* List of countries by GDP (PPP) per capita
* List of countries by GDP (nominal) per capita
* List of countries by Human Development Index

quinta-feira, 2 de julho de 2009

1192) Diplomacia: dicas gerais para candidatos e interessados

Aproximadamente um ano atrás, para atender a vários pedidos de informações e ajuda na preparação de candidatos à carreira diplomática, eu consolidei várias informações dispersas em blogs ou sites sob minha responsabilidade num post que vai reproduzido abaixo.
A razão desta repetição é a mesma: demandas que chegam continuamente para comentar isto ou aquilo da carreira, para opinar sobre cursos e outras coisas mais. Desde então devo ter produzido mais algumas respostas, que vou procurar acrescentar a esta informação.
(Os trabalhos que não estiverem disponíveis após busca em meu site, poder ser solicitados pelo seu número de indentificação, e também pelo nome, pois pode haver alguma descompensação no registro de originais.)

Quarta-feira, Junho 25, 2008
897) Carreira Diplomática: dicas

Em dezembro de 2006, como eu recebia muitas solicitações de diversos candidatos à carreira diplomática para fornecer "dicas" sobre estudos, cursinhos, perguntas sobre a própria carreira, resolvi consolidar alguns escritos numa lista única, revisar a seção pertinente do meu site (www.pralmeida.org) sobre o assunto e postar uma informação que segue abaixo.
Devo dizer que continuo recebendo muitos pedidos individuais de ajuda quanto a carreira, estudos, dicas para o concurso, etc., como se eu fosse um grande especialista no assunto (o que não sou). Em todo caso, resolvi renovar a postagem anterior, que segue in fine, tendo agregado antes alguns textos escritos no intervalo, para justamente atender a essas solicitações tópicas. (Aqueles interessados em algum que não disponha de link apropriado para leitura direta, podem solicitar-me topicamente, fazendo menção ao número da série.)
Façam bom uso... (uma recomendação, aliás, dispensável)
Paulo Roberto de Almeida

Alguns textos recentes sobre carreira diplomática (da lista de originais):

1901. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 25 junho 2008, 3 p. Respostas a questionário submetido por candidata à carreira diplomática.

1885. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 10 maio 2008, 5 p. Respostas a questões colocadas por estudante de administração, sobre a carreira diplomática.

1893. “A importância do profissional de relações internacionais no setor público”, Brasília, 1 junho 2008, 1 junho 2008, 3 p. Respostas a questionário a Projeto Transdiciplinar UNISUL sob a responsabilidade de estudante RI Unisul, Florianópolis, SC.

1837. “Cartas a um Jovem Diplomata: conselhos a quem já se iniciou na carreira e dicas para quem pretende ser um dia”, Brasília, 17 novembro 2007, 1 p. Esquema de um novo livro, sobre a base do trabalho 800 (Novas Regras de Diplomacia).

1812. “Academia e diplomacia: um questionário sobre a formação e a carreira”, Brasília, 1 outubro 2007, 5 p. Respostas a questionário colocado por estudante da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).

1780. “Aspectos da carreira diplomática: algumas considerações pessoais”, Brasília, 10 de agosto de 2007, 1 p. Palestra feita em Brasília, no curso preparatório à carreira diplomática O Diplomata em 11.08.07, com links para sites e blogs de informação.

1739. “Carreira diplomática: uma trajetória”, Brasília, 27 março 2007, 5 p. Respostas a perguntas colocadas pela Carta Forense, para caderno especial sobre concursos, sobre diplomacia. Publicado, sob o título “Minha trajetória como concursando”, na revista Carta Forense (ano 5, nr. 47, abril 2007, Caderno de Concursos, p. C2-C3; link: www.cartaforense.com.br)

1723. “Concurso do Rio Branco: algumas dicas genéricas sobre o TPS”, Brasília, 7 fevereiro 2007, 2 p. Feito em caráter particular, tornado genérico; postado no blog Diplomatizzando sob nr. 698 (link).

