O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Uma avaliação do governo Lula (2003-2010): o que foi feito, o que faltou (2010) - Paulo Roberto de Almeida

Um balanço que fiz ao cabo dos dois primeiros mandatos do governo Lula, em 2010, que pode oferecer alguma base de comparação com o seu terceiro mandato.

Uma avaliação do governo Lula: o que foi feito, o que faltou

Paulo Roberto de Almeida

Beijing-Shanghai, 28/06/2010; Shanghai, 4 julho 2010, 16 p.


1. Considerações introdutórias sobre a natureza do exercício

Um governo, qualquer governo, de qualquer país pode – na verdade deve – ser submetido a uma avaliação de seus resultados efetivos, para fins de um balanço honesto das realizações registradas e para a confrontação destas às promessas feitas em seu início. Trata-se de um exercício democrático de controle, destinado a verificar se os recursos “entregues” ao governo foram transformados em resultados positivos para os cidadãos que produziram esses recursos repassados ao Estado – ou que deles foram despojados “involuntariamente” – sob a justificativa, ou a promessa, de políticas públicas visando ao maior bem-estar possível para o maior número.

Esse tipo de exercício costuma ser feito com o apoio de metodologias aferíveis quanto aos instrumentos mobilizados e na presença de números confiáveis, ou seja, de séries estatísticas organizadas de maneira coerente e honesta, a partir de bases de dados uniformes, homogêneas e... comparáveis, quando algum confronto é feito. As ferramentas quantitativas são, para esse efeito, as melhores possíveis, mas nem todas as políticas públicas – que previsivelmente se estendem a diversos setores de interesse coletivo, que não comportam, necessariamente, bens e serviços dotados de “preços de mercado” – se prestam a esse tipo de abordagem numérica. Em diversos casos, uma avaliação de natureza qualitativa é a mais indicada, embora ela possa estar sujeita a considerações de ordem subjetiva, isto é, dependente das posições políticas ou das preferências pessoais do avaliador. Trata-se de uma “distorção” inevitável no plano das ciências humanas, que pode ser, entretanto, minimizada pela utilização dos princípios weberianos conhecidos no campo das metodologias analíticas.

(...)

Ler a íntegra neste link: 

https://www.academia.edu/105634447/2162_Uma_avalia%C3%A7%C3%A3o_do_governo_Lula_o_que_foi_feito_o_que_faltou_2010_



Nenhum comentário: