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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

30 Anos da queda do Muro de Berlim: meu artigo de 2009 - Paulo Roberto de Almeida

Aos 20 anos da queda do muro de Berlim, fui convidado para um seminário na UnB, organizado pelo professor Wolfgang Dopke. Eis minha contribuição ao seminário.


Um outro mundo possível:
Alternativas históricas da Alemanha, antes e depois do muro de Berlim

Paulo Roberto Almeida
Paris-Digne-Asti-Veneza-Torino-Lisboa, 25 setembro-6 outubro 2009, 18 p. 
Ensaio preparado como texto guia para o seminário “Além do Muro” 
(UnB, 12 de novembro de 2009). 
Sumário:
1. Berlim no centro da história alemã; a Alemanha no centro da história europeia
2. Die Deutsche Frage, a questão alemã: um longo e complexo problema
3. Berlim de volta ao centro da história contemporânea, por enquanto...
4. O que poderia ter ocorrido com Berlim, e com a Alemanha, e que não ocorreu?
5. O que poderá ocorrer com a nova Alemanha, e que ainda não ocorreu?
6. Alternativas e destino da nova Alemanha: um futuro imperfeito?

Resumo: Digressões histórico-analíticas sobre a trajetória da Alemanha, desde a fase pré-unificação de 1870, até o cenário pós-derrubada do muro de Berlim e a unificação das duas repúblicas criadas em 1949. A questão alemã, para o bem e para o mal, esteve no centro da história europeia e mundial, entre 1870 e 1945, e novamente entre 1949 e 1989, mas na fase da Guerra Fria de forma subalterna aos interesses das duas superpotências. Derrubado o muro e unificada a nação, a Alemanha e Berlim voltam a ocupar o centro nevrálgico do novo ordenamento europeu pós-Guerra Fria.
Palavras-chave: Guerra Fria. Alemanha. Muro de Berlim. Cenários históricos alternativos.

Texto disponível neste link

https://www.academia.edu/40192050/Um_outro_mundo_possivel_alternativas_historicas_da_Alemanha_antes_e_depois_do_muro_de_Berlim_2009_

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Este dia na Historia: construção do Muro de Berlim, 13 de agosto de 1961

Uma pequena nota sobre a construção do muro de Berlim, em 1961, mas antes, para quem desejar ler, a ficha meu artigo sobre a mesma questão, 20 anos depois da queda do muro de Berlim.

2048. “Outro mundo possível: alternativas históricas da Alemanha, antes e depois do muro de Berlim”, Paris-Digne-Asti-Veneza-Torino-Lisboa, 25 setembro-6 outubro 2009, 18 p. Ensaio preparado como texto guia para o seminário “Além do Muro” (UnB, 12 de novembro de 2009). Revisto em 25.10.2009. Revista Espaço Acadêmico (ano 9, n. 102, Novembro 2009, ISSN: 1519-6196, p. 25-29; link: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/8586/4777). Relação de Publicados n. 930. Feita versão resumida em 7 p., sob o titulo “Vinte anos da queda do muro de Berlim: uma visão retro-prospectiva”, para publicação na revista digital Prismas (Empresa de Consultoria dos Estudantes de RI da PUC-SP; novembro de 2009; link: http://prismajr.wordpress.com/2009/11/25/novembro-2009-queda-do-muro-de-berlim/).
Paulo Roberto de Almeida

Começa a construção do Muro de Berlim





Em 13 de agosto de 1961, soldados soviéticos começam a construção do Muro de Berlim

Começa a construção do Muro de Berlim
As origens da construção do muro encontram-se no fim da Segunda Guerra Mundial, com a derrota da Alemanha e sua consequente ocupação pelas forças aliadas (Reprodução/Infoescola)

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As origens da construção do muro encontram-se no fim da Segunda Guerra Mundial, com a derrota da Alemanha e sua consequente ocupação pelas forças aliadas. Cada país vencedor “herdou” um setor da cidade de Berlim, e desse modo foram criados um setor americano, um inglês, um francês e outro soviético. Os três primeiros uniram-se para formar a área da cidade que adotaria o regime capitalista, Berlim Ocidental, que seria anexada à nascente República Federal da Alemanha (a capitalista Alemanha Ocidental). O lado soviético daria origem a Berlim Oriental, que se tornaria a capital da Alemanha Oriental.
Tal situação gerou uma configuração inusitada dentro da Alemanha dividida, pois o setor capitalista de Berlim estava mergulhado em território da Alemanha Oriental, formando assim, um enclave capitalista dentro do país socialista, complicando as comunicações de Berlim Ocidental com seu próprio país. Tal dificuldade acentuou-se quando do lançamento do Plano Marshall, destinado a ajudar economicamente todos os países europeus do bloco capitalista afetados pela guerra, pois Stalin, contrariado pela negativa de cobertura do plano aos países socialistas, resolve impor um bloqueio a Berlim Ocidental, fechando todas as vias de comunicação. O objetivo dos russos era forçar os aliados a abandonar o controle de seu setor da cidade, porém tal manobra não deu os resultados desejados, pois os americanos quebraram o bloqueio por meio de rotas aéreas destinadas a abastecer e manter o status de Berlim Ocidental.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Muro de Berlim: a 25 anos de sua queda, milhoes ainda vivem sob tiranias comunistas - Marion Smith (WSJ)

