O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

domingo, 23 de dezembro de 2018

Revista Exame seleciona alguns livros de 2018

Entre eles o do nosso colega e amigo, historiador Luis Claudio Villafañe G. Santos, que escreveu a melhor biografia do Barão do Rio Branco. Veja abaixo.
Paulo Roberto de Almeida


Os livros imperdíveis de 2018 para quem quer entender o mundo melhor

Confira uma seleção de livros sobre acontecimentos históricos e atuais que são boas alternativas de presente para este Natal

Exame, 22/12/2018


São Paulo – O ano de 2018 trouxe impactos significativos para o Brasil e para o mundo. Mais do que nunca, estar a par dos acontecimentos históricos e atuais, bem como compreender seus desdobramentos, se tornaram essenciais. E nada melhor do que mergulhar em livros interessantes sobre temas relevantes para se preparar para as mudanças que estão por vir.
Veja também
  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

Com isso em mente, EXAME selecionou alguns títulos lançados em 2018 no Brasil e que cumprem esse objetivo e incluiu, ainda, duas alternativas ainda não lançadas no Brasil e em inglês, mas que podem ser facilmente encomendadas pela internet. Essas obras são, ainda, excelentes alternativas de presentes para si, amigos ou familiares neste Natal. Veja abaixo a seleção.

