https://www.academia.edu/40192050/Um_outro_mundo_possivel_alternativas_historicas_da_Alemanha_antes_e_depois_do_muro_de_Berlim_2009_
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quarta-feira, 28 de agosto de 2019
30 Anos da queda do Muro de Berlim: meu artigo de 2009 - Paulo Roberto de Almeida
https://www.academia.edu/40192050/Um_outro_mundo_possivel_alternativas_historicas_da_Alemanha_antes_e_depois_do_muro_de_Berlim_2009_
Oliveira Lima e a longa história da Independência - USP, 10-11/09
Biblioteca Brasiliana Guita E José Mindlin
Tratou do tema em vários livros de sua vasta obra, numa perspectiva que hoje poderíamos qualificar de longue durée, de longa duração.
Com efeito, escreveu sobre os antecedentes mais notáveis do processo independentista e sobre suas consequências mais duradouras, num arco temporal que atingiria, grosso modo, um século e meio.
Entre esses antecedentes, destaque-se a crescente preponderância do Brasil sobre Portugal, cujo ápice se concretizou com um fato inusitado e singular da história da humanidade: a transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1807, primeira vez em que um monarca europeu em funções atravessou a linha do equador.
Ao contrário do que afirma uma certa historiografia mais superficial, não se trata aqui de uma simples e precipitada fuga das tropas napoleônicas, conquanto tenha havido certa precipitação na operação logística propriamente dita (cabe lembrar a frase atribuída à rainha dona Maria: “nem tão depressa que pareça fuga, nem tão devagar que pensem que queremos ficar”), mas de projeto estratégico acalentado desde o século XVII, com o padre Antônio Vieira, e do século XVIII, com o diplomata dom Luís da Cunha.
Há inclusive quem retroceda essa ideia para o século XVI, quando uma das causas apontadas para a desdita de dom Antônio, prior do Crato, na sua disputa pelo trono português com o poderoso rei de Espanha, Filipe II, teria sido o fato de ter-se ido abrigar nas ilhas atlânticas de Portugal, e não no Brasil.
Entre as consequências duradouras da Independência, destaque-se o estabelecimento no Novo Mundo de uma monarquia de características europeias, também fato único e inusitado.
Segundo Oliveira Lima, essa seria uma monarquia híbrida, mestiça, adaptada ao meio tropical, tanto no que se refere ao equilíbrio entre tendências conservadoras e autoritárias, de um lado, e democráticas e liberais, de outro, que caracterizou o Império do Brasil, sobretudo na sua segunda fase, quanto ao que diz respeito à própria natureza mestiça da sociedade tropical.
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