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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Republica Mafiosa do Brasil (1): custo a acreditar no que leio...

Vou começar uma série de postagens, com as quais não tenho a mínima vinculação profissional, intelectual, pessoal, acadêmica, NADA, sequer um fio de cabelo, um grão de areia, um centímetro quadrado de interface com as coisas estarrecedoras que estou lendo neste mesmo momento.
Absolutamente nada me motiva a deixar de lado minhas ocupações habituais -- leitura, leitura, leitura, alguma redação, leitura, redação, correspondência, informação, enfim, essas coisas triviais e totalmente regulares e corriqueiras -- para colocar neste meu blog, que não tem NADA a ver com a política brasileira -- pois ele se interessa apenas por leituras e temas de relações internacionais -- elementos de informação e de análise absolutamente abjetos do ponto de vista de seu conteúdo real. Coisas nojentas, absolutamente asquerosas, indignas de qualquer consciência cidadã.
O que me motiva, então, a fazê-lo?
Apenas e tão somente o fato, absolutamente corriqueiro, que não gostaria, não pretendo, detestaria viver em um país mafioso, dominado por bandidos e outros criminosos de alto coturno.
Ainda hoje li, numa matéria internacional qualquer, em revista estrangeira, que um tal país na África, com o qual o Brasil mantém excelentes relações, ao que parece, tinha virado um narco-Estado, o que é a todos os títulos lamentável. Imagino o horror que deve ser viver num país como esse, pelos exemplos a que estamos assistindo no México, as mortes bárbaras, a contaminação da polícia, a promiscuidade da classe política, enfim, a degradação de todas as instituições públicas.
Com base nessas percepções, imagino como deve ser angustiante ter a impressão de que o Brasil pode estar se convertendo em uma República mafiosa, ou seja, instituições públicas dominadas por criminosos.

Enfim, com perdão de meus leitores, que provavelmente buscam neste blog informações e análises sobre relações internacionais e política externa brasileira, vou fazer uma pausa para publicar cenas explícitas de pornografia política, ou evidências materiais de criminalidade mafiosa.
Como disse ao início, NÃO TENHO NADA a ver com isso, absolutamente nada, apenas uma consciência cidadã que me impele a procurar viver num país digno, do qual eu possa sentir orgulho, e no qual eu possa educar os meus filhos para também viver com dignidade e procurar fazer dele um país melhor, uma sociedade educada, no quadro de um Estado de direito.
Estou absolutamente estarrecido pelo que estou lendo, apenas isso me cabe dizer.
Desculpem a monotonia da repetição, não posso me conformar com essa situação.
Bem, vamos ao que interessa.
Paulo Roberto de Almeida
(1.09.2010)

Ex-funcionário do Planalto alega ameaças e cancela depoimento no Senado
Por Gabriela Guerreiro, na Folha Online, 1.09.2010

O ex-funcionário do Palácio do Planalto Demetrius Felinto cancelou o depoimento que prestaria nesta terça-feira à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado para apresentar detalhes sobre o suposto encontro da ex-ministra Dilma Rousseff –candidata do PT à Presidência– com a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira. Felinto disse que está sofrendo ameaças, sem revelar os autores, por isso decidiu cancelar o depoimento –depois de ter confirmado sua presença ontem.

Em ofício encaminhado ao presidente da CCJ, Demóstenes Torres (DEM-GO), o ex-servidor afirma que as ameaças estão sendo propagadas na internet. “Tenho interesse em comparecer, oportunidade em que esclarecerei toda a verdade. Alguns fanáticos estão disseminando na internet ameaças veladas”, diz o ofício.

Com a recusa de Felinto, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apresentou requerimento para que o ministro Guido Mantega (Fazenda) seja convocado a depor na CCJ. Dias quer explicações de Mantega sobre a quebra de sigilo, pela Receita Federal, do Imposto de Renda de pessoas ligadas ao PSDB. O pedido tem que ser aprovado pelo plenário da comissão para que Mantega seja obrigado a depor.

Demóstenes disse que vai marcar depoimento sigiloso de Felinto à comissão diante das ameaças sofridas pelo ex-servidor.

Segundo a revista “Veja”, Felinto teria provas de que o governo federal escondeu imagens das câmeras de segurança que comprovam o encontro de Dilma com a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira.

Segundo revelou a Folha, no encontro, a petista teria pressionado a secretária a encerrar uma investigação do Fisco sobre a família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

CASO EJ
Além de Felinto, o corregedor da Receita Federal, Antônio Carlos Costa D’Ávila, rejeitou convite da CCJ para depor aos senadores sobre as investigações em torno da quebra de sigilo do vice-presidente-executivo do PSDB, Eduardo Jorge, e outras quatro pessoas ligadas ao PSDB.

Em ofício encaminhado à comissão, Costa alegou que as investigações na Corregedoria são sigilosas –por isso não pode revelar detalhes do caso aos senadores.

Também foram convidados o ex-presidente da Previ Sérgio Rosa e o ex-gerente executivo do fundo Gerardo Xavier Santiago — que recusaram os convites. A oposição quer investigar a acusação de que o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil atuou como “fábrica de dossiês” contra adversários do PT.

Já a Corregedoria da Receita apura o vazamento do sigilo de Eduardo Jorge e de outras quatro pessoas ligadas ao PSDB e ao candidato do partido à Presidência, José Serra.

Os dados de Eduardo Jorge foram vazados para integrar um dossiê montado pela pré-campanha de Dilma Rousseff.

Dias afirmou que o governo federal age para esconder crimes cometidos na administração federal. “O governo vai se consolidando como um governo que abriga marginais no seu subterrâneo.”

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