O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Crime contra a cultura no Egito


Confrontos destroem relíquias no Egito – pág. A18
Violência entre manifestantes e governo gera incêndio em instituto criado por Napoleão, com 192 mil documentos
Entre os tesouros perdidos estão mapas e manuscritos que datam do final do século 18; prédio pode desabar
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Instituto do Egito, centro de pesquisas criado pelo francês Napoleão Bonaparte no final do século 18, pegou fogo durante os confrontos entre manifestantes e militares egípcios no sábado, no Cairo.
Voluntários passaram os últimos dois dias tentando recuperar o que sobrou de cerca de 192 mil livros, jornais e manuscritos queimados.
O instituto abrigava tesouros como os 24 volumes do manuscrito "Descrição do Egito", uma das mais abrangentes obras sobre o país, da Antiguidade e seus monumentos ao dia a dia no início do século 19. A obra foi escrita por 150 estudiosos e cientistas durante a ocupação francesa, de 1798 a 1801. Uma das cinco cópias originais foi perdida no incêndio.
Um mapa raro do século 18 do país e da região da Abissínia (atual Etiópia) também foi queimado.
Além disso, há risco de o edifício que abriga o instituto desabar.
MORTES
"O incêndio desse edifício tão rico significa que grande parte da história egípcia chegou ao fim", lamentou o diretor da instituição Mohammed al Sharbouni.
O diretor disse que a maior parte da coleção do instituto foi queimada no incêndio, que durou cerca de 12 horas.
Os bombeiros usaram água para apagar o incêndio, o que aumentou os danos.
Os militares que governam o Egito acusaram ontem a imprensa de trabalhar para desestabilizar o país.
As críticas foram lançadas pelo general Adel Emara, em pronunciamento que aconteceu horas depois de as tropas de choque do governo atacarem novamente os manifestantes na praça Tahrir.
Ao menos 3 pessoas morreram, elevando para 14 o número de mortos depois de quatro dias de embates.
Os confrontos ocorrem no Cairo desde sexta feira, quando as forças de segurança reprimiram os protestos pró-democracia que duravam três semanas. Os manifestantes pedem a saída da junta militar -no poder desde a queda do ditador Hosni Mubarack em fevereiro
O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, disse estar "muito preocupado" com o "uso excessivo" de força contra os manifestantes na capital do Egito. Ele pediu aos militares "moderação e respeite os direitos humanos".

Diplomata vitima de malaria na Africa

Diplomata brasileira está internada em estado grave com malária
Terra Brasil
diplomata brasileira Milena Oliveira de Medeiros, 35 anos, está internada com malária em um hospital de Brasília. Ela foi à África participar da IV Reunião Ministerial da Cúpula América do Sul-África, que ocorreu em 24 e 25 de novembro em Malabo ...

Culpados? Muitos, a começar pelas péssimas condições sanitárias da Guiné Equatorial. Mas principalmente os serviços hospitalares de Brasília, que trataram malária como simples dengue.


Culpados indiretos? Aqueles que abriram embaixadas em lugares inóspitos e não providenciaram o mínimo de condições para um apoio adequado aos diplomatas residentes ou em trânsito. Outras embaixadas possuem residências e chancelarias em lugares tão ou mais inóspitos, mas costumam fornecer apoio e informações aos seus diplomatas. Não parece ter sido o caso da jovem diplomata.


Vão apurar responsabilidades e apontar os culpados? Duvido...
Paulo Roberto de Almeida 



Trapalhadas automobilisticas do governo: promete, ameaca e nao cumpre

Que vergonha!
Que o governo seja incompetente para fazer obras em benefício da população, isso já é sobejamente conhecido, e não deveria nos surpreender.
Ele é simplesmente incapaz até de gastar o dinheiro que arranca de nossos bolsos e do caixa das empresas. Incompetência típica de Guinness, ou de Prêmio Nobel da Incompetência, Darwin Awards, para quem sabe o que é isso...