Como as Democracias Morrem
Autores: Steven Levitsky e Daniel Ziblatt
Preço: a partir de 47 reais
Um dos livros mais vendidos no Brasil em 2018, a obra dos professores de Harvard se propõe a analisar o estado atual da democracia no mundo. Mostra, ainda, como rupturas ao sistema político não ocorrem hoje necessariamente por meio de golpes ou revoluções, mas pela corrosão lenta, gradual, quase que imperceptível, das instituições que têm como papel o monitoramento e a proteção dos valores democráticos em uma sociedade.
Pouco antes de o livro chegar ao Brasil e antes da eleição de Jair Bolsonaro à Presidência, Levitsky concedeu uma entrevista a EXAME sobre o momento que a democracia enfrenta no mundo e também no Brasil e deixou um alerta: “Todas as democracias enfrentam crises e é essencial que tenham capacidade de sobreviver às tempestades. A tempestade irá passar pelo Brasil. A questão é se as elites vão resistir à tentação de quebrar as regras antes que o pior tenha passado.”
Veja também
  • Professor de governo da Universidade de Harvard Steven Levitsky, autor de Como as Democracias Morrem
Fascismo – Um Alerta
Autora: Madeleine Albright
Preço: a partir de 45 reais
Madeleine Albright foi embaixadora dos Estados Unidos na ONU e é ex-Secretária de Estado dos Estados Unidos da gestão democrata de Bill Clinton. Neste livro, a diplomata revisita os conflitos entre a democracia e o fascismo durante todo o século passado. E o faz com conhecimento de causa: nascida na ex-Tchecoslováquia, a diplomata viveu os horrores do nazi-fascismo europeu com familiares mortos em campos de concentração nazistas.
Pertinentemente escrito como um alerta ao mundo em razão da ascensão de governos populistas e do recrudescimento do discurso autoritário, o livro chegou ao Brasil em outubro de 2018.
Veja também
  • Cena do filme A Onda, de 2008, sobre ascensão do fascismo dentro de uma escola
Filhos e Soldados
Autor: Bruce Henderson
Preço: a partir de 50 reais
Uma das últimas histórias ainda não exploradas em profundidade sobre a Segunda Guerra Mundial, a saga dos meninos judeus alemães que escaparam no nazismo e escolheram volta à Europa para combatê-lo é o tema desse livro do autor americano Bruce Henderson.
Fluentes na língua e conhecedores dos costumes dos alemães, o grupo fez parte de uma unidade de inteligência do exército americano treinada em Camp Ritchie, em Maryland. Os “Ritchie Boys”, como foram apelidados, foram os responsáveis por levantar cerca de 60% da inteligência usada pelas forças aliadas no palco europeu da guerra.
EXAME, Henderson concedeu uma entrevista exclusiva na qual tocou, ainda, nos aspectos humanos dos personagens que entrevistou para compor a obra. “O aspecto mais emocionante foi o momento em participaram da libertação dos campos de concentração. Eles entraram nesses campos sem saber se encontrariam suas famílias”, contou. Apesar do tema delicado, Henderson conseguiu narrá-lo de forma leve, emocionante e interessante.
Veja também
  • Soldados judeus alemães que lutaram contra o nazismo pelos Aliados
“Minha História”
Autora: Michelle Obama
Preço: a partir de 59 reais
Michelle Obama é um fenômeno nos Estados Unidos: além de ter sido a primeira mulher negra a ocupar o posto de primeira-dama, é de uma popularidade tão impressionante entre os americanos que seu nome surgiu diversas vezes como possível candidata à Presidência dos EUA. Especulação sempre negada por ela, pelo menos até agora.
Nesse livro, que foi lançado em novembro de 2018, ela fala sobre as experiências que a moldaram, saindo da infância em Chicago, a vida conciliando o papel de mãe e o de executiva e os anos na Casa Branca entre 2009 e 2017, no qual teve um papel central na promoção dos direitos das mulheres, inclusividade de diversidade.
Michelle é vista como um exemplo por mulheres e meninas mundo afora e sua história está agora disponível em 24 idiomas. Em apenas 15 dias depois do lançamento, a advogada conquistou mais um título do qual se orgulhar: o de livro mais vendido do ano nos Estados Unidos.
Veja também
  • Michelle Obama, ex-primeira dama dos EUA
Juca Paranhos, o Barão do Rio Branco
Autor: Luís Cláudio Villafañe G. Santos
Preço: a partir de 80 reais
Escrito por Villafañe, que é diplomata e historiador, esse livro narra em detalhes a vida pessoal de Juca Paranhos, o Barão do Rio Branco, e é um retrato das transformações que o Brasil, e o mundo, viveram na virada do século 19 para o século 20.
Em entrevista a EXAME, Villafañe contou que seu objetivo era o de mostrar aspectos da personalidade de Juca Paranhos, um grande articulador das fronteiras territoriais brasileiras. “Mostro um Rio Branco que muda muito. Ele vai. Ele volta. Ele se arrepende. Ele se reinventa. Ele tenta se regenerar”, explicou. O maior mérito do patrono da diplomacia brasileira? “Não optar por saídas simplistas”.
Em um momento no qual a política externa brasileira está, mais do que nunca, no centro das atenções, a biografia do Barão do Rio Branco, sem dúvidas um dos personagens mais importantes da história do país, é essencial.
Veja também
Arriscando a Própria Pele – Assimetrias Ocultas no Cotidiano
Autor: Nicholas Nassim Taleb
Preço: a partir de 54 reais