1722. “Aos formandos do curso de RI da Universidade Tuiuti do Paraná, turma 2007”, Brasília, 6 fevereiro 2007, 5 p. Palavras aos formandos do curso de Relações Internacionais da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), que escolheram meu nome para designar esse grupo de bacharelandos. Postado no blog Diplomatizzando sob nr. 699 (link).

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Quinta-feira, Dezembro 28, 2006

669) Carreira Diplomatica: dicas
Carreira Diplomática
Dicas e argumentos sobre uma profissão desafiadora
Paulo Roberto de Almeida
(pralmeida@mac.com; www.pralmeida.org)

Apresentação de minha seção sobre a carreira diplomática no site pessoal: Link

Diplomacia
Instrumentos, preparação à carreira, subsídios para estudos
(Texto elaborado em 2005)

A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em decorrência da maior inserção internacional do Brasil e dos avanços da globalização e da regionalização. Os candidatos têm em geral procurado os cursos de graduação em relações internacionais. Muitos já ostentam inclusive mestrado ou doutoramento. Em todo caso, o concurso à carreira diplomática possui especificidades que fazem dele um processo altamente seletivo e bastante rigoroso, ainda que aberto unicamente aos talentos e méritos individuais.
Os candidatos devem, em primeiro lugar, verificar na página do Instituto Rio Branco, no site do Ministério das Relações Exteriores, as últimas informações sobre o concurso, programa de estudos, bibliografia, etc.A Funag anunciou, em março de 2006, estar colocando à disposição do público em geral toda a sua coleção de livros que se referem aos trabalhos do Instituto Rio Branco já publicados, bem como todos os volumes resultantes dos seminários do IPRI, nos últimos anos. Veja a relação completa e o endereço do site neste link do meu blog, onde apresento o material.
Consoante o papel didático exercido por esta página, pretendo colocar a partir deste espaço uma série de textos que poderão guiar, ajudar, esclarecer, consolar ou, quem sabe até, divertir os candidatos à carreira diplomática. Começo por oferecer uma bibliografia resumida, que nada mais é senão o conjunto das leituras recomendadas no programa oficial do Instituto Rio Branco, mas reduzidas ao que eu considero, pessoalmente, como sendo o essencial, isto é, uma lista de primeiras leituras, para que cada candidato dê início a seu próprio programa de estudos. Veja aqui a bibliografia.
Procurarei estabelecer uma forma de organização racional e uma estrutura clara para os vários textos aqui disponíveis, mas nem sempre isso será possível. A página também será alimentada gradualmente, à medida em que faça a seleção dos textos pertinentes e sua transposição para esta base. Sou colaborador regular da revista Espaço Acadêmico; veer meus meus artigos no link.
Como atendo a muitas demandas colocadas sobre a carreira diplomática e a própria preparação para o concurso que habilita a ingressar na carreira – seja sob a forma de cursos de graduação de relações internacionais, seja sob o formato de cursinhos preparatórios – tenho uma série de outros textos que procuram responder a essas questões repetidamente a mim feitas. Algumas reflexões que tenho feito, seja individualmente, seja a convite de responsáveis por esses cursos de relações internacionais, ou pelos próprios alunos, foi inserida nesta seção deste site: Internacionalistas: uma carreira, uma profissão? (em curso de atualização).
Um exemplo pode ser visto neste meu texto: “O que faz um diplomata, exatamente?”, que responde a indagações efetuadas sobre a natureza do trabalho diplomático, contendo uma remissão a meu trabalho sobre as “dez regras modernas de diplomacia”; está em meu blog nr. 153, neste link.
Por outro lado, você também deve ter pensado em tudo o que você sempre quis saber sobre a carreira diplomática...
...e nunca teve a quem perguntar... Pois, agora já tem! Ao meu colega Renato Godinho, que preparou um excelente "FAQ", ou questões mais perguntadas, sobre a carreira, o concurso do Instituto Rio Branco e outros aspectos curiosos (como salário, por exemplo, que falta completar, para traduzir toda a nossa miséria salarial no Brasil). Eu coloquei um link para o seu excelente "questions and answers" como post 266 de meu Blog "Cousas Diplomáticas", mas você pode ir direto à fonte, neste link.
Esta página ainda está em construção e se algum texto não estiver disponível, atenderei as solicitações individualmente, sempre com a menção ao número sequencial de cada trabalho. Aos poucos, a seção vai ser ampliada.

