No exame dos registros e manifestações de tantos memorialistas e historiadores, e no imaginário coletivo, observa-se hoje a consolidação de um juízo favorável a D. Pedro II, como um homem ético, erudito, pesquisador, imbuído de sentido de missão, cujo comportamento austero marcou seus quase cinquenta anos à frente do Império. Durante esse período, concorreu para a consolidação do Estado, a preservação de sua integridade territorial, a formação do povo e a construção de uma identidade nacional. Contribuiu, enfim, para o apogeu da monarquia e vivenciou, de forma surpreendente, o seu colapso.
A FUNAG lançou o livro “Dom Pedro II, Imperador do Brasil”, de Benjamin Mossé (revisto e reescrito pelo Barão do Rio Branco). Trata-se de um ensaio biográfico sobre o monarca brasileiro, centrado na análise política dos quase cinquenta anos de seu Reinado. Benjamin Mossé, grande rabino de Avignon, era intelectual e escritor francês conhecido na Europa no século XIX.
O livro foi originalmente lançado em francês, em agosto de 1889. A reedição, ora publicada pela Fundação Alexandre de Gusmão, tomou por base a primeira versão em português, datada de 1890.
A importância da obra está sobretudo no fato de ter sido reescrita pelo barão do Rio Branco, considerado por seus biógrafos, o verdadeiro autor. Esse fato distingue o trabalho e o torna único em vários aspectos, inclusive ao permitir ao verdadeiro autor expressar seu pensamento a respeito do Segundo Reinado sem precisar identificar-se. A iniciativa é um tributo ao patrono da diplomacia brasileira e também ao biografado, Dom Pedro II.
Em julho, a FUNAG realizará a cerimônia de lançamento do livro no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no Rio de Janeiro.
O livro já está disponível no portal da FUNAG para download gratuito e pode ser adquirido na loja virtual ou no estande promocional da Fundação, situado no Anexo II do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.
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