“Nunca confie em alguém que não arrisca a própria pele”. É a partir dessa premissa que o ensaísta Taleb, autor de A Lógica do Cisne Negro (2007) e apelidado de “O Nietzsche de Wall Street”, se debruça sobre os atos e decisões de pessoas em posições de poder e cobra que essas mesmas pessoas assumam a responsabilidade pelas consequências disso.
Na sua visão, a sociedade é governada por um pequeno grupo de indivíduos que vivem em posições privilegiadas e não são impactados pelos desdobramentos dos seus atos, e, portanto, “não arriscam a própria pele”, como o autor sugere no título. Supondo que isso mudasse e as decisões passassem a ser tomadas considerando as responsabilidades do tomador, “podemos alterar condições fundamentais da sociedade”.
Veja também
  • golden-gate-bridge
Medo: Trump na Casa Branca
Autor: Bob Woodward
Preço: a partir de 78 reais
Se tem uma coisa que o jornalista Bob Woodward conhece, são os meandros do poder na Casa Branca. Foi ele, afinal, que desvendou ao lado de Carl Bernstein em 1974 um dos maiores escândalos da história da presidência americana, o caso que ficou conhecido como Watergate, cujos desdobramentos ajudaram a derrubar o então presidente Richard Nixon.
Agora, Woodward usa da sua habilidade investigativa e narrativa nesse livro que investiga os bastidores da gestão do atual mandatário, o republicano Donald Trump, e detalha o clima que permeou momentos-chave da sua presidência, como o bombardeio das forças sírias após um ataque químico contra civis que teria sido ordenado pelo presidente Bashar Al-Assad.
E o retrato montado por Woodward com base em entrevistas com oficiais da confiança de Trump não é nada positivo: sua gestão foi tachada como “casa de loucos” e o presidente descrito como “uma criança da quinta série”.
Veja também
  • President Donald Trump delivers remarks and signs an executive order in Charlotte, NC
O novo Iluminismo: Em defesa da razão, da ciência e do humanismo
Autor: Steven Pinker
Preço: a partir de 65 reais
Neste livro, cientista cognitivo Steven Pinker quer trazer boas notícias: deixe de lado as manchetes urgentes e apocalípticas, o bem-estar está ascensão. Para tanto, e reconhecendo o momento atual de turbulências mundo afora, ele analisa gráficos e dados em diferentes áreas, educação e saúde, por exemplo. A partir do retrato dessa evolução, defende que o avanço do conhecimento da humanidade é essencial para garantir que o progresso continue.
Veja também
  • General Images Of China Economy Ahead Of Communist Party of China Central Committee Meetings
21 Lições para o Século 21
Autor: Yuval Noah Harari
Preço: a partir de 54 reais
Em “Sapiens”, ele investigou o passado. Em “Homo Deus”, destrinchou o futuro. Agora, o historiador israelense Harari, que se tornou um fenômeno mundial da literatura com esses dois títulos, se debruçou sobre o presente. Em “21 Lições para o Século 21”, ele se propõe a analisar perguntas complexas sobre fenômenos atuais que se colocaram diante da sociedade neste século, como fake news, terrorismo, educação e religião.
O mundo pós-ocidental
Autor: Oliver Stuenkel
Preço: a partir de 64 reais
Vivemos um momento de profunda transformação nas dinâmicas de poder e é justamente sobre isso que trata a obra de Stuenkel, professor de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas. Nela, o autor se propõe a analisar o futuro da ordem global e prevê a descentralização dos poderes políticos, econômicos e globais. E no horizonte estarão oportunidades cada vez maiores de cooperação.
Dear Madam President: An Open Letter to the Women Who Will Run the World
Autora: Jennifer Palmieri
Preço: a partir de 10 dólares
Jennifer Palmieri, diretora de comunicação do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e da ex-Secretária de Estado e candidata à Presidência pelo Partido Democrata, Hillary Clinton, não acreditava que alguém pudesse se interessar no que ela teria a dizer sobre as eleições de 2016. Hillary, afinal, havia sido derrotada e a Casa Branca teria um novo e improvável mandatário, Donald Trump.
Momentos depois de ter digerido o resultado eleitoral daquela disputa, Jennifer percebeu que tinha, sim, algumas coisas a dizer e muito tinha a ver com a percepção que o público tinha acerca de Hillary e que, segundo a autora, não estava dissociada da questão de gênero. E o fez neste livro que é considerado uma mensagem inspiradora para todas as mulheres que buscam posições de liderança em qualquer área. O livro não conta com tradução para o português e pode ser adquirido no Brasil via internet.
Veja também
The Future Is History: How Totalitarianism Reclaimed Russia
Autora: Masha Gessen
Preço: a partir de 16 dólares
Considerado um retrato fiel e atual da Rússia de Vladimir Putin, que está se agarrando cada vez mais ao poder e transformando o país em um regime autoritário, esse livro foi escrito pela jornalista russa, radicada nos Estados Unidos, Masha Gessen. 
Na obra, ela segue a história de quatro personagens, cada qual com seu background, mas todos nascidos em um momento no qual as esperanças pela democracia estavam mais fortes do que nunca na Rússia. A partir de suas jornadas, propõe a montar um retrato sobre o estado político do país hoje. 
Eleito como um dos melhores de 2018 pela conceituada revista Foreign Affairs, o livro de Masha não tem tradução para o português e pode ser comprado via internet.