Compilação de textos do autor sobre o tema:
(em ordem cronológica inversa)

(Compilação efetuada em dezembro de 2006)

1701. “Um autodidata na carreira diplomática”, Brasília, 26 dezembro 2006, 4 p. Respostas a questões colocadas por jovem candidato à carreira diplomática. Colocada no blog Diplomatizzando; Link.

1668. “Dez obras fundamentais para um diplomata”, Brasília , 29 setembro 2006, 2 p. Lista elaborada a pedido de aluno interessado na carreira diplomática: obras de Heródoto, Maquiavel, Tocqueville, Pierre Renouvin, Henry Kissinger, Manuel de Oliveria lima, Pandiá Calógeras, Delgado de Carvalho, Marcelo de Paiva Abreu e Paulo Roberto de Almeida, para uma boa cultura clássica e instrumental, no plano do conhecimento geral e especializado. Colocada no blog Diplomatizzando: link. Revisto e ampliado, com explicações e links para cada uma das obras, em 14 de outubro de 2006 (6 p.) e publicado em Via Política em 15/10/2006, link.

1607. “O Internacionalista e as Oportunidades de Trabalho: desafios”, Brasília, 22 maio 2006, 4 p. Transcrição de apresentação em PowerPoint para o Forum de Relações internacionais do curso de RI da USP (FEA, 29 maio 2006, 17h30). Disponível no site; link.

1604. “O estudo de relações internacionais no Brasil: respostas a um questionário”, Brasília, 19 maio 2006, 2 p. Respostas a questões colocadas por Barbara Teresa Coutinho de Almeida Sá (aluna de RI da UNIFAI-SP). Postado no blog sob nº 431; link.

1591. “O Ser Diplomata: Reflexões anárquicas sobre uma indefinível condição profissional”, Brasília, 2 maio 2006, 3 p. Reflexões sobre a profissionalizção em relações internacionais, na vertente diplomacia. Palestra organizada pela Pacta Consultoria em Relações internacionais, em cooperação com o Instituto Camões, realizada na Embaixada de Portugal, em 4/05/2006. Disponível no site pessoal; link.

1563. “As relações internacionais como oportunidade profissional”, Brasília, 23 março 2006, 9 p. Respostas a algumas das questões mais colocadas pelos jovens que se voltam para as carreiras de relações internacionais. Contribuição a matéria da FSP, suplemento Folhateen, matéria “Os internacionalistas”, por Leandro Fortino (Folha de São Paulo, 27 março 2006, p. 6-8; divulgado no blog Diplomaticas, link), divulgado em sua integralidade no boletim de relações internacionais Relnet e, em cinco partes, no blog Cousas Diplomáticas, do post 282 ao 286 (link inicial). Publicado no boletim Meridiano 47 - Boletim de Análise da Conjuntura em Relações Internacionais (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, ISSN 1518-1219, nº 67, fevereiro 2006, p. 5-10); site (link).

1529. “O que faz um diplomata, exatamente?”, Brasília, 11 janeiro 2006, 4 p. Resposta a indagações efetuadas sobre a natureza do trabalho diplomático, como remissão a meu trabalho sobre as “dez regras modernas de diplomacia”; Blog nr. 153, link.

1558. “Ser um bom internacionalista, nas condições atuais do Brasil, significa, antes de mais nada, ser um bom intérprete dos problemas do nosso próprio País”, Brasília, 8 março 2006, 6 p. Alocução de paraninfo na turma de formandos do 2º Semestre de 2005 do curso de Relações internacionais do Uniceub, Brasília (16 de março de 2006, 20hs, Memorial Juscelino Kubitschehk). Colocado à disposição no site pessoal (link).