Mas que o governo seja incompetente até para fazer o mal contra nós, isso já é novidade.
Ele não consegue nem beneficiar-se a si próprio ou aos seus amigos os capitalistas promíscuos.
Dupla vergonha: o governo não consegue nem ser protecionista, e não consegue montar um projeto de extorsão racional. Tudo é improvisado, tudo é anunciado antes dos estudos, tudo é rápido e mal feito, como na cavalaria...
Eta governicho vagabundo...
Paulo Roberto de Almeida 


16/12/2011 | COMÉRCIO EXTERIOR - IPI mais alto para importados entra em vigor; preços sobem em janeiro / Martha Beck e Eliane Oliveira,

Governo ainda não tem plano para montadoras que querem fabricar no Brasil. Começa a vigorar amanhã o aumento de 30 pontos percentuais na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados. Como já havia prometido, o governo deixará de fora da sobretaxa carros que tenham, pelo menos, 65% de conteúdo nacional. Mas a equipe econômica não conseguirá cumprir a promessa de aliviar a tributação para montadoras que se comprometeram a fazer investimentos no país. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior não conseguiu chegar a um consenso sobre a forma de lidar com empresas que planejam começar a produzir no Brasil, mas ainda não se encaixam na regra. Esse mecanismo, que deveria ser publicado por meio de decreto até hoje, só deve ser editado em meados de 2012. O adiamento vai afetar JAC Motors, BMW, Chery e Suzuki, que já anunciaram planos de produção no Brasil. E as montadoras que ainda não têm fábricas no país já fizeram a conta do aumento. A Audi, por exemplo, promete subir os preços entre 10% e 15% no início de 2012, quando acabam os estoques dos veículos comprados com o imposto anterior. A chinesa JAC também vai reajustar a tabela, mas os valores não foram definidos. - O reajuste é inevitável. Vamos aumentar entre 10% e 15% os preços, dependendo do câmbio. O estoque nos garante um preço menor até o fim de dezembro - disse Leandro Radomile, diretor de marketing e vendas da Audi. Um porta-voz da JAC disse que espera a flexibilização das medidas para se instalar no país, já que é muito difícil começar a produção de um veículo de 10 mil peças com um índice de nacionalização tão alto. Técnicos dizem que regra é muito genérica O tratamento diferenciado para essas montadoras deve vir acompanhado de nova regra sobre o percentual de conteúdo nacional que precisa ser cumprido para quem já está instalado no país. Técnicos do governo informaram ao GLOBO que o percentual de 65% é uma regra genérica que precisa ser aperfeiçoada. Seria necessário, por exemplo, fixar o tipo de peça que precisa ser nacional. Esse ponto foi abordado ontem pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, que disse esperar que o governo mude a fórmula de cálculo do índice, para que as autopeças nacionais ganhem mais peso: - Da forma como está, são contabilizados gastos com publicidade e comercialização. O Ministério da Fazenda informou ontem que a nova regulamentação entrará em vigor em 2013, como já havia indicado o ministro Guido Mantega. O IPI mais alto para os importados vai vigorar até o fim de 2012. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, também disse ontem, em Genebra, que o governo estuda medidas para incentivar a entrada de novas montadoras no Brasil a partir de 2013, como a redução do IPI para carros nacionais. - O IPI não será reduzido (agora). Mas talvez em 2013. Para 2013, vamos discutir um novo regime (automotivo), que será um outro capítulo ? explicou. O ministro disse que foi consultado por muitas montadoras que querem entrar no país: - Vamos colocar algumas exigências para que possam operar em igualdade de condições com as que já estão no Brasil. Vão ser medidas muito claras de incentivos tecnológicos para 2013 em diante. Não se pode obrigar a cumprir exigências de uma hora para outra. Vai ser algo gradual. Um alto funcionário do governo também disse ao GLOBO que o regime automotivo terá incentivos fiscais para os que investirem pesado em conteúdo nacional, pesquisa e inovação no Brasil, mas que não está certo se o benefício principal será um IPI menor para tais fabricantes. Global 21 

University of Miami - Resident Fellow


RESIDENT FELLOW PROGRAM
Fall 2012

The Center for Hemispheric Policy at the University of Miami is seeking applications for its Resident Fellow Program. The applicant who is selected will be invited to spend the fall 2012 semester at the Center and participate in all the Center activities. Within the Resident Fellow’s area of expertise, the fellow is expected to speak at several Center programs and assist in the development of program initiatives, as well as write or co-write policy papers in that area. Focusing on issues impacting Latin American and Caribbean countries, the fellow will give guest lectures at university classes and will speak to outside groups in the policy and business communities, as well as to the media.