Novos e velhos desafios ao ceticismo sadio e ao contrarianismo - Paulo Roberto de Almeida

Novos e velhos desafios ao ceticismo sadio e ao contrarianismo

Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: declaração à praça; finalidade: alerta preventivo] 

Em 2003, convidado para ser o diretor de estudos do programa de mestrado da academia diplomática brasileira, o Instituto Rio Branco, fui vetado pelo novo poder recentemente estabelecido no Brasil: uma tropa de true believerscomposta por sindicalistas mafiosos, guerrilheiros reciclados neobolcheviques, diplomatas coniventes e colaboradores oportunistas.
Em 2004, colocado num completo ostracismo pelos novos donos do poder no Itamaraty, dei início ao meu quilombo de resistência intelectual, sob a forma deste blog Diplomatizzando, no qual ainda estou, com o mesmo espírito que me animou desde o início: postar coisas inteligentes para pessoas inteligentes, respeitosas da diversidade de pensamento, da liberdade de opinião e do ceticismo sadio em relação ao senso comum, às idées reçues(preconceitos estabelecidos e verdades reveladas), sem esquecer uma pequena ponta de contrarianismo.
Ao longo desses anos todos, navegando na maior parte do tempo contra a corrente, continuei sustentando as mesmas opiniões e atitudes, ainda que ao preço de grandes sacrifícios pessoais e familiares. Persisti, sustentado por valores e princípios invariavelmente comprometidos com a inteligência e a honestidade intelectual.
Marx tinha certa razão quando disse, num texto simplista sobre a ideologia, que as ideias das classes dominantes são as ideias dominantes. Concordo, mas eu mudaria algo pelo meio da frase: as ideias dos grupos que dominam o Estado, ou pelo menos o governo, pretendem se tornar as ideias dominantes, por indução discreta ou imposição arrogante daqueles que ocupam o poder. No que me concerne, nunca me dobrei a isso.
Em 2019, continuarei animado pelos mesmos propósitos e objetivos.
Boas ideias acabam prevalecendo no longo prazo.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 23 de dezembro de 2018

Bolívia em rota para o bicentenário


CFP: Bolivia - En Route to the Bicentennial: the Path Travelled and Prospects Ahead