1507. “Por que leio tanto? e Meus ‘métodos’ de leitura...”, Brasília, 18 dezembro 2005, 3 p. Dois textos seqüenciais sobre leituras e métodos, para postagem no meu blog (http://paulomre.blogspot.com). Apresentação ao novo Blog “Textos PRA” (1 p.).

1492. “Postura diplomática”, Brasília, 8 e 12 novembro 2005, 2 p. Comentários a questão colocada pelo médico cardiologista de BH Eduardo Martins, a propósito de situações difíceis enfrentadas no trabalho diplomático.

1491. “O profissional de relações internacionais: visão de um diplomata”, Brasília, 10 novembro 2005, 10 slides. Apresentação em PowerPoint para apoiar palestra feita na Semana Acadêmica da UFRGS-2005 dos programas de graduação e de mestrado em Relações Internacionais da UFRGS (Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas, Porto Alegre, 11/11/2005, 20h30; disponível neste link; vídeo disponível neste link).

1481. “Recomendações Bibliográficas para o concurso do Itamaraty”, Brasília, 13 outubro 2005, 6 p. Indicações resumidas a partir do Guia de Estudos do Concurso de Admissão à Carreira Diplomática, versão 2005, para atender às demandas de candidatos à carreira diplomática. Circulada em listas de estudos internacionais.

1421. “Profissão Internacionalista”, Brasília, 19 abril 2005, 4 p. Entrevista concedida à jornalista Claudia Izique, da Facamp (Unicamp) para publicação especializada em orientação profissional. Postada de forma resumida no site da Facamp (www.facamp.br).

1416. “As relações internacionais do Brasil no atual contexto internacional e a formação dos novos internacionalistas”, Brasília, 5 abril 2005, 1 p. Roteiro de palestra no curso de Relações Internacionais da Universidade do Sul de Santa Catarina – Tubarão, SC., dia 7 de Abril de 2005, 20hs, quinta-feira.

1403. “Conselhos de um contrarianista a jovens internacionalistas”, Brasília, 5 março 2005, 6 p. Alocução de patrono na XI turma (2º semestre de 2004) de Relações internacionais da Universidade Católica de Brasília (10 de março de 2005, 20hs, Auditório S. João Batista de La Salle). Mensagem de formatura incluída no site.

1377. “História Mundial Contemporânea”, Brasília, 23 janeiro 2005, 6 p. Nota de revisão e comentários ao programa de preparação ao consurso à carreira diplomática, encaminhada ao Diretor do IRBr, Emb. Fernando Guimarães Reis.

1374. “Concurso de Admissão à Carreira Diplomática: Comentários ao Guia de Estudos”, Brasília, 20 janeiro 2005, 8 p. Comentários ao programa do concurso do IRBr, para atender solicitação do Diretor do IRBr, Emb. Fernando Guimarães Reis.

1230. “A evolução das espécies diplomáticas: exercício de quantificação (da série Macro e microeconomia da diplomacia)”, Brasília, 21 março 2004, 6 pp. Continuidade do exercício anterior (trabalhos nºs 1061 e 839, sobre questões gerais e de produtividade diplomática), enfocando o problema dos gêneros do diplomata. Para o livro Cousas Diplomáticas.

1180. “A formação e a carreira do diplomata: uma preparação de longo curso e uma vida nômade”, Brasília, 14 janeiro 2004, 3 pp. Reelaboração ampliada do trabalho 1151 para o jornal acadêmico da Faculdade de Direito da PUC-Campinas, por solicitação do aluno Marcio Vitorelli.

1155. “A formação do diplomata: uma preparação de longo curso”, Brasília, 13 dezembro 2003, 3 pp. Texto preparado para o Guia para a Formação de Profissionais do Comércio Exterior, das Edições Aduaneiras. Encaminhada igualmente para jornal do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito da PUC-Campinas, aos cuidados de Marcio Vitorelli. Publicado no site Feranet 21, item “Diplomacia”, Link.