Não se trata apenas dessas tiranias abjetas, desses despotismos ordinários, dessas ditaduras miseráveis, pois existem, também, muitos comunistas em diversos outros lugares do mundo, aliás no próprio Brasil, gente delirante, que pretende controlar, censurar, dominar, estatizar, conforme seus instintos comunistas e fascistas...
Paulo Roberto de Almeida

The Berlin Wall Fell, but Communism Didn’t
From North Korea to Cuba, millions still live under tyrannous regimes
By  Marion Smith       
Nov. 6, 2014   WALL STREET JOURNAL   

As the world marks the 25th anniversary of the fall of the Berlin Wall on Nov. 9, 1989, we should also remember the many dozens of people who died trying to get past it.

Ida Siekmann, the wall’s first casualty, died jumping out of her fourth-floor window while attempting to escape from East Berlin in August 1961. In January 1973, a young mother named Ingrid hid with her infant son in a crate in the back of a truck crossing from East to West. When the child began to cry at the East Berlin checkpoint, a desperate Ingrid covered his mouth with her hand, not realizing the child had an infection and couldn’t breathe through his nose. She made her way to freedom, but in the process suffocated her 15-month-old son. Chris Gueffroy, an East German buoyed by the ease of tensions between East and West in early 1989, believed that the shoot-on-sight order for the Berlin Wall had been lifted. He was mistaken. Gueffroy would be the last person shot attempting to flee Communist-occupied East Berlin.

But Gueffroy was far from the last victim of communism. Millions of people are still ruled by Communist regimes in places like Pyongyang, Hanoi and Havana.

As important as the fall of the Berlin Wall was, it was not the end of what John F. Kennedy called the “long, twilight struggle” against a sinister ideology. By looking at the population statistics of several nations we can estimate that 1.5 billion people still live under communism. Political prisoners continue to be rounded up, gulags still exist, millions are being starved, and untold numbers are being torn from families and friends simply because of their opposition to a totalitarian state.

Today, Communist regimes continue to brutalize and repress the  hapless men, women and children unlucky enough to be born in the wrong country.

In China, thousands of Hong Kong protesters recently took to the streets demanding the right to elect their chief executive in open and honest elections. This democratic movement—the most important protests in China since the Tiananmen Square demonstrations and massacre 25 years ago—was met with tear gas and pepper spray from a regime that does not tolerate dissent or criticism. The Communist Party routinely censors, beats and jails dissidents, and through the barbaric one-child policy has caused some 400 million abortions, according to statements by a Chinese official in 2011.

In Vietnam, every morning the unelected Communist government blasts state-sponsored propaganda over loud speakers across Hanoi, like a scene out of George Orwell ’s “1984.”

In Laos, where the Lao People’s Revolutionary Party tolerates no other political parties, the government owns all the media, restricts religious freedom, denies property rights, jails dissidents and tortures prisoners.

In Cuba, a moribund Communist junta maintains a chokehold on the island nation. Arbitrary arrests, beatings, intimidation and total  media control are among the tools of the current regime, which has never owned up to its bloody past.

The Stalinesque abuses of North Korea are among the most shocking. As South Korea’s President Park Geun-hye recently told the United Nations, “This year marks the 25th anniversary of the fall of the Berlin Wall, but the Korean Peninsula remains stifled by a wall of division.” On both sides of that wall—a 400-mile-long, 61-year-old demilitarized zone—are people with the same history, language and often family.

But whereas the capitalist South is free and prosperous, the Communist North is a prison of torture and starvation run by a family of dictators at war with freedom of religion, freedom of movement and freedom of thought. President Park is now challenging the U.N. General Assembly “to stand with us in tearing down the world’s last remaining wall of division.”

To tear down that wall will require the same moral clarity that brought down the concrete and barbed-wire barrier that divided Berlin 25 years ago. The Cold War may be over, but the battle on behalf of human freedom is still being waged every day. The triumph of liberty we celebrate on this anniversary of the Berlin Wall’s destruction must not be allowed to turn to complacency in the 21st century. Victory in the struggle again totalitarian oppression is far from inevitable, but this week we remember that it can be achieved.

Mr. Smith is executive director of the Victims of Communism Memorial Foundation in Washington, D.C.