A economia política das relações econômicas internacionais do Brasil:
paradigmas e realidades, de Bretton Woods à atualidade
Paulo Roberto de Almeida
Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, IPRI-Funag-MRE
Professor de Economia Política Internacional nos programas de
Mestrado e Doutorado em Direito do Centro Universitário de Brasília (Uniceub)
(www.pralmeida.org; pralmeida@me.com; http://diplomatizzando.blogspot.com)
Resumo:
O ensaio segue as grandes etapas do desenvolvimento brasileiro, no contexto internacional, desde Bretton Woods até a atualidade, com a identificação de eventuais paradigmas oferecidos pelos estudiosos da história econômica, mas confrontando-os às realidades das relações econômicas internacionais durante esse longo período de três gerações. A política econômica externa do Brasil foi a de uma inserção satisfatória nas instituições multilaterais mais atuantes durante todo o período, mas de pequena capacidade decisória para reorientar as prescrições dessas entidades num sentido desejado pelo Brasil, que optou por modelos alternativos de políticas econômicas, todas elas caracterizadas por introversão nos mecanismos de crescimento, ainda que admitindo esquemas parciais de integração regional.
A abertura limitada decidida no final do século 20 não teve seguimento na década seguinte, pois tivemos políticas econômicas que reproduziram as tentativas do regime militar de crescer apoiado no mercado interno e na forte proteção concedida aos agentes econômicos nacionais ou associados ao Estado. A atual fase de ajuste econômico vai abrir nova janela para a abertura econômica e liberalização comercial, à condição que importantes reformas estruturais sejam empreendidas para contornar os graves obstáculos atuais a um modelo sustentado e sustentável de crescimento econômico, mais dinâmico do que o registrado nas últimas três décadas.
Sumário:
1. Visão geral do relações econômicas internacionais do Brasil, 1944-2016
2. Dependência sem admissão: de meados dos anos 1950 à ruptura de 1964
3. A recomposição da ordem econômica e a nova inserção internacional
4. O Brasil no contexto econômico do grande crescimento mundial pré-1973
5. A desordem monetária internacional e o desequilíbrio financeiro pós-1973
6. A crise da dívida externa, em 1982, e a descida para o abismo
7. O Brasil ingressa numa longa fase de lento crescimento
8. Um país totalmente preparado para não crescer
Texto na íntegra no seguinte link:
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