1079. “Relações Internacionais: profissionalização e atividades”, Washington, 15 julho 2003, 6 pp. Respostas a questões colocadas por: Guilherme Freitas Araújo (Timóteo, MG) e Fernanda da Silva Gomes, para subsidiar Mostra Profissional sobre relações internacionais.

1061. “Macro e microeconomia aplicadas à diplomacia: a questão da produtividade diplomática”, Washington, 15 junho 2003, 3 pp. Continuidade do exercício anterior (trabalho nº 839), de fazer uma economia política da carreira diplomática, em tom semi-jocoso, enfocando questões de desempenho funcional e de comportamento pessoal do diplomata. Para o livro Cousas Diplomáticas.

1051. “Primeiro Emprego: depoimento pessoal e reflexões”, Washington: 22 maio 2003, 4 pp. Respostas a perguntas sobre formação e profissionalização, colocadas pela Editora Abril, para elaboração do Guia do Primeiro Emprego, enviadas à jornalista XXX.

1016. “Um bem-vindo crescimento na oferta de relações internacionais”, Washington, 16 março 2003, 3 pp. Apresentação ao livro Política Internacional, Política Externa e Relações Internacionais (Curitiba: Editora Juruá, 2003; ISBN: 85-362-0486-9; pp. 9-11), Organizador: Leonardo Arquimimo de Carvalho. Relação de publicados n° 398.

915. “Profissionalização em relações internacionais: exigências e possibilidades”, Washington, 26 junho 2002, 6 p. Trecho retirado das “Leituras complementares”, do capítulo 11: “A diplomacia econômica brasileira no século XX: grandes linhas evolutivas” do livro Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (pp. 244-248). Para divulgação no website do Centro de Serviços de Carreiras do Curso de Relações internacionais da PUC-Minas; link.

885. “As relações internacionais do Brasil e a profissionalização da carreira”, Washington, 29 março 2002, 17 pp. Palestra proferida no UniCeub, em 2 de abril de 2002, e na Universidade Católica de Brasília, em 3 de abril, elaborada com base em partes do meu livro: Os primeiros anos do século XXI.

839. “Macro e microeconomia da diplomacia”, Washington 14 dezembro 2001, 3 pp.; série “Cousas Diplomáticas, nº 4. Artigo introdutório, semi-cômico, de “interpretação econômica” da política externa, cobrindo questões diversas da carreira e das atividades diplomáticas, vistas sob a ótica da economia política (continuidade no trabalho nº 1061). Publicado em Espaço Acadêmico (Maringá: UEM, Ano I, nº 8, janeiro de 2002). Relação de de Publicados nº 299.

802. “Novas Regras da Moderna Diplomacia: memorandum dialecticus per usum moderatus”, Washington, 25 agosto 2001, 1 p. Projeto de livro constante de inéditos, textos existentes adaptados e novos escritos especialmente preparados.

800. “Dez Regras Modernas de Diplomacia”, Chicago, 22 julho; São Paulo-Miami-Washington 12 agosto 2001, 6 p; série “Cousas Diplomáticas” (nº 1). Ensaio breve sobre novas regras da diplomacia, com inspiração dada a partir do livro de Frederico Francisco de la Figanière: Quatro regras de diplomacia (Lisboa: Livraria Ferreira, 1881, 239 p.). Para desenvolvimento posterior em formato de longo ensaio. Publicado na revista eletrônica Espaço Acadêmico (Maringá: UEM, Ano I, nº 4, Setembro de 2001 - ISSN: 1519.6186; Seção “Cousas Diplomáticas”).

704. “Nosso homem no Itamaraty”, Brasília, 18 agosto 1999, 2 pp. Elementos de informação sobre os “intelectuais” do Itamaraty, como subsídio a matéria de Paulo Moreira Leite, então na revista Veja. Não aproveitado no momento, em virtude da transferência de PML para Washington, para trabalhar no jornal Gazeta Mercantil.

702. “Profissionalização em relações internacionais: exigências e possibilidades”, Brasília, 16 agosto 1999, 5 pp. Reelaboração do trabalho 691, em forma de palestra, para inauguração dos cursos de relações internacionais da PUC-MG (em 25.08.99) e do CEUB-DF (em 26.08.99). Feito lançamento de livros na ocasião.

691. “Profissionalização em relações internacionais: uma discussão inicial”, Brasília, 12 junho 1999, 5 pp. Texto sobre formação e perspectivas profissionais do formando em relações internacionais. Publicado no periódico do curso de relações internacionais da PUC-SP, Observatório de Relações internacionais (São Paulo: PUC-SP, nº 1, outubro/dezembro 1999, pp. 10-13). Revisto e integrado como “leitura complementar” ao livro Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (SP: Paz e Terra, 2001).

Brasília, 27 dezembro 2006

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Mais recentemente elaborei vários outros trabalhos sobre temas similares, dentre os quais selecione estes aqui:

2007. “Carreira Diplomática: respondendo a um questionário”, Brasília, 21 maio 2009, 8 p. Respostas a questões colocadas por graduanda em administração na UFSC. Postado no blog Diplomatizzando (21.05.2009). Reproduzido no blog MondoPost (27.05.2009).

1992. “Elogio da Persistência”, Brasília, 22 março 2009, 5 p. Alocução de patrono da turma de Relações internacionais (2º semestre de 2008) da Universidade Católica de Brasília (25/03/2008, 20hs); postado no blog Diplomatizzando (25.03.2009).

1901. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 25 junho 2008, 3 p. Respostas a questionário submetido por candidata à carreira diplomática. Postado no Blog DiplomataZ (2.07.2009).

1896. “Questionário sobre a diplomacia”, Rio de Janeiro, 5 junho 2008, 3 p. Respostas a questões colocadas por estudante de RI da Universidade de Caxias do Sul. Postado no Blog DiplomataZ (2.07.2009).

1893. “A importância do profissional de relações internacionais no setor público”, Brasília, 1 junho 2008, 1 junho 2008, 3 p. Respostas a questionário no quadro de Projeto Transdiciplinar UNISUL sob a responsabilidade de estudante RI Unisul, Florianópolis, SC. Postado no Blog DiplomataZ (2.07.2009).

1885. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 10 maio 2008, 5 p. Respostas a questões colocadas por estudante de administração, sobre a carreira diplomática. Postado no Blog DiplomataZ (2.07.2009).

Devem existir outros trabalhos, mas estão dispersos.

1191) Pausa para humor patetico, ou melancolico

Estou convencido de que, todo ano, um grupo de professores mal (e mau) intencionados, sem ter o que fazer, reunem-se à mesa de um bar de Copacabana, e ficam inventado redações de alunos nos vestibulares, nos ENEMs da vida, enfim, complotam para provar que os nossos estudantes são mal (mau?) preparados.
Só assim posso explicar o festival de besteirol que recebemos todo ano pela internet, sempre de fontes não identificadas (vocês já repararam que eu sou adepto da teoria conspiratória da história).
Não acredito que nossos alunos sejam tão ruins assim. Ou será que são?

Demorô... mas saiu...as pérolas do ENEM 2009

O tema da redação do Enem 2008 foi Aquecimento Global, e como acontece todo ano, não faltaram preciosidades. Lá vão:

1) "o problema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta." (percussão e estalos. Vai ficar animado o negócio)

2) "A amazônia é explorada de forma piedosa." (boa)

3) "Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar planeta." (tamo junto nessa, companheiro. Mais juntos, impossível)

4) "A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu." (e na velocidade 5!)

5) "Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta." (pra deixar bem claro o tamanho da destruição)

6) "O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação." (pleonasmo é a lei)

7) "Espero que o desmatamento seja instinto." (selvagem)

8) "A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo." (o verdadeiro milagre da vida)

9) "A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta." (também fiquei emocionado com essa)

10) "Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis." (todo mundo na vida tem que ter um filho, escrever um livro, e realizar uma árvore renovável)

11) "Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas." (esqueceu que também ficam sem o home theater e os dvd's da coleção do Chaves)

12) "Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna." (amém)

13) "Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza." (e as renováveis?)

