domingo, 9 de novembro de 2025

Alguém ainda se lembra do tal de “decolonial”? - Paulo Roberto de Almeida

Alguém ainda se lembra do tal de “decolonial”?

    Mimesis, imitação, submissão a modelos estrangeiros é quase uma tendência natural num país que importou e absorveu tecnologias, modas e cultura estrangeira durante séculos. A maior parte dessas importações perdura e se integra naturalmente ao mores nacional.

    Mas tem uma que de tão ridícula durou pouco entre pessoas supostamente educadas e instruídas como são os membros da academia: o tal de pensamento “decolonial”, um remorso tardio de europeus anteriormente colonialistas e que resolveram se redimir propondo eles mesmos um suposto pensamento dos colonizados, que foram e são a maioria do planeta, nesse tal de “Sul Global”, outra expressão sem qualquer sentido, a não ser substituir o antigo Terceiro Mundo por algo que parece ter mais sonoridade.

    Essa coisa de Sul Global ainda está na moda, mas a do “decolonial” já passou, não sei se vcs repararam.

    Sempre achei ridículo acadêmicos brasileiros aderirem à tal moda do “decolonial”, uma inutilidade simplória que não precisava ter sido importada.

    Afinal de contas, assim como fizemos nossa substituição de importações na indústria entre os anos 1950 e 1970, já fizemos, com relativo sucesso, nossa substituição de importações na área acadêmica dos anos 1970 aos 80.

    Não precisaríamos estar voltando a importar modismos estrangeiros de forma tão subserviente.

    Bye bye “decolonial”…

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 9/11/2025


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.