Fui relembrado, hoje, de um comentário que fiz, em 2013, a propósito de uma polêmica que chegou aos meios de comunicação, e classificada simplistamente como sendo de oposição direita-esquerda. Não é: se trata apenas de um enfrentamento de pessoas razoáveis contra a burrice que grassa em nossas faculdades de Humanidades a propósito de questões simples, que deveriam ser resolvidas na prática, mas que continuam envelopadas na mais estúpida ideologia.
Refiro-me obviamente às teorias marxistas -- se se pode lhes dar esse qualificativo -- e sua utilização para a análise do atual capitalismo, o que só evidencia, mais uma vez a estreiteza mental desses professores incapazes de pensar com sua própria cabeça, ou de simplesmente contemplarem a realidade, e que ficam repetindo chavões idiotas e slogans infantis, para ensinar coisas simples como trabalho, eficiência, prosperidade, bem-estar, desenvolvimento, e ficam apoiando não só essas teorias anacrônicas, como esses regimes autoritários e ineficientes (quando não criminosos).
Transcrevo abaixo a mesma postagem de 2013, mas ao final, relaciono, em ordem cronologica inversa, alguns textos meus sobre o problema do marxismo cultural nas academias.
O texto desta postagem foi repescado a partir do Reino Unido, daí o endereço meio estranho (mas que funciona):
O assunto já é
conhecido, e teve ampla repercussão em certos meios.
O rapaz se
pretende de direita, e assim é catalogado pela imprensa, mas não tenho certeza
de que seja de direita, pois não expôs seus pensamentos com clareza, apenas
falou de sua rejeição ao marxismo, embora de uma forma algo impressionista.
Em todo caso, é
um fato que o marxismo domina amplamente os setores ditos de
"humanidades" (alguns deles, pelo proselitismo explícito, deveriam
ser chamados de desumanidades...).
Não pretendo
comentar os pequenos equívocos do estudante, pois o que vale é a revolta, a
recusa, e os argumentos contrários ao marxismo, que não são necessariamente os
mesmos que valem para o comunismo real, ele sim responsável pelos crimes cometidos
no século 20.
O marxismo é o
pai espiritual dos horríveis crimes cometidos em seu nome pelas lideranças
comunistas do século 20, embora não se possa dizer que Marx tivesse recomendado
a extinção física da classe burguesa, ou dos inimigos de classe em geral, como
o fizeram Lênin, Stalin, Mao e tantos outros.
O marxismo é o
inspirador do confronto de classes e é responsável pelo totalitarismo
comunista, embora não se possa dizer que nas teorias de Marx se encontrassem as
receitas para todos os horrores e barbaridades praticados em seu nome.
Em todo caso, o
jovem foi corajoso, e sua atitude deve servir como oportunidade para amplo
debate a respeito desse marxismo ordinário, vulgar, estúpido, que se pratica
nas universidades brasileiras.
Acredito que se possa
fazer um trabalho sobre Marx, enquanto sociólogo, ou pensador, e apontar todos
os seus equívocos, sem cair no panfletarismo em que incorreu o jovem, mas por
motivos que encontro justificados.
Vale a atitude,
menos a forma talvez.
Paulo Roberto de
Almeida
EDUCAÇÃO
Jovem diz que foi uma forma de protesto por universidade
sem doutrinação
G1 02 Outubro de 2013
Um estudante
universitário de Santa Catarina se recusou a fazer um trabalho sobre cientista
político e economista alemão Karl Marx e resolveu escrever uma carta ao
professor do curso de Relações Internacionais e divulgar o conteúdo na
internet.
A carta, segundo
João Victor Gasparino da Silva, de 22 anos, foi uma forma de protestar.
"Queria uma universidade com o mesmo espaço para todas as ideias e
ideologias, sem proselitismo, sem doutrinação", explicou. A Universidade
do Vale do Itajaí (Univali), na qual o jovem estuda, disse que não vai se
pronunciar sobre o assunto.
Segundo João
Victor, que estuda Relações Internacionais, o pedido do professor foi para que
os estudantes respondessem três questões sobre a teoria de Marx. Ele contou que
chegou a pensar em responder de forma neutra, mas mudou de ideia. "Algo me
segurava, nem cheguei a considerar dar a minha opinião no trabalho. Até que
veio a ideia da carta", disse.
Conforme o
estudante, o protesto não foi contra o professor, mas foi uma forma de
demonstrar descontentamento em relação à academia. "Faz tempo que estou
indignado com o que vem acontecendo em nosso país. Os meios acadêmicos e
culturais cada vez mais fechados, os intelectuais de direita cada vez mais
lançados ao ostracismo. Resolvi ser a voz de brasileiros que não encontravam
espaço para se manifestar, seja por falta de meios, seja pelo próprio
medo", disse.
Ao escrever a
carta, o estudante disse que já sabia que iria divulgar na internet, não seria
apenas destinada ao professor da disciplina. "Uma amiga blogueira do
Maranhão sugeriu divulgar na internet, ela se encarregou disso. Se nosso país
realmente tivesse um meio acadêmico e cultural ideologicamente equilibrado, não
seria tão necessária esta carta", argumentou.
