Por onde se começa a medir a herança maldita de Dilma Rousseff e do PT? Pela queda de 0,3% do PIB no primeiro trimestre, restando o consolo de que as expectativas eram ainda piores? Pela queda de 5,4% quando a gente compara os números com igual período do ano passado? Pela queda de 1,7% no consumo em relação ao trimestre anterior e de estúpidos 6,3% quando cotejado com o ano anterior?
Por onde se começa a medir a herança maldita de Dilma? Pela décima queda trimestral consecutiva nos investimentos, agora de 2,7%? Pelo PIB da indústria, o setor que gera os melhores empregos, que já cai há oito trimestres? Na comparação com os últimos três meses do ano passado, a mergulhada foi de 1,7% — com igual período do ano passado, de estúpidos 7,3%.
Mesmo o agronegócio, que, durante um bom tempo, salvou literal e metaforicamente a lavoura, sentiu os efeitos do desastre na economia: queda de 0,3% na comparação com o semestre anterior e de 3,7% com os primeiros três meses de 2015.
Quando vemos Dilma por aí a falar, cheia de razão, que ela precisa defender as conquistas do seu governo e dos governos petistas, cumpre perguntar se ela tem mesmo do que se orgulhar. Ah, sim: o maior de todos os flagelos para os pobres mostra a sua fuça: a taxa de desemprego está em 10,9%.
Numa solenidade nesta quarta, em que deu posse a cinco presidências de órgãos federais, Temer chamou de oportunistas aqueles que tentam atribuir a seu governo os desastres com os quais ele se confronta.
Falou com um pouco mais de dureza do que de hábito, mas, entendo, ainda com excesso de lhaneza. Que ele não se engane: querem comer o seu fígado. Será preciso bater mais pesado.
Volto a uma questão: este governo precisa fazer com urgência o Livro Vermelho da Herança Maldita do PT. Antes que os companheiros mobilizem os seus mistificadores para inventar que a crise, afinal de contas, é obra de… Temer.
O presidente tem de se lembrar de que, no poder, Lula tentou roubar do PSDB até a bandeira da estabilização da economia.
Afinal de contas, eles são também ladrões da verdade.
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