by Hanne Cottyn
Call for Papers: journal Ciencia y Cultura (Universidad Católica Boliviana San Pablo)
Deadline: abstract and short biography by January 18; full-length contributions by February 18
Contact: walter.vargas@ucb.edu.bovaleria.paz@ucb.edu.bopilarmendieta@yahoo.es
With six years remaining before the 200th anniversary of the founding of the Republic of Bolivia (1825) – now the Plurinational State of Bolivia – this edition of Ciencia y Cultura aims to reflect on the complex series of political, social, cultural, and symbolic events and transformations that are part of the shared worldviews and identities that cohabit the nation’s territory. The events of 1825 shall serve not only to rethink the present, but also, by examining the past, to analyze and go deeper into the debates relating to the creation of the Republic and its repercussions on the collective worldviews regarding the nation. Authors such as Benedict Anderson (1983) define the concept of nation as an “imagined political community (…) inherently limited and sovereign”, in which in order to achieve consolidation, its inhabitants must feel they are a part of such a community. At the same time, this implies the construction of the political, state and national community. In relation to this, Marxist historian Eric Hobsbawm (2001) considers that it is “more common for nations to be the consequence of creating a State, rather than being its pillars.” As the case may be, throughout the years, the visions, the collective worldviews and the nation projects changed; new paradigms emerged, archaic colonial models were preserved, new actors arose, etc. Taking into account this historical context, the purpose of this number is to contribute with new research, and a renewed outlook on the topic. We are looking for contributions that cover the process between the Independence and the 21st century. We are interested in receiving proposals dealing with the topics in an interdisciplinary manner, from the humanities, cultural studies, social sciences, and arts studies.
Consequently, Ciencia y Cultura of Universidad Católica Boliviana invites researchers and specialists to submit contributions (articles, reviews, interviews, extracts of documents and archive material) in English and Spanish. The topics of interest are:
  • political projects prior to Independence;
  • establishment of the Nation-State and state projects;
  • collective worldviews of the Nation from the perspective of the regions and individual actors or subaltern groups;
  • the Republic and the Plurinational State: similarities and contrasts;
  • projections of a historical, aesthetic and ecological nature, etc. with a view towards the Bicentennial;
  • collective representations in literature, historiography and philosophical thought;
  • building of the symbolic order (festivities, school texts, albums, hymns, personal memoirs, etc.);
  • visions on indigenous people: inclusions and exclusions;
  • comparative viewpoints of civic commemorations;
  • milestones and vicissitudes in the construction of the Nation;
  • proposals examining artistic production and
  • other related topics.
If you would like to contribute to the upcoming issue of Ciencia y Cultura, please send an abstract (300 words max.) and a short biography (180 words max.) no later than January 18, 2019 and the full-length contributions by February 18, 2019, to the following email addresses: walter.vargas@ucb.edu.bovaleria.paz@ucb.edu.bo and pilarmendieta@yahoo.es
Submission Guidelines for Peer-Reviewed Articles: All contributions should be original and unpublished and should have not been submitted for publication elsewhere. The author grants copyrights of the article only for the moment of its publication. Full-length articles should adhere to the following guidelines:
  • Length of articles: 12-20 pages (5,000-7,000 words), Times New Roman, font size 12, single-spaced.
  • Referencing style: MLA or APA with bibliographical references numbered and listed in alphabetical order.
  • Images should be sent as separate attachments, in 600 pixel resolution and in JPG format. Authors are responsible for obtaining permission of all materials under copyright and for their correct acknowledgements for use.
  • A cover sheet should be included with the following information: full name and title of the author(s), email address, institutional affiliation, title of the article (Spanish and English), 6-10 key words (Spanish and English), list of illustrations (if applicable), and an abstract: 180 words maximum (Spanish and English).
Reviewing Process and Acceptance of Peer-Reviewed Articles: Upon receipt of abstracts, the Editorial Committee makes a preliminary decision regarding the relevance of the article to the particular issue of the journal. The editorial process involves double-blind peer review of full-length articles, including those requested by the editors. Articles are judged on the basis of relevance of the article to the aims and scope of the journal, originality, contribution to research in the subject area and correct citations.
About Ciencia y Cultura: Ciencia y Cultura, first published in 1997, is a peer-reviewed journal of the Department of Culture and Art of Universidad Católica Boliviana (UCB) San Pablo (La Paz) devoted to the publication of research in the humanities, social sciences, culture and the arts. The journal occasionally publishes papers presented in conferences or seminars organized by the university. For each number, the Department of Culture and Art of UCB invites specialists to be part of its Editorial Committee, according to the theme covered. Ciencia y Cultura is indexed by SCIELO (Scientific Electronic Library Online) and REDALYC (Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España y Portugal).

Trump-Mattis: convencer idiotas, uma dura tarefa

Trump After Mattis

The Secretary of Defense worked to shield the world from President Trump’s worst impulses. But even he had his limits.