Confira abaixo a íntegra da
carta
Caro professor,
Como o senhor deve saber, eu
repudio o filósofo Karl Marx e tudo o que ele representa e representou na
história da humanidade, sendo um profundo exercício de resistência estomacal
falar ou ouvir sobre ele por mais de meia hora. Aproveito através deste
trabalho, não para seguir as questões que o senhor estipulou para a turma, mas
para expor de forma livre minha crítica ao marxismo, e suas ramificações e
influências mundo afora. Quero começar falando sobre a pressão psicológica que
é, para uma pessoa defensora dos ideais liberais e democráticos, ter que falar
sobre o teórico em questão de uma forma imparcial, sem fazer justiça com as
próprias palavras.
Me é uma pressão terrível, escrever
sobre Marx e sua ideologia nefasta, enquanto em nosso país o marxismo cultural,
de Antonio Gramsci, encontra seu estágio mais avançado no mundo ocidental,
vendo a cada dia, um governo comunista e autoritário rasgar a Constituição e
destruir a democracia, sendo que foram estes os meios que chegaram ao poder, e
até hoje se declararem como defensores supremos dos mesmos ideais, no Brasil.
Outros reflexos disso, a criminalidade descontrolada, a epidemia das drogas
cujo consumo só cresce (São aliados das FARCs), a crise de valores morais,
destruição do belo como alicerce da arte (funk e outras coisas), desrespeito
aos mais velhos, etc. Tudo isso sintomas da revolução gramscista em curso no
Brasil. A revolução leninista está para o estupro, assim como a gramscista está
para a sedução, ou seja, se no passado o comunismo chegou ao poder através de
uma revolução armada, hoje ele buscar chegar por dentro da sociedade, moldando
os cidadãos para pensarem como socialistas, e assim tomar o poder. Fazem isso
através da educação, o velho e ‘’bom’’ Paulo Freire, que chamam de ‘’educação
libertadora’’ ou ‘’pedagogia do oprimido’’, aplicando ao ensino, desde o
infantil, a questão da luta de classes, sendo assim os brasileiros sofrem
lavagem cerebral marxista desde os primeiros anos de vida. Em nosso país, os
meios culturais, acadêmicos, midiáticos e artísticos são monopolizados pela
esquerda a meio século, na universidade é quase uma luta pela sobrevivência ser
de direita.
Agora gostaria de falar sobre
as consequências físicas da ideologia marxista no mundo, as nações que sofreram
sob regimes comunistas, todos eles genocidas, que apenas trouxeram miséria e
morte para os seus povos. O professor já sabe do ocorrido em países como URSS,
China, Coréia do Norte, Romênia e Cuba, dentre outros, mas gostaria de falar
sobre um caso específico, o Camboja, que tive o prazer de visitar em 2010. Esta
pequena nação do Sudeste Asiático talvez tenha testemunhado o maior terror que
os psicopatas comunistas já foram capazes de infligir sobre a humanidade,
primeiro esvaziaram os centros urbanos e transferiram toda a população para as
zonas rurais. As estatísticas apontam para uma porcentagem de entre 21% a 25%
da população morta por fome, doenças, cansaço, maus-tratos, desidratação e
assassinadas compulsoriamente em campos de concentração no interior. Crianças
também não escaparam, separadas dos pais, foram treinadas para serem ‘’vigias
da Revolução’’, denunciando os próprios familiares, quando estes cometiam
‘’crimes contra a Revolução’’. Quais eram os crimes? Desde roubar uma saca de
arroz para não morrer de fome, ou um pouco de água potável, até o fato de ser
alfabetizado, ou usar óculos, suposto sinal de uma instrução elevada. Os
castigos e formas de extermínio, mais uma vez preciso de uma resistência
estomacal, incluíam lançar bebês recém-nascidos para o alto, e apanhá-los no
ar, utilizando a baioneta do rifle, sim, isso mesmo, a baioneta contra um
recém-nascido indefeso.
Bem, com isto, acho que meu
manifesto é suficiente, para expor meu repúdio ao simples citar de Marx e tudo
o que ele representa. Diante de um mundo, e particularmente o Brasil, em que
comunistas são ovacionados como os verdadeiros defensores dos pobres e da
liberdade, me sinto obrigado a me manifestar dessa maneira, pois ele está aí
ainda, assombrando este mundo sofrido.
Para concluir gostaria de citar
o decálogo de Lenin:
1. Corrompa a juventude e
dê-lhe liberdade sexual;
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação em massa;
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre
assuntos sociais;
4. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito mas, tão logo haja
oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo
6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a
imagem do País, especialmente no Exterior e provoque o pânico e o desassossego
na população;
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as
coíbam;
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença
nas promessas dos governantes, nossos parlamentares infiltrados nos partidos
democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los
ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa;
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas
sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência
à causa.
Obrigado, caro professor, pela
compreensão.
Ass.: João Victor Gasparino da
Silva
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