Eligibility
The competition is open to political analysts, economists, journalists and scholars from Latin American and Caribbean countries, and Canada, who have published and worked on key policy issues pertaining to Latin America and the Caribbean.  For the spring 2012 semester, the Center has particular interest in applicants with expertise in any of the following topics: democracy, economic development, competitiveness, globalization, hemispheric security, Colombia and Mexico.

In order to enter the United States, a Resident Fellow will be required to obtain a J-1 Visa.  The University of Miami is able to provide the Resident Fellow with a DS-2019 Form, a document that is to be presented to U.S. Consulate authorities when submitting an application for a J-1 Visa. The J-1 Visa application process is the responsibility of the Resident Fellow.
Applicants must be able to speak and write fluently in English.

Benefits
The Center for Hemispheric Policy will provide a $12,000 stipend (prior to U.S. federal tax withholding) from September to December 2012 for a residency in Miami. Travel expenses to and from Miami, and costs for health insurance will be reimbursed, and a monthly housing stipend will be provided. The University of Miami will also provide library privileges.

Application Requirements
·         C.V. and cover letter with a description of background and qualifications, as well as applicant’s complete contact information
·         Short writing sample in English
·         Three recent reference letters, with affiliations, email addresses and telephone numbers of reference letter writers.

The deadline for submission of the above information to center@sba.miami.edu is March 15, 2012.

Selection Process
A panel of experts will review all Resident Fellow applications and submit its recommendations to the director and associate director of the Center for Hemispheric Policy. The Center’s Resident Fellow selection will be made on or before April 15, 2012.

Dois mortos ilustres, um outro que nao faz nenhuma falta

Dois intelectuais e um ditador, desses bem absolutos, bem desprezíveis, o contrário total dos dois primeiros.
Assim é a vida.
Os dois primeiros farão falta. O ditador já deveria ter ido há muito tempo...


Eastern approaches: Václav Havel, playwright and president
A correspondent remembers one of the 20th century's greatest
Prospero: Crying freedom
Remembering Christopher Hitchens
Banyan: Farewell, earthlings
Where Kim Jong Il's death leaves Asia

Forum Social Mundial: um zumbi precisando de dinheiro publico...

A afirmação é de um jornalista gaúcho, Políbio Braga, que deve ter pouca tolerância com os ingênuos, idiotas e desonestos do FSM, versão 2012.
Só estão de volta a Porto Alegre porque o governador e o prefeito devem arrumar algum dinheiro fácil.
Sobre o FSM e suas maluquices, indico este meu livro:

Paulo Roberto de Almeida 



Vagando como zumbi, Fórum Social Mundial voltará a Porto Alegre em janeiro

Será entre 24 e 29 de janeiro, no RS, a próxima edição do Fórum Social Mundial. Trata-se de um zumbi que vaga desprezado pelo mundo.

. O FSM só sobrevive quando encontra governos dispostos a conceder-lhes verbas públicas

Brazilian Foreign Policy by an expert - Joseph Marques

Transcrevo, por enquanto sem comentários, um artigo impecável.
Blog International Relations (link)



