Sobre a “solução” para 2022
Paulo Roberto de Almeida
Há um clamor geral por uma 3a via, sem qualquer um dos dois antípodas. Já começaram errando: tentando descobrir, achar, inventar algum nome, qualquer nome, em lugar de estabelecer uma plataforma programática mínima, política, econômica e social, e depois obter larga concordância em torno dos pontos.
A única maneira de evitar a polarização, com a consequente vitória de um ou outro dos “indesejáveis”, passa por afastar o Bolsovirus das eleições, assim como os milicos fizeram com Lula em 2018.
Uma nova tarefa para os milicos?
Sabemos que eles são os únicos que poderiam obrigar o capitão a renunciar, ou seja, ele seria renunciado.
Serão capazes? Terão coragem?
Não creio. Pode ser que sejam covardes ou não querem ser acusados de golpismo (desta vez golpistas do bem).
Um novo impeachment deixará a sociedade, a nação totalmente dividida, como aliás já está.
Não é exatamente uma solução, é apenas um expediente, para evitar o mal maior que está sendo causado ao Brasil por uma classe política em grande medida incapaz e com grandes e experientes corruptos em lugares estratégicos.
Ou seja, não acredito que o estamento político ou o Grande Capital sejam capazes de eliminar o psicopata do poder, e a sociedade não parece, tampouco, capaz de fazê-lo. Sobra o velho expediente do golpismo, nosso conhecido desde 1889, e recorrente desde então.
Estou sendo golpista ou antidemocrata? Não, apenas especulando sobre a “realidade efetiva das coisas”, como dizia Maquiavel.
Isto me lembra que tenho de escrever uma nova versão do Príncipe, revisitado; a que eu fiz nos anos 2000 reproduzia o que era o Brasil, de Sarney a Lula; tenho agora de refletir o que é tornou-se o Brasil, de Lula a Bolsovirus: um país infinitamente muito pior, sobretudo no plano moral.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 27/06/2021
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