14) "A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica." (deve ser culpa da morte ecológica)

15) "A amazônia tem valor ambiental ilastimável." (ignorem, por favor)

16) "Explorar sem atingir árvores sedentárias." (peguem só as que estiverem fazendo caminhadas e flexões)

17) "Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia." (o quê?)

18) "Paremos e reflitemos." (beleza)

19) "A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas." (onde está o Guarda Belo nessas horas?)

20) "Retirada claudestina de árvores..." ()

21) "Temos que criar leis legais contra isso." (bacana)

22) "A camada de ozonel.." (Chris O'Zonnell?)
23) "a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor." (a solução é colocar lá o pessoal da Zorra Total pra cortar árvores)

24) "A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas, sem coração." (para fabricar o papel que ele fica escrevendo asneiras)

25) "A amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável." (campeão da categoria "maior enchedor de lingüiça")

26) "Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação." (NÃO!)

27) "Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises." (gênio da matemática)

28) "A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos governantes." (red bull neles - dizem as árvores)

29) "O povo amazônico está sendo usado como bote expiatório" (ótima)

30) "O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando." (subindo!)

31) "Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc." (deve ser a globalização)

32) "Convivemos com a merchendagem e a politicagem." (gzus)

33) "Na cama dos deputados foram votadas muitas leis." (imaginem as que foram votadas no banheiro deles)

34) "Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta amazonia." (oh god)

35) "O que vamos deixar para nossos antecedentes?" (dicionários)

1190) Livro: A Grande Mudança, PRA


Sim, o livro é meu, e de 2003, mas apenas hoje eu reparei que a Livraria Cultura fez um ficha completa, com resenha e tudo sobre este livro que foi preparado na campanha presidencial de 2002 e escrito quase inteiramente antes das eleições, mas já prevendo os seus resultados.
Como nos aproximamos de mais uma campanha eleitoral presidencial, que poderá representar, igualmente, certa mudança para o Brasil (o que finalmente não tivemos durante estes últimos anos, com a continuidade das mesmas práticas políticas de sempre, apesar das promessas), creio que é útil apresentar essa resenha da Livraria Cultura.

A Grande Mudança
resenha da Livraria Cultura

Grande Mudança, A
Autor: ALMEIDA, PAULO ROBERTO DE
Editora: CONEX
Assunto: ECONOMIA NACIONAL

ISBN: 8575940058
ISBN-13: 9788575940051
Livro em português
Brochura
1ª Edição - 2003
200 pág.

Sinopse:
Apesar da grande mudança, o Brasil precisa construir um quadro institucional e estruturas econômicas que estejam de acordo com as realidades políticas e sociais que vieram à tona a partir do processo eleitoral de 2002. Paulo Roberto de Almeida aponta quais são os componentes dessa agenda transformadora, chamando a atenção para algumas "inversões de prioridades''.

Sobre o autor:
ALMEIDA, PAULO ROBERTO DE
Paulo Roberto de Almeida, doutor em ciências sociais e diplomata de carreira, foi ministro-conselheiro na Embaixada do Brasil em Washington (1999-2003), é autor de diversos livros de história diplomática do Brasil e sobre as relações econômicas internacionais, com destaque para o comércio internacional e a integração regional.