Brazil: Growing Pains of an Emerging Power

Written by  on December 16, 2011 – 01:46

   
Much has been written about Brazil’s successful trajectory from emerging economy to emerging giant. Much less attention, however, has been given to the remaining challenges which need to be addressed before fully taking on additional global responsibilities. The country’s recent transition from emerging economy to major economic power is both the result of deliberate policies on the part of the Lula administration (2002 – 2010) to “re-insert” the country into the most important decision-making institutions as well as an ambitious drive on the part of several powerful private sector economic actors with global reach and growing involvement in Brazilian foreign relations. Multilateral reinsertion has been facilitated by the emergence of Brazilian multinational companies (BMNCs) and the leadership of a growing core of sophisticated global corporate managers.
The foreign policy implications of Brazil’s continued integration with the world economy include:
1) a reduction of the overall monopoly of Brazil’s Foreign Ministry (Itamaraty) over foreign policy information and influence in favor of other ministries and several major private sector actors;
2) Brazilian multinationals have become both “clients” of Itamaraty and  “ alternative sources” of information and competency in international issues;
3) Brazil’s foreign policy agenda and diplomatic network continue to expand in line with the demands of many of the new economic actors who increasingly interact and challenge Itamaraty;
4) domestic policies (i.e. industrial policy, innovation policy, etc.) have growing international repercussions and will require greater cohesiveness in order to maximize their effectiveness.
Brazil seeks to increase multi-polarity in the major global institutions by carefully building coalitions with other partners of the global South and through the active participation in the international agenda-setting process as a leading member of the international community (i.e. World  Trade Organization Doha Round of negotiations, the India, Brazil, South Africa bloc – IBSA, the group of emerging economies – BRICS (Brazil, Russia, India, China and South Africa), UNASUL (Union of South American Nations), the G20 (the leading economies of the world),etc. The country’s increased visibility in the international community has also been enhanced by the dramatic increase in the number of new diplomatic missions around the world.
Re-insertion in the international trade regime benefits from the emergence of large locally based international firms, privatization of state owned companies and increased global merger and acquisition activity. The internationalization of Brazilian firms is also greatly supported by the increase in value of the local currency (BRL – Brazilian Real) and the critical role of the national development bank (BNDES) in underwriting the initial operations of many of Brazil’s national champions (aircraft manufacturer Embraer, mining conglomerate VALE, animal protein producer JBS, etc.) mainly in South America).
There is a growing list of cases involving Brazilian multinationals in international disputes or possible disagreements between Brazil and several of its economic partners. With increased internationalization, the country’s internal dynamics increase the probability that large economic actors will ultimately affect the country’s external policies.  Over time, the growing number of BMNCs will increase the probability that they will likely be involved in foreign policy issues and challenge traditional preconceptions of Itamaraty. These big Brazilian firms possess the technology, capital, access and contacts with major markets which allow them to counterbalance Itamaraty’s traditional monopoly over all decisions involving foreign policy.
Brazil’s discourse and practice has always been emerging country friendly – though frequently contested by its neighbors. Though the Brazilian government has financed over 40 infrastructure projects in neighboring countries over the last few years, several BMNCs have recently encountered difficulties with some economic partners:
Bolivia nationalized several foreign companies, including the local subsidiary of Petrobras. Construction company Queiroz Galvão also suffered pressure from the Bolivian government regarding terms of an earlier contract. Recently there have been additional protests against several Brazilian companies (OAS, Furnas, Odebrecht, Eletrobras, Camargo Correa, etc.) involved in the construction of a major road through the Tipnis national park in Bolivia and the construction of the Inambari hydro-electric plant in Peru.
Ecuador expelled construction company Odebrecht following a dispute involving the company’s role in the construction of a large hydroelectric project. It also delayed payments on a loan in the amount of $280 million from BNDES.
Iran: Several Brazilian firms are actively seeking contracts to supply Iran with food (beef, poultry, sugar and soybeans) and ethanol. This may conflict with existing and pending international sanctions against Iran on the part of the international community. Any infringement poses the additional risk of the U.S. applying pressure on Brazilian companies with a major presence in the U.S. and lead to a dispute between Brazil and the U.S.). Over 400 Brazilian companies had exports worth approximately $2 billion to Iran in 2009, despite relatively high tariffs and the lack of bank guarantees which suggests companies run substantial risks which may end up as legal disputes between the two countries.
Iraq: Brazilian companies are very interested in participating in contracts for large infra-structure projects in Iraq. Accordingly, they have tried to forge parallel contacts with the Iraqi and U.S. authorities often independently from the Brazilian government and, at times, in spite of the government’s objection to the American role in the region.
SudanBrazilian companies announced up to $500 million of deals mainly in sugar (Dedini) and infrastructure last year.
