O livro derivado da tese de doutorado de João Paulo Alsina - que reinterpreta o significado do legado do Barão do Rio-Branco à luz do programa de reaparelhamento naval brasileiro da primeira década do século XX - acaba de ser publicado pela FGV:
- ISBN: 978-85-225-1682-7
- Ano: 2015
- Número de páginas: 404
Rio-Branco, grande estratégia e o poder naval
Autor(es):
João Paulo Soares Alsina Júnio
R$ 45,00
O diplomata e internacionalista João
Paulo Soares Alsina Júnior revisa, nesta obra, a imagem de 'pacifista'
ligada ao barão do Rio-Branco e apresenta um novo perfil do patrono da
diplomacia brasileira - o de um homem pragmático e consciente da
importância do uso do poder militar na proteção dos interesses
brasileiros.
Contrariando a figura registrada pela historiografia oficialista, Alsina
Júnior mostra que "Rio-Branco era um realista da melhor escola
bismarckiana", pois sempre associou o êxito da ação diplomática a uma
prévia avaliação da correlação de forças e a uma bem calibrada ameaça do
uso do poder militar.
http://editora.fgv.br/rio-branco-grande-estrategia-e-o-poder-naval
"O
Brasil atravessa crise profunda, cuja solução, ainda que parcial,
demandará uma verdadeira reinvenção do País. Um novo olhar sobre a
história representaria passo importante nessa direção: Rio-Branco, Grande Estratégia e o Poder Naval
nos ajuda a refletir sobre o que fizemos de errado ao longo do nosso
percurso histórico e os mitos do passado que nos aprisionam ainda hoje.
Ao
reinterpretar o legado de um dos emblemas do nacionalismo brasileiro,
João Paulo Soares Alsina Jr. nos apresenta um barão do Rio-Branco muito
distinto daquele difundido pelas narrativas oficialistas. O programa de
reorganização da Marinha na primeira década do século XX - a mais
importante iniciativa de incorporação de armamento naval da nossa
história - serve de pano de fundo para a inquirição sobre a visão de
mundo do Patrono do Itamaraty.
O
brilhante estudo desenvolvido pelo autor nos revela um estadista
pragmático, realista, profundamente consciente de que, sem poder militar
respeitável, o país estaria condenado à dependência e a uma posição
subalterna no concerto das nações. Rio-Branco defendia a estreita
simbiose entre diplomacia e defesa, voltada a permitir que o Brasil
atuasse no plano internacional a partir de posição de força, jamais de
fraqueza.
Como
decisiva contribuição à historiografia sobre um dos raros heróis
nacionais brasileiros, este livro está destinado a se tornar marco
incontornável sobre a obra do nosso diplomata-mor e o papel desempenhado
pelas Forças Armadas na história do País."
DEPOIMENTOS SOBRE RIO-BRANCO, GRANDE ESTRATÉGIA E O PODER NAVAL:
Ao
mostrar, com precisão analítica e factual, os equívocos do oficialismo
historiográfico acerca do barão – que o vê como um pacifista que só
esgrimia argumentos históricos e geográficos -, o trabalho de Alsina
Júnior está destinado a ser um ponto de inflexão nos estudos sobre a
vida e a obra do nosso maior diplomata.
Carlos Ivan Simonsen Leal, Presidente da Fundação Getúlio Vargas
João
Paulo Alsina Jr. alerta para um tema que continua válido hoje, como ao
tempo de Rio Branco: o desenvolvimento em paz e tranqüilidade precisa do
respaldo de poder militar que o garanta. Rio Branco entendia assim,
para o bem de nossa história.
Mario Cesar Flores, Almirante-de-Esquadra
João
Paulo Alsina Jr., o mais destacado diplomata-acadêmico de sua geração,
lustra o legado de Rio Branco. Diplomatas sim são importantes para um
país. E sobretudo para o Brasil, pois foi sob a égide do maior de todos
que se construíram as nossas fronteiras. Por sinal, o Brasil deve ser o
único país no mundo que tem um diplomata como Herói da Pátria. O novo e
instigante trabalho de Alsina Jr. honra as tradições semeadas pelo nosso
patrono.
Hélio Vitor Ramos Filho, Embaixador
(...)
um estudo impressionante (...) Baseado em pesquisa exaustiva João Paulo
Alsina Jr. demonstra que o Barão do Rio-Branco (...) apoiou o
rearmamento naval (...) para atingir, a um só tempo, os objetivos
diplomáticos que proporcionaram a atual conformação geográfica do país e
a posição proeminente obtida no equilíbrio regional de poder no início
do século XX. No Brasil contemporâneo, o mantra oficial de que "o Brasil
não tem inimigos" tanto interpetra equivocadamente a realidade da
diplomacia esposada pelo Barão do Rio-Branco quanto demonstra que o
Brasil ainda não está pronto a assumir a liderança regional, sem falar
na global, que se esperaria de um país com tamanho, população e riqueza
equivalentes.
Thomas Bruneau, Professor Emérito, Naval Postgraduate School, Monterey, California.
O
Brasil sempre foi um país pacífico que resolveu os seus conflitos pela
via diplomática. (...) Ou não? Com profundidade erudita e fervor
nacional, Alsina Jr. demonstra que o Barão não agia por principismo nem
juridicismo abstrato. (...) Foi esse pragmatismo que o levou a
desenvolver instrumentos de hard power, entre os quais o estratégico
poder naval. Combinando a análise histórica das políticas externa e de
defesa do Brasil, este livro é fundamental para perceber a brecha que
separa o discurso oficial da realidade dos fatos.
Andrés Malamud, Professor de Ciência Política, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
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