The editorial board represents the opinions of the board, its editor and the publisher. It is separate from the newsroom and the Op-Ed section.
Molly Snee
Jim Mattis, as secretary of defense, has done his best to preserve and defend the system of global alliances that the United States spent the last 70 years building and leading. In his resignation letter on Thursday, Mr. Mattis wrote that the United States was the “indispensable nation in the free world.” 
“Our strength as a nation,” he wrote, “is inextricably linked to the strength of our unique and comprehensive system of alliances and partnerships.”
That’s apparently not the view held by President Trump, who ran for office calling for America to do less, calling for our allies to spend more and inviting rival nations to be more assertive.
Some people thought that once Mr. Trump was in office and had shouldered presidential responsibilities, he would adopt a less knee-jerk view of how best to keep the nation safe and the free world free.
Mr. Mattis, a respected and disciplined man, withstood Mr. Trump’s chaotic approach to governing longer than Rex Tillerson, the former secretary of state, and H.R. McMaster, the former national security adviser. He worked to prevent or blunt dangerous and impulsive presidential decisions, and he often made a difference.
Mr. Mattis helped persuade Mr. Trump not to pull out of NATO and worked to assure Europe that the United States remained committed to a common defense of the continent. 
Mr. Mattis offered the same assurances to America’s allies in Asia, who are alarmed at an assertive China and unpredictable North Korea. Meanwhile, Mr. Trump, unconvinced of the value of the relationship with South Korea, threatened to withdraw forces there if Seoul didn’t bear a larger share of the basing costs.
During his saber-rattling phase with North Korea, Mr. Trump considered ordering the evacuation of military families from South Korea, which could have been interpreted by Pyongyang as a prelude to an American attack. According to CNN, Mr. Mattis worked to soften the order, which was never carried out.
When it came to other ill-considered presidential directives — a cruel ban on transgender troops and a self-aggrandizing military parade — Mr. Mattis quietly smothered the proposals with Pentagon bureaucracy.
Although he couldn’t prevent it, Mr. Mattis helped delay America’s abrogation of the Iran nuclear deal. He was also unable to prevent upending decades of Middle East policy by moving the American Embassy in Israel to Jerusalem without gaining any ground toward peace.
In the end, it was Mr. Trump’s decision to immediately withdraw troops from Syria that pushed Jim Mattis over the edge.
On Wednesday, the president said he would withdraw all 2,000 American troops, a decision that was welcome news to Russia, Iran and Turkey. It was a bitter betrayal of groups like the Kurds, who have fought and died alongside American soldiers for more than a decade.
Presidents, of course, have the authority to make such decisions. But presidents also traditionally plan out such decisions carefully and coordinate them with allies, particularly if fighting is underway. 
If the fellow in the next foxhole suddenly heads home, those fighters who remain are right to feel betrayed. In this case, in a telephone call with President Recep Tayyip Erdogan of Turkey, Mr. Trump said he would not object if Turkish forces invaded Syria and attacked Kurdish forces — including American allies — whom Ankara considers terrorists. Mr. Mattis could not get Mr. Trump to reverse course. And now, Mr. Trump is also considering a precipitous unilateral drawdown of forces in Afghanistan.
Presidents have tremendous power to make national security policy. But Congress also has a role to play, and it now needs to forcefully assert that responsibility. 
Legislation requiring that the secretaries of state and defense have a say in the use of nuclear weapons is one good place to start. Another is to require congressional approval to leave NATO or other treaty obligations, like the Intermediate-Range Nuclear Forces Treaty.
More immediately, the Senate would be wise to hold out for a nominee for defense secretary who is more like Mr. Mattis than Mr. Trump.
Follow The New York Times Opinion section on FacebookTwitter (@NYTopinion) and Instagram.

A frase do dia: presidente Duterte, das Filipinas

QUOTATION OF THE DAY

"Whether you are from the government, whether you belong to my party or you are my rival in politics, do not terrorize, do not intimidate, do not create fear in the voters. If you do that, I will go and arrest you myself. I will drag you and tie your neck to the wheel of an airplane."
PRESIDENT RODRIGO DUTERTE, of the Philippines.

(The New York Times)