Pakistan: A Brazilian manufacturer of defense and aerospace products is currently discussing a joint venture to build the MAR-1 missile with Pakistan.
Additional examples of where priorities or interests between the government and private firms may diverge include Libya, Venezuela, Oman and Saudi Arabia.
With a wider global corporate footprint the commercial interests of private firms may clash with sensitive geo-strategic priorities. On the other hand, greater interaction between private managers and government policy managers may lead BMNCs to serve as occasional instruments or agents of Brazilian foreign policy.  In the absence of a significant role on the part of the business community in the foreign policy-making process, private companies will continue to seek opportunities abroad and follow their commercial logic rather than forging a political convergence with the diplomatic aims of the government. Foreign policy practitioners and corporate managers need to make a serious effort to bridge the gap in their separate worldviews and strive towards greater cooperation and national policy cohesion.
Going forward, Itamaraty must adapt to the new international economic reality and harness its resources to better manage several emerging priorities: 1) Brazil’s economic success, the speed of globalization and the ever changing international political agenda are constantly adding new issues to the country’s foreign policy agenda. Itamaraty will have the opportunity to treat corporate actors as an important new constituency. Greater demand for ‘international public service’ on the part of corporate citizens will allow Itamaraty to embark on needed reforms to justify its strategic role as the principal gatekeeper regarding foreign affairs; 2) Brazil’s drive towards greater visibility and clout in the international arena will require a significant change to the policy planning function (coordination of overall interagency strategic and global policy framework). Itamaraty must strengthen policy planning capacity in order to better develop long range policies and to act more as a policy think tank and strategic rapid response team rather than focus on its traditional role in preserving institutional memory and speechwriting.
The steady pace of internationalization will undoubtedly create additional foreign policy priorities linked to the growing exposure of Brazilian companies and investors in the global markets. As these companies expand their activity internationally, Brazil will need to negotiate additional bilateral tax and bilateral investment treaties to avoid Brazilian companies from being penalized for their growing international activities.
Credit lending by the national development bank will continue to have a significant role throughout South America and further. Brazilian banks have been laggards in the internationalization process but they are now becoming more active laying the groundwork to form an international network to support Brazilian multinationals.
Credit and technical cooperation will drive greater use of government agencies as instruments of regional integration and foreign policy (i.e. BNDES, the recently created sovereign wealth fund, EximBank Brasil (the newly created export-import bank), and the governmental agricultural research corporation Embrapa, etc.).
Brazil’s growing international presence will likely produce a new generation of the Brazilian diaspora including many more white collar managers who will join the growing number of Brazilian nationals living and working around the world. This white collar population will join the ranks of an already sizeable number of Brazilians living abroad requiring greater consular services and administrative assistance on the part of Brazil’s diplomatic network putting additional pressure on and force changes to the way Brazil has traditionally dealt with its citizens abroad.
Additional areas for improvement include public diplomacy, trade negotiations, trade promotion, scientific and technological exchange, security and health arrangements, regulation, antitrust, intellectual property, human rights, and the environment.
The public sector retains an important responsibility regarding the long-term competitive advantage of its firms. To become more competitive the country must align its domestic industrial policies with its ambitious foreign policy. While the emergence of Brazilian multinationals is an established fact, Brazil’s quest for a greater role in international affairs and greater visibility will undoubtedly require greater involvement of its citizenry in redefining the diplomatic-industrial relationship. Given the fact that Brazilian corporate footprint is outgrowing its diplomatic presence there is the need for a “corporate diplomacy” culture on the part of the business sector in order to better promote and defend Brazilian corporate priorities and play a more strategic role regarding the definition of  the country’s “national interests” Corporate managers must become more active in promoting a better understanding on the part of the population of the role of major domestic firms and their contribution to society. The country’s leading companies can promote the discussion of foreign policy issues and request greater interagency coordination regarding international issues.
Significant change has begun to occur within the government’s bureaucratic structure dealing with international issues. Driving these changes is globalization, regionalization and the emergence of large private sector economic groups with increasingly wider international interests. These new economic actors demand transparency and greater inclusion in the foreign policy-making process.  Responsibility for the conduct of diplomacy will certainly spread among a wider group of political actors. The effective management of this business-diplomatic interaction will be the next real challenge to Brazil’s claim to a seat at the international high table.
Dr Joseph Marques is currently Visiting Researcher at the Brazil Institute at Kings College, London. He received his Ph.D at the Graduate Institute for International and Development Studies, Geneva.

Grandes idiotas estao a solta, e abusando da idiotice

Conjunturas de crises econômicas são estações particularmente propícias para o florescimento de grandes idiotas. Imannuel Wallerstein -- que já foi razoável em outras épocas -- e Noam Chomsky -- que só foi razoável quando ele não fazia política e tentava ser apenas linguista -- são dois dos maiores idiotas da contemporaneidade, anti-imperialistas (e antiamericanos) de carteirinha, que estão sempre espreitando para antecipar a próxima crise do capitalismo, e quando ela acontece, ficam super-excitados esperando a derrocada final do seu maior inimigo: aquele mesmo que garante seus empregos em universidades de prestígio, onde eles --e vários outros -- podem, impunemente -- como muitos professores brasileiros, aliás -- usar e abusar de alunos passivos e complacentes com as bobagens e idiotices que repetem continuamente.
Abaixo, mais um exemplo da idiotice repetiva, transcrita por idiotas tupiniquins.


Vocês podem estar se perguntando por que um blog que pretende expor e discutir ideias inteligentes, se permite postar coisas idiotas como esta.
Bem, é porque também aprendemos combatendo ideias idiotas e, para os mais jovens, isto representa uma espécie de teste: como encontrar ideias idiotas e saber se defender delas, quando um outro professor idiota repetir as mesmas bobagens em sua aula (se tiver coragem, claro).
Paulo Roberto de Almeida 