Saiu na Imprensa:
Gazeta Mercantil / Data: 23/5/2003
As mudanças brasileiras
Maria Helena Tachinardi São Paulo, 23 de Maio de 2003
Diplomata, cientista social, historiador, pensador e escrevinhador. É dessa forma que Paulo Roberto de Almeida se autodefine no prefácio do seu mais recente livro - A Grande Mudança (conseqüências econômicas da transição política no Brasil). Isso ajuda a entender por que a obra, por exemplo, se estende sobre temas da transição política brasileira e não apenas sobre relações internacionais e diplomacia. A coleção de 12 ensaios, escritos em 2002, quase todos em Washington, onde Almeida é ministro-conselheiro na embaixada do Brasil, trata de assuntos como o neoliberalismo no País, "dez coisas que eu faria se tivesse poder", "carta aberta ao próximo presidente (qualquer que seja ele)" e princípios básicos da economia política dos partidos no sistema brasileiro. No final do ensaio sobre o que faria se tivesse poder, Almeida diz que sua lista de dez propostas é uma espécie de "planejamento utópico do futuro brasileiro". Ele propõe, por exemplo, mudar o Hino Nacional, "colocando ‘bem-estar e desenvolvimento’ em seu âmago", porque a maior parte dos hinos foi escrita com espírito militar e ufanista "patrioteiro", numa fase de lutas políticas "em prol da independência e da unidade nacional". Os hinos estariam ultrapassados "em face dos avanços da consciência cidadã e do direito internacional". Almeida sustenta uma tese polêmica em A Grande Mudança, relacionada ao processo de "abertura unilateral" da economia brasileira nos anos 90. Contrariando a opinião de muitos empresários e especialistas brasileiros, ele diz que a abertura "teve muito pouco de unilateral, já que coincide com o processo de implantação do Mercosul - fez muito mais para modernizar o sistema produtivo do que as décadas anteriores de proteção comercial e investimentos estatais". Diz também que a abertura não foi grande, pois o programa de reforma tarifária, iniciado em outubro de 1990 e terminado em julho de 1993, reduziu os direitos de importação de uma média de 43% em 1989 (mas com picos tarifários de 105%, em alguns casos de até 200%) para cerca de 14% em 1994. Almeida oferece sua visão dos principais temas da realidade internacional e nacional com explicações fundamentadas em conhecimento teórico e literário, o que torna agradável a linguagem, ao mesmo tempo que convida o leitor à reflexão. Ele comenta sobre a globalização, o socialismo, as relações econômicas internacionais do Brasil - Área de Livre Comércio das Américas (Alca), Organização Mundial de Comércio (OMC) e Mercosul - e as ameaças à democratização depois do 11 de setembro de 2001. Embora o livro tenha sido publicado em janeiro, poucas semanas antes da invasão do Iraque (que começou em 20 de março), Almeida diz que se trata da "clara vontade da superpotência de ‘liquidar uma hipoteca’ herdada da administração de Bush pai". Na opinião do autor, isso "pode levar a um novo agravamento das tensões no Oriente Médio e na própria coalizão de forças ocidentais. O caso do Iraque está, aliás, vinculado a outra demonstração de arrogância imperial, já materializada na pugna de Washington no afastamento ‘bem-sucedido’ do diretor-geral da organização para a eliminação de armas químicas, por sinal um diplomata brasileiro". A referência é ao embaixador José Maurício Bustani, hoje titular da embaixada do Brasil em Londres. É interessante a visão de Paulo Roberto de Almeida sobre os EUA e a guerra: "De fato, os EUA conceberam ‘um modo inventivo de produção’ - para usar um conceito de extração marxista - e o aplicaram com notável persistência e coerência em sua própria arte de fazer guerra. A guerra não é concebida como uma operação unicamente militar, e nisso os EUA também são o mais ‘aroniano’ dos poderes modernos, no sentido de que soldados e diplomatas trabalham de modo muito mais integrado do que nos demais países. Nessa unidade de estratégia e diplomacia reside o elemento decisivo da superioridade dos EUA em relação a outros poderes". O livro analisa os problemas reais ligados à "grande mudança" no Brasil: "No discurso das lideranças políticas, nas mentalidades, na agenda pública e sobretudo no terreno econômico e nos compromissos sociais".

Google pré-visualizacao
(40 páginas do livro, aproximadamente)

Para maiores informações sobre o livro e outras partes seleciondas para leitura, remeto a este link de meu site.