Os Estados Unidos contra todos

Immanuel Wallerstein sustenta: giro estratégico de Washington rumo à Ásia parece precocemente comprometido. País coleciona série impressionante de fracassos diplomáticos
Por Immanuel Wallerstein* | Tradução: Daniela Frabasile
Houve um tempo em que Estados Unidos tinham muitos amigos, ou pelo menos seguidores relativamente obedientes. Hoje em dia, parece que não têm nada além de adversários, de todas as cores políticas. E parece que o país não vai muito bem na disputa com seus antagonistas.
Veja o que aconteceu em novembro de 2011 e tem acontecido na primeira metade de dezembro. O país sustentou divergências com a China, Paquistão, Arábia Saudita, Israel, Irã, Alemanha e América Latina. E não se pode dizer que deu-se bem em nenhuma das controvérsias.
O mundo interpretou a presença e os anúncios do presidente Barack Obama na Austrália como um desafio aberto à China. Ele disse ao Parlamento australiano que os Estados Unidos estão determinados a “alocar os recursos necessários para manter nossa forte presença militar na região”. Para finalizar, Washington está instalando 250 marines na base aérea australiana em Darwin — no futuro, possivelmente poderá aumentar o número para 2.500.
Essa é apenas uma de muitas jogadas similares que se executam no tabuleiro da exibição militar. Enquanto os Estados Unidos saem (ou são forçados a sair) do Oriente Médio, por razões tanto políticas como financeiras, estendem seus músculos em direção à região da Ásia-Pacífico. A estratégia seria viável, diante da urgente demanda por redução os gastos — mesmo com o exército — e da crescente relutância dos norte-americanos em relação ao envolvimento do país em questões externas? Até agora, a “resposta” da China tem sido virtualmente a não-resposta. É como se os governantes chineses soubessem que o tempo está ao lado de seu país — mesmo em suas relações com os Estados Unidos, ou especialmente nas suas relações com os Estados Unidos.
Há, também, o Paquistão. Os Estados Unidos lançaram os desafios: Islamabad deve acabar com os movimentos islâmicos. Deve parar de tentar sabotar o governo de Hamid Karzai, no Afeganistão. Deve parar de ameaçar a Índia com ações militares na Caxemira. Se não… o quê? Eis o problema. Ao que parece, pelos documentos que vazaram, os Estados Unidos acreditavam que o último amigo que lhe sobrou no Paquistão — o atual presidente Asif Ali Zardari —poderia demitir o líder do exército, o General Ashfaq Parvez Kayani. Como resposta, o General Kayani articulou para que Zardari realizasse tratamento médico em Dubai, nos Emirados Árabes. O potencial golpe arranjado pelos Estados Unidos falhou. E, se Washington tentar retaliar a manobra paquistanesa cortando ajuda financeira, sempre haverá a China, para tomar seu lugar.
No Oriente Médio, o que Obama mais quer é que nada dramático aconteça entre Israel e os palestinos até, pelo menos, sua reeleição. Isso não satisfaz realmente as necessidade da Arábia Saudita ou do primeiro-ministro israelense, Benyamin Netanyahu. Por isso, do ponto de vista norte-americano, ambos estão procedendo de maneira fazer marola. E os Estados Unidos estão muito mais numa posição de implorar a judeus e sauditas do que comandá-los ou controlá-los.
Ainda na Ásia, há o Irã, supostamente a principal preocupação imediata dos Estados Unidos — e também da Arábia Saudita e Israel. Washington está usando seus aviões supersecretos não-tripulados (os chamados drones) para espionar os iranianos. Nada surpreendente, exceto pelo fato de que, ao que parece, e de algum modo, um desses drones pousou no Irã — eu digo “pousou” porque a questão crucial é como e por que pousou.
A CIA, dona do avião, diz de maneira pouco convincente que o incidente deveu-se a alguma falha mecânica. Os iranianos, por sua vez, insinuam que derrubaram o drone com um ataque cibernético. Os Estados Unidos garantem que não, que seria “impossível” — mas Debka, a voz da internet israelense, diz que é verdade. Eu acredito que seja provável. Além disso, agora que os iranianos têm o avião, estão trabalhando em desvendar todos seus segredos técnicos. Quem sabe? Eles podem publicar esses segredos para que o mundo todo saiba. E então, quão secretos serão os drones supersecretos?
Ah, sim, a Alemanha. Como todos sabem, existe uma “crise” na zona do euro. E a chanceler alemã Angela Merkel tem trabalhado duro para que os países da zona do euro comprem uma “solução” que irá funcionar para ela — tanto politicamente, dentro da Alemanha, quanto economicamente, na Europa. Merkel tem pressionado um novo Tratado Europeu que iria impor automaticamente sanções aos países signatários que violem suas disposições.
Os Estados Unidos pensaram que essa seria uma abordagem equivocada. Para Washington, trata-se de uma ação de médio prazo que não resolveria imediatamente o problema financeiro da Europa. Obama enviou ao Velho Continente seu secretário do Tesouro, Timothy Geithner, a fim de insistir em suas sugestões alternativas. Os detalhes não importam, nem qual é a melhor opção. O importante é notar que Geithner foi totalmente ignorado e os alemães conseguiram o que queriam.
E, finalmente, os países da América Latina e do Caribe se encontraram na Venezuela para estabelecer uma nova organização: a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Todos os países americanos assinaram o tratado, exceto os dois que não foram convidados — Estados Unidos e Canadá. A CELAC foi desenhada para suplantar a Organização dos Estados Americanos (OEA), que inclui os Estados Unidos e o Canadá, e que suspendeu Cuba. Pode levar algum tempo até que a OEA desapareça e que somente a CELAC permaneça. Ainda assim, não é exatamente algo que Washington esteja celebrando.
 (*) Immanuel Wallerstein é professor-sênior do Departamento de Sociologia da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Seu saite é www.